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História Sem Escolha - Sem escolha - VI


Escrita por: bonalisk

Notas do Autor


Boa leitura~

Capítulo 6 - Sem escolha - VI


Já havia passado uma semana desde que Roa havia ido embora do do apartamento de Yaebin, nesse meio tempo as coisas em teoria se acalmaram, se tornando seguro a saída da princesa da máfia do seu esconderijo, já que a retaliação havia sido um sucesso. Ou quase isso, a loira ouviu Nayoung e Seulgi conversando na sua cozinha enquanto esperava o jantar que Irene e Yaebin faziam, que os caras que fizeram todo aquela caçada eram burros demais para fazerem aquilo sem que tivessem alguém por trás. A loira estava agradecida de não ter que mais ouvir aquilo dentro do seu apartamento, mas agora também estava achando tão estranho a ausência de visitas. Por mais que nunca admita em voz alta, talvez, só talvez esteja com saudades de aguentar as palhaçadas de Roa todos os segundos que estavam sob o mesmo teto.

 

Ao pensar em Roa, automaticamente lembrou da noite que foi pressionada contra a porta, mais uma vez sendo avisada que pertencia a morena e que ela poderia reivindicar a mais velha para si. Os dias que passaram depois daquele episódio, Roa sempre continuava a falar que Rena a pertencia na frente das outras garotas, até mesmo de Yuha. Nayoung havia apenas respondido “ certo, chefe”. Irene fez de tudo para argumentar e deixar a jovem loira fora das posses da chefe, mas como uma criança birrenta a morena simplesmente continuo afirmando isso. Yuha ficou em silêncio, o que fez Irene exigir que Yaebin sempre andasse ao menos com o canivete borboleta que ela havia lhe dado de presente, que era bem mais fino e ágil que maioria das armas que seriam compradas em uma loja.

 

Já as irmãs Kangs, pareciam querer descobrir até onde era brincadeira e onde começava a realidade, especialmente Rena. Era possível uma mulher como Roa, simplesmente uma das Kim mais importantes e desejadas dentro e fora da organização Pledis, dizer que uma irregular a possuía? E o que a mais alta faria se ela realmente lhe revindicasse? Iria rir da sua cara por acreditar? Ou iria beijá-la, como pareceu desejar tanto fazer naquela noite? - Céus, o que eu tô pensando? Não é como se fosse possível, especialmente por ela ser quem é e eu uma Kang, irregular ainda por cima. Sem dizer que… Eu não sinto nada por ela. Isso, não sinto nada, ela é apenas uma irritante exibida. - A loira murmurou para ninguém específico, mas por algum motivo ela não sentiu firmeza nas próprias palavras.

 

- Não acredito que aquela mulher me irrita mesmo quando já foi embora da minha vida. - A jovem resmungou apressando os passos pelo corredor do hospital olhando a sua prancheta com os prontuários médicos dos pacientes que tinha que visitar na sua ronda, percebeu que todos já haviam sido vistoriados, já que ela junto ao seu professor havia sido decidido dar alta a dois pacientes naquela manhã. Não demorou para chegar na sala comum dos enfermeiros e médicos. - Bom tarde. - Yaebin cumprimentou para os demais.

 

- Ei, Doutora Kang. Já terminou sua ronda?

 

- Hm? - A loira olha para quem falava consigo, logo abrindo um sorriso ao ver que era a uma das enfermeiras, e a que possuía uma das vozes mais bonitas que já ouviu. - Oi, enferme-...Digo, Wendy. - Sorriu um pouco sem jeito, ainda tentando se acostumar a ideia de ter autorização de chamar a enfermeira pelo apelido. - Sim, terminei a minha ronda. Dei uma olhada no paciente do 207, gostaria que fosse diminuindo apenas para uma vez ao dia a dosagem do antibiótico no soro, as reações ao tratamento parecem bem favoráveis. Se continuar assim podemos mandá-lo para cá já amanhã. - A enfermeira concordou com o comentário, enquanto anotava na própria prancheta.

 

- Sabe, eu acho que existem certos residentes que poderiam usar a doutora Kang como exemplo, especialmente na disciplina. Não concorda, Doutor Lee? - A enfermeira acabou olhando por cima de suas anotações ao residente que parecia um pouco enrolado com seus conjuntos de papéis que tinha na mesa. Ao desviar o olhar para o homem, Yaebin acabou rindo baixo. Lee Chan ou Dino, como foi apelidado pela turma, era o maknae da sala de Rena, ele era um bom aluno e um excelente médico, só precisava se tornar um pouco mais organizado nas próprias coisas, ele sempre acabava se perdendo nas suas anotações.

