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História Sem Vergonha- sprousehart - 10-Orgasmos para experimentar antes de morrer


Escrita por: Ana_Reinhart_S

Notas do Autor


Boa leitura💙

Capítulo 10 - 10-Orgasmos para experimentar antes de morrer


Fanfic / Fanfiction Sem Vergonha- sprousehart - 10-Orgasmos para experimentar antes de morrer

Tinha um sorriso gostoso em meu rosto, uma alegria estranha inflamando meu peito, e minha mente embriagada de sono precisou de um momento para reviver os ekventos de algumas horas atrás e descobrir o motivo.

Eu estava feliz.

Não precisei nem abrir os olhos.

Deitado na cama, embrulhado nos lençóis, eu podia sentir Lili. Seu cheiro, sua pele macia, seu hálito doce suspirado contra meu peito nu. Encaixei os dedos pelos seus cabelos e ainda estava de olhos fechados quando busquei seu gosto. Acordou devagar com o beijo, seus lábios se movendo em retribuição, se curvando em um sorriso discreto.

– Bom dia – suspirou.

– Boa noite – corrigi, puxando seu corpo para perto.

– Ah, é. – O rosto no travesseiro, os cabelos espalhados ao seu redor. Piscando os longos cílios, sonolenta.

Ela é linda.

– Quando foi que a gente desceu para o quarto? – Bocejou, preguiçosa.

– Você acordou com frio, não lembra?

– Não. Você não me carregou nua por aí, carregou?

– Pelas escadas verticais do alçapão? – ri, esticando meus dedos em um cafuné delicado pelos seus cabelos bagunçados. – Não, não carreguei. Você acordou e desceu nua sozinha.

– Não me lembro disso.

– Devia estar cansada demais. Mas eu lembro muito bem – exagerei. – Fiquei duro de novo.

– Você fica duro o tempo todo – reclamou, voltando a se deitar sobre o meu peito.

– Culpa sua.

– Está responsabilizando a virgem pela sua libido?

– Que virgem? – Ri. – Não estou vendo virgem nenhuma aqui.

– Estava começando a gostar do meu apelido carinhoso. – Fez um beicinho dengoso. – Uma pena.

Puxei seu quadril para que ela ficasse de frente para mim, sentindo o princípio da minha rigidez.

– Acho que a gente vai ter que arranjar algo que você goste mais para substituir, então.

Seu sorriso se abriu, enorme e satisfeito, quando raspei a cabeça da minha ereção contra sua pele.

– Conta para mim – sussurrei. – Eu te machuquei?

– Não – garantiu. – Doeu um pouco, mas passou logo.

– Você não gozou, não é?

– Só na sua boca – confessou baixinho, quase como se ainda estivesse envergonhada.

– Quer tentar de novo? – Movi meu quadril, me esfregando nela. Um gemido escapou pelos seus lábios quando suas unhas desceram pelo meu tórax. – Coloco você na minha boca e não tiro até você gritar.

Jogou a cabeça para trás, e me aproveitei do caminho desimpedido para o seu pescoço.

– Ou eu te faço gozar no meu pau, para você ver como é.

– Na sua boca é tão mais gostoso. Não sei se consigo gozar no seu pau.

Mordi seu lábio, enfiando minha língua na sua boca.

– Isso foi um desafio? – provoquei, sacana.

Lili puxou o lençol para baixo lentamente, as pontas do tecido enganchando em seus mamilos duros, escorrendo pela carne de seus seios, exibindo sua nudez. Um movimento longo e tímido. Daquele jeito hipnótico que só ela conseguia fazer.

E era completamente natural.

Ela não estava tentando ser provocante. Ela só se despia com aquela porra daquela vergonha e minhas veias se expandiam, fazendo meu pau explodir.

O tesão que eu sentia por aquele inferno de mulher não podia ser explicado ou contido. Apoiei o peso do corpo sobre o cotovelo e assisti a ela. Passeando os nós dos dedos por sua pele, fazendo o caminho inverso ao do lençol, observando sua pele se arrepiar sob meu toque, bebendo o desejo que começava a exalar de seus poros. O cheiro de sexo ainda era forte em nós dois.

– Ainda estou com o gosto do teu suco na minha boca. – revelei, umedecendo meus lábios e chupando minha própria língua.

– Nunca sei como responder quando você diz essas coisas. – Ela estava corando, e eu quis foder sua gargantinha devagar.

– Então, não diga nada. – Beijei sua bochecha vermelha. – Só me escuta confessar que eu queria mais. Mais desse teu suquinho. Mais de tudo. Queria você inteira na minha língua.

– Cole… – Ela ficava mais vermelha a cada segundo.

– Lili, não fica com vergonha de mim, não – pedi com manha.

– Sei que não preciso, mas é…

– Não é por causa disso. – Molhei meus lábios nos dela. – É porque você fica envergonhada e vermelhinha, e fico doido de tesão. Dá uma vontade incontrolável de foder essa tua bocetinha apertada de um jeito que você não vai aguentar.

