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História Semideuses lendo HDO5 (Não finalizada) - Capturada


Escrita por: Clacat

Notas do Autor


Eu não dou conta, não dou conta de dois capítulos por dia, muito menos todo dia. Foram mais de vinte capítulos só nas primeiras semanas e eu como uma pessoa que ainda vai fazer quatorze anos, não sou tão bem organizada assim. Eu não tinha tempo para escrever minha outra fanfic, muito menos terminar minhas ones ou minhas leituras. Então parei de fazer dois capítulos por dia. Mas mesmo assim ficava muito supercarregado para mim. Ter que escrever á noite ou o dia inteiro para ter capítulo todo dia. No inicio era mais fácil, mas agora com as minhas outras histórias, tudo ficou mais complicado. Então decidi por assim fazer, capítulo dia sim e dia não. Será mais fácil e menos cansativo, não ter que postar quatorze capítulos por semana. Espero que me entendam. E que não liguem muito para a mudança de quantidade de capítulos.
Agora aproveitem o capítulo.

Capítulo 30 - Capturada


Reyna começou. 

“A RESPOSTA LHE OCORREU ANTES mesmo que ela despertasse por completo. 

As iniciais da placa no Barrachina: HDVM. 

— Não tem graça — murmurou Reyna para si mesma. — Não tem a menor graça.” 

— O que não tem graça? – Percy perguntou. 

“Anos antes, Lupa lhe ensinara a ter um sono leve e acordar já alerta, pronta para atacar. Agora, conforme seus sentidos voltavam, Reyna avaliava sua situação. 

O saco de pano ainda cobria sua cabeça, mas não parecia estar preso em seu pescoço. Ela se viu amarrada a uma cadeira dura; de madeira, supôs. Cordas apertavam com força suas costelas. Suas mãos estavam presas às costas, mas suas pernas estavam soltas do joelho para baixo. 

Ou seus captores eram relaxados, ou não esperavam que ela despertasse tão depressa. 

Reyna experimentou mexer os dedos das mãos e dos pés. O efeito do tranquilizante havia passado. 

Em algum lugar à frente de Reyna ecoaram passos por um corredor. O som se aproximava. A garota relaxou os músculos e deixou a cabeça pender, o queixo tocando o peito. 

Um clique de fechadura. Uma porta rangendo. 

A julgar pela acústica, ela se encontrava em um ambiente pequeno, com paredes feitas de tijolos ou de concreto: talvez um porão ou uma cela. Alguém entrou no aposento. 

Reyna calculou a distância. Não mais que um metro e meio. 

Ela se ergueu de um salto, girando o corpo de tal forma que as pernas da cadeira acertassem o corpo de quem quer que tivesse surgido. A força fez a cadeira se quebrar. Seu captor caiu com um grunhido de dor. 

Gritos vindos do corredor. Mais passos. 

Sacudindo a cabeça, Reyna se livrou do saco de pano. Depois deu uma cambalhota para trás, passando as mãos amarradas por baixo das pernas para que os braços ficassem na frente do corpo. Seu captor era uma adolescente usando traje camuflado cinza, e estava caída no chão, atordoada; trazia uma faca presa ao cinto. 

Reyna pegou a faca, montou sobre a garota e pressionou a lâmina contra a garganta de sua captora.” 

Nossa – Nico falou impressionado. 

— Isso foi incrível. – complementou Grover. 

Reyna sorriu confiante para os dois. 

“Outras três garotas surgiram à porta. Duas delas sacaram facas. A terceira armou uma flecha e puxou o arco. 

Por um momento, todos ficaram paralisados. 

A artéria carótida da garota rendida pulsava sob a lâmina na mão de Reyna. Sabiamente, a garota não fez nenhuma tentativa de se mexer. 

Pela mente de Reyna passavam várias possibilidades de como derrotar as garotas que estavam à porta. As três usavam camiseta camuflada cinza, calça jeans de um preto desbotado, tênis de corrida pretos e cinto de utilidades como se estivessem indo acampar, fazer uma trilha ou… caçar. 

— Vocês são as Caçadoras de Ártemis — compreendeu Reyna. 

— Vá com calma — disse a garota com o arco. Seu cabelo ruivo era raspado dos lados e comprido em cima. Tinha o físico de um lutador de boxe. — Você não está entendendo a situação. 

A garota no chão soltou todo o ar dos pulmões, mas Reyna conhecia aquele truque: uma forma de tentar afastar a pele da arma do inimigo. Reyna apertou ainda mais a faca. 

— Vocês é que não estão entendendo se acham que podem me atacar e me capturar — retrucou Reyna. — Onde estão meus amigos? 

— Ilesos, exatamente onde você os deixou — assegurou a ruiva. — Olhe, somos três contra uma, e suas mãos estão amarradas. 

— Tem razão — disse Reyna com raiva. — Podem vir mais seis de vocês, e aí talvez seja uma luta justa.” 

— Garota, gostei de você. – disse Thalia. 

“Exijo ver a tenente das Caçadoras, Thalia Grace.” 