 

-  O que? Não é justo me comparar com a Yaebin, Wendy! Ela sempre foi uma das melhores da sala, sem dizer que ela é sempre centrada no que faz. Tem hora que parece até que ela teve treinamento para isso. - O mais novo solta um suspiro derrotado demonstrando o quanto se sentia injustiçado com aquilo, já que ele era apenas um estudante mediano. A loira se limita a rir e colocar as mãos dentro dos bolsos do jaleco. De fato a sua disciplina e “frieza” tinha uma boa influência do treinamento que teve com Irene, isso que a fazia a se tornar tão calculista quando estava em uma situação de risco com um paciente. - Já eu sou apenas um pouco desatento, mas juro que eu anotei as medicações aqui em algum lugar...Aqui! - O homem pula da sua cadeira se aproximando das duas entregando o papel para Wendy que olha um pouco desconfiada, antes de concordar com o que ta escrito ir fazer a medicação deixando Dino e Yaebin um de frente para o outro.

 

- Hm… Então… - O mais novo começa um pouco incerto, passando a ponta dos dedos pelo cabelo da nuca, demonstrando um pouco de nervosismos. A loira avalia com certa curiosidade o comportamento do outro, mas não se mexe e nem diz nada, ajudando assim que ele possa continuar. - Eu estava pensando… Já que você terminou a sua vistoria com seus pacientes. Você por acaso não quer ir almoçar comigo hoje? - O mais novo questiona num tom esperançoso, enquanto abre o seu melhor sorriso. Normalmente a loira numa situação dessa simplesmente diria não e iria embora, mas a situação com Dino era um pouco diferente. Ele sempre foi atencioso e brincalhão ao seu redor, a loira admitia que ele era uma boa companhia. Kyulkyung vivia dizendo que desconfiava que ele tinha uma queda pela loira desde que começaram a estudar juntos, mas parecia tímido demais para se declarar e a fama de “intocável” de Yaebin não era algo que ajudasse.

 

- Doutora Kang? - Wendy aparece na porta fazendo a loira se calar antes de dar alguma resposta. Os dois olham em direção a enfermeira com curiosidade. - Uma paciente sua quer trocar algumas palavras com você na recepção, disse que é importante. - A enfermeira rapidamente se retira. A jovem ficou intrigada com a ideia de ter algum paciente atrás dela, mas no fundo ficou agradecida com aquilo, achando a desculpa perfeita para dar a Dino.

 

- Pelo visto, o dever me chama. - A loira se apressou em pegar sua prancheta e caneta já se dirigindo para saída, diante do olhar decepcionado do mais novo. - Quem sabe numa próxima vez? - A jovem viu o sorriso do homem se abrir instantaneamente concordando com a cabeça ao se despedir. A loira realmente se sentia culpada em magoar o coração do mais novo, realmente precisaria de uma boa desculpa depois.

 

Ao chegar na recepção pode observar a movimentação fraca na área, apenas algumas enfermeiras, alguns visitantes, mas nenhum paciente que tenha recordação. Estava pronta para dar algumas voltas pela redondeza atrás do seu paciente quando ouviu uma voz atrás de si. - Devo dizer que vê-la de jaleco com estetoscópio ao redor do pescoço, me deixou com um inicio de ataque cardíaco, espero que esteja pronta para se responsabilizar sobre isso, Doutora Kang. - A loira demora meio segundo para reagir, realmente não imaginava ouvir aquela voz, muito menos ser recepcionada por aquele sorriso divertido e malicioso depois de uma semana sem qualquer contato com ela.

 

- Me responsabilizar por sua mente fértil, Kim? Isso sem dúvida seria trabalhoso demais, até mesmo para mim sendo uma médica e uma Kang. Sem mencionar que eu não lembro de ter lhe convidado para uma visita. Ou andou tendo encontros íntimos com outra bala perdida? - Os olhos da loira vagavam por Minkyung procurando algum sinal de machucado, mesmo que soubesse que ela não iria vir se tratar num hospital universitário tendo dezenas de clínicas ao seu dispor se a polícia não tivesse atrás dela. Mesmo com todas as suas teorias, não podia esconder que tinha uma visão atraente na sua frente, com a bela mulher com blusa social aberta nos primeiros botões deixando a sua gargantilha exposta, calça jeans e botas tudo de cor escura, que era complementado pelo com o sorriso de Minkyung que apenas se ampliava com a resposta da loira.- Mas devo dizer que estou aliviada em ver que está inteira e sem qualquer ferimento, seria um desastre se resolvesse voltar a se instalar no meu apartamento.

