1. Spirit Fanfics >
  2. Sem medo de enfrentar - Jeon Jungkook >
  3. Meu querido amargor

História Sem medo de enfrentar - Jeon Jungkook - Meu querido amargor


Escrita por: _Gocci_ e _Gocci

Notas do Autor


Resolvi terminar logo o capítulo porquê ontem tapiei muitos! Já anotei as músicas e vou jogar na playlist até segunda feira. Obrigada por todo o amor e ajuda que me deram!!!!

Sou tão rápida né gente??? XDDD


♡ BOA LEITURA ♡

Capítulo 27 - Meu querido amargor


Fanfic / Fanfiction Sem medo de enfrentar - Jeon Jungkook - Meu querido amargor

Foram segundos prolongados intensos e tensos de olhos nos olhos, até que, o Jungkook cedeu me abraçando pela cintura e colocando a cabeça no meu colo. Ele chorou, chorou como uma criança inocente. Toco o cume de seus cabelos, atravessando os dedos por entre os fios macios e escuros.

Ver ele frágil, se derretendo na minha frente, me fez instintivamente acompanhar o mesmo. Ele está tão triste que, não sei como o ajudar de maneira alguma. Bem, eu tive mil idéias de como fazer isso, talvez mudando de assunto ou o animando, mas, ele precisava pôr todo aquele turbilhão pra fora.

A única vez que fiquei nesse estado foi quando a minha tartaruga Picles, morreu. Imagine, alguém que perdeu uma pessoa tão próxima na morte? Fora que, quando o Jungkook chegou na minha casa, soube superficialmente que não fazia nem um ano que ele tinha perdido a sua mãe. Não sei o que dizer no momento...

"Você quer me dizer como se sente agora?" Era tudo o que queria perguntar, mas ele continua a molhar a moletom com o choro. O Jeon já estava se abrindo e queria que eu me tocasse que para ele chorar em minha frente, é um ato de confiança em mim e de vulnerabilidade extrema de sua parte.

— Obrigado por isso. — sua voz soou embargada, a garganta empedrada não permitia que o mesmo falasse alto no momento.

— Não precisa se fazer de forte todo o segundo e se quiser todas as vezes que se sentir mal, chorar ou me sinalizar que você não tá' legal, se sinta confortável. — acaricio o seu corpo, voltando sempre para lhe fazer um cafuné ou um afago no rosto e cabelos.

— Eu não consigo esquecer os nossos momentos. Foi tão doloroso pra mim e saber que eu poderia ter evitado… — soltou, me assustando e prosseguindo.

— Quer dizer como foi? — incentivei.

….

20 de Novembro.

1: 37 AM

O motor do novo carro de Joaquim rosnou ignorante para a turma. Sorri vendo o mesmo apresentar-se para a corrida. Com aquele possante, era impossível dele perder e finalmente ganhar a aposta contra os caras do Queens. Me aproximo, colocando o rosto ao nível do vidro. Joaquim testa mais uma vez o ronco do R8 esportivo. Ele está extremamente animado por exibir a nova conquista.

— Já estou vendo que vai fracassar miseravelmente nessa manutenção. — Margot comenta.

— Não pilha ele, deixa o seu irmão em paz, ruivinha. — me distanciei do automóvel, amarrando Margot nos meus braços como gosto de fazer em público.

— Tá' com ciúmes do carro agora? — Joaquim ironizou a possessão da mais velha. De fato, Margot tinha um pouquinho de ciúmes de mim…

— Falando nisso, porque deixou a Vera vir? Já disse que não quero que fique perto da nova garota do curso, Jungkook. Desde que entrou vive dando em cima de você e na minha frente… — olhou para o lado rapidamente, Vera mantinha seus olhos para cá.

— Eu já cuido disso, maninha. — o Swan abandona o veículo, põem o seu melhor sorriso e tira a jaqueta - que era um belo disfarce para mascarar as suas tatuagens nos braços - muitas delas relacionadas com suas bandas, anarquismo e frases de tom niilista.

Ele chega perto de Vera Agdal e começa uma conversa que parece promissora pela mão tocando no cabelo, a mordidas de boca durante os sorrisos dados pela garota e a postura receptiva perante as palavras que o Joaquim soltava.

— Meu irmão é um cafajeste profissional mesmo. — se manteve séria mediante à isso como com tudo ultimamente. Margot, estava um amargor.

De acordo com os anos Margot está ficando mais dura em sua postura, se deprime facilmente ou muda de humor em fração de segundos, briga comigo sem motivo e vive repetindo que tem medo de que eu a deixe. Antes íamos há várias festas e falávamos sobre besteiras à todo instante. Mas, eu sei que anteriormente, ela não havia perdido o pai assassinado por dois caras misteriosos e nem por causa disso se tornado uma estudante de direito, parece que tudo isso tinha levado a sua diversão, alegria embora e também roubado o entusiasmo que eu pensei que teria ao ingressar no curso.

