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História Sem desculpas, apenas mais uma chance! - Acaso?


Escrita por: Werliane

Notas do Autor


Demorei, mas aqui está mais um cap, feito com carinho, espero que gostem!

Capítulo 6 - Acaso?


Fanfic / Fanfiction Sem desculpas, apenas mais uma chance! - Acaso?

Criança era um ponto forte e em Henrique, por mais que as relações amorosas dele nunca tenha chegado ao ponto de uma família, não significa que ele não gostasse de criança, por isso sua escolha em ser pediatra, cuidar dos filhos de outras pessoas, anônimas a ele, nunca se viu pai e com capacidade de cuidar continuamente de uma criança.

Em seu primeiro dia nem imaginava as turbulências que estavam por vim. Mariana excepcionalmente nesse dia faria um procedimento intracraniano em uma paciente, depois ficaria livre para curtir o dia com seu filho, após tomar banho e se arrumar para o dia que se iniciava ela acordou Bernardo:

M: Beny, amorzinho da minha vida acorda! Ele virava para todos os lado e fingia dormir, mas o sorriso estava estampado em seu rosto.

M: Beny da mamãe, acorda!

B: buuuu, bom dia mamãe, porque tenho que acordar agora é sábado, eu preciso dormir.

M: bom dia meu filho, eu sei que é sábado e sábado é dia de brincar, hoje a mamãe tem uma cirurgia e você vai ficar na casa da madrinha.

B: na casa da madrinha Vera?! Que legal eu vou poder brincar com o padrinho e conversar sobre vários assuntos e ainda vou poder correr com a Shelly! Isso vai ser muito divertido- disse pensativo e já agitado.

M: mas para isso você precisa levantar logo, para aproveitar o dia, a mamãe te deixa lá e vai para o trabalho e depois eu passo e te pego, vamos ao cinema, pode ser?

B: claro que pode- ele estava em pé na cama e foi em direção a mãe para dar um abraço!

M: então vamos, corre para o banheiro. Enquanto Bernardo tomava banho, Mariana ficou arrumando as coisas do filho, quinze minutos depois ele apareceu na sala com a roupa do Batman.

Mariana olhou surpresa, ele não costumava se vestir assim- aonde o super herói vai?

B: vou salvar o mundo com a Shelly! Estou pronto vamos?

M: vamos, hoje você vai ter muitas tarefas com a Shelly o mundo está em periogo- disse divertida. Marina pegou sua bolsa, jaleco e a mochila de Bernardo, seguiu até o estacionamento do prédio, quando chegou perto ao seu carro, ajeitou Bernardo em sua cadeirinha  e alojou seus pertences no banco de trás  e seguiu até a casa da sua irmã.

20 minutos depois...

Porteiro eletrônico: Oi tia Veraa, eu vim salvar o mundo com a Shelly. Abre pra mim entrar... disse gritando

Vera escutou os berros do sobrinho e destravou o portão, Mariana entrou com Bernardo segurando o pela mão, assim que ele viu a tia saiu em disparada correndo em direção a ela.

B: bom dia, madrinha- beijando e a abraçando a tia/ madrinha.

V: bom dia meu amor! Hoje você está vestido de Batman, vai salvar o mundo?

B: vou sim!- disse animado- e junto com a Shelly- sussurrou.

V: ela vai adorar!

B: cadê o meu padrinho?

V: está no quarto vai lá- Bernardo saiu correndo em busca do tio

Vera então se virou para a irmã mais nova e foi em direção a ela para abraça - lá.

V: bom dia minha pequena!- disse divertida

M: bom dia mana! Sorriu- tem algum problema de deixar o Beny aqui, sei que hoje não era o dia , mas tenho uma cirurgia?

V: já disse que não tem né, quantas vezes vou ter que repetir isso, o Beny é nossa alegria, ameniza um pouco a ausência do Matheus!

M: é eu sei! Mas não quero abusar, e o Matheus quando vem?

V: disse que só no natal! E você não abusa, fica tranqüila!

M: ok! Qualquer coisa me liga,ou liga na recepção vou estar em cirurgia, mas minha secretaria atende e me passa o recado, tenho que ir!

M: Bernardo! O chamou em um tom alto. Ele veio correndo e logo atrás a Shelly uma cachorra da raça labrador.

B: oi mamãe!

Mariana abaixou para ficar em uma altura próxima a dele - A mamãe já vai, e eu quero que você se comporte, nada de bagunça com a Shelly dentro de casa, viu! Logo, logo eu estarei de volta! Ela depositou um beijo na cabeça dele enquanto ele assentia tudo que ouviu fazendo movimentos com a cabeça.

