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História Sempre Ao Seu Lado ( continuação de Minha Melhor Amiga) - Mulheres e Bonecas


Escrita por: anafelissimo

Notas do Autor


Aqui estou eu com mais um capitulo desta historia que sem falsa modéstia está cada vez melhor.
Espero que gostem e não deixem de comentar.

Capítulo 55 - Mulheres e Bonecas


Na manhã seguinte todos se reuniram como de costume ao redor da mesa para o café da manhã, apesar da noite mal dormida nenhum membro da família parecia estar cansado. Fora Katherine que estava claramente abatida os demais mantinham um bom astral durante a refeição, ou pelo menos tentavam aparenta-lo afim de anima-la de alguma forma. Ninguém ali se atrevia a tocar no assunto da noite anterior não fazia sentido durante a refeição, afinal não tinham motivos para discutir aquilo nem queria faze-lo. Michael e Phillip agiam de maneira calma e alegre como se nada tivesse acontecido, enquanto Jennifer mantinha sua postura elegante e sóbria de anfitriã ao servir a mesa. O café da manhã estava transcorrendo de maneira normal exceto pelo fato deles terem visita, teria sido uma ocasião festiva em família se não fosse pelas circunstancias em que estavam. Indiferente do que tinha acontecido estavam felizes por poderem passar algum tempo juntos, para manter o ambiente tranquilo conversavam sobre assuntos corriqueiros.

 -Michael não esqueça que meu tio Hans vem nos visitar este fim de semana. –Jennifer lembrou limpando os lábios.

 -Que horas o voo dele chega? –Michael perguntou pensando em mandar busca-lo no aeroporto.

 -Ele está vindo de carro deve chegar antes da hora do jantar.

 -Ele veio dirigindo desde Wisconsin?

 -Sabe como é meu tio ele diz que estas maquinas voadoras não são pra ele. –Explicou de maneira calma. –Não se preocupe ele já atravessou áreas bem piores como caminhoneiro e sobreviveu.

 -Quanto tempo ele pretende ficar?

 -Umas três semanas. –Disse tentando soar natural.

 -Três semanas? –Ficou surpreso.

 -Ele é aposentado e não tem nada para fazer em casa, nada mais natural que usar esse tempo para ver a irmã. Além disso desde que a tia Beth morreu, o Josh se alistou e com Thoddy cumprindo pena ele tem se sentido sozinho. Sabe que meu tio é tranquilo ele não vai incomodar, mas ele pode ficar hospedado em outro lugar se preferir.

 -De forma alguma sabe como eu gosto de seu tio ele pode ficar o tempo que quiser.

 Michael realmente não se importava em receber os parentes de Jennifer em casa, eles raramente eram inconvenientes talvez fosse o fato dela cuidar para que não abusassem. Quando se tratava de impor limites Jennifer sempre tinha sido bem melhor do que ele, sempre que ultrapassavam os limites cuidava de educadamente convida-los a sair. Isso raramente acontecia a maioria deles tinham suas próprias vidas e não passavam mais que alguns dias, Hans era a única exceção já que gostava da companhia da família e passava muito tempo. Mesmo assim isso não chegava a ser um incomodo, afinal ele não se hospedava sempre em sua casa e quando o fazia tinha um cuidado absurdo para não atrapalhar. Michael gostava de Hans ele fazia o estilo interiorano era um homem simples e divertido, pena que precisava retomar sua turnê justamente quando ele iria vista-los mal poderiam se ver. Depois do café da manhã Michael inventou uma desculpa para sair com Phillip, deixando Katherine sozinha com Jennifer.

 -Kathe precisamos conversar. –Jennifer disse terminando de limpar os lábios.

 -Sobre o que quer conversar? –Perguntou já prevendo o assunto.

 -Sobre o que aconteceu ontem à noite me desculpe, mas não posso apenas fingir que aquela menina não existe é mais forte que eu.

 -Eu e sinto muito que vocês tenham que passar por tudo isso... –Tentou se justificar.

