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História Sem Pudor-sprousehart (segunda temporada de sem vergonha) - 3-motivos para comprar um vibrador.


Escrita por: Ana_Reinhart_S

Notas do Autor


Boa leitura💙

Capítulo 3 - 3-motivos para comprar um vibrador.


Lance estava sentado na cadeira em frente ao meu computador, suas bochechas estavam avermelhadas de um modo peculiar e eu me peguei imaginando qual seria o pensamento que percorria sua mente naquele momento.

Você apontou para um vibrador e disse que ia se masturbar Lili. Ele deve estar com sexo em mente.

Ele deve estar com sexo no corpo todo. Eu tinha conseguido nos levar de um clima leve, íntimo e divertido de um jantar que seria seguido por sexo, para um clima tenso e pesado que ia terminar de um jeito que Lance não teria como antecipar. Porém, seria hipocrisia colocar qualquer homem na frente de Cole na minha lista de prioridades. Seria hipocrisia com meu coração, que tinha se aquecido até derreter no meu peito, dando voltas aluadas de alegria. E seria hipocrisia com minha vagina, que não parava de se contrair desde que ouvira a palavra "vibrador".

- Você acabou? - Lance se levantou. Ele queria puxar um assunto para recuperar a intimidade de antes, mas os dois segundos que eu passei me perguntando como responder àquilo devem ter refrescado sua memória de que eu estava, supostamente, me masturbando e que a pergunta era estranha se proferida por qualquer homem na minha vida que não fosse o gigolô à minha espera, no interior do quarto. - Ah! Não quis... Não quis ser... Ah, droga!

Seu sorriso tinha um aspecto cansado, como se me implorasse para ignorá-lo. Gesticulei para dissipar sua preocupação.

Quando Cole estava no mesmo quilômetro quadrado que eu, ninguém mais conseguia me deixar com vergonha. Ele era o único que tinha esse poder.

- Achei que você ia colocar algo mais confortável.

- Hã? - Olhei para baixo, seguindo sua indicação com o olhar e lembrei que esse fora meu motivo inicial para ter me retirado para o quarto. - Ah, eu... ahm... - Talvez eu devesse ter decidido o que dizer antes de sair do quarto.

- Se quiser voltar lá e trocar de roupa, eu espero.

Ele expôs um sorriso agradável, como se acreditasse, do fundo da sua alma, que era ele o responsável pela desordem em meu pensamento. Inspirei fundo e o observei por apenas um segundo antes de perceber que eu não precisava ensaiar qualquer discurso. Eu já vinha pensando naquilo há muito tempo.

- Estamos indo rápido demais - informei. Ele manteve a boca aberta como se o que eu acabara de dizer não fizesse qualquer sentido. Eu estava acostumada a ver os homens terem essa reação perto de mim. Principalmente quando o assunto sexo surgia. - Não fui completamente sincera com você, Lance. - Ele se sentou mais uma vez, preparando-se para minhas próximas palavras. - Há uma pessoa... Um homem do meu passado e eu... acho que nunca consegui superá-lo - admiti, dando de ombros. - Não acho justo dar o próximo passo com você. Não quero te magoar. - Arrisquei me aproximar. - Você é uma ótima pessoa e... merece mais do que posso oferecer! Eu quis tentar mas...

- Lili. - Levantou a mão quando engoliu em seco. - Tudo bem. Eu entendo. - Ele abriu um sorriso que expressava muitas coisas, embora nenhuma delas fosse "eu entendo".

- Acho melhor eu ir, então? A não ser que você queira fazer sexo por vingança - brincou. - Se ele te traiu, posso ajudar com isso.

Me inclinei e apliquei um beijo em sua bochecha.

- Você é uma boa pessoa, Lance.

- É o cara no seu quarto, não é?

- O quê? - Arregalei os olhos.

Se fosse possível uma pessoa se petrificar em um instante, naquele minuto eu era uma séria candidata a estar sofrendo desse processo.

- O cara na foto, no seu quarto? Com você, no iate?

Eu respirei como se tivesse acabado de nascer e Lance enrugou a testa.

- É. - Dobrei o lábio quando menti. - Ele mesmo. Está sendo muito difícil superá-lo. - Balancei a cabeça.

