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História Sempre Ao Seu Lado ( continuação de Minha Melhor Amiga) - Livre da Mentira Refém da Verdade


Escrita por: anafelissimo

Notas do Autor


Oi gente.

Capítulo 71 - Livre da Mentira Refém da Verdade


 Na primeira hora do dia seguinte Frank chegou a Neverland junto com uma junta de advogados e assessores foram guiados por uma empregada até uma das salas do local. Assim que entraram viram um homem negro de terno sentado em uma das poltronas, era magro e usava barba bem aparada o que complementava sua elegante figura. Assim que os viu fez um breve aceno com nenhum deles fazia ideia de quem era, mas como não parecia ser algum invasor presumiram se tratar de algum assistente ou secretário. Decidiram ignorar sua presença como faziam com quem julgavam estar em posição inferior, tanto que nem olhavam para os empregados que os serviam durante as reuniões. Nick observou o grupo de seis homens que haviam entrado na sala sem ao menos cumprimenta-lo, após analisa-los com atenção concluiu que o seu cunhado estava muito mal assistido. Jennifer havia sido sensata chamando-o caso contrário estariam perdidos, não que fosse arrogante mais nunca confiou na competência daqueles que se julgavam superiores. Sabia que aquela equipe estava longe de ser um time dos sonhos, mas não estava ali para fazer amigos muito menos apontar falhas era um assunto de família. Por isso havia dirigido de Los Angeles até Santa Barbara antes do Sol nascer, chegou cedo para se situar quanto ao caso e a equipe com que trabalharia.

 Apesar de não falarem com ele sua presença ali era notada mesmo que de forma negativa, Nick conhecia aquela aura de desprezo havia convivido com ela desde que era pequeno. Ele podia até mesmo perceber o tom que usavam ao conversar entre si em voz baixa, provavelmente estavam se perguntando por que ele não tinha providenciado o café. Conteve o desejo de revirar os olhos diante de tanta futilidade tinha que manter a compostura, afinal não valia a pena gastar saliva ou folego discutindo com aqueles sujeitos. Assim que Michael entrou com Jennifer na sala todos os sussurros cessaram e as expressões de desdém se converteram em sorrisos cordiais como os de velhos amigos. Houve um constrangimento geral quando Michael apresentou Nicolas advogado e seu cunhado, mas logo assumiram uma postura amigável mudando a forma como o tratavam.  Depois que o mal estar passou os presentes se concentraram no assunto da reunião, buscando a melhor solução para o escândalo que havia sido criada ao redor do mundo de Michael. Enquanto todos os assessores e advogados discutiam manobras Nicolas manteve em silencio, mantinha-se distante batendo com os nós dos dedos no braço da poltrona.

 -Não faz sentido dar mais audiência para todo este circo. –O representante de imprensa disse. –Melhor ignora-los logo tudo será esquecido.

 -É tarde demais para isso. –Frank lembrou. –A história já espalhou.

 -Podemos processar ela e o tabloide que publicou a história.

 -Mesmo se ganhássemos isso não reverteria os danos causados, estamos falando da reputação de um respeitável não de rapper viciado em drogas. –Frank lembrou. –Pensem em algo!

 -Temos que atacar essa mulher diretamente acabar com reputação dela. –Um assessor sugeriu.

 -Queremos pôr um ponto final nisso. –Jennifer falou. –Não começar um escândalo ainda maior.

 -O que sugere Nick? –Michael perguntou notando que ele se mantinha em silencio.

 -Honestamente. –Nick disse se ajeitando na poltrona. –Acho que você deveria pagar para ver?

 -Pagar para ver? –Frank perguntou sem entender.

 -Como eu disse o melhor a se fazer é enfrentar esta situação de frente. –E se dirigindo a Michael completou. –Dê uma coletiva declarando sua inocência e se ponha a disposição da justiça veremos o quanto ela consegue sustentar esta história.

 -Então? –Frank perguntou se dirigindo para Michael. –O que vai ser?