Ela estava segurando o sorriso, explodindo de timidez, os mamilos afiados no topo daqueles peitinhos perfeitos oscilavam irregularmente com sua respiração tensa, como se pedissem para ser chupados.

Eu não podia fazer aquilo. Não podia ficar ali parado encarando aquela mulher escultural deitada e nua. Sorrindo e se oferecendo. Eu ia fodê-la muito pesado.

Todo o tesão acumulado desde o dia em que eu a conheci… O desejo de segurá-la pelos cabelos e foder sua garganta com força, de montar nela me enfiando até o talo, até meu saco atingir sua bunda e seu clitóris se esfregar na minha virilha.

Queria me enterrar nela mais do que precisava de oxigênio, e isso não ia dar certo: ela acabaria roxa, doída e rasgada.

– Vem, Lili. – Girei na cama, puxando-a para mim.

– O quê… – Ela arregalou os olhos assustada.

– Vem, fica por cima.

– Cole! – Implorou, nervosa. – Não sei o que fazer. Não sei o que estou fazendo… – Gesticulou, impaciente. – Isso não vai dar certo, vai ser horrível. Por favor, me escuta.

– Lili… – Montei-a em meu colo e sentei na cama, abraçando sua cintura e com seus mamilos raspando em meus lábios. – Entenda uma coisa, por favor: você fica perto de mim, e eu enlouqueço. Perco a razão. Você fica nua, e eu… – Ela estava de pernas abertas sobre o meu pau, com certeza sabia o quanto eu estava duro. – Eu te quero muito – confessei em um tom sofrido. – Se você se deitar nessa cama, abrir as pernas para me convidar… – Levei o polegar ao seu clitóris e girei. Lili começou a gemer, e meu pau latejou em desespero. –Eu fodo você até sua pele desistir e meu caralho esfolar. A entrada da sua boceta vai ficar bem no formato do meu cacete. Então… – Respirei fundo. – Até eu me acalmar… Você fica por cima. E acredite em mim: não importa o que você faça… Só deixa eu me enfiar nessa sua carne deliciosa que vou gozar, sim. E vou fazer você vir comigo.

                ×××××××××××××××

Lili estava sobre mim. A respiração superficial e descompassada. Respirando do jeito errado, como sempre. Cheia de aflição, ela me encarou por alguns segundos, as unhas cravadas no meu peito até quase doer.

Ela realmente não sabia o que estava fazendo e, se eu permanecesse imóvel, era provável que ela me acompanhasse e nós passaríamos, os dois, o resto da eternidade ali. Eu não tinha certeza de que essa era uma má ideia, mas minha virilha estava quente e meu corpo inteiro era atraído pelo dela como um ímã. Resolvi tomar a iniciativa. Toquei a base do seu pescoço e caí a mão até o vale de seus seios.

Enfiei dois dedos na boca e os lambi, encharcando-os com minha saliva antes de levá-los ao meio de suas pernas. Pirracei clitóris, lábios e entrada até perceber o fluxo do seu líquido viscoso e perfeito escorrendo com convicção.

– Devagar. – Sorri. Ela ainda estava corada, mas pelo modo como sua boca estava entreaberta de prazer e suas pálpebras caídas e entregues, tive certeza de que a vermelhidão em suas bochechas, agora, era por outro motivo.

Ela apontou para a cabeceira indicando o pacote de camisinhas, e dei de ombros, controlando a excitação.

– Coloca para mim? – pedi.

Seus dedos inexperientes rasgaram o pacote, me fazendo hesitar.

– Você tem que rasgar mais na ponta.– Segurei sua mão, transformando a pequena lição em uma carícia. – Mais aqui nesse canto. Ou corre o risco de rasgar o preservativo junto.

– Viu? – chiou. – Quando o assunto é sexo, não tenho experiência, naturalidade ou bom senso – brincou. Lambi sua boca, rindo, antes de me deitar nos travesseiros.

Minha ereção voluptuosa se erguia impaciente, a cabeça inchada de tesão, a pele esticada a ponto de tornar as veias visíveis.

Alisei suas coxas, cada uma de um lado do meu quadril, enquanto ela se dedicava a vestir minha rigidez, desenrolando a camisinha devagar, roçando a ponta dos dedos na pele nua antes de cobri-la. Eu sabia que era quase imperceptível, mas eu já estava girando minha pélvis em sua direção. Prolongar o contato com Lili se tornava uma necessidade cada vez maior.

– Pronto – anunciou satisfeita quando terminou de me vestir.

– Primeira camisinha que você coloca?

– Com sucesso? – Levantou uma sobrancelha para mim. – Definitivamente.

A risada gostosa escapava dos meus pulmões afastando toda a preocupação da minha vida. Ela conseguia fazer isso comigo: prender minha atenção de modo que só ela existisse no mundo e mais nada. Mais ninguém.

