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História Sem medo de enfrentar - Jeon Jungkook - Joaquim Swan


Escrita por: _Gocci_ e _Gocci

Notas do Autor


Vou manter essa fic por ser um conteúdo mais clean e ACHO que não levarei "ban" por causa dela não abordar muitas coisas pesadas. Desculpa pela indecisão, mas tive que REAVALIAR o que posso postar aqui nesse site. E como já escrevi até a metade, vou postando aqui. Desculpa a demora pra voltar com a fic, mas a gente não pode dar mole por essas bandas. Espero que entendam.

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Capítulo 5 - Joaquim Swan


Fanfic / Fanfiction Sem medo de enfrentar - Jeon Jungkook - Joaquim Swan

Biblioteca de Columbia.

Termino os exercícios de química com o pequeno grupo de estudo que foi formado nesse último mês para o fechamento deste primeiro trimestre. Surreal! Três meses passaram-se voando, assim como o meu objetivo de conquistar a minha consciência limpa. Noah, o nerd da turma que está no mesmo curso de farmácia que eu, encerra a sua explicação extensa sobre as estruturas químicas utilizadas em produtos de cuidados com a pele. Estávamos revisando a matéria chata da semana. Bem, adoro exatas, mas ultimamente está sendo difícil manter a empolgação com os exames chegando.

Os meus colegas se vão, deixando a mesa. Prefero ficar sentada, recapitulando o que estudei. Esse exame de amanhã é muito importante pra mim.

— Vai ficar aí sozinha? Se quiser eu te dou uma ajudinha na parte da cosmeticidade. — Noah, sorridente senta-se ao meu lado. Nunca vi ninguém que venerasse os estudos como ele… E mais, adorasse dar em cima das garotas novatas.

— Tô' legal… A matéria não tá' tão difícil assim. — na verdade, só foi ele me oferecer ajuda que até começou a ficar fácil.

— Tem certeza? Sou o número um da turma, sabia? — se glorifica com um risinho de canto. Apesar de ser um nerd, ele não é nada do estereótipo criado no imaginário mundano. Ele tem olhos claros, cabelos escuros e uma boa altura. Mas o que me incomoda é o fato da arrogância bater forte naquele cidadão. — Na boa, mulheres não são tão boas em exatas. — ergue as sobrancelhas, colocando os seus materiais por cima da mesa todo insolente.

— Então, eu sou um homem? Quem sabe um andrógino? — fecho o livro mediante a sua afirmação carregada de estereótipos.

— Você é uma das poucas que se arriscam por aqui, por isso te admiro. — coloca as mãos por cima da mesa.

— Até me sentiria ofendida pelo seu comentário de mau gosto, mas confio na individualidade. Está no curso quem se interessa e quem tem capacidade, melhor não generalizar. Apenas os imbecis fazem isso. — recolho minhas coisas, evitando contato visual. Tinha pior maneira de conseguir uma aproximação? Se sim, duvido que seja pior que esta.

— Isso não foi uma tentativa de te deixar brava... Foi apenas uma observação… — ergue-se junto comigo da pequena mesa.

— Melhor não falar muito por aqui, é a biblioteca. — dou uma advertência franca, indo em direção as estantes para devolver os livros que tinha pegado. OK, não querendo ofender; mas porquê tinham que colocar uma senhora tão "antiga" na recepção? Ela já estava no décimo terceiro sono em cima dos livros devolvidos… Pronto, agora tenho que eu caçar estante por estante, já que o humor da velinha já não é o dos melhores. Mas em uma coisa seria bom, ficaria bem distante daquele babaca.

Vou procurando por categoria as estantes e devolvendo cada livro para o seu lugar, exatamente onde achei e espera… um dos livros que peguei era de literatura francesa? Alguém deve ter esquecido na nossa mesa e eu pego sem perceber. Depois de repor os livros de química, caminhei pela biblioteca um tanto escura, até a área de literatura. Eu nem conhecia esse lugar de tão "anti-humanas" que eu sou. Deve ser umas dez da noite, eu realmente deveria deixar esse livro em qualquer estante e ir dormir um pouco depois de tanto estudo, mas não, eu tinha que facilitar a vida dos universitários pra me sentir bem.

Madame Bovary, o livro que eu precisava devolver.

Subo as escadas indo para o andar superior, a biblioteca era ainda mais vasta para as estantes separadas por nomes dos autores e até as nacionalidades de cada literatura.