- Posso perguntar o motivo de vocês terem acabado?

Ergui os olhos rumo ao vazio, procurando uma justificativa que não fosse mentira. Não queria precisar de uma.

- Ele foi embora. Para me proteger. - Lance riu.

- Tudo bem. - Sua risada foi alta e descrente. - Então, acho que vou embora, tá? - Apontou para a porta.

- Sinto muito.

Ele se virou como se fosse me dizer mais alguma coisa. Talvez me pedir para ligar, ou insistir, ou me mandar à merda, mas, após alguns segundos, apenas fechou a boca, gesticulou um cumprimento e se foi. Seja lá o que ele ia dizer, no fim, preferiu guardar para si. Expirei o cansaço dos meus pulmões e voltei para o quarto, me sentindo um pouco pior. Eu sabia que havia uma grande chance de o nosso envolvimento terminar assim, mas nem por isso queria vê-lo triste. O que esperava por mim no meu quarto, no entanto, era um Cole de cueca segurando um vibrador. Tinha aquele sorriso no rosto que me fazia tremer e imaginar o que ele não faria comigo.

- Se livrou do jornalista?

- Col, não seja assim. Ele é uma boa pessoa. Eu não queria magoá-lo e acho que foi inevitável. - Ergui um ombro.

- Não queria magoá-lo? - Fez uma careta irritada. - Lili, ele é um homem adulto, não um filhote de sharpei. Vai ficar bem. E por quanto tempo você ficou com ele no fim das contas? Dois meses? Três?

- Dois.

- Quase nada - reclamou.

- Foi mais tempo do que fiquei com você.

Ele abriu a boca exageradamente, simulando estar ofendido.

- Reinhart, se você comparar meu impacto com o dele vai apanhar - chiou.

Revirei os olhos e imediatamente sua careta irritada se desfez em gozação.

- Na verdade, acho que isso seria até legal. - Puxou-me pela cintura com força, prendendo meu corpo ao dele. - Não experimentamos isso ainda - sussurrou, desenhando a curva do meu pescoço com os lábios. - Vai. Compara-me com ele.

Sua boca chegou ao meu queixo e logo se afastou poucos centímetros.

Um ímpeto se apoderou de mim e fez com que eu me inclinasse e lambesse sua boca com gosto.

Cole ficou duro imediatamente. Contemplei seu rosto, admirado e satisfeito com minha ousadia, quando passou a língua pelos lábios experimentando minha saliva.

- O que foi? - Ri. - Te peguei desprevenido?

- Você sempre me pega desprevenido. - Sua voz mudou, preenchida por aquela intensidade que me atormentava as entranhas nos sonhos mais libidinosos. - Mas agora... - Tinha algo duro subindo pela barra da minha saia, algo comprido, com a superfície suave e arredondada. - Diz pra mim, menina. - O vibrador atingiu minha calcinha e Cole o usou para afastar o pano do caminho, atingindo meu clitóris e minha entrada. Eu tive certeza de que minha vagina estava começando a transpirar. - Onde é que a gente parou?

                   §§§§§§§§§§

Eu não queria apenas fazê-la gozar. Não queria apenas fazê-la gritar.

Não queria apenas fazê-la gemer e salivar. Eu queria fazê-la morrer.

Ali, debaixo do meu toque, da minha pressão, da minha boca... para minha menina se lembrar de quem ela era putinha.E quem era o putinho dela.

Desabotoei os botões como se desembrulhasse um presente. Meu presente.

Aqueles peitinhos arrebitados escondidos no sutiã cor de creme.

- Outra cor - mandei, mordendo sua orelha e escorregando o vibrador pela linha entre seus seios - Não gosto de bege. Você veste vermelho. Veste preto. Veste verde. Deixou-me louco com um sutiã verde bem clarinho.

Eu mordia meus próprios gemidos, porque só a ideia de Lili nua com uma lingerie de uma cor que me agradasse e, mais do que isso, porque eu tinha pedido, me deixava com um tesão que minha cueca não conseguia conter.

Eu estava me esfregando em suas coxas, trepando na pele dela como um animal incapaz de controlar os hormônios. Fechei os olhos, deixando minha língua no seu rosto.