Nenhum problema. Nenhum estresse. Nenhuma confusão.

Era só Lili, nua e montada em meu colo, satisfeita depois de colocar sua primeira camisinha com sucesso.

Segurei as bandas de sua bunda com força e a guiei para cima.

– Tem certeza de que quer que eu fique no controle? – balbuciou, temerosa.

– Nunca quis algo tanto assim – assegurei.

Segurei a base da minha ereção, encontrando o caminho certo, quando ela desceu sobre mim. Devagar, receosa, exalando uns gemidinhos que faziam minha tara aumentar exponencialmente. Entre seu corpo febril e molhado abrindo espaço para mim e sua voz rouca de prazer suspirando interjeições incompreensíveis, me perdi.

Meu corpo se perdeu em sensação, penetrando-a como tantas vezes tinha desejado fazer.

Desceu completamente, meus testículos atingindo sua bunda macia, minhas mãos em seu quadril e cintura, seus gemidos impregnando o ar ao meu redor. Ficou ali por um segundo, aceitando minha presença, encaixadinha em mim, minha rigidez preenchendo aquela boceta apertadinha e perfeita. Estava lutando contra o impulso de fechar os olhos e esporrar ali mesmo.

– Col…? – rouca, baixinho.

Ela queria me perguntar o que fazer. Sabia que ela queria. Mas seu corpo transbordava de desejo e entendia muito bem o que fazer: rebolava devagar, esfregando o clitóris contra minha virilha, deixando que me pau desbravasse cada novo centímetro de território mal explorado dentro dela.

E eu… Eu queria guiá-la. Queria ajudá-la… Dizer o que ela deveria fazer. Explicar cada passo do caminho, do jeito como ela gostava.

Mas, caramba, falar era difícil. Era impossível.

Verbos, sujeitos, substantivos… Eu sabia que isso tudo existia, mas, pela minha vida, não conseguiria montar uma frase decente, em uma ordem que fizesse sentido.

Ela rebolou um pouco mais rápido, e algo dentro de mim acendeu daquele jeito que nos consome por inteiro.

– Rebola – pedi. – Mais. Vai, amor – implorei. – Só rebola bem gostoso.

Belisquei sua bunda com força, e ela me obedeceu.

Girou os quadris ao meu redor em uma dança erótica que destruía meus sentidos.

– Col… Fala comigo?

Espremi os olhos com violência, tentando me concentrar.

– Lili… Eu… Tô com tanto tesão. Não sei se… – O nervosismo diante das minhas palavras fez seus músculos vaginais se contraírem, deixando-a ainda mais apertada em volta do meu pau. Eu vi estrelas. – Não vou fazer sentido nem… Nem vou conseguir ser… – Qual era a palavra? Qual era a merda da palavra? – Não vou conseguir ser…

– Educado? – Sorriu.

Não era essa a que eu procurava, mas eu também não tinha chances de encontrar a palavra que eu queria na minha atual condição.

– Isso – respondi. – Isso mesmo.

– Tudo bem – autorizou. – Pode falar como quiser. Só… Só me diga o que fazer.

Tive de forçar meu quadril a parar por um segundo. Lili ainda estava dançando no meu pau, se esfregando no meu corpo, o que não colaborava.

– Lili, me escuta – avisei. – Você pode se ofender ou…

– Não vou. Prometo. Só conversa comigo – implorou. Seus olhos estavam fechados e entregues ao prazer que entrava discreto por ela, assim como acontecia comigo.

Apertei sua bunda com força, e ela rebolou mais rápido.

– Isso – murmurei cheio de tara. – Fico doido por essa tua bocetinha apertada.

Sua vagina se contraiu mais uma vez me fazendo explodir em estímulos, e rosnei alto.

– Faz isso. Faz isso de novo, amor – pedi manhoso. – Se aperta para mim. Fico doido me espremendo aqui nesse espacinho pequeno. Se aperta mais para mim.

– Eu… Eu… Não sei…

É involuntário.

Ela fazia, mas não sabia como, nem por quê.

– Se aperta por dentro, aqui. – Toquei a superfície do seu osso púbico e Lili me observou confusa. – Aperta os músculos na sua bocetinha.

De novo.

Espremida.

Apertada.

Um urro gutural escapou da minha garganta, e comecei a me movimentar mais rápido.

É a palavra “boceta”.

A palavra a deixa nervosa e ela se contrai.

Eu não estava conseguindo controlar o sorriso maravilhoso que se apropriava da minha boca.

Posso trabalhar com isso…

– Rebola pra mim, gostosa. – Escorreguei a mão pelas bandas da sua bunda. – Rebola esse cuzinho lindo. Levanta assim. – Impulsionei para cima. – E me fode. Assim…Isso… – Cada palavra escorria pela minha boca demoradamente. Cada sílaba era o seu próprio gemido de prazer. – Cavalga assim, minha linda. Fode meu cacete com essa tua bocetinha quente.