 

- Tem certeza que quer dizer isso, Doutora Kang? Eu estava com esperança que nossos dias juntas também estivesse sido marcantes para você, quanto foi pra mim. - A malícia no seu comentário faltava pingar dos belos e perigosos lábios de Roa. A loira apenas ergueu a sobrancelha sem acreditar que ela ainda estava continuando com seus flertes diretos.

 

- Oh, sem dúvida foi bem marcante ser um brinquedo de diversão para um Kim enquanto ela estava entediada na sua internação. - A loira disse sem fazer questão de esconder a ironia de suas palavras, a mais velha estava preste a responder quando a loira olhou em direção ao corredor. - Espere aqui, Kim. Eu tenho algo para você. - A expressão de surpresa da mais velha fez Rena ganhar um sorriso divertido, apressando os passos até a sessão de armários dentro do banheiro dos médicos, onde cada membro tinha seu pequeno armário. Em um pouco mais de cinco minutos estava de volta, a sua visita deslumbrante parecia estar levando um flerte de algum dos médicos fixos do hospital.

 

- Agradeço a proposta mas eu já tenho a minha médica particular. Não preciso de nenhum check-up que não seja feito por ela. - Roa disse calmamente apontando para a loira que estava logo atrás do médico, que ao se virar e encontrar Yaebin mostrou surpresa. - Oi, meu amor.

 

- Espero não ter demorado muito… Ou estou atrapalhando algo? - Yaebin levantou a sobrancelha pro homem logo o reconhecendo. Ele já havia dado em cima dela uma vez, mas quando ele tentou uma mão boba ganhou um pequena luxação no pulso como resposta. O médico ainda parecia lembrar bem desse dia, já que se apressou em se afastar. - Aqui. - A jovem estendeu um pequeno saquinho de veludo preto diante do rosto da morena, que rapidamente perdeu a pose de princesa gangster, voltando a ser a irritante Kim que aprendeu a lidar. Apesar de que sempre notava que a mais alta realmente agia diferente consigo. “Pare de sonhar, Kang.” Se repreendeu mentalmente, enquanto acompanhava Minkyung pegar o saquinho com curiosidade.

 

- O que é isso? Nossas alianças de casamento? - Perguntou animada, a loira se limitou a bufar colocando as mãos nos bolsos do jaleco, quando a mais velha estava prestes a abrir, a loira impediu ao segurar a mão alheia junto ao pacote, murmurando “aqui não”, o que deixou Minkyung ainda mais curiosa. - Você falando assim, eu posso pensar em muitas coisas, Doutora Kang.

 

- O que você quer de mim, Kim? Eu já lhe entreguei o que precisava lhe dar. Então porque não me deixa continuar o meu trabalho, enquanto você vai contrabandear alguma coisa por aí, hm? - A loira mostrou um pouco de irritação com a diversão alheia, sem saber que o motivo da morena, era um residente que parecia ser um pouco mais novo que Yaebin olhando para a dupla, parecendo incomodado com a proximidade das duas.

 

Roa levou a mão ao rosto alheio, passando a ponta dos dedos pela  bochecha da loira que a olhava com desconfiança, mas não impediu o toque. - Não é óbvio? Eu vim buscar para almoçar. Afinal de contas você está a uma semana sem entrar em contato comigo. Tem noção o quanto me deixou com saudades? - O tom baixo e sedutor da mais velha poderia parecer ainda mais uma brincadeira, mas algo nos olhos da morena pareciam intrigar a Yaebin que parecia considerar que talvez tivesse uma fração minúscula de verdade em suas palavras. - Então, o que me diz? Prometo te trago pra cá se ainda precisar.

 

- Bom… - Yaebin olha para o relógio de pulso parecendo pensar sobre alguma coisa.

 

- Kyulkyung, fala para minha namorada que ela precisa aceitar almoçar comigo, antes que eu acabe com alguma doença por culpa da saudade. - Minkyung interrompe os pensamentos da loira, logo sentindo um tapa no seu braço, a fazendo resmungar.

 

- Doutora Kang, como pode negligenciar sua namorada dessa maneira? Que tipo de médica é você que não aplica a dosagem certa de atenção ao seu relacionamento? - O tom sério da Kyulkyung surpreendeu até mesmo Yaebin que ergueu a sua sobrancelha e deixou escapar uma risada incrédula com a situação, sua amiga realmente acreditava na existência desse relacionamento. - Antes que diga alguma coisa, pode ir. Você ainda tem uma hora de plantão, pode deixar que eu assumo para você, até porque você pegou dois plantões seguidos por minha causa. Vá se trocar antes que eu tenha que mandar internar você por más condições físicas, hm? - A chinesa autoria nem deixou a loira rebater antes de empurrá-la para a sala que veio minutos antes. - E você, se certifique de alimentar muito bem a nossa loira e garanta que ela tenha boas horas de sono e não permita que ela apareça aqui amanhã, que eu tenho certeza que ela vai tentar pegar outro plantão. Está ouvindo, Minkyung?