Eu queria que fosse para ela. Queria deixá-la fora de si, mas sua pele atingiu minha língua e eu não conseguia mais pensar com coerência. Apertei seus seios com força, espremendo o vibrador contra um deles enquanto engolia o outro.

Abri minha boca inteira, retraindo minha língua para dar mais espaço para a carne de seus mamilos. Eu era sugador crônico de peitos.

Não tinha parte da pele que tivesse um sabor mais delicioso e ao contrário da maioria dos homens, eu não gostava deles grandes demais. Pequenos demais também eram interessantes, mas eu preferia os médios. Aqueles arrebitados e discretos como os da Lili, fartos o suficiente para me deixar doido, e modestos o suficiente para caber na minha boca.

Eu me esforçava com vigor enquanto ela gemia: se um único pedacinho daquele peitinho ficasse fora da minha boca, seria um desperdício imperdoável.

Lambi o mamilo e o prendi entre meus dentes, observando a marca em sua carne avermelhada, porque eu a tinha sugado por tempo demais.

Eu tinha começado há menos de um minuto e já deixava chupões em Lili. Bom, era melhor assim. Ela colaborou como uma boa menina quando comecei a arrancar suas roupas. 

Havia blocos negros na minha visão, prejudicada pela ausência de sangue no meu cérebro. Todo o sangue do meu corpo tinha descido em um épico trabalho biológico em equipe e eu não estava mais pensando como uma pessoa. Eu era só uma criatura de necessidades: necessidades guiadas pelo meu membro que se erguia em desespero, magneticamente atraído em direção às curvas de Lili. Eu era só fome; só sede. 

Estapeei seu peito e ela reclamou. Não era um gemido sensual, mas uma reclamação genuína. Acho que pedi desculpas antes de engolir sua orelha. Espero que eu tenha pedido desculpas… Ela não me perdoaria depois.

O vibrador ainda estava na minha mão, mas eu estava preocupado demais com minha boca para tomar qualquer atitude que o incluísse. Minha boca encontrou a dela e o mundo acabou. 

Larguei o vibrador em cima da cama e agarrei as extremidades de sua bunda, livrando-me de sua saia, deixando-a só com a calcinha. Nem vi a cor. Não me importei. Puxei seu lábio inferior entre os dentes até ouvi-la reclamar. Minha vontade era arrancar um pedaço dela pra levar comigo, assim ia ter mais material para a masturbação.  

– Deita na cama. – Minha voz era um pedido rouco e urgente. – Tira a calcinha e deita na cama.

Ela me observou atordoada, como se ainda não tivesse se recuperado dos beijos, mordidas e sugadas para compreender e responder.

Enfiei minhas mãos nos meus cabelos, sacudindo com desespero.

– Deita logo, Lili, porque suas pernas não vão aguentar o que eu tô querendo fazer com você.

Deitou-se na cama, puxou a calcinha pelas longas pernas e eu descobri que quem ia morrer não era ela: era eu.

– Você depilou essa porra? 

Fechei meus olhos e os escondi atrás das palmas das mãos para evitar que eu gozasse ali mesmo.

– Eu… ahm… 

Não abra os olhos, Col. Não abra.

Se abrir, ela vai estar depilada e com vergonha e você vai foder aquela bocetinha rosada e esporrar dentro dela. Vai deixá-la roxa e dolorida, não vai conseguir segurar a tempo para ela gozar e isso não vai ser legal.

Não abra os olhos. Ela vai estar vermelha de vergonha e você não vai aguentar: ou vai comer ela com fúria ou vai esporrar na cueca. Joguei-me na cama por cima dela e só abri os olhos quando era seguro. Eu estava beijando sua boca e seu pescoço.

– Col! – chamou, nervosa. – Isso é ruim? – Ela estava vermelha como um morango. – Eu ter me depilado? – perguntou, em desespero. – É ruim pro sexo quando uma mulher faz isso?

Alisei seu rosto e a beijei de novo com profundo amor.

– Sabe de uma coisa? Senti uma saudade do cacete dessas suas perguntas. – Escorreguei minha mão para senti-la lisinha. Meu pau ameaçou explodir e achei que seria melhor não voltar a tocá-la diretamente. – Acho que não consigo mais foder uma mulher se ela não estiver me entrevistando. – Alcancei o vibrador em cima da cama.