— Não precisa ficar tão brava, relaxa. — a puxei para mais perto abraçando o seu corpo por trás. Ela segura as minhas mãos as mantendo o mais forte que consegue ali em si.

— A coisa que eu mais tenho medo no mundo, é que você deixe de ser doce assim por causa do seu novo estilo de vida. — girou seus pés, ficando de uma curta distância do meu rosto. Seus lumes amêndoa brilham ajeitando o meu cabelo atrás das orelhas docemente.

— Eu te disse que te amo mais que à mim mesmo. — sinto seus beijos no meu queixo, me trazer grande conforto.

— Me promete que vai parar de andar com aqueles caras e fazer essas tatuagens? Eu não gostei da sua idéia de colocar um novo piercing. — ficou emburrada, se referindo ao de língua e ao meu projeto de por um nos "países baixos".

— Antes você gostava. — replico, usando seu próprio argumento ao meu favor.

— Exatamente, antes de a gente ter a idéia de sermos bons profissionais respeitados. — continuou ditando o que achava de melhor. Mas esse jeito de ser, significava uma nova etapa na minha vida. Eu estava me descobrindo, apreciando uma liberdade sem igual e adorando poder agir com o meu coração pela primeira vez.

— Não posso prometer, eu curto tudo isso, eu me identifiquei com eles e com essas coisas. Isso não altera quem eu sou e nem a minha personalidade. — não cedi novamente.

— Um dia você vai ser enquadrado pela polícia ou vai ser proibido de advogar por conta disso e eu não vou te defender. — se afastou há passos largos. As brigas estão constantes desde que completamos um ano de casados.

— Então, os errados seriam eles por me julgar pela aparência. Tanto a minha idoneidade quanto a minha competência? Vai ser uma má fatalidade, minha querida Margot. — sorri desprezando seu conselho, que poderia ser vantajoso eu sei, mas pela primeira vez na vida estou sendo eu mesmo, fazendo as coisas que eu quero e tomando atitudes que desejo.

— Você mudou demais, não é como antes… Preocupado com as coisas. — cruzou os braços.

— Você o dobro. — e felizmente fomos interrompidos pela grata chegada do Joaquim com uma Vera ao seu lado.

— Brigando mais uma vez com seu homem? Como você é esquentadinha. — brincou com a irmã.

— Ser um pouco prudente agora é ruim? — rebateu dura em sua postura.

— Jeon, não tá fazendo o seu trabalho direito? — insinuou o Joaquim que ganhou uma resposta de revirada de olhos da parte de Margot. — Leva a vida mais na boa irmã. Porque não vem ser o meu par na primeira rodada só para refrescar a sua memória de como é se divertir? — no mesmo instante, Margot permitiu habitar em sua expressão um sorriso desafiador.

— Tudo certo, mas eu dirijo. — pegou as chaves do bolso do irmão, apenas para mostrar que ainda era uma mulher de aventuras.

A Margot então entrou no carro, aqueceu o motor e buzinou para projetar o máximo de atenção para si.

— Você é péssima no volante, ainda bem que vai ter o prazer de ganhar aulas de direção comigo. — o Joaquim não perdeu tempo na hora de provocar e irritar mais um tanto à mais velha.

Fiquei eufórico com a possibilidade de ver a Margot sorrindo de novo, fazia muito tempo que não era apresentado à garota divertida, imponente e destemida que ela sempre foi. Margot me ensinou à viver, me introduziu no sexo, no rock, em seu mundo tão divergente do meu. Dos costumes e valores com o qual o meu pai me criou. E foi libertador não ir aos domingos à igreja.

Assim que os dois irmãos ocuparam o carro para ir até a pista, Margot me olhou e silibou um "Eu te amo".

….

À medida que o Jungkook me conta como foram seus últimos minutos com a esposa, roda um filme na minha mente de tudo o que ele diz, mudando complementamente meu ponto de vista mediante a sua dor.

— Foi as duas e sete da manhã que eu descobri que seria o último "eu te amo" dela. Eu me lembro exatamente o horário. — não mais no meu colo, agora o Jeon se senta na mesinha de centro para estabelecer uma conexão visual durante o seu relato.

Era muita coisa pra eu digerir, sabe? Fico segundos em silêncio sem conseguir formular uma única frase ou quiçá palavra para consolá-lo. Quem sabe se eu tivesse escutado a Doroh, teria dizeres consoladores da bíblia? Ou como talvez bons artifícios para deixar alguém alegre como o Hoseok, que sempre tem uma atitude otimista?

— Depois de tudo isso eu adoraria te falar algo bonito, mas… — meu olhar se esvaziou e se preencheu de vergonha por não ter uma única coisa boa para comentar.