 

- Sim, senhora. Prometo que manterei doutora Kang bem ocupada para chegar perto daqui. - O tom divertido de Minkyung relaxou um pouco a loira que continuou seguindo o seu caminho, aliviada em saber que a princesa gangster não parecia se incomodar Kyulkyung. Afinal de contas, a chinesa acabara de emitir ordens para uma das pessoas mais poderosas dentro da Pledis e ficou viva para contar a história.

 

Em um pouco mais de 15 minutos Yaebin retorna para o hall se deparando com uma cena que levava tudo para ser um caos na sua vida. Se não bastasse Kyulkyung acreditando que a loira tinha uma namorada, agora Roa tinha implantado tal ideia na mente de Eunwoo. - Kang Yaebin! Você está em apuros! - A enfermeira apontou o dedo na face da loira assim que ela se colocou ao lado da morena mais alta. - Como não me contou sobre ela?! - Eunwoo apontou para Minkyung que a olhava com diversão, mordendo o inferior para conter a risada pelo drama que Eunwoo fazia. - E o pior disso tudo… Como conseguiu essa proeza?! - As mãos da enfermeira foram ao ombro da loira sacudindo a mesma levemente, que ergueu a sobrancelha tamanho o drama da amiga. -  Me diga como você conseguiu uma namorada dessas?! Eu realmente preciso aprender a conquistar alguém assim.

 

- O que disse Jung Eunwoo? - A loira e a enfermeira congelaram ao ouvir a chinesa falar logo atrás de Eunwoo. - Por acaso está interessada em alguém para ter essa necessidade toda? - A frieza de Kyulkyung não passou despercebida pelas garotas, Minkyung olha discretamente para Yaebin como se perguntasse sobre um possível interesse entre as duas. Mesmo sem existir palavras ditas, a loira por um momento parecia entender tudo que a mais alta queria falar, apenas concordou com a cabeça.

 

- Bom erh...que… eu… - Eunwoo solta Yaebin se virando lentamente para Kyulkyung tentando achar palavras para começar a se explicar por ter falado mais do que devia. Rena já estava acostumada com isso, era sempre assim, Eunwoo falava demais quando estava empolgada. Agora a médica não poderia ajudar muito sem comprometer ainda mais a enfermeira, que chegou a se ajoelhar uma vez diante da loira para fazê-la prometer que não falaria nada para Kyulkyung sobre seus sentimentos e nem mesmo interferir nisso. Por saber que era recíproco Rena não queria prometer, mas talvez por sua doutrina como uma Kang ela manteve a sua palavra. E agora vive a agonia de ver as duas apaixonadas e não pode fazer nada, porque havia feito aquela maldita promessa. A situação era tão óbvia que Minkyung precisou de apenas dois minutos para notar aquilo, se sentia tão frustrada em não poder ajudar, mas não esperava que a princesa gangster fizesse isso no seu lugar.

 

- Ela não precisou fazer muita coisa, Eunwoo, apenas disse sim. - Minkyung disse passando os braços em volta de Rena que apenas revirou os olhos ao notar o olhar arregalado de Eunwoo com a cena. A enfermeira não conseguia esconder a surpresa, já que a amiga não era muito de tocar as pessoas, na verdade nem mesmo de se aproximar muito. Ter a mais velha em volta de si, deixando um beijo rápido em seu rosto, recebendo apenas um olhar de repressão de Yaebin, era realmente algo novo. - Eu me arrisquei, me declarei e ela disse sim. Você só precisa fazer isso se está interessada em alguém, até porque se ela chamou a sua atenção, pode ter chamado de outras pessoas também, então eu imagino que ela possa estar correndo o risco de ser roubada, não? - Minkyung piscou para Eunwoo antes de olhar para Kyulkyung, fazendo a enfermeira arregalar os olhos ao notar que a mais alta sabia. - Bom, agora se me permitem eu estou levando a minha namorada embora, antes que ela seja roubada por um cara que não tira os olhos delas na última meia hora.

 

Com o comentário, o trio ficou surpreso não demorando para a chinesa encontrar o motivo, mas não revelando as demais, apenas concordando com Minkyung e empurrando o casal para a porta de saída, ignorando Eunwoo no processo.

