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História Sempre Ao Seu Lado ( continuação de Minha Melhor Amiga) - Tapando O Sol Com A Peneira


Escrita por: anafelissimo

Notas do Autor


Oi gente hoje veremos a continuação da chegada do novo bebê.

Capítulo 42 - Tapando O Sol Com A Peneira


Sem interromper o beijo Michael se reclinou sobre seu corpo fazendo-a deitar de volta na cama, a beijou de maneira lenta explorando calmamente cada canto de sua boca. Jennifer gemeu baixo contra seus lábios fazendo cada canto de seu corpo vibrar com aquele som, ela levou as mãos ate seu pescoço acariciando sua nuca. Michael a beijou com uma calma que há muito tempo não usava como se estivesse redescobrindo aquele toque tão familiar, ao mesmo tempo em que era intenso o bastante para tirá-lo do chão. E era justamente disso que precisava se esquecer do mundo e mergulhar no sonho de estar com ela queria apenas desfrutar do paraíso que Jennifer lhe oferecia nem que fosse por um minuto. Desligou sua mente de tudo que não fosse a mulher sob seu corpo se concentrando apenas nas sensações, precisava se esquecer de seus problemas nem que fosse por apenas um momento. Subiu pela lateral de seu corpo ate chegar as mãos dela que quase desapareceram sob as suas, era incrível como alguém tão forte podia ter um corpo tão delicado. Jennifer sorriu por dentro ao senti-lo roçando contra seu abdômen enquanto devorava sua boca, era incrível como Michael sempre achava alguma forma de levá-la para cama. Não podia negar que estava sendo bom senti-lo roçar contra seu corpo em busca de contato, mas logo uma lembrança a fez se contrair livrando seus lábios dos dele.

 -Para, para. –Pediu se afastando dele. –Não posso estou de resguardo.

 -Me desculpe eu esqueci. –Disse recuperando o controle sobre a respiração.

 -Não tem problema. –Se recostou na cabeceira. –Eu também esqueci. –Afirmou com um sorriso travesso.

 -Melhor você descansar, teve um dia cheio. –Disse lhe dando um selinho. –Está com fome? –Ela acenou com a cabeça concordando. –Só um minuto. –Falou pegando o telefone.

 Michael interfonou para cozinha pedindo que levassem o lanche de Jennifer ate o quarto, apesar de ela ter dito que podia descer para comer na sala não queria que se esforçasse. Na verdade ela nem deveria ter saído de casa para ir ao hospital aquela manhã, mas havia insistido tanto em ir que achou melhor não contrariá-la lhe causando estresse. A empregada chegou com um lanche leve para os dois se retirando depois de servi-lo, para sua própria surpresa Jennifer estava com muita fome depois de comer pouco nos últimos dias. Seu apetite havia voltado junto com seu bom humor aquela era a Jennifer que conhecia e amava, Michael pensou aliviado sentindo que seu mundo estava voltando ao normal. Depois de um tempo Phil chegou em busca de novidades sobre seu irmão, depois de conversarem ele aproveitou para participar do piquenique que estava havendo no quarto.

 Michael cancelou seus compromissos para ficar com a família e compensar pela sua ausência no dia anterior, sabia que tinha chateado Jennifer ao deixá-la sozinha com as visitas. Alem disso fazia muito tempo que não se divertiam em família devido aos problemas que enfrentaram, na verdade ainda estavam sentindo os danos de tantos ataques a sua imagem. Pelo menos dentro de casa as coisas tinham voltado ao normal, aquele tinha voltado a ser seu oásis de paz em meio ao caos constante que a vida de celebridade causava. Era um alivio voltar para casa depois de cada apresentação e encontrar sua família esperando-o, se sentir acolhido por aqueles que amava sabendo que sempre estariam ali para ele. Os três passaram o restante do dia dentro do quarto mesmo já que Jennifer precisava descansar, ficaram vendo filmes e desenhos enquanto comiam pipoca e doces. Aquele foi um dia dedicado a diversão e todas as coisas chatas eram esquecidas, tanto que assuntos sérios eram proibidos sendo permitidas apenas piadas. Era quase meia noite quando Phil e Jenni caíram no sono em frente a teve, Michael desligou o aparelho e se levantou da cama com cuidado para não acordá-los. Os olhou antes de sair Jennifer estava reclinada sobre os travesseiros com Phillip sobre seu colo, aquela imagem era o quadro mais perfeito de uma família que já havia visto. Desceu ate o seu escritório pegou o telefone discando um numero precisava desabafar, em sua casa Katherine dormia profundamente ate que foi acordada pelo toque insistente do aparelho.