 Michael permaneceu impassível pensando na sugestão de Nick de pagar para ver, sabia que pôr a cara a tapa assim era arriscado pois significava se expor por completo. Também não sabia qual seria a reação da polícia caso recebesse uma denúncia contra ele, por mais que quisesse ter fé no sistema era difícil colocar sua vida assim nas mãos deles. Respirou fundo ao se lembrar de que era inocente e que todos tinham que saber disso, Nicolas tinha razão aquela não era hora de ficar se escondendo tinha que ser firme. Dois dias depois imprensa estava reunida para uma coletiva em um hotel no centro da cidade, Michael Jackson iria se pronunciar a respeito das acusações de estupro que vinha sofrendo. Algo raro em situações deste tipo outra razão para todos eles terem ido ouvi-lo, além de se tratar de Michael Jackson eles apareceriam para ver sua coleção de selos. Todos os jornais mandaram representantes para a coletiva não perderiam isso por nada, estavam em busca de informações para sua audiência faminta por novidades sobre o astro. A expectativa pelo início da coletiva era grande já que Michael raramente fazia isso, além disso queriam ouvir sua desculpa para explicar o que tinha feito.

 Nos bastidores de onde aconteceria a coletiva Karen terminava de maquiar Michael, estavam no camarim junto com Jennifer e Bush se preparando para dar sua versão dos fatos. Enquanto Karen fazia sua maquiagem Michael repassava mentalmente o que iria dizer, ele tinha que soar convincente se quisesse que aquilo desse certo. Karen tinha dificuldade para cobrir as manchas em seu rosto não só por que estavam maiores, mas também pelo fato dele estar soando além do normal. De frente para o espelho Jennifer terminava de se arrumar tinha se vestido de maneira discreta, seu objetivo era estar presente sem chamar atenção Michael era o centro da entrevista. Tudo havia sido cuidadosamente preparado para levar os repórteres a acreditar em Michael, não podiam correr o risco de enfiar os pés pelas mãos e acabar piorando ainda mais a situação deles. Podia-se sentir a tensão no lugar sabiam que todos os repórteres lá fora estavam contra eles, pela primeira vez Michael estava prestes a lidar com uma plateia hostil. Michael se levantou vestindo o paletó comprado especialmente para aquela entrevista, observou seu reflexo sentiu-se estranho com aquelas roupas tão comuns e sem brilho. Nick o instruiu a usar um terno marrom simples sem os seus enfeites de sempre, o objetivo era passar a imagem de um pai de família sério e de homem respeitável. Haviam montado um circo para convence-los que estava dizendo a verdade era tão absurdo, voltou a sentar sentindo falta de ar só queria poder ir para casa e esquecer tudo aquilo.

 -Você está bem? –Karen perguntou notando como ele estava pálido.

 -Estou muito enjoado. –Disse pondo a cabeça entre as pernas.

 -Querido. –Jennifer chamou se abaixando junto a ele. –O que está sentindo?

 -Sem chão. –Respondeu sem ar. –Não acredito que vou mesmo fazer isso.

 -Podem nos dar um minuto. –Pediu para a equipe que saiu fechando a porta. –Querido vai dar tudo certo só precisamos ficar firmes. –Segurou sua mão. –Vai dar tudo certo.

 -Sinto como se estivesse prestes a ser atirado aos lobos.

 -Então logo terá sua própria alcateia. –Afirmou sorrindo.

 -Só você para me fazer rir agora. –Sorriu cobrindo a mão dela com a sua.

 -Eu só digo a verdade. –Afirmou acariciando seus dedos. –Não me diga que o menino que enfrentava Joe Jackson de frente, está com medo de um bando de jornalistas.

 -Vai gostar menos de mim se eu disser sim?

 -Não tem como gostar menos de você. Sabe disso.

 -Obrigado por me apoiar. –Disse acariciando seu rosto. –Não sei o que faria sem você.

 -Estou ao seu lado não importa o que aconteça. –Afirmou encarando-o. –E sempre vou estar.

 -Michael. –Um membro da produção chamou ao entrar. –Está na hora.