Apertada.

Tão, tão apertada.

Suas paredes internas e molhadas se agarravam ao meu pau com força, estimulando cada pedacinho de superfície dura e tensionada.

Ela subia e descia se apoiando nos joelhos, equilibrando-se com as mãos no meu estômago ou na cama, procurando um ritmo intenso, se maravilhando na busca.

– Cole… – gemeu, de olhos fechados, enfiando as unhas na minha carne.

– Tô aqui, amor. – Apertei seus peitos com voracidade. – Não para, não. Por favor. Monta em mim, rebola duro, gostosa. Não para.

Seu lábio inferior estava preso entre os dentes, e eu assisti a seus peitos fartos de mamilos durinhos pulando nas minhas mãos a cada novo impulso. E aquele aperto…Aquele aperto ao redor do meu cacete me levando ao delírio.

– Ai, Lili… – gemi, desesperado. – Porra de boceta deliciosa.

Eu não achava que era possível, mas ela se contraiu ainda mais, e perdi a razão.

Segurei sua bunda e a joguei de costas no colchão.

– Não aguento mais, amor. Não aguento. – Levantei um de seus joelhos e vi sua respiração rasa se acelerar. – Só me diz se eu te machucar. – Ainda consegui lembrar. – Eu paro – prometi, esperando profundamente que ela não me pedisse para fazer isso.

Afastei-me do seu corpo e me enfiei de uma vez. Até o fundo. Lili gritou, e apenas respirei fundo. Eu tentei começar devagar. Tentei aquecer…

Mas meu caralho estava estourando enfiado naquela carne suculenta, e a fodi com uma força incontrolável. Seus gritos se misturavam com gemidos de uma luxúria crescente, me dando forças e segurança para continuar.

Firme e duro. Fundo naquela bocetinha despreparada.

– Mais – ela pediu, dengosa, e ri em sua boca. – Quero mais.

– Inexperiente coisa nenhuma – sussurrei no seu ouvido. – Olha só pra você, sua putinha safada. Pingando no meu cacete e pedindo mais… – Enfiei os dedos nos seus cabelos e puxei com força. Acelerei o ritmo naquele espaço apertado, me desfazendo.

– Tão… Bom. – Mordeu minha boca com força e joguei minhas estocadas ainda mais fundo. A cama inteira oscilava em nossa dança, os pés arranhando o assoalho e se arrastando pelo chão.

Levantei o joelho de Lili mais alto, me enterrando mais fundo. Ela gritou meu nome, e esfreguei minha virilha contra seu clitóris em cada nova estocada.

Lili mordeu meu pescoço, e senti os espasmos no seu corpo dissolvendo seu tesão em alívio e os músculos da sua boceta se apertando involuntariamente enquanto o orgasmo a atingia.

Espremendo os peitos dela contra meu tórax, acelerei o movimento. O esporro se concentrou até que eu não conseguisse mais suportar e, com os dentes de Lili ainda na minha pele e sua boceta apertada me envolvendo, senti o recuo anunciar o gozo.

                  ××××××××××××××

Acho que foi o silêncio que chamou minha atenção.

– Onde está todo mundo?

Lucky olhou para o relógio.

– Se fosse uma noite de trabalho, você estaria atrasado.

– O Tim está bem?

Passou a mão nos cabelos e expirou.

– Vai sobreviver. Dessa vez.

– Ele tem que parar de fazer essas loucuras.

– O difícil é convencê-lo. Mas vim até aqui para falar com você sobre outra coisa. Já ia subir para te chamar.

Desci os últimos degraus da escada para o salão do clube.

– O que houve?

– Cole, Matt me ligou.

Minha garganta congelou.

– Lucky, depois daquela coisa toda com os russos, eu só fugi de Paris. Não tive tempo de me despedir ou de explicar qualquer coisa para ele…

– Eu sei, eu sei. E eu não ia lhe dizer nada. Ele está preocupado com você. Não sabe o que houve… Disse que vocês foram encontrar duas clientes no hotel e que no dia seguinte você tinha sumido com a menina. Parece que a colega dela está em pânico.

– É melhor que ele não saiba o que aconteceu.

– Concordo com você. Não ia dizer nada a ele para protegê-lo. Nada além do necessário, mas… – Ele se largou em uma cadeira, e eu percebi que estava colado ao chão.

“Mas” o quê?

– Matt disse que um policial veio atrás dele.

Dei alguns passos na direção de Lucky, e me sentei também.

Algo me dizia que eu ia querer ouvir essa parte sentado.

– Você me conhece, Cole. Em qualquer outra situação eu teria mentido e pronto, mas… Se esse policial achou o Matt, os russos também podem achar.

Baixei os olhos para o chão, meu corpo inteiro murchou.