 

- Kyulkyung, era brincadeira com a Yaebs, não fica assim. Kyulkyung... Kyulkyung, volta aqui. - Foi a única coisa que a dupla ouviu antes de sair em direção ao estacionamento. No mesmo instante que ficaram fora de vista da dupla a morena pegou do bolso o pequeno saquinho parecendo muito empolgada em ver o que tinha dentro. A loira apenas riu do comportamento até infantil da mais velha, enquanto colocava as mãos dentro dos bolsos. Notou quando a Roa virou o embrulho contra a palma da sua mão, revelando a bala que havia sido retirado dela na noite que se conheceram. - Você estava andando com isso o tempo todo? Virou seu amuleto da sorte ou algo para se lembrar de mim? Eu sabia que você não tinha me esquecido.

 

- Sonhe menos, Kim. - A loira olhou para a mulher convencida andando ao seu lado, o que despertou um pouco mais o lado provocador da jovem. Sem falar nada parou na frente da mais alta ficando perigosamente perto, podendo assim ficar na ponta dos pés para sussurrar no seu ouvido. - Vai precisar mais do que ser baleada me fazer te salvar. Ou me jogar contra uma porta e fazer um discurso possessivo...Para me fazer acreditar nesse seu papo que eu pertenço a você e me fazer querer te dar qualquer coisa que não seja a minha obrigação como Kang. - Yaebin por ter se enganado, mas teve a leve sensação de ver o corpo feminino mais alto se arrepiar quando a sua respiração quente bateu contra a orelha alheia. O que de algum modo acariciou o ego da loira, ao se afastar devagar sem olhar diretamente para Minkyung.

 

- E, não. Eu só estava andando com isso porque eu não sabia o que fazer e ao perguntar para Seulgi, ela disse que talvez você quisesse para servir de troféu ou sei lá o que os gangster fazem com a sua coleção particular de balas retiradas do seu corpo. - A loira deu de ombros, antes de se afastar com um sorriso travesso seguindo o caminho em direção ao estacionamento, sem se incomodar com o sorriso travesso que surgiu nos lábios da mulher mais velha.

 

- Kang, você realmente é uma caixa de surpresa… - Minkyung comenta para ninguém em especial desviando o olhar da garota mais a frente para o projétil em sua mão, guardando no saquinho e colocando no bolso, sem dúvida tinha planos interessantes para aquele objeto. Ao chegar no estacionamento se surpreende ao encontrar Yaebin já encostada contra seu carro. A visão por si sem dúvida chamava atenção, já que a loira tinha os fios soltos dançando contra o vento, as mãos nos bolsos da jaqueta de couro que ganha destaque contra o moletom vermelho com capuz que tinha por baixo, jeans preta rasgada nas coxas e um allstar vermelho, com sua mochila apoiada em apenas um dos ombros. - Como sabia que esse era o meu carro?

 

A loira olha para Minkyung por um momento antes de encolher os ombros distraidamente. - Esse é o único que parece com você. - Comentou como se fosse algo bem óbvio, pelo menos para ela era. A princesa da máfia levantou a sobrancelha com a resposta, lançando o olhar para o próprio Audi R8 Star of Lucis preto e depois para a jovem estava encostada nele.

 

- O único que parece com comigo?

 

- É o único carro que é tão bonito e arrogante quanto você, sem dizer que é a única versão limitada que tem estacionada por aqui. Tenho certeza que os Kim também adoram curtir o quanto são edições limitadas para o apreço dos seus súditos. - A loira não deixou de explicar com uma pitada de ironia, antes de entrar no carro que foi destrancado pela morena.

 

- Gosto do seu ponto de vista das coisas, Yaebin. Você tem uma mente perigosamente estrategista e observadora, sem dúvida você pegou o melhor da Seulgi e da Irene. - O tom foi divertido, quando colocou o belo carro para trabalhar, não demorando para encontrarem a avenida principal. Yaebin observava o carro por dentro, já que era primeira vez que entrava num carro daqueles, mas logo a sua curiosidade foi desviada para o sorriso extremamente animado que Minkyung tinha nos lábios. - Especialmente, gosto de saber que você me acha bonita. Tem algo a mais que a minha namorada acha de mim?

 

Um riso divertido acabou escapando dos lábios da loira, que se acomodou melhor no seu banco e olhando para MInkyung. Talvez pudesse se acostumar com aquele provocador da princesa da máfia, por isso resolveu continuar na brincadeira. - Eu acho muitas coisas de tudo a minha volta, mas se quiser saber… - Os olhos de raposa ganhavam um brilho intenso quando se encontram aos castanhos da médica. - Terá que me fazer falar, Kim.

 

- Desafio aceito, Kang. E quando falar, me certificarei que você também fale que é minha.



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