— Por que ela quer ver a Thalia mesmo? – Percy perguntou – Eu já esqueci o porquê. 

“A ruiva piscou. As outras pareceram vacilar. 

No chão, a refém de Reyna começou a tremer. Reyna achou que ela estivesse tendo um ataque, mas então percebeu que a garota estava rindo.” 

— Acho que já entendi. – concluiu Annabeth segurando a risada. 

“— Qual é a graça? — perguntou Reyna. 

A voz da garota era um sussurro rouco: 

— Jason me disse que você era boa. Mas não imaginei que fosse tanto. 

Reyna olhou com mais atenção para sua refém. A garota parecia ter uns dezesseis anos, com cabelo preto espetado e lindos olhos azuis. Uma tiara de prata reluzia em sua testa. 

— Você é Thalia?” 

Thalia grunhiu desgostosa, ao lembrar que era uma Caçadora. E ainda era a tenente. 

“— E posso explicar tudo com o maior prazer — disse Thalia —, desde que você faça a gentileza de não cortar minha garganta. 

* * * 

As Caçadoras a guiaram por um labirinto de corredores. As paredes eram blocos de concreto pintados de verde-musgo, sem nenhuma janela. A única luz vinha de fracas lâmpadas fluorescentes posicionadas a cada dez metros no teto. As passagens viravam e faziam curvas de um lado para outro. A Caçadora ruiva, Phoebe, seguia na frente; parecia saber aonde estava indo. 

Thalia Grace seguia mancando, a mão apertando as costelas, na altura em que Reyna a acertara com a cadeira. Devia estar sentindo dor, mas em seus olhos havia um brilho de divertimento. 

— Mais uma vez, me desculpe por raptá-la. — Thalia não parecia muito arrependida. — Este esconderijo é seguro. As amazonas têm certos protocolos… 

— As amazonas. Vocês trabalham para elas?” 

— Eu não trabalho para ninguém. – disse Thalia. 

— E para Ártemis? – perguntou Bianca. 

— Nesse momento, eu não sou Caçadora. Então não trabalho para ninguém. – afirmou Thalia. 

Bianca concordou com um sorriso sarcástico. 

“— Com elas — corrigiu Thalia. — Temos uma relação amistosa. Às vezes, as amazonas nos mandam recrutas. E quando temos garotas que não querem ser virgens para sempre, as mandamos para as amazonas, que não exigem esses votos. 

Uma das outras Caçadoras bufou, indignada. 

— Manter homens como escravos, de coleira e tudo… Sou mais ter uma matilha de cães. 

— Eles não são escravos,” 

— Bem... – NDA começou, mas foi calado por AC. 

“Celyn — repreendeu Thalia. — São apenas subservientes. — Ela olhou para Reyna. — As amazonas e as Caçadoras não têm exatamente a mesma opinião sobre tudo, mas desde que Gaia começou a se agitar, temos atuado em cooperação mútua. Com o Acampamento Júpiter e o Acampamento Meio-Sangue se engalfinhando… bem… alguém tem que lidar com todos os monstros. Nossas forças estão espalhadas pelo continente inteiro. 

Reyna massageou as marcas de corda no pulso. 

— Achei que você tivesse dito a Jason que não sabia nada sobre o Acampamento Júpiter. 

— E era verdade. Mas esses dias agora são passado, graças às maquinações de Hera. — Thalia assumiu uma expressão séria. — Como vai meu irmão? 

— Quando eu o deixei em Épiro, ele estava bem. 

E Reyna contou a ela o que sabia. 

Os olhos de Thalia a perturbavam: de um azul eletrizante, intensos e alertas. Lembravam muito os de Jason. Tirando isso, os irmãos não se pareciam em nada. O cabelo de Thalia era espetado e preto. Ela vestia uma calça jeans toda rasgada, partes presas com alfinetes de segurança; usava correntes de metal no pescoço e nos pulsos, e um button em sua camiseta dizia O PUNK NÃO MORREU. O MORTO É VOCÊ.” 

— Maravilhosa... – Thalia murmurou de um jeito brincalhão. 

“Reyna sempre pensara em Jason como o típico garoto americano. Thalia parecia mais alguém que aparecia no beco com uma faca para assaltar típicos garotos americanos.” 

— Eu nunca fiz isso. – Thalia afirmou. 

“— Espero que ele ainda esteja bem — disse Thalia, pensativa. — Faz alguns dias, sonhei com nossa mãe. Não foi… não foi muito agradável. Depois recebi, em meus sonhos, a mensagem de Nico, de que vocês estavam sendo caçados por Órion. Foi ainda menos agradável. 

— Foi por isso que você veio. Você recebeu a mensagem dele. 

— Bem, não viemos correndo até Porto Rico para passar umas férias. Esta é uma das fortalezas mais seguras das amazonas. Achamos que conseguiríamos interceptar vocês. 

— Interceptar? Como? E por quê? 