– É meu filho, Col. É o meu garoto, e eu… Eu não posso colocá-lo no meio disso, tudo bem? Eu sinto muito. De verdade.

– Quanto tempo até esse policial aparecer?

– Eu ia mentir para o policial. Dar um tempo para vocês fugirem, mas…

– Mas…?

Eram “mas” demais.

– Ele veio direto até aqui. Sabe que você está aqui.

Lili.

– Eu preciso ir, então. – Levantei de uma vez.

– Cole… Ele está sozinho. Se fosse alguém dos russos, esse lugar estaria cheio de gente e vocês estariam mortos. Esse cara… Foi a amiga da Lili que o encontrou, e ele parece ser decente. Parece ser confiável.

Parece não é bom o suficiente, Lucky. São nossas vidas! – exclamei.

– Shh… – pediu, abanando a mão e olhando ao redor.

– Ele está aqui? – sussurrei em desespero.

– Sim! Eu não te disse?

– Achei que ele tivesse vindo e você tivesse se livrado dele! – rosnei.

– Cole! Você precisa confiar nele. Precisa confiar em alguém.

– Eu me viro. – Travei a mandíbula.

– É? E como? Para onde você vai? Com que dinheiro? Não confia no seu pai para te ajudar, nem mesmo disse para ele onde estava! Não quer meter mais ninguém nesse perigo – argumentou. – O cara é da Interpol. Investiga crimes organizados, está atrás do Kulik há um tempo. Veio até aqui atrás de vocês. Fale com ele!

Agora era eu quem respirava errado.

Eu estava pesando e medindo todas as minhas opções, e a verdade é que eu estava na merda.

E se o cara estivesse ali para nos matar, Lucky estava certo… Não faria diferença alguma.

– Tudo bem. Onde ele está?

– Na minha sala. Pedi um minuto a ele para te preparar antes.

– Certo… – expirei, resignado. – Lucky… Eu… Eu estou… Eu estou com medo, mas quero que você saiba que eu sou muito grato por…

– Shh, moleque! – Deu um tapa gentil no meu ombro. – Eu sei.

Acenei com um sorriso discreto e levantei.

– Cole…

– O que foi?

– É melhor você chamar a Lili.

– Não. – Resoluto. – Ela não aparece até eu falar com esse cara.

– Cole… Não é só a sua vida. Ela é corajosa e inteligente. E se esse cara for problema, ela vai estar mais segura aqui embaixo com nós dois do que lá em cima sozinha e sem saber o que está acontecendo. Dê um voto de confiança à garota. Acabe com isso de uma vez.

                   ×××××××××××××××

Eu vi a arma apontada para nós assim que cruzamos a porta da sala de Lucky. Cole tomou minha frente, mas ainda consegui ver o dedo do homem pressionando o gatilho.

Um estalo rápido revelou que a arma estava sem balas, mas a essa altura meu coração já estava explodindo no peito, e pelo nível de fúria que Cole e Luckas tinham nos olhos quando se viraram para o estranho, eu diria que eles deveriam estar em uma situação bem parecida com a minha.

– QUE MERDA É ESSA?

– Você perdeu a porra do juízo?

Avançaram em sincronia para cima do homem, que abandonou sua arma sobre a mesa e levantou as mãos.

– Calma, foi só para provar um ponto.

– Que ponto? – Cole ainda me mantinha às suas costas. – O de que não deveríamos confiar em você?

– O ponto de que, se eu quisesse matar vocês dois, poderia ter feito isso agora. – Sorriu amarelo. – Acho que é um bom modo de conquistar a confiança de algumas pessoas.

– Você é louco – suspirei.

– Queridinha, sou um policial honesto trabalhando contra o crime organizado. – Seu sorriso se desfez em uma carranca sóbria. – É claro que eu sou louco. Agora… – Reclinou-se na cadeira de Lucky. – Por favor, sentem-se.

Cole me tomou pela mão e sentou na cadeira ao meu lado. Lucky ficou parado junto à porta, bem atrás de nós, e parecia incerto sobre sua própria decisão de levar aquele homem até ali.

– Eu sou Gareth Zahner. – Mesmo sentado, seu porte atlético era perceptível. Maior e mais forte que Cole. Seus cabelos pretos eram muito lisos e pesados, desenhando seu rosto quadrado e rude com uma barba malfeita. Se a situação não fosse tão crítica, eu diria que ele era charmoso, em seu jeito viril, com um sorriso quase simpático. Quase sedutor. – Trabalho para a Interpol. Divisão de combate ao crime organizado. Senhorita Reinhart?

Prendi a respiração, minhas costas estavam rígidas como uma pedra.

– Conheci sua amiga. A senhorita Rion estava muito preocupada com você.

Eu me desfiz.

Foi súbito e inesperado. A mera menção a Elise e eu passei a sentir uma vontade incontrolável de rir e chorar. De preferência, ao mesmo tempo.