 Michael se levantou e segurando a mão de Jennifer seguiu o funcionário até o auditório, sentia-se mais confiante agora sabendo que ela estava ao seu lado. Enquanto avançavam pelo corredor pode sentir a mão dela gelar contra a sua, sabia que não era o único nervoso com aquela coletiva estava sendo difícil para todos. Sentiu o seu peito apertado ao ver sua barriga crescida daria tudo para poupa-los daquilo, aquela era sua família tinha o dever protege-los e não o contrário estava cansado de ser fraco. Apertou sua mão lhe transmitindo segurança resolveria aquela situação de um jeito ou de outro, seja lá o que fosse que os tabloides queriam destruindo a sua imagem não iriam conseguir. Beijou a mão de Jennifer antes se acomodar ao seu lado ocupando o centro da mesa, ao seu redor estavam além de Nicolas mais dois advogados e Frank para poder auxilia-lo. Observou todos os repórteres presentes lendo o seu estado de espirito para saber onde pisava, apesar de muitos estarem céticos quanto a coletiva alguns estavam curiosos com o que iria dizer. Respirou fundo tentando se acalmar estava hora de assumir o controle da situação, pois cabia a ele resolver tudo pelo bem de sua família tinha que garantir a paz de todos.

 -Bom dia. –Observou os rostos de todos ao seu redor antes de continuar. –Como todos já sabem recentemente fui alvo de graves acusações que me afetaram profundamente tanto no âmbito profissional como pessoal. Por isso venho aqui lhes dizer que sou completamente inocente de todas as acusações que me foram dirigidas. E é por esta razão que me ponho a total disposição da polícia e justiça e colaborar para o andamento do processo caso ocorra um. Muitos estão se perguntando por que eu fiz tal coisa tomando um punhado de fofocas como verdade absoluta, mas a pergunta que ninguém se importa em fazer é: Por que uma vítima de estupro procura um tabloide ao invés da polícia para fazer uma denúncia? São eles melhores do que as autoridades policiais? –Pode ouvir um pequeno pigarreio de desconforto vindo da plateia antes de continuar. –Estou cansado de ser tratado como um criminoso até conseguir provar o contrário, toda minha comunidade tem sido tratada assim há séculos. É triste saber que a cor da pele de um homem é razão o bastante para condena-lo, indiferente de seu caráter ou reputação. –Ele precisou conter o choro para conseguir prosseguir. –Enquanto crimes graves são ignorados pela sociedade e suas vítimas deixadas a mercê da violência pelos mesmos motivos. Tudo que peço é para ter o direito a um julgamento justo e o direito de defesa, como qualquer cidadão americano. Mary West é uma mulher que trabalho brevemente em minha como babá e que foi demitida após cometer furtos na mesma. Vários dos meus funcionários presenciaram estes furtos estão dispostos a testemunhar em juízo caso seja necessário. Agradeço a todos por terem vindo e lhes desejo um bom dia. –Concluiu se levantando e saindo.

 Michael desceu rapidamente sem dar atenção as perguntas de alguns dos jornalistas, tinha dito tudo em sua declaração e só falaria sobre aquele assunto com polícia. Apesar de no fundo saber que não iriam procura-lo pelo menos não sem uma denúncia formal, não podiam toca-lo até que Mary confirmasse o que havia dito. Queria ver se ela teria peito de enfrenta-lo frente a frente na delegacia não que fosse um risco real, essas pessoas eram covardes demais para jogar limpo por isso atacavam por trás. Só que desta vez os tinha desafiado a saírem das sombras e provar o que diziam, agora suas declarações precisavam ter provas para evitarem um processo por calunia. Era a primeira vez que ele blefava daquele jeito com um veículo de imprensa, mas valeu a pena pelo menos serviria para aumentar a confiança do público em sua integridade. Pensou enquanto seguia de mãos dadas com Jennifer em direção aos fundos do prédio, agora que havia exigido um processo legal era uma questão de tempo até o jogo virar. Nick havia prometido cuidar de todos os detalhes a partir dali não precisava se preocupar, pelo menos aquele problema estava sendo resolvido em breve tudo seria esquecido. Assim que entraram no carro tirou a gravata e aquele paletó cafona respirando aliviado, não podia acreditar que algum ser humano era capaz de se sentir bem usando aquilo. Observou Jennifer tirando os sapatos de salto massageando os tornozelos inchados, sorriu se perguntando até quando ela iria teimar e continuar usando salto alto grávida.

 -Você está bem?

 -Acho que eu é que deveria estar te perguntado isso. –Sorriu ainda sentindo um incomodo nos pés. –Foi uma coletiva difícil.

 -Enquanto você estiver carregando nossa filha você é minha única prioridade. –Disse pondo os pés dela sobre seu colo massageando-os. –Não deveria usar saltos.

 -Mas eu gosto deles fico bonita usando.