 -Kathe para. –A interrompeu. –Eu não estou te cobrando explicações afinal se tem alguém que não tem culpa de nada é você. A questão é que essa não é primeira nem será a última vez que Josef faz isso com você. Até quando vai suportar este tipo de humilhação? –A encarou de maneira dura.

 -Acho que isso não é assunto seu. –Disse se levantando indo em direção as escadas.

 -Kathe espera. –A parou em frente a porta do escritório. –Só estou tentando entender por que estava fazendo isso, apenas me diga o porquê. –Pediu de maneira terna lhe pedindo para entrar no escritório.

 -Está bem. –Se sentou no sofá.

 -Por que ainda está com ele? –Perguntou depois de fechar a porta.

 -Não é tão simples assim nós temos nove filhos.

 -Todos adultos e que foram a favor de seu divórcio mesmo quando eram crianças. –Afirmou de braços cruzados.

 -São mais de vinte anos?

 -Nos quais ele nunca te respeitou por um momento sequer basta ver a idade daquela menina que é mantida com o dinheiro de seus filhos. –Afirmou de maneira enfática.

 -Não temos certeza disso.

 -Desde quando Josef tem outra fonte de renda?

 -Eu ainda o amo.

 -Kathe o que vocês sentem um pelo outro pode ser qualquer coisa menos amor.

 -O casamento é uma instituição sagrada abençoada por... –Tentou apelar para religião.

 -Para! –Ergueu a voz assustando-a. –Para de culpar Deus, seus filhos, o grupo o mundo admite que a única razão pela qual você não deixa esse homem é por que está morrendo de medo de cuidar de si mesma.

 -Eu não estou com medo. –Se ergueu indignada.

 -Está com medo sim, está tão apavorada que não consegue nem admitir para si mesma. –Afirmou de maneira firme. –Pelo menos uma vez na vida Kathe deixe de ser covarde.

 -Você não entende como é ter que lidar com todas responsabilidades de criar uma família sua vida sempre foi fácil.

 -Ai é que você se engana Kathe por que ninguém te entende melhor do eu. –Disse de maneira calma. –Eu sei o que é entrar em pânico com a simples ideia de enfrentar o mundo lá fora, eu sei o que é suportar o inadmissível só por medo de enfrentar seu homem. –Depois de dar um longo suspiro prosseguiu. –Eu sei o que é ultrapassar os limites de seu próprio corpo e espirito para satisfaze-lo, eu sei como é se ajoelhar aos pés dele implorando para que não a abandone, eu sei como é se humilhar ao ponto dele perder toda e qualquer sombra de respeito por você até chegar ao ponto de te desprezar. –Completou a voz embargada.

 -O que aconteceu nessa casa? –Perguntou perplexa.

 -Nada que não tenha sido superado. –Disse em fim encarando-a. –Kathe quero que me acompanhe até um lugar.

 Kathe a acompanhou até a entrada da casa onde o carro já estava pronto para saírem, Jennifer assumiu a direção com sua sogra ao seu lado era melhor não levarem escolta. Jennifer nem ao menos sabia se aquela visita iria surtir algum efeito sobre a cabeça de Kathe, mas precisava pelo menos tentar faze-la abrir os olhos para seu próprio bem. Sabia que ela não ficou indiferente as suas palavras o que já era um bom sinal, agora precisava faze-la ver o quão patética e ridícula era a situação em que estava. Kathe se sentia apreensiva depois de sua conversar com Jennifer sobre sua relação com Michael, tinha descoberto coisas que preferia não saber na verdade não fazia a menor ideia de nada daquilo. Tinha passado a vida toda acreditando que seus filhos eram homens bons e se orgulhava disso, mas agora não fazia ideia se realmente conhecia algum deles. Ficaram em silencio durante todo o trajeto até o pequeno prédio pintado de rosa e branco, apesar de pequena era uma construção bem estruturada graças as reformas ressentes.