 -Alo. –Disse ainda sonolenta apoiando o fone no ouvido.

 -Mãe. –Michael falou do outro lado da linha. –Desculpe por ligar a essa hora.

 -Tudo bem querido. –Disse se sentando na cama. –Aconteceu alguma coisa?

 -Hoje Jennifer e eu fomos a primeira consulta com o medico do bebê. –Explicou quase num sussurro.

 -Céus eu sinto muito. O que o medico disse?

 -Ele explicou que o bebê é prematuro e... –Narrou tudo o que aconteceu no consultório.

 -Então ainda há alguma esperança de recuperação graças a Jeová. –Disse aliviada.

 -Nem tanto seu caso é muito delicado. –Lembrou com pesar. –E mesmo que ele sobreviva... não sei o que fazer nem posso imaginar como seria lidar com todos os problemas que essa síndrome causa.

 -Michael não se esqueça que os filhos são uma herança de Jeová e que este menino vai precisar muito de seu apoio e proteção.

 -E se ele não sobreviver? –Perguntou sentindo um estranho alivio com esse pensamento.

 -Nesse caso vocês terão que ter força e resignação para superar esta provação. –Falou tentando lhe dar algum tipo de consolo. –Você e Jennifer e tem a vida inteira pela frente e têm um filho lindo que os ama de verdade.

 -Obrigado mamãe boa noite.

 -Boa noite filho que Deus te abençoe. –Se despediu antes de desligar.

 Os dias seguintes foram tranqüilos na casa dos Jackson foi como se nada tivesse acontecido, era incrível como sua rotina voltou rapidamente ao normal depois de tantos contratempos. Nem se quer parecia que alguma coisa tinha mudado em suas vidas, exceto pelo fato de que Jennifer estava passando esse tempo em casa por causa do seu resguardo. Jennifer estava se recuperando bem depois do parto apesar de ainda precisar tomar alguns cuidados, mesmo assim não deixou de trabalhar durante esse período. Dora sua nova assistente levava contratos e esboços até sua casa para que ela aprovasse, isso e reuniões por telefone permitiam que ela pudesse tocar seus negócios a distancia.  De seu escritório comandava sua grife alem de todos os projetos sociais dos quais participava, apesar do volume de trabalho ser enorme Jennifer conseguia dar conta dele com maestria. Havia aprendido com Michael que o sucesso só era atingido através de dedicação e excelência e nunca tinha sido uma mulher que se contenta com pouco por isso dava seu máximo.

 Michael por sua vez estava se dedicando ao seu álbum que estava parado pela sua ausência, há muito tinha sido deixado de lado devido aos seus problemas recentes. O projeto já havia sofrido com tantos imprevistos e adiamentos alem de sua ausência no set de filmagem, ele precisava se retomado caso quisessem lançá-lo no ano seguinte. Tudo tinha que ficar pronto se ele quisesse fechar contratos para turnê logo após seu lançamento, precisava apresentar um bom material aos possíveis patrocinadores. Apesar de ser a pior parte de seu trabalho a turnê ainda era a uma das maiores fontes de renda de um musico e precisava de liquidez caso quisesse comprar seu rancho e construir nele. Há muito tempo Michael vinha planejando construir seu mundo ideal um lugar onde pudesse ser livre e sentia que estava chegando o momento de por em pratica o seu projeto. Aquele seria seu lar onde poderia viver em paz com sua família longe da imprensa, seria onde viveria seus melhores momentos e seria feliz junto com Jenni, Phil e... Balançou a cabeça tentando não pensar naquilo não tinha nada com que se preocupar, logo tudo se resolveria e poderiam retomar suas vidas como deveria ser. Colocou os fones de ouvido de volta retomando a gravação precisava terminar aquela fita, aumentou o volume da musica de fundo deixando que esta abafasse seus pensamentos.

 Enquanto isso os tablóides publicavam freneticamente sobre o casal Jackson e os escândalos ao redor destes, havia uma busca constante do publico por novidades a respeito da vida dos dois. Muitos requentavam rumores e traição e brigas que tiveram alem do recente assalto que Jennifer sofreu, mas as noticias que mais vendiam eram as falavam sobre seu filho mais novo Anthony. Todos queriam saber mais sobre o bebê cuja gestação não tinha sido sequer anunciada, tanto que muitos duvidavam ate mesmo da existência da criança que não teve uma foto sequer publicada. As informações oficiais eram escassas por ordem da família, então os jornalistas preenchiam as lacunas com teorias e suposições inventando historias ao seu respeito. A agitação ao redor da criança se limitava apenas a mídia, já que dentro de seu ciclo familiar o clima era contido em muitos casos quase depressivo devido a sua condição. A dualidade entre o abatimento velado de Michael e a confiança de Jennifer se refletia em suas famílias, enquanto os Jones rezavam pelo melhor os Jackson murmuravam sobre os detalhes do velório. Os dois grupos evitavam falar sobre o assunto quando se encontravam, havia certo pudor entre as famílias especialmente por que aquele não era um assunto fácil de conversar.