– O senhor… O senhor falou com ela?

– Sim… Ela não está deixando pedra sobre pedra no governo francês em sua busca implacável pela senhorita. Foi até Lyon para falar pessoalmente comigo.

Engoli em seco. Minha mente estava repassando a explosão da minha casa na televisão em um loop infinito. Se Elise estava procurando por mim…

– Não é perigoso? Ela não deveria…

– Já cuidei disso. Conversei com ela sobre o que deveria ser um comportamento adequado nessas circunstâncias, e ela é uma moça esperta. Tenho certeza de que entendeu. Ela me mostrou a gravação de sua secretária eletrônica. Foi inteligente. – Piscou um olho para mim. – O jeito como você deixou a mensagem foi bem suspeito, e os detalhes me deixaram seguir seus passos. Fiz umas perguntas na delegacia, mas ninguém parecia tê-la notado. A não ser um novato… Ele se lembrava de você. Disse que saiu com o inspetor Herbeck. Tive uma conversa breve com o inspetor e fiz um acordo para livrá-lo da cadeia. – Sorriu presunçoso. – Tudo por causa de sua mensagem e sua amiga. Foi ela também quem me deu o contato do rapaz. O Matt. – Seus olhos brilharam.

Cole se moveu na cadeira. Ele sempre fazia isso quando alguém tocava em um ponto que não o deixava à vontade. Era bem típico, o modo como ele se movia entregava que seus pensamentos eram turbulentos naquele momento.

A referência ao seu amigo garoto de programa o tinha afetado do mesmo modo como a referência a Elise havia me atingido. Eu havia me esquecido completamente dele… Mas eles podiam ser bons amigos.

– Foi ele quem me indicou onde eu poderia encontrar vocês dois. Confesso que esperava encontrá-los em pedacinhos. Tiveram muita sorte de Kulik não os ter encontrado antes de mim.

O senhor não faz a menor ideia.

– E qual é o plano? – Cole quis saber. – Trabalha pra Interpol… Não quer nos matar… Já provou essa parte. – rosnou, ainda incomodado pela lembrança recente. – Supondo que a gente acredite em você e que resolva fazer o que sugerir. Qual é o plano?

– Primeiro vocês têm que me contar o que sabem. Porque, até agora, só o que sei é que vocês dois sumiram do hotel Grand Classique no mesmo dia e na hora aproximada da morte de um dos meus homens.

– Seus homens? – Essa parte era novidade.

– Um agente disfarçado. Estava coletando informações há oito meses. Kulik o descobriu no caminho para o hotel, ainda não sei como. Matou-o antes de uma reunião importante. Era essa reunião que queríamos gravar. O ponto final do nó que ia jogar o filho da puta na cadeia. Mas ele matou meu agente antes. E não tenho como provar… A não ser que o local e o momento do oportuno desaparecimento de vocês não tenham sido apenas uma coincidência. E pelas menções que fez na gravação para sua amiga, senhorita Reinhart, imagino que não seja.

Eu e Col nos entreolhamos. Eu queria que ele decidisse o que fazer e me guiasse, mas, pelo modo como me observava, ele parecia esperar de mim exatamente a mesma coisa.

– E pesquisei sobre a senhorita. – Apontou para mim, como se me desafiasse a mentir. – Parece que sua casa… Na verdade, parece que todo o bloco residencial em que você morava foi sumariamente destruído naquela mesma madrugada. Escapamento de gás, foi o que me disseram. Diga-me, mademoiselle… Foi isso mesmo o que aconteceu?

Ainda tinha os dedos entrelaçados aos de Cole quando decidi.

Decidi por nós dois.

Estávamos entre a cruz e a espada… Era hora de escolher o menor dos males.

– Nós estávamos no estacionamento do Grand Classique. – Zahner sorriu quando eu comecei a falar, excepcionalmente satisfeito. – Meu carro estava estacionado no limite da propriedade, ouvimos um barulho na linha das árvores e… Alguns homens estavam parados por lá. A maior parte deles no escuro, mas… Eu consegui ver bem pelo menos dois deles. Um, eu não sei quem é, mas… Acho que poderia reconhecê-lo se fosse preciso. E o outro… – Engoli em seco.

– O outro? – Zahner me incentivou.

– O outro era Yuri Kulik – Cole juntou-se a mim.

Gareth deu um tapa feliz na mesa e riu como uma criança.

– Vocês têm certeza?

– Absoluta. O rosto dele estava em todos os noticiários da França há muito tempo – confirmou Col. – Não é o tipo de cara que você esquece.

– E dariam um depoimento? Testemunhariam sobre isso?

Afirmei com um gesto e Strome me imitou.

– Perfeito! – sussurrou.

– Mas só se você nos disser qual é o plano. – Apertou minha mão. Eu não saberia dizer se ele queria me dar forças ou se era ele quem precisava delas. Seja como for, apertei sua mão de volta.