– Você está mais excitado. – Sorriu, lambendo os lábios. – É isso! Ficou excitado porque eu me depilei! – Ela ficou toda satisfeita com a descoberta e eu quis foder sua garganta.

– É, meu amor... – Beijei sua boca. – Me pegou desprevenido de novo.

– Acho que gosto de te pegar desprevenido. – Enfiou as mãos pela minha cueca à procura da minha bunda e deu um beliscão. Mordi seu ombro e liguei o vibrador.

– Já usou isso aqui? – gemi quando o ouvi vibrar, ainda devagar.

– Claro que não – ela gemeu dengosa, se contorcendo de prazer. – Estava esperando por você. – Seu sorriso era um misto de safadeza e timidez, e não sei qual das duas metades eu apreciava mais. 

Lambi o vale entre seus seios e desci minha língua pelas costelas dela.

Onde quer que minha saliva atingisse, era rapidamente seguida pelo vibrador. Lili começou a tremer e seus espasmos conseguiram me excitar ainda mais.

Não havia parte do seu corpo pela qual eu não tivesse passado o vibrador. Demorei em seu umbigo, descendo pelo quadril e escorregando em deliciosas vibrações até os seus pés delicados. 

Atingi todo o corpo. Todo, menos a virilha. Sempre que eu aproximava o vibrador da parte interna de suas coxas, ou do topo do seu osso púbico, ela gemia mais alto, como se implorasse, e um arrepio insuportável se agarrava aos meus pelos pubianos. 

Beijei seus seios de novo, enquanto arrodeava suas auréolas com o vibrador e apertei o botão para aumentar em um nível a vibração.

O barulho aumentou, bem como o gemido de Lili. Eu mal a tinha tocado; a reação fora resultado apenas do som, que estava mais intenso. Mesmo que ela nunca tivesse usado um vibrador antes, eu podia sentir seus instintos assumindo o controle. 

Deslizei o vibrador entre seus seios, cobrindo o corpo dela com o meu. Desci pelas costelas e o umbigo… O vibrador empostado entre nós. Suas unhas cravaram-se em meu pescoço, se enfiando na minha carne quando sorri e desci mais um pouco.

Atingi o espaço entre suas pernas, sem penetrá-la, porém: apenas encaixei a extensão do brinquedo na sua bocetinha, lambuzando-o com seu doce suco. Ela já estava bem úmida e não resisti: levantei o corpo com um braço, me afastando dela, e puxei o vibrador para a altura de seus olhos.  Estirei a língua e derrapei o aparelho da base próxima ao botão, até sua ponta arredondada. Depois o chupei como se fosse um dedo. Eu podia morrer por aquele gosto. Trocaria cada oral que já fiz em cada uma das mulheres com quem trepei na vida e o excelente sexo que se seguiu em cada uma dessas ocasiões, apenas pelo gosto do néctar de Lili. Girei a língua na boca, misturando minha saliva ao seu lubrificante. Puta que pariu. Como alguém conseguia ser tão saborosa?

– No ponto – murmurei.

Ela arfava, boquiaberta. Ficara hipnotizada pelos movimentos da minha língua e do meu corpo, consumida pelo meu desejo. Seu corpo brilhava de suor e eu sequer tinha começado. Apertei o botão para intensificar a vibração em mais um nível e ela começou a gemer meu nome em um ganido interminável de tesão. Continuei a provocá-la, girando o vibrador ao redor de sua entrada e assistindo-a rebolar de encontro ao equipamento que lhe escapava. 

Lili rebolando embaixo de mim, somado à proximidade do meu pau àquela boceta depilada não era uma equação com o resultado que eu queria. Pelo menos não por enquanto. Rastejei por seu corpo, movimentando-me para baixo e comecei a massagear seu clitóris com o vibrador. Ora com a ponta, ora com a extensão. Movi o aparelho até encontrar o ponto que a fazia gritar mais alto, então o pressionei bem ali e segurei as pernas trêmulas, contraídas em desespero. 

Assisti seu pé convulsionar em espasmos involuntários e urgentes quando atingi um ponto específico e aproveitei o seu prazer concentrado para lambê-la.