Phoebe, que ia na frente, parou. O corredor terminava bruscamente em uma porta dupla de metal. Phoebe bateu nela com o cabo da faca, uma complicada sequência de toques que parecia código Morse. 

Thalia esfregou as costelas machucadas. 

— Vou ter que deixar você aqui. As Caçadoras estão patrulhando a cidade antiga, à espera de Órion. Preciso voltar para as linhas de frente. — Ela estendeu a mão como se esperasse algo. — Minha faca, por favor? 

Reyna a devolveu. 

— E as minhas armas? 

— Você vai tê-las de volta quando for embora. Sei que parece bobagem, o rapto, a venda nos olhos, essas coisas, mas as amazonas levam muito a sério a própria segurança. Mês passado tiveram um incidente na base de operações delas, em Seattle. Talvez você tenha ouvido falar. Uma garota chamada Hazel Levesque roubou um cavalo.” 

— Ah, a minha irmã. – NDA sussurrou de um jeito carinhoso. 

“A Caçadora Celyn sorriu. 

— Naomi” 

Will arqueou a sobrancelha por um segundo, mas logo balançou a cabeça em negação. 

“e eu vimos o vídeo da câmera de segurança. Lendário. 

— Épico — concordou a terceira Caçadora. 

— Enfim — continuou Thalia. — Estamos de olho em Nico e no sátiro. Homens não autorizados não têm permissão de chegar nem perto deste lugar, mas deixamos um bilhete, para eles não ficarem preocupados. 

Thalia pegou um papel do cinto, desdobrou-o e entregou-o a Reyna. Era uma xerox de um bilhete escrito à mão. 

Pegamos emprestada de vcs uma pretora romana. 

Será devolvida sã e salva. 

Fiquem quietinhos aí. 

Senão, matamos vcs. 

Bjs, 

As Caçadoras de Ártemis 

Reyna devolveu o bilhete. 

— Ótimo. Eles vão ficar bem tranquilos. 

Phoebe sorriu. 

— Está tudo bem. Cobri a Atena Partenos com uma nova rede de camuflagem que eu projetei. Deve servir para evitar que monstros, inclusive Órion, a encontrem. Além disso, se meu palpite estiver certo, o gigante na verdade não está seguindo o rastro da estátua, mas o seu. 

Reyna sentiu como se tivesse levado um soco na cara. 

— Como você pode saber isso? 

— Phoebe é minha melhor rastreadora — explicou Thalia. — E minha melhor curandeira. Sem contar que… bem, ela geralmente tem razão em quase tudo. 

— Quase tudo? — protestou a própria Phoebe. 

Thalia ergueu as mãos em um gesto de rendição. 

— Quanto ao porquê de termos interceptado vocês, vou deixar que as amazonas expliquem. Phoebe, Celyn, Naomi: entrem com Reyna. Tenho que cuidar de nossas defesas. 

— Você está preparada para uma luta — observou Reyna. — Mas você disse que este lugar era secreto e seguro… 

Thalia embainhou a faca. 

— Você não conhece Órion. Bem que eu queria que tivéssemos mais tempo, pretora. Queria lhe perguntar sobre o seu acampamento, saber como foi parar lá. Você me lembra muito sua irmã, mas ao mesmo tempo… 

— Você conhece Hylla? — perguntou Reyna. — Ela está em segurança? 

Thalia inclinou a cabeça ao responder: 

— Nenhum de nós está seguro no momento, pretora,” 

— Triste realidade. – murmurou Annabeth. 

“por isso eu preciso muito ir. Boa caçada! 

E desapareceu pelo corredor. 

As portas de metal se abriram com um rangido. As três Caçadoras conduziram Reyna para dentro. 

Depois daqueles túneis claustrofóbicos, o tamanho do armazém fez Reyna perder o fôlego. O teto era tão amplo que daria para uma ninhada de águias gigantes fazerem manobras pelo ar. Fileiras de estantes de uns dez metros de altura se estendiam até o infinito. Braços mecânicos iam e vinham rapidamente pelos corredores, pegando caixas. Ali perto, meia dúzia de jovens em terninhos pretos comparavam anotações em seus tablets. Diante delas havia contêineres identificados com FLECHAS EXPLOSIVAS E FOGO GREGO: (PCT ABRE FÁCIL, 500G) e FILÉ DE GRIFO (ORGÂNICO — CRIAÇÃO EM GRANJA). 

Bem diante de Reyna, uma figura familiar estava sentada a uma mesa de reuniões coberta de relatórios e armas brancas. 

— Irmãzinha. — Hylla se levantou. — Aqui estamos nós de novo, em casa. Encarando a morte certa mais uma vez. Temos que parar de nos encontrar assim.” 

Reyna suspirou e logo passou para a próxima página.


Notas Finais


Tá, espero que tenham gostado.Uma dúvida enorme em minha cabeça,quando certos personagens forem embora, quem vocês iriam querer para ler? Eu tenho duas pessoas em minha mente, mas não faria sentindo. (Não vale escolher gente morta) Vejo vocês no próximo capítulo.
Beijos,
Clara.


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