B: mãe- ele abraçou o pescoço dela- eu vou me comportar, pode confiar em mim, tá!

M: tá bom, eu confio- ela o abraçou de volta. Assim que o abraço terminou Beny ficou brincando com a cachorra enquanto Vera a acompanhou até o carro.

M: bom já sabe, qualquer coisa me liga!

V: pode ficar tranqüila!

Ambas se despediram e ela seguiu rumo ao hospital.

** No Hospital

Henrique havia chegado cedo, não gostava de atrasos e ainda mais que hoje era seu primeiro dia, Fabrício tinha o apresentado para todas as alas do hospital, quando ambos estavam passando em frente ao quadro cirúrgico algo chamou a atenção de Henrique.

*Cirurgia intracraniana- Dra. M, Mantovani- paciente: I, Silva- horário: 09:00.

H: A Mariana tem um procedimento cirúrgico agora? Nervoso

F: Ah sim, é seu presentinho de boas vindas! Risos

H: a para de graça, eu sei que isso não é coisa sua.

F: não mesmo, mas parece que o destino está contribuindo para você, à paciente dela passou mal ontem ai a Mary já marcou a cirurgia para hoje de manha, e olha que hoje nem é dia de plantão dela!

H: preciso dar um jeito de ver ela! Disse ansioso.

F: não seja por isso, disse apontando para o elevador.

As portas do mesmo estavam abertas revelando Mariana que saia do local! Assim que ela levantou os olhos, seu mundo desabou, o que o Henrique está fazendo aqui, pensou consigo? Será que ele sabe do Bernardo? Mas ninguém sabe! Ela estava em choque. A última pessoa que queria ver nesse momento era Henrique.

Ele por sua vez estava paralisado a analisava, esperava uma reação, mas nada ela expressou, seu rosto continuava em choque, a impressão era que ela não havia gostado de ter visto ele por ali. Compreendia que tudo entre eles era mal resolvido, mas queria ele esperava que ela pelo menos falasse algo a ele.

Mariana saiu do elevador, e não sabia como iria chegar ao quarto da sua paciente sem ter que passar por Henrique, mas ela respirou, e saiu pensando consigo “ele não sabe de nada, não pode saber”.ainda sem expressão ela caminhou em direção a eles, friamente ela parou e cumprimentou ambos:

M:Bom Dia!

F: Bom Dia, Mary!- cumprimentando com um beijo no rosto que foi retribuído por ela- bom, eu sei que já se conhecem e muito bem por sinal, mas agora o Henrique faz parte do nosso quadro- era perceptível o incomodo de ambos e a situação cada vez mais piorava.

M: olha que bom!- disse irônica- precisamos de pessoas com a bagagem do Dr. Henrique na nossa equipe- ela o olhava com um tom de frieza, mas não deixou de cumprimentá-lo!

Mariana estendeu a mão para ele: Seja bem vindo, Henrique!

H: Obrigada!- apertou sua mão, não era esse o toque que ele precisava ou queria dela, mas era o que ela estava  oferecendo.

M: bom agora eu tenho um procedimento cirúrgico! Tenha um bom dia a todos.

H: até breve!

F: boa cirurgia!

Mariana saiu em direção ao quarto de sua paciente ela estava desconcertada, mesmo que amasse o Henrique ela não queria nenhum tipo de proximidade com ele, apenas o profissional e quando pudesse evitar ela o faria.

Henrique não gostou nem um pouco de como foi tratado por ela, não merecia a ironia, ele tinha percebido que ela não havia gostado da presença dele, mas não tinha culpa, não tinha que desperdiçar uma chance incrível de trabalho por causa do incomodo entre os dois.

F: é, eu nem sei o que te falar!

H: nem precisa me falar nada, essa era a reação que eu deveria estar esperando e não que ela viesse correndo para os meus braços.

F: precisamos ter uma conversa sobre você e a Mariana, acho que tem algo entre vocês que pode ser maior que esse ressentimentos amoroso.

H: impossível! Não há nada entre nós, apenas raiva, rancor e etc.

F: Henrique...

H: fica tranqüilo, eu não vou desistir do meu trabalho por causa dela, se é assim que ela me trata é assim que eu ou retribuir.

F: vai com calma! Mas precisamos terminar essa conversa em outro momento.

Henrique voltou para  a sua sala, hoje estava atendo no pronto de socorro do hospital, estava se familiarizando com o local quando sua primeira emergência chegou, ele estava tomado café quando seu nome foi anunciado: * Dr. Henrique Lamartine, por favor, comparecer a emergência..... Dr. Henrique Lamartine, por favor, comparecer a emergência. Henrique nem terminou o café e saiu para a emergência, quando chegou no corredor a enfermeira foi passando o prontuário do  paciente.