O estímulo da minha língua em adição ao brinquedo foi demais e Lili berrou meu nome, uma vez após a outra.

Eu adorava quando ela gritava daquele jeito: perdendo seu precioso controle e se deixando levar.

– Por que comprou esse? – provoquei. – Por que um rabbit?

– Cole… – pediu. – Col-le! – Girei o vibrador.

– Responda. Por que um rabbit? – Enfiei a cabecinha do vibrador em sua vagina e assisti seus olhos revirarem e desaparecerem quando ela jogou a cabeça para trás, enfiando-se nos travesseiros – Não sabe como funciona, Lili? – Lambi sua entrada inteira. – Ou responde, ou não te deixo gozar.

– O… O… O… – ela tentava articular palavras, mas o fôlego nunca era suficiente. – O quê? – conseguiu balbuciar, enfim.

– Um rabbit? Esse vibrador que comprou é um rabbit.

– Promoção – gemeu em um grito fino e eu ri.

– Ah, foi por acidente, então? Maravilha. Deixa eu te mostrar pra que ele serve.

Mordi sua coxa e enfiei o vibrador inteiro nela, até a ponta superior do rabbit atingir seu clitóris, estimulando-o.

Lili gritou e agarrou meus cabelos com força.

– Divertido, não é? – Voltei a lamber sua entrada, nas bordas do vibrador. Suas pernas tinham criado vida própria ao meu redor e eu precisei colocar uma delas por cima do meu ombro para poder trabalhar em paz. Passei a estocá-la com o vibrador, fazendo a ponta do rabbit estimular seu clitóris, enquanto o lubrificante natural se misturava à minha saliva, esguichando suavemente com um barulho baixo que me inebriava de luxúria.

Ela estava tão perto… Não ia precisar de muito mais. Urrava meu nome como se fosse um mantra. Belisquei seu clitóris que ainda recebia uma bela surra do rabbit e suas pernas me apertaram contra seu corpo, avisando-me que ela chegara ao clímax.

O que se seguiu foi um grito longo e alto. Seu corpo estava coberto de suor. Levantei a tempo de ver sua cabeça jogada para trás e a garganta esticada, delineando as veias em demonstração da intensidade do prazer.

Sua careta de tensão se desfez, e vi um sorriso delicioso de alívio à medida que eu tirava o vibrador de dentro dela, devagar.  

                      §§§§§§§§§

Eu me sentia como uma boneca de pano: jogada em cima da cama e completamente à mercê das intenções de quem quer que fosse.

Naquele momento, seria à mercê de Cole, então sequer me incomodei. Ele colocou o vibrador de lado e me lambeu. Por Deus, homem, já chega.

Gemi baixinho, reunindo o resto de minhas forças para me agarrar aos lençóis. Sua língua derrapava pela parte interna das minhas coxas, desenhando toda a parte da minha virilha, maculada pelo meu lubrificante natural. Lambidas longas e gostosas.

Ele está me limpando. Era isso que estava fazendo. Lavando-me como um gato, lambendo cada gota do tesão que tinha pingado de mim. Mantinha minhas pernas abertas, com as mãos fechadas em punhos. Permiti que ele assumisse o controle, porque, sinceramente, que outra opção eu tinha?

Quando sua língua voltou para a parte interna da minha boceta, o prazer recomeçou. Acumulando-se ainda bem discreto, embora não fosse demorar muito para que eu pegasse fogo de novo.

Bastava que ele continuasse aquilo. Aquele carinho maravilhoso que sua língua dedicava à minha intimidade.  Meus dedos desenhavam um contínuo cafuné em seus cabelos, um agradecimento silencioso de quem não tinha força para muitas outras coisas.

Ele desferiu uma última lambida ao longo da extensão de minha entrada e sugou meu clitóris a ponto de me fazer tremer.

– Pronto – decidiu com um sorriso sacana. – Está limpinha. 

Veio para a minha boca e senti meu gosto nele. Sua mão apertou minha cintura.

Ah, aquela mão larga e forte sabia me pegar do jeito certo. Eu estava despertando de novo. 

– Minha vez – sussurrou e me arrepiei por completo. 