– O plano é proteger vocês dois. Levar o depoimento a um juiz. Prender Kulik e mantê-los ambos escondidos até testemunharem. E continuar mantendo vocês protegidos depois disso.

– Programa de proteção à testemunha? – Fez a pergunta, mas já sabia a resposta. Ele mesmo já havia antevisto isso.

– Programa de proteção à testemunha – repetiu Zahner. – Pelo resto de suas vidas. Sinto muito, mas se tinham esperanças de voltar a…

– Não tínhamos – interrompi. Agora era eu quem apertava a mão de Cole, incentivando-a a me apoiar.

– Melhor, então. Preciso tirar vocês daqui imediatamente. Quando estivermos em um local seguro, vou colher o depoimento dos dois. Precisarei saber de tudo que fizeram desde que saíram de Paris: todos com que tiveram contato, todos que sabem sobre vocês. Todos os detalhes.

– Tudo bem. E… Senhor Zahner, eu… Eu posso escrever uma carta? Para minha amiga, Elise? O senhor poderia se certificar de que ela a receberia?

Ele coçou a testa, estreitando os olhos, visivelmente contrariado. Considerou por alguns segundos antes de dizer:

– Escreva sua carta, senhorita Reinhart. Mas vou precisar lê-la algumas vezes antes de entregá-la. Para ter certeza que não divulgou nenhuma informação que possa ser prejudicial.

– Imaginei – concordei baixinho.

– Vou juntar uma equipe pequena de pessoas de confiança. Já deveria ter feito isso, mas… Só corri até aqui temendo que vocês dois desaparecessem ou algo pior.

– E para onde vamos? – Agora era Cole quem tinha suas dúvidas.

– Não posso dizer. Ninguém pode saber onde vocês estão. – Apontou para o Lucky. – E por motivos de segurança é importante que vocês também não saibam onde o outro está.

Meu coração se petrificou e parou de bater.

Certamente, eu tinha entendido errado.

– Perdão? – Abri a boca para fazer uma pergunta parecida, mas Cole foi mais rápido. – O que quer dizer com isso?

– Quero dizer que não é seguro que saibam onde vocês estão. Apenas vocês mesmos e a equipe de segurança. Não vou dizer para um de vocês onde o outro está. Assim, se um de vocês for comprometido, o outro…

– Não, não! – Cole se levantou. Sua voz era rouca e nos seus lábios repousava o mais belo sorriso de desespero. – Você não entendeu bem. Nós vamos juntos. – Apontou para mim e depois para si mesmo. – Não vamos nos separar.

– Vocês são casados? – Levantou uma sobrancelha irritada para um Cole impaciente.

– O que isso tem a ver com…

– São casados? – repetiu, mesmo já sabendo a resposta. – Famílias, nós fazemos o impossível para manter juntas. Mas vocês são as duas testemunhas-chave do caso mais importante contra o crime organizado que a Interpol já viu. Manter vocês dois separados é uma questão de segurança e bom senso.

– Assim, se um de nós morre, você tem o outro? – Cuspiu.

– Eu não queria ser tão objetivo, senhor Sprouse. Mas, sim, exatamente por causa disso.

– Não vai nos separar!

– Temo que não seja uma escolha sua. É bom que entenda isso agora e que nunca mais questione de novo: se vai ficar sob minha proteção, fará as coisas do meu jeito. Exatamente como eu disser. É o único jeito que tenho para manter vocês vivos. Minha única regra.

– Não vamos! – decidiu. – Não vamos. Se você quer nossos depoimentos, tem que nos levar juntos.

Cole estava lutando uma batalha perdida. Talvez fosse por isso que eu me mantinha em um silêncio resignado, enquanto ele persistia: eu já tinha entendido o que ele estava demorando a aceitar.

– Prefere mesmo arriscar sua vida por isso, Sprouse?

– Prefiro. – Sua mandíbula estava firme. Seu olhar, decidido.

Fechei os olhos e senti a umidade anunciando que uma lágrima escorria pelos meus cílios. Zahner se levantou:

– E a vida dela? Prefere arriscar a vida dela também?

Col inspirou fundo e olhou para mim. Eu podia ver que ele estava assustado. Estava em pânico. Mordia o lábio trêmulo e me encarava cheio de dor.

Foi rápido e intenso, mas a única certeza que tínhamos era um ao outro. Nossa única segurança.

E agora, até isso estava sendo cruelmente arrancado. O inesperado nos aguardava. E teríamos de encará-lo sozinhos.

– Você pode nos levar juntos, se quiser. – Virou-se para Zahner, e notei que, se exigir não tinha funcionado, ele estava pronto para implorar. – Pode. Por que não faz isso? Por favor.

Ainda dizia uma ou outra coisa quando me levantei. Coloquei os braços em seus ombros e o puxei para mim. Beijei seu rosto, sua bochecha, secando minhas lágrimas, enquanto eu o mantinha preso em um abraço apertado.