 -Você fica bonita de qualquer jeito. –Disse fazendo-a sorrir. –Ficaria linda mesmo se andasse descalça. –Aumentou a pressão fazendo-a suspirar de prazer.

 -Vou ficar mal acostumada assim.

 -É esse o meu objetivo. –Subiu a mão por sua panturrilha. –Deixa-la tão viciada em mim que nunca mais queira saber de mais nada.

 -Danadinho. –Deslizou o pé por sua coxa. –Do jeito que eu gosto. –Se virou engatinhando sobre o banco até ele. –Eu te amo. –Concluiu antes de beija-lo.

 -Está pegando fogo hoje. –Disse a segurando em seu colo.

 -Você desperta isso em mim.

 -Bom saber disso. –Falou acariciando sua coxa. –Espere até chegarmos ao rancho.

 Os dias seguintes foram tranquilos para a família Jackson a mídia não voltou a incomoda-los, afinal eles sabiam que não conseguiram mais nenhuma informação por parte deles. Depois da coletiva as acusações desapareceram como que por magica, assim como Mary que parecia ter evaporado da face da terra quando a polícia entrou no caso. Como Nick previu as autoridades não ficaram indiferente as suas declarações, não queriam parecer negligentes diante de um caso de estupro envolvendo celebridades. A polícia de Los Angeles tentou encontrar Mary para que fizesse uma denúncia formal, mas não a encontraram em nenhum dos endereços indicados ela havia simplesmente fugido. Alheios a isso Michael e Jennifer estavam se ocupando com a ceia de Natal, era a tarde do dia 25 tudo no rancho estava pronto para receber a família para festa. Tanto os Jackson quanto os Jones foram convidados exceto por LaToya e Josef, nenhum dos dois havia convidado para a festa para evitar problemas. Até mesmo Kate que não comemorava a data tinha aparecido acompanhando Hans, ele nunca perdia uma chance de passar um tempo agradável em família.

 Como fazia frio se divertir na área externa estava fora de cogitação assim como o parque, então optaram por permanecer dentro de casa aproveitando aquele tempo em família. Na verdade para alguns era a oportunidade para conseguir uma ajuda financeira, já era costume entre os Jackson recorrer a Michael quando seus negócios fracassavam. Apesar de estar acostumado com aqueles pedidos dos irmãos Michael se sentiu incomodado, afinal aquela era uma ocasião festiva e ele queria relaxar. Para evitar maiores aborrecimentos optou pela companhia de seus cunhados, pelo menos estes tinham algum pudor em lhe pedir dinheiro exceto em casos de emergência. Apesar destes incômodos estava sendo uma boa festa com as crianças se divertindo, quem visse de fora julgaria que aquela era a família perfeita. Todos estavam se divertindo com alguns convidados conversando pelos cantos da casa, afinal não era comum as duas famílias conviverem em seu dia a dia.

 Os Jackson gostavam de conversar com o mesmo tipo de pessoas, com as quais costumavam conviver na época de pobreza e relembrar como era a vida em Gary. Talvez fosse uma forma de se sentirem superiores com sua ascensão social, afinal os Jones mais bem sucedidos ali eram de classe média. Não que faziam por mau só que tinham sido criados acreditando que era tudo que importava, por isso ter ficado para trás de Michael financeiramente quando este deixou o grupo doía tanto. Os Jones por sua vez não ligavam para o que os Jackson tinham ou deixavam de ter, desde que o fascínio pelas celebridades passou estes passaram a ser apenas parentes afastados. Tudo estava bem até que uma empregada avisou a Michael que tinha uma ligação de Gordon, contendo o descontentamento ele se levantou indo atender em um lugar reservado. Melody procurava pelo banheiro de visitas no andar de baixo sem conseguir acha-lo, ao abrir uma porta se deparou com Michael ao telefone na biblioteca. Ele não a tinha visto junto a porta ela estava prestes a sair para não atrapalhar, mas parou no meio do caminho segurando a maçaneta na mão quando viu que o assunto era grave.

 -Não! Eu não vou te pagar mais nada. –Michael disse irritado. –Esqueça Gordon você não vai arrancar nem mais um centavo de mim... não ligo para o que possa falar. –Assustada Melody pegou o telefone que ficava no corredor cobriu o fone e começou a ouvir a conversa. –