Enf: paciente com idade de três anos, sexo masculino, apresenta dores abdominais agudas e freqüentes.

H: vamos, qual o quarto?

Enf: dois anos, doutor!

Assim que Henrique abriu a porta vislumbrou o garoto deitado sob a maca estava com uma fantasia de super herói, o rosto todo suado e vermelho de chorar, uma mulher lhe chamou a atenção, era Vera a irmã de Mariana que assim como a irmã quase desmaiou quando o viu.

H: Bom Dia Vera!

V: Bom dia Henrique- ela estava confusa.

H: o que houve garotinho?

B: sinto muita dor- disse apontando para a virilha

H: hum, ok,  vou fazer uma massagem aqui e se doer você me fala tudo bem?

B: tudo!

Henrique massageou o abdômen de Bernardo e diagnosticou o problema.

H: agora você vai ser encaminhado para um lugar onde vão tirar foto da sua barriga!

B: que legal, olha tia vou me ver por dentro!

V: é muito legal!

H: enquanto isso eu vou conversar com a sua tia?- disse confuso.

Bernardo foi encaminhado para a sala de ultrassonografia enquanto isso Henrique ficou no quarto conversando com vera.

H: eu sei que você não gosta de mim, nem um pouco, mas eu sou o médico do seu sobrinho e quero saber o que aconteceu?

V: bom, eu não vim aqui para julgar valores e sim não gosto de você, mas como medico sei que o melhor pediatra do pais, bom ele estava no jardim brincando com a Shelly minha cadela, estava tudo bem e ele estava correndo quando de repente veio para dentro dizendo que estava sentindo muita dor.

H: bom pelo o que eu diagnostiquei o seu sobrinho precisa ser operado o apêndice dele está inflamado, não é nada perigoso, mas temos que retirar o mais rápido possível.

V: e agora, preciso avisar a mãe dele- disse assustada

H: ok, a avise preciso que os pais estejam presentes para assinar a documentação, quando a ultrassonografia estiver pronta eu passarei uma nova posição.

Vera foi até a recepção e pediu para que avisasse a irmã que ela e Bernardo estava na emergência do hospital e que quando a mesma terminasse a cirurgia para que fosse ao encontro dos mesmos. Enquanto isso Henrique estava acompanhando Bernardo, não sabia o que aquele garotinho tinha, mas era diferente das demais crianças.

Um tempo depois Bernardo já estava no quarto sendo medicado, Vera ainda não tinha voltado e Henrique conversava com Bernardo.

H: olha tudo indica que vamos precisar levar você para tirar a sua dor!

B: humm, você vai me operar não é?

H: olha você é esperto- disse admirado

B: eu não tenho medo, eu sei que médicos salvam vidas e você vai salvar a minha não é?

H: claro que vou como você se chama?

B: Bernardo, e voce?

H: Henrique, bonito seu nome, aposto que foi seu pai quem escolheu, não é?

B: não, não  foi, eu não tenho pai!

H: ah sim! A cada momento ele sentia mais fraternidade pelo garoto, ele nunca tinha sentiu algo do tipo, era como se fossem ligados

B: você tem filhos?

H: não, eu não tenho filhos! Você é muito inteligente, eu gostaria de ter um filho como você!

B: vou falar para minha mãe, quem sabe você não possa ser o meu pai!

H: rsrsrs, melhor não, nem conheço sua mãe, ela pode ficar brava!

Falando nisso cadê ela?

Mariana já havia terminado a cirurgia estava terminando a higienização quando foi notificada de que seu filho estava no andar da emergência, nem passou pela cabeça de que Henrique poderia ser o médico, ela estava aflita, só trocou de roupa e seguiu para o primeiro andar, quando saiu do elevador avistou sua irmã que estava ao telefone.

M: cadê o Bernardo? Falou nervosa

V: está no quarto dois!

Mariana saiu em disparada para o quarto.

V: Mary espera, precisamos conversar- seguiu atrás da irmã

M: Vera eu preciso ver o meu filho, depois você fala- Vera não conseguiu segurar a irmã.

Assim que Marina chegou a porta ela escutou  o filho sorrindo e a voz que perguntava: Como é o nome da sua mãe? Ela abriu a porta dando de cara com Henrique  e Bernardo conversando animadamente

M: o nome da mãe dele é Mariana Mantovani!- disse bruscamente

Henrique estava surpreso, sabia que alguma coisa tinha de errado com o garoto, era muito familiar, ele estava confuso olhava para o pequeno Bernardo e para Mariana e sentia um misto de raiva, com alegria, magoa, não pela criança, mas ela tinha tido um filho, tinha dado um passo a mais na vida dela e ele tinha perdido a confiança, ele nem sabia quem era o homem que Mariana tinha escolhido para ser o pai de seu filho, provavelmente era alguém muito especial.