— Literatura Ítalo-americana, inglesa, italiana… — ia procurando nome por nome, ao passo que vou me deslumbrando com os livros nas estantes, pareciam realmente bons.

— Baudelaire, inventou uma nova estratégia da linguagem, incorporando a matéria da realidade grotesca à linguagem sublimada do Romantismo. Suas poesias retratam a inquietude, o mal e as paixões da alma humana. — divinamente uma voz familiar ecoou do fim do corredor até mim.

Decido me aproximar um pouco mais, sorrateiramente, quase pelas pontas dos dedos dos pés para não atrair a atenção da leitora.

A última mesa ocupada no cantinho da biblioteca, me surpreendeu. Agnes estava sentada em cima da mesa e o mais incrível — Jeon Jungkook está em pé frente a esta lendo um livro que pelo conteúdo pronunciado parecia a biografia de um escritor famoso. Há cerca de sete pessoas aos arredores da mesma mesa, provavelmente estudando para os exames.

— Madame Bovary, continua sendo o meu livro predileto. Particularmente, Gustave Flaubert, tem a sua escrita única que desafia as estruturas literárias e sociais. O modo como ele retrata a hipocrisia da sociedade em questão é o que mais gosto. — olhei a capa do livro que eu havia pegado por engano, e por mais coincidência que seja, era esse mesmo que ele exalta.

Faz três meses que visito o lar dos idosos e sai do projeto da ONG à pedido de Jungkook. Desde a última vez que discutimos feio, evitei o contato. Puff, eu sinto que estou tão distante do meu objetivo e cada dia mais, muito mais longe.

Acredite, nessas doze visitas aos domingos, Agnes e eu não saímos da conversa normal. Ela sempre me corta e vai fazer outras coisas, confesso que estou gostando de estar com ela, mas ela é muito "arrisca" para termos uma amizade achegada.

— Qual vai ser o livro pra sua citação de amanhã? — uma garota de cabelos laranjas e tranças, pergunta ao Jungkook que puxa um livro detrás de si.

— Vou de Madame Bovary mesmo. — O Jeon sorri marcando uma página.

— Quebrem a perna, grandes mentes pensantes! — deseja entusiasmada a garota de cabelos tão laranjas que parece um daqueles uniformes de penitenciária feminina.

Quanta diferença nós de exatas e eles de humanas, ali até parece que há amizade. E isso existe no ramo universitário? É sempre um querendo pisar na cabeça do outro apenas para ser o primeiro da turma e ganhar créditos com o professor.

— Se perdeu? Humanas não me parece ser o seu forte. Confesso, me dá certa alergia entrar aqui. — um cara do além, veio puxando uma conversa estranha como se bem me conhecesse.

Ele é visivelmente cadeirante, usa uns óculos e uma jaqueta de couro.

— Como sabe que eu sou de exatas? — sorri colocando o livro em seu devido lugar e olhando de soslaio com um sorriso nervoso.

— Posso não andar, mas tenho dois olhos mesmo que não muito bons também. — proseegue me seguindo com a cadeira, enquanto eu tentava sair pelo norte.

— Tem certeza que não lembra de mim? Aby, fala sério. — como um clique imediato na mente, me veio a recordação da voz de Joaquim… Joaquim Swan… Mas ele não era cadeirante! O que houve? E como ele me achou?

— Joaquim? O que aconteceu com as suas pernas? — engoli em seco, parando em frente a este que dá um riso.

— Tive um acidente de carro no segundo ano, mas estou melhor. Agora, você pelo visto, não. — reparou de cima a baixo o meu visual. Ok, é isso que eu mereço por fazer perguntas demais.

— Passei por alguns problemas financeiros e juro que estou muito arrependida pelo que te fiz no oitavo. Eu não sou mais a mesma. — falo com certa vergonha, desviando o olhar.

— Isso é realmente uma pena. A Aby, apesar de chata e destruidora de auto-estimas, era divertida. — argumentou sorridente. O acidente deixou ele sem movimentos das pernas e da mente também? A Antiga Aby era um risco para a sociedade em potencial.

— Porque diz isso? Eu fui muito ruim com você. — apertei os meus livros contra o meu corpo pra me trazer certo conforto.

— Olha, será que a gente pode conversar em uma das mesas? Me dá torcicolo ficar te olhando dessa altura. — foi engraçado e eu fiz como pediu, passamos a ocupar a mesa que o Jungkook e seu grupo de estudos abandonou.