 Depois de três semanas Jennifer finalmente teve autorização para visitar seu bebê na UTI, mas apenas pode se aproximar dele usando o traje hospitalar mesmo assim ainda não pode tocá-lo. Ao entrar na UTI Jennifer foi guiada por uma enfermeira pelo local a meia luz ate seu bebê, aquele lugar esterilizado era angustiante se perguntou como os bebês podiam ficar ali. Pode ver seu pequeno bebê na incubadora repleto de fios e tubos conectados saindo pelas aberturas desta, ele usava apenas uma fralda e seus olhinhos estavam protegidos por cases. Ele era tão pequeno que quase não ocupava espaço dentro da incubadora, Jennifer apoiou a mão sobre a incubadora se sentindo impotente diante daquela cena. Com o coração aperto não pode conter as lágrimas ao pensar em como deveria estar se sentindo sozinho ali, aquele era o seu bebê e nem sequer podia pega-lo nos braços não era certo. Passou vinte minutos ali antes de a enfermeira pedir para que saísse por questões sanitárias, ainda sentiu seu corpo se recusar a se afastar daquele ser que fazia parte de si.

 Aquela sensação de desamparo a acompanhou durante todo o trajeto de volta para casa queria dormir e nunca acordar, mas não podia se deixar abater o seu bebê precisava dela. Sabia que ele ainda estava longe de atingir o peso ideal e ter alta ate lá aquela seria sua casa, não suportava a idéia de seu bebê ficar sozinho naquele lugar. Pensou naquele lugar frio e escuro se perguntando como alguém podia se recuperar ali, seu único desejo era que ele se recuperasse o quanto antes para levá-lo para casa. Mesmo assim não era fácil ter que lidar com tudo aquilo sozinha, por mais que estivesse tentando se manter firme não estava sendo fácil lidar com tantas coisas ruins de uma vez. Como se já bastasse todos os problemas ainda tinha que lidar com o julgamento das pessoas a sua volta, parecia que toda a humanidade havia resolvido julgá-la pelo que aconteceu. De alguma forma tinha descoberto sobre o quadro clinico de seu filho e os tablóides estavam fazendo a festa em cima de sua desgraça. Não que aquilo importasse se a palavra dessa gente tivesse algum valor todas as celebridades estariam cumprindo prisão perpetua, pelo menos nenhum veiculo de comunicação serio a acusou. Ao chegar em casa foi avisada que Michael e Phillip não estavam resolveu aproveitar aquele tempo para relaxar, encheu a banheira antes de entrar nesta mergulhando ate o pescoço nesta. Depois de um longo banho se deitou na cama tentando relaxar antes do jantar, tudo que queria era que aquela fase passasse o quanto antes e poder cuidar de sua família da forma certa.

 Levar Phil e os amigos ao parque tinha parecido uma boa idéia para Michael a primeira vista, afinal fazia um bom tempo que não tinham um momento de diversão como pai e filho. Alem disso os meninos estavam se divertindo muito com um parque inteiro só para eles, era incrível como corriam e gritavam indo de um brinquedo para outro sem pegar fila. Apesar de ter sido um passeio de ultima hora muitos tinham aderido a ele graças a popularidade de Phillip, na verdade aquela era uma verdadeira excursão escolar com a turma inteira. Michael se reclinou no banco na praça de alimentação feliz por ter tirado este tempo para se divertir, com certeza ele tinha ganhado o titulo de pai mais legal da turma. Era uma boa forma de se distrair dos problemas que vinha enfrentando alem de se divertir com as crianças, mas sabia que não poderia ficar naquele parque para sempre. Mais cedo ou mais tarde ele teria que voltar para casa e se encontrar com Jennifer, que provavelmente estaria chateada para não dizer furiosa com o seu sumiço. Sabia que aquele era o dia em que liberariam as visitas para o bebê, por isso tinha inventado algo para se manter fora de casa caso contrario teria que acompanhá-la. Não suportaria ir ao hospital vê-lo naquele lugar sofrendo a simples idéia lhe causava arrepios, por mais que soasse covarde estava alem de suas forças lidar com tudo aquilo de perto. Estava tão perdido em seus pensamentos que nem percebeu Phillip se aproximando com uma lata de refrigerante na mão e se sentando na sua frente.