 Assim que entraram na ONG Jennifer foi recebida pela diretora desta que as cumprimentou, além de agradecer por todas as doações para a reforma do prédio e equipamentos novos. Kathe pode notar que aquele lugar era feito para atender mulheres em alguma situação vulnerável, mas elas não pareciam ser moradoras de rua ou vítimas de violência à primeira vista. Depois de falar sobre as instalações e trabalho de voluntários, Dora a diretora levou as duas para um passeio por todo o lugar e lhes apresentou algumas das assistidas. A medida que ouvia as histórias daquelas mulheres que havia dedicado suas vidas ao casamento e sido abandonadas por seus maridos Kathe sentiu um estranho sentimento. Havia mulheres de todos os tipos ali desde donas de casa que ficaram velhas demais para agradar os maridos, que pareciam ser a maioria além das que mais estavam sofrendo. Até aquelas que tinham gasto sua juventude apoiando homens que as descartaram depois de atingir o sucesso, deixando-as sem seu dinheiro gasto com os estudos destes nem auto estima. Depois da visita foram fazer um lanche na cafeteria do outro lado da rua em frente a ONG, Katherine encarou o interior de sua xícara antes de olhar para Jennifer que comia uma fatia de torta.

 -Por que me levou naquele lugar?

 -Foi esta organização que me ajudou a criar coragem para assumir o controle de minha vida, essas mulheres me devolveram minha alma.

 -E acha que ela pode fazer o mesmo por mim? –Disse um pouco cética.

 -Talvez. –Disse comendo um pedaço de torta. –É sempre bom ver a situação por outro ângulo.

 -Então acha que estou na mesma situação que as mulheres que ajuda.

 -Não. –Disse de maneira seria parando de comer. –Você está numa situação muito pior por que além de não querer sair desta gaiola Josef nunca irá embora a deixando livre. Diferente de todos os ex delas seu homem nunca alcançou o sucesso por conta própria, ele depende de filhos que só irão lhe dar dinheiro enquanto estiver casado com a mãe deles.

 -Você parece já saber de tudo.

 -Kathe eu convivo com sua família desde pequena ficaria surpresa com as coisas que já vi naquela casa. De qualquer jeito precisa entender que se fosse Josef naquele palco ganhando milhões ele já teria te chutado a anos pura e simples.

 -Acha mesmo que ele faria isso?

 -Você já sabe a resposta.

 -Não sei se este é o certo a se fazer.

 -Eu não quero te dizer como viver sua vida se quiser continuar assim continue, mas entenda que cada dia ao lado daquele cara não passa de desperdício. E que pode chegar um dia que sua vida vai ter acabado sem que você tenha vivido um dia sequer.

 Aquelas palavras atingiram em cheio Katherine rasgando-a como se fossem laminas de gelo, por mais que tentasse mentir para si sobre sua vida sabia que Jennifer tinha razão. Ainda buscou em sua mente algo em que pudesse se agarrar para manter sua ilusão, mas as lembranças de tudo que tinha aguentado a invadiam sem deixar brecha para a ilusão. Era como se uma avalanche a estivesse atingido soterrando-a sob toda a realidade, todo seu discurso de que era para o bem de seus filhos que ele mudaria sumiram. Logo as lembranças de tudo que seus filhos tiveram que passar vivendo com Josef cortaram seu coração, estava tão ocupada tentando se esconder que não foi capaz de protege-los. Como pode fazer isso com suas crianças? A torrente de lágrimas rompeu em seus olhos de forma que foi impossível se conter, ali mesmo naquela mesa começou a chorar sem se importar com quem estivesse olhando. Com cabeça apoiada sobre a formica deixou que toda angustia em seu coração saísse, sentiu o toque terno de sua nora sobre seus cabelos afagando-os. Depois que Katherine se recompôs Jennifer a levou de volta para casa e a deixou descansando, antes de ir para seu próprio quarto tinha feito o possível agora dependia dela.