Uma batida grosseira na porta me fez sobressaltar e Cole me cobriu com seu corpo. Abraçou-me instintivamente, como se almejasse me proteger de um perigo que ele sequer sabia se existia.

– Lili! Você está errada! – Era a voz de Lance, que batia a porta do meu quarto com força.

– Vocês precisam consertar a porta de casa! – reclamou baixinho e eu o mandei calar a boca.

– Está me ouvindo? – Bateu novamente na porta. – Um cara não larga uma mulher como você para "te proteger"– disse e, dentro do meu quarto, Cole apontou para si mesmo com um questionamento no olhar. -Isso é o tipo de coisa que homens descarados dizem para mulheres boas quando querem se livrar delas. Não acredite nesse tipo de coisa.

– Por que ele voltou? – Cole reclamou com um suspiro.

Eu dei de ombros, mostrando minha idêntica confusão. Lance prosseguia com seus argumentos do lado de fora da minha porta, mas Cole o ignorava.

– Por que ele voltou justo quando era minha vez? – chiou e tive que me controlar para não rir de sua agonia. – Você está rindo porque já gozou – rosnou baixinho – Depois os homens é que são egoístas. 

– Lili, por favor... 

Dava para perceber em sua voz: Lance desconhecia a história por trás de tudo.

Ele sequer sabia que Cole estava ali… Em sua mente, ele estava apenas sendo cuidadoso e romântico.

Que tipo de ser humano eu seria se me livrasse dele sem qualquer consideração? 

– Não vale a pena você interromper sua vida por causa de um gigolô qualquer que nunca teve cuidado com você.

Cole emitiu um rosnado ameaçador disfarçado de risada.

– Tô sentindo que, antes de a noite acabar, o jornalista ainda vai levar um murro – reclamou.

– Cole, preciso ir lá fora falar com ele – murmurei. Col se virou de lado, puxou um dos travesseiros e enfiou a cabeça nele, com raiva, por alguns segundos. Parecia mais calmo quando o travesseiro se foi.

– Vai ficar me devendo, sabe disso, não é?

– Estou indo, Lance – avisei alto.  – E volto bem rápido! – prometi baixinho para Cole.

– Vai coisa nenhuma… – Apoiou a testa na mão. – Eu te conheço, garota. Ainda me lembro que transar com você difícil como o inferno.

– Col…

– O jornalista tá aí pra provar que o cara tem que te merecer umas doze vezes antes de poder te experimentar – concluiu, desiludido. Sua ereção ainda erguida mostrava o quanto aquela separação seria irritante.

– Não seja assim. – Ri, beijei sua bochecha, depois sua boca. – Bem rápido! – prometi de novo.

– Vai ficar me devendo.

– O que você quiser. – Levantei e comecei a me vestir. – Só me dá um minuto! – pedi alto para Lance.

– Vai me chupar quando voltar – reclamou com infantilidade. – Antes de eu te comer!

– Sem problemas.

– Até a garganta! – Arregalou os olhos.  

– Vou precisar ir devagar, mas tudo bem. – Sorri, puxando sua bochecha e dando-lhe mais um beijo.

– Vou te comer com força, está me ouvindo? – sussurrou, fazendo me rir.

– Tudo bem.

– E vou comer sua bunda também! – Revirei os olhos e lhe ofereci uma careta de negativa como resposta. – Achei que valia a pena tentar. – Riu, sacudindo os ombros.

– Tá, agora se esconde! – Gesticulei.

– Não.

– Cole! – sussurrei, dando um murro no seu joelho.

– Não! – repetiu, birrento. – Se ele não quer me ver nu, que não atrapalhe a trepada. – Abriu um sorriso amarelo.   Ele não ia cooperar. 

Ficou sentado no meio da minha cama com as pernas cruzadas e eu quis lhe dar um tapa. E depois morder aquela bunda gostosa. Ainda não tinha feito isso… Sacudi a cabeça para organizar os pensamentos.

Travei os lábios para deixar claro que ele tinha me irritado, mas ele apenas fez graça da minha careta me imitando. Eu me aproximei da porta e saí do quarto o mais rápido que pude para não correr o risco de deixar Lance ver qualquer pedacinho do Cole.

E eu realmente precisava consertar minha porta.     



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