— Como fez pra me achar? Estou te procurando há meses.

— Eu também, não vou negar que tive que espionar a sua rotina até poder chegar em você. Sei que está aqui pelo Jungkook, Agnes e eu, e também sei que quer muito um perdão de nós três. É por causa da sua lista, não é? — assertivo. Me choca complemente, nem mesmo Judite sabia tão bem dos meus segredos e estamos morando juntas faz um tempo.

— Quem é você Joaquim? O que quer de mim? Vingança? — meu coração quase saiu pela boca, ele estava informado demais.

— Não. Não, contra você pelo menos… Digamos, que eu precise de alguém com a sua coragem e com a sua inteligência do meu lado. — complemente estranho, me fez sentir como se estivesse sendo recrutada pra algum grupo terrorista.

— Pode ser mais claro?

— Só se eu ficar sem meu banho de sol… Você não é tão burra. — disse em um tom debochado.

— Ok, vamos rememorar… Você me procurou por meses e agora quer me "usar" pra se vingar de alguém, certo? — coloquei meus livros na mesa.

— Vingança não é uma boa palavra e sim justiça. Se me ajudar, eu posso te ajudar também. — Joaquim pega seu Iphone e volta a me encarar com aqueles olhos verdes misteriosos por trás das lentes. Ele abre a galeria no dispositivo e começa a me mostrar um vídeo.

Bem, para resumir é um vídeo bem escuro de alguém entrando em uma sala e mexendo em um computador. Parece que atuam em dois, pois tinha outra pessoa espiando se alguém vinha na porta. Me lembrava a sala do reitor da Universidade.

— Alguém da fraternidade Sigma se infiltrou na sala do reitor pra roubar algum arquivo comprometedor, ou o mais provável mudar as notas de alguns membros da fraternidade, mas isso não importa agora. O ponto que eu quero chegar, é que esses desgraçados nos incriminaram de alguma forma fazendo que a fraternidade Gamma perdesse a sua casa. — recolheu o celular.

Agora entendi tudo e muito da sua revolta…

— Mas, o que eu tenho a ver com a sua sede de justiça? — indago um pouco atordoada com o seu relato, como pode existir pessoas tão más?

— Primeiro de tudo, levantaria muitas suspeitas caso fizéssemos algo e segundo, você tem coragem e não tem nada a perder. Por seu "desvio de caráter" anterior, me faz acreditar que é uma pessoa confiável pra esse tipo de coisa. — propôs. Nos olhamos e eu vi que ele sentiu uma certa indecisão minha. — Eu sei como te colocar na jogada de novo pra conquistar o perdão do Jeon e da Agnes. Se me ajudar, eu vou te retribuir com o meu perdão e a alcançar o seu objetivo. — lançou mais uma vez a sua proposta ultra tentadora, é verdade, eu precisava de ajuda pra me aproximar do Jungkook e conseguir de vez que Agnes se tornasse minha amiga, eu não só queria o seu perdão, mas queria ajudar ela ser diferente porquê sinto que é minha culpa ela ter se tornado tão… Infeliz, tanto ela quanto o Jungkook.

— O que eu teria que fazer caso aceitasse? — perguntei mais aberta à acordos.

— Primeiro, talvez seria bom voltar pro projeto da ONG e com a sua amizade com a Lolla. Ela é extremamente importante pro jogo. Ela e o alguém que seja influente na Sigma. — deu a ordem.

— Não, não vai ser tão fácil assim meu querido. — sorri já começando a relutar. Me ergo. — Desculpa, mas é melhor achar outra pessoa.

— E se eu oferecesse alguma outra coisa… Como, por exemplo… O lugar onde está a sua mãe. Soube que ela deixou o seu pai depois que ele ficou na pior… — joga uma arma emocional. Suspiro com sua tentativa baixa de me dobrar, Joaquim estava me cheirando mal,  uma pessoa que talvez eu devesse me distanciar. Ele estava obstinado a me ter em seu planinho. — Não te interessa saber, Aby? — questiona incisivo, fazendo certa pressão pra que eu aceite.

— Amanhã eu te encontro aqui de novo às nove, ok? — pego as minhas coisas sem olhar muito pro rosto do rapaz, que apenas sorri como se a vitória fosse certa.


Notas Finais


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Nem sei se alguém ainda lê a fic, mas ok hahha Vou continuar com a fic sim, agora estou com mais tempo e disposição. Obrigada por cada leitor aqui❣


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