 -Pai. –Phillip chamou o trazendo de volta para a realidade.

 -Oi. Disse alguma coisa?

 -Perguntei sobre meu irmão a mãe disse que poderiam visitá-lo hoje.

 -Sim é verdade.

 -Então por que não fomos vê-lo?

 -Phillip precisa entender que o caso de seu irmão é muito delicado ele ainda está na UTI, ate as visitas são restritas.

 -Então só a mamãe pode entrar. –Disse abrindo o refrigerante.

 -Sim. –Mentiu sem conseguir encará-lo direito.

 -E quando vamos poder visitá-lo?

 -Assim que ele ficar mais forte.

 Eles voltaram para casa no fim da tarde com vários prêmios que tinham ganhado no parque, apesar das duvidas e perguntas de Phillip aquele dia tinha sido divertido para os dois. Michael por sua vez estava se sentindo incrível aquele passeio serviu para recarregar suas energias, ele estava a mil por hora ia chegar com força total na gravadora no dia seguinte. Queria poder fazer isso todos os dias seria incrível poder ter seu próprio parque, pensou entregando sua jaqueta a Thompson que a guardou como de costume. O parque tinha sido tão barulhento que chegava a ser estranho todo aquele silencio em casa, o fato de não ter nenhuma criança pequena vivendo ali ajudava a manter a calma no ambiente. Por mais que fosse relaxante encontrar seu lar em paz depois do trabalho,Michael sentia falta risadas e energia infantil tomando conta dos corredores da casa. Phillip cumprimentou Thompson antes de subir para se preparar para o jantar, Michael o observou subir as escadas em ritmo acelerado estava crescendo tão rápido logo seria um rapaz. Depois de um conversa breve Thompson lhe disse que a senhora Jackson estava no jardim, ao sair Michael a encontrou cuidando das roseiras junto a um pequeno muro de pedras.

 -Jenni. –A chamou se aproximando.

 -Oi querido. –Se ergueu lhe dando um selinho.

 -Como foi seu dia?

 -Trabalhei a manhã toda e fui visitar Anthony a tarde. –Disse se sentando sobre o muro. –Pensei que fosse me acompanhar.

 -Tive um dia cheio na gravadora não pude cancelar, sinto muito querida.

 -Vai me acompanhar na visita de amanhã?

 -Tenho que ver na minha agenda. –Disse tentando soar convincente. –Melhor entrarmos já está escurecendo.

 -Está bem.

 Jennifer se levantou guardou as ferramentas no deposito antes de seguir para casa, Michael pôs o braço sobre seu ombro abraçou-a tentando se fazer presente de alguma forma. Ao entrarem puderam notar que a mesa já estava posta para o jantar subiram para o quarto, depois de uma breve higiene pessoal desceram para a sala onde os esperavam para servir. Phillip desceu pouco depois e foi logo perguntando para Jennifer sobre como estava seu irmão, enquanto ela contava sobre a visita Michael se manteve em silencio distante. Durante o jantar eles conversaram sobre vários assuntos especialmente sobre como tinha sido o dia, estava tudo indo bem ate que Phillip contou sobre o passeio no parque. Bastou aquela informação para fazer com que a expressão de Jennifer se fechasse e que ela lançasse um olhar duro para Michael, mas não disse nada evitando uma briga na frente de seu filho. Apenas disfarçou o que aquilo lhe causava e jantar seguiu de maneira tranqüila, mas Michael sabia que estava em maus lençóis e essa sensação não passou no restante da noite. Seu medo de ser confrontado por Jennifer era tamanho que ficou o máximo que pode dentro do estúdio, tanto que já era por volta das duas da manhã quando resolveu subir para o quarto. Ao entrar viu que ela estava dormindo recostada na cabeceira e com os fones toca fitas nos ouvidos, estava claro que havia caído no sono esperando para conversarem. Michael tirou os fones dela e os colocou sobre a mesa de cabeceira antes de ajeitá-la na cama sabia que havia errado, mas não conseguia fazer mais para apoiá-la simplesmente não podia.   

 -Me perdoe meu amor. –Disse beijando sua testa. –Sinto muito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Parece que Michael não está sabendo lidar com tudo isso.
Será que ele vai cair fora?


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