– Não adianta, Col – murmurei, minha voz falhando. – É como você disse: a gente se meteu em uma situação horrível. Não tem saída boa.

– Lili… – Ele me puxou, colocando meu rosto nas mãos. – Eu te prometi. Prometi que ia cuidar de você. Prometi que…

– Eu sei. – Alisei seu peito por cima da camisa de algodão. – Mas vai ficar tudo bem.

– Não, Lili… – sussurrou. – Não desiste.

– Não é desistir, Col. – Apoiei minha testa contra a dele, refletindo sua exaustão. – É guardar as forças para outra batalha. A gente ainda vai ter que lutar muitas. Eu meti a gente nisso e…

Ele estava me segurando, me afastando de si, me observando com um misto de carinho e decepção.

– Não! Não é culpa sua. Pare com isso!

– Não importa, Cole! Não importa mais. Só o que importa é o que vamos fazer agora, e eu… – Lágrimas caíam e eu não ia conseguir controlá-las. – Eu queria ficar com você mais do que tudo. Estou com medo! Estou assustada! – exclamei, a aflição perceptível em cada sílaba. – Mas o que a gente pode fazer? Estamos aqui há quanto tempo e já encontramos quantos problemas? Como vai ser daqui a uma semana? Um mês? Um ano? E se Kulik nem mesmo estiver preso? Vai ser pior, e você sabe.

Seus olhos estavam no chão de novo.

Ele está chorando?

Por favor… Por favor, não olhe para mim agora. Se você estiver chorando, eu não vou conseguir aguentar.

– Nossa melhor chance é ir com a Interpol. Fazer o que o senhor Zahner está dizendo e… – expirei. – Esperar que tudo dê certo.

– É isso que você quer? – Seu olhar era firme e distante. – Separar-se? É isso que você quer?

– Não me pergunte isso, Col. Não é justo…

– Responda, Reinhart. Responda. O que você quer fazer?

Ia ser assim, então?

Ele ia me responsabilizar?

Como se nós tivéssemos uma alternativa?

– Acho que nós devíamos ouvir o Zahner e fazer como ele diz.

– Tudo bem, então. – Deu de ombros. – Vou arrumar minhas coisas.

Ele se virou em direção às escadas.

– Cole! – chamei.

Eu estava fraca. Sofrida, triste, cansada, frustrada. Mas acima de tudo eu estava irritada.

Tinha tentado ser forte por nós dois. Salvar nossas vidas. E ele ia simplesmente me responsabilizar e virar as costas?

– Senhorita Reinhart – Zahner começou – Nós precisamos…

– Depois – rosnei, seguindo Sprouse.

Eu sabia que ia acabar. Algum dia ia acabar.

Mas, se esse dia seria hoje, pela minha vida, ele não daria a última palavra daquele jeito.

                  ×××××××××××××××××

Os toques indicavam que o telefone dele devia estar chamando. Era tarde, mas eu precisava fazer aquilo de uma vez.

Lili estava certa: se eu queria mudar minha vida, eu precisava mudar minha vida. Quem diria que depois de tudo o que eu vivi, seria a virgem e nova namorada do meu ex quem me daria o melhor conselho que eu já havia recebido.

– Sim? – A voz grave atendeu do outro lado.

– Boa noite, senhor Simak. Desculpe ligar tão tarde.

– Quem fala? – Ele tinha o tom seco e objetivo de homens que não perdem tempo com trivialidades.

– Skye, a ex-namorada do seu filho. Não se lembra de mim?

Silêncio profundo por alguns segundos.

– Lembro. Lembro sim. O que posso fazer por você?

– Você pode me conseguir dinheiro. Um bocado dele – falei de uma vez.

– Ah é? – riu.

– É. Sabe… Ocorreu-me que o senhor me enganou. Não é um homem muito bom e apenas me usou para tentar trazer seu filho de volta.

– Você é uma garota esperta – continuou, rindo.

– Sou sim. Muito esperta. É por isso que percebi que, se não posso ajudar o senhor de um modo, vou ajudar de outro.

– E posso saber que modo é esse?

– Não contando para a imprensa sobre a real ocupação do seu querido filho.

Silêncio. Por longos segundos.

Não está rindo agora, não é?

– Seria uma notícia interessante, correto? – continuei. – Não consigo pensar em nenhum jornal que não se interessaria em publicar.

– E que provas você teria, garotinha?

– Eu não precisaria de provas. Bastaria revelar para todos os jornalistas o lugar onde ele está. E os bons fotógrafos poderiam tirar várias fotos do seu nobre filho nu no palco de uma boate vagabunda em Amsterdã.

Esperei seu próximo movimento.

Ele deixou o silêncio se prolongar mais uma vez. E…

Não tenho certeza, mas… Acho que o ouvi rir do outro lado da linha.



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