— Não precisa, eu já estou esgotado de saber que tudo vai ficar bem. Depois de um tempo, a própria realidade se impõem sobre os nossos sentimentos e perspectivas. — abriu um sorriso mínimo. Jungkook pega o celular e eu entrego um bocejo. — Se quiser subir… Já são cinco da manhã. — sugere, aparentemente sem forças para prosseguir mais. Jungkook está acabado emocionalmente e por mais que eu esteja morrendo de curiosidade para lhe direcionar milhares de questionamentos, resolvi atender ao seu pedido implícito nas palavras e explícito no olhar.

— Tem certeza? — dobrei as sobrancelhas.

— Você está cansada, pode ir. — me liberou.

Sorri, depositei um beijo singelo na sua bochecha e subi as escadas depois daquela exaustiva e extensa conversa. Assim adormeci profundamente ao pousar a minha cabeça pesada sobre o travesseiro.

Horas bem mal dormidas depois, sou desperta por uma voz ríspida e conhecida. Pela luz que entra pelas janelas, devemos estar na parte da tarde. Dormi tanto e mesmo assim parece nada. Duas vozes logo aparecem em um diálogo nada amistoso. Meus olhos abrem demoradamente, me obrigo a contrapor meu corpo mole e ir para as barras de ferro que delimitam o mezanino. Com absurda lentidão e dificuldade, visualizo o meu… pai? Como ele poderia ter descoberto o endereço do Jungkook e mais, porque os dois estavam tão exaltados?

Procuro me acalmar e me situar. Estando ligada, desço as escadas calmamente ao passo que começo a escutar de forma limpa o que eles conversam.

— Eu não vou convencer a Abigail de ir com você, já disse. — gritou o que reconheço ser o timbre do Jungkook.

— Mas, eu necessito que o faça, Jeon. Eles sabem que estou no país e você não quer que eu seja intimado, não? O que fizeram contra mim foi uma injustiça, armadilha e eu quero somente, dar uma vida digna para a Abigail. — papai suplicou. Eu nem desconfiava que ele pudesse saber o endereço do Jungkook, mas de algum modo, ele sabia.

— Guarde o choro pra polícia, porque eu sei que você é um verme! Pare de me perseguir senhor, se a Abigail não quiser ir, é um problema entre vocês. — o Jeon tentou fechar a porta, entretanto, o Melnik continuou intrusivo.

— Foi a Leona e o seu pai que espalharam essas mil mentiras a meu respeito? — os dois se encararam por segundos silenciosos.

— O único pai mentiroso dessa história não é o meu e provas, documentos e depoimentos não são mil mentiras. — Jungkook disse com extrema precisão, me fazendo duvidar que ele esconde um mar de informações sobre a minha família. Ele mentiu pra mim naquele dia nas Maldivas ou a Leona arquitetou um ótimo plano e executou com classe sua arte de enganação. Típico.

— Quanto quer pra convencer a Abigail à ir comigo até depois de amanhã? — Otto foi direto e sem nem ao menos fazer a retirada de sua carteira do bolso, levou um empurrão e uma porta na cara.

Após a partida bruta do senhor Melnik, desço as escadas suavemente e paro na metade delas sem a ambição de prosseguir até o Jungkook.

— Porque não disse que o meu pai estava te procurando? — entrelaço os braços um dentro do outro, mantendo um olhar fixo para o mais velho. O Jungkook se aproxima da escada, me encarando.

— Porque eu sabia que independentemente de eu contar sim ou não, você vai escolher ir com ele. — subiu um degrau. Me notou de perto. Jungkook usa apenas uma moletom cinza e exibe um peito exposto. Mesmo nessa situação intragável, meu corpo me trai. Eu queria ficar brava, fazer questionamentos por mais medo que tivesse das respostas, todavia… Perco as forças.

— Eu não vou pra ficar o resto da vida lá, vão ser apenas uma ou duas semanas. No máximo. — esclareço, enquanto sou julgada pelos seus olhos tão negros quanto cruéis.

— Não foi o que o seu pai me disse, claro, não sabe nem que estamos juntos. — expressou seu descontentamento com uma risada soprada, anasalada. — Está acostumada aos luxos e não vai voltar.

— Eu juro que vou dizer, quando for um bom momento. Talvez a viagem fosse uma bela oportunidade… — corto os duros centímetros que nos separam e estreito os nossos corpos. Abraço o Jungkook pelos ombros, ganhando sua atenção positiva aos poucos. — E se você vier comigo pra garantir que ele não vai me prender lá? — brinquei, tratando de amansar o grandão. Beijo o seu rosto, passo pela linha da mandíbula deliciosamente e caminho para a orelha, esbarrando no seu pescoço apenas arrepiar o Jeon.

— Já li em algum livro que dizia que os Hotéis-Fazenda da Holanda são os melhores. — Jungkook afirmou sério. O quê? Ele estava julgando mesmo a possibilidade maluca de ir viajar só pra me vigiar? — Então, quando vamos?



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...