H: eu não sabia, que o Bernardo era seu filho, pensei que era de outra pessoa! Vera nesse instante chegou não quarto

M: é ele é meu filho sim! E eu quero saber o que você está fazendo aqui no quarto dele?

H: talvez por que eu seja o médico dele, isso te incomoda?

V: desculpe, mas acho que esse assunto não é para ser tratado aqui, Mariana e Henrique pararam a pequena discussão na frente de Bernardo.Mariana foi até o filho e o abraçou.

M: desculpa a mamãe só ter vindo agora meu filho! Ela acariciou os cabelos encaracolados dele

B: eu sei que você estava ocupada, mas a tia me trouxe para o hospital e o médico já me examinou- disse apontando para Henrique- cuidou de mim e disse que eu vou ficar bem e vou até fazer uma cirurgia.

M: é, e você vai ficar bem tá e a mamãe vai ficar aqui com você. Disse o consolando

B: seu trabalho é muito legal, sabia que tiraram uma foto da minha barriginha hoje?

M: eu sei, e como foi?

B: muito legal o tio Henrique estava comigo! Disse apontando para Henrique que estava encostado na porta.

Henrique esboçou um pequeno sorriso, ele observava Mariana a raiva inicial que sentia dela tinha desaparecido quando ela demonstrava carinho e humanidade com o filho.

M: bom a mamãe vai conversar com o Dr. Henrique e a tia Vera vai ficar com você está bom?

B: tudo bem, mas você vai voltar para ficar comigo?

M: sim claro que eu vou, eu não vou te abandonar.

Mariana olhou para Henrique e ambos saíram do quarto foram até o consultório da emergência, assim que a porta se fechou Mariana iniciou a conversa:

M: eu quero ver o prontuário do Bernardo- disse autoritária.

H: não seja por isso- disse entregando bruscamente o prontuário em suas mãos. Mariana analisava tudo.

M: preciso saber a hora da cirurgia?

H: ainda não marquei!

M: como não?

H: eu estava esperando os pais dele assinar tudo, como vou marcar sem autorização?

M: você sabe muito bem que o apêndice pode estourar ?-ela falava alto.

H: não me diga o que fazer, aqui você é mãe e não médica. revidou

M: por isso mesmo eu questiono, porque eu sou médica e mãe.

 

 

H: Mariana, nossa vida pessoal não tem nada a ver com minha ética profissional e você mais do que ninguém sabe que eu sou competente, mas se preferir pode chamar outro médico.

M: não estou questionando sua competência

H: não é o que parece.

Mariana assinou os papeis e saiu da sala, deixando Henrique disperso em pensamentos, a casa momento a situação de ambos só piorava.

Henrique mandou a ordem de cirurgia e foi se aprontar, enquanto isso Mariana estava no quarto com Bernardo, já haviam preparado o mesmo para ser encaminhado ao centro cirúrgico, ele usava uma camisola azul e uma touca da mesma cor.

B: mãe a senhora também usa essa roupa?

M: claro, quando a mamãe tem uma cirurgia eu uso uma roupa parecida com essa.

B: isso é muito legal.

Mariana estava nervosa primeiro pelo filho e depois porque estava deixando uma pessoa cometer um erro ético, Henrique não poderia operar Bernardo por ambos serem pai e filho, entretanto se dependesse dela ninguém saberia. Não demorou muito e a enfermeira veio buscar o menino para a realização do procedimento.

M: posso ir com vocês até a porta do centro cirúrgico?

Enf: claro doutora fique a vontade!

Mariana foi acompanhando o filho até a porta, segurando em sua mãozinha, assim que chegaram era a hora da despedida:

M: agora a mamãe não pode entrar, mas o tio Henrique vai cuidar de você e eu vou estar te esperando aqui fora, combinado?- a voz estava embargada pela emoção

B: sim, mamãe, quando eu estiver bem posso convidar o tio Henrique para ir na nossa brincar comigo?

M: pode! Ela beijou a testa de seu filho e viu a maca do mesmo sendo empurrada para dentro do centro cirúrgico, ela tinha o sentimento de impotência, Henrique apareceu na porta as lagrimas que mariana caíram manchando seu rosto, sem hesitar foi até ela e a abraçou.

H: confia em mim, pelo menos uma vez, vai dar tudo certo, eu juro que dessa eu não vou te decepcionar! Sussurrou em seu ouvido e saiu deixando ela estática ao vê-lo partir e as portas se fecharam.


Notas Finais


Desde já obrigada pelos comentários! :*


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