 Enquanto isso em uma sala de reuniões simples e até mesmo pequena para seus altos padrões, Michael aguardava para ver o resultado de seu projeto ou melhor sua encomenda. Observou o quadro com linhas simples representando um parque na parede, podia ver a silhueta de crianças correndo entre as arvores na pintura tinha que conhecer aquele artista. Olhou em volta do notou como todas as cores ali eram suaves e alegres apesar de desbotadas pelo tempo, com certeza as paredes ali já tinham visto dias melhores. Na verdade todo aquele local tinha deixado os bons tempos para trás há muitos anos, por isso havia sido tão fácil convence-los a participar de seu projeto. Apenas seu investimento inicial seria o bastante para tira-los do sufoco por meses e se tudo desce certo poderiam começar uma linha inteira de produtos com o maior astro da música. Fazia poucos dias desde a sua última reunião com os donos do local, mas eles havia superado suas expectativas superando todos prazos afim de fazer negócio com Michael Jackson. Estava pensando sobre isso quando a porta se abriu e um homem idoso entrou, sendo seguido por um rapaz magro de óculos carregando uma caixa.

 -Bem vindo senhor Jackson. –O primeiro homem disse lhe estendendo a mão.

 -Olá Charles. –Disse apertando-a. –Como tem passado?

 -Melhor do que nunca graças a você.

 -Estou feliz em saber disso. –Falou animado. –Ela está pronta?

 -Está bem aqui. –Pôs a mão sobre a caixa. –Desculpe por faze-lo esperar nossa equipe estava dando os últimos retoques.

 -Tudo bem vamos dá uma olhada. –Quando a caixa foi aberta deu um sorriso enorme. –Charles ela é perfeita, obrigado.

 Eram por volta das duas horas quando Michael chegou em casa com sua surpresa, ele desceu do carro com o caixa marrom debaixo do braço como se fosse um verdadeiro tesouro. Mal podia esperar para mostra-la Jennifer não iria acreditar no que tinha feito, não se sentia tão animado desde que a levou para andar de montanha russa na lua de mel. Assim que entrou foi informado por Thompson sobre o passeio de Jennifer e Katherine, apesar de não saber o que elas tinham feito ou falado acreditava que tinha sido bom para sua mãe. Sentiu-se aliviado ao saber que sua mãe tinha aceitado ficar ali por mais alguns dias, seria bom para ela se recuperar longe de Josef depois de tudo o que ele fez. No quarto de Anthony Jennifer estava terminando de colocá-lo para dormir, assim que percebeu que ele havia caído no sono a avisaram que Michael a estava esperando na biblioteca. Desceu indo em direção ao cômodo onde ele a esperava sentado no sofá com cara de quem tinha aprontado, depois de fechar a porta sorrindo se aproximou lhe dando um selinho.

 -Oi querido. –Disse sentando ao seu lado. –Queria me ver?

 -Sim Jenni. Como foi com a mamãe?

 -Complicado, mas acho que ela vai tomar uma atitude.

 -Queira Deus. –Disse esperançoso. –Obrigada por apoia-la meu bem.

 -Foi um prazer. Era só sobre isso que queria falar?

 -Não, tenho um presente pra você. –Completou mostrando a caixa.

 -Pra mim? –Pegou a caixa e abriu revelando uma boneca com todos os seus traços, além das roupas. –Ah! –Não pode conter o grito de empolgação. –Não acredito essa sou eu tem tudo olhos, cabelo até o vestido é igual, isso é incrível eu te amo querido. –Completou abraçando-o.

 -Não é só isso. –Disse lhe mostrando o contrato. –Vai ser lançado um lote delas em todas as lojas do estado.

 -Fez tudo isso por mim?

 -Tenho meus contatos bastou uma ligação.

 -Você é melhor, eu te amo. –Abraçou seu pescoço. –Demais. –Completou beijando seu rosto.

 -Eu também te amo. –A puxou pela cintura fazendo-a se reclinar no sofá, antes de beija-la.

 

 

 

 


Notas Finais


Parece que está tudo dando certo,vamos ver onde isso vai dar.
Será que Katherine vai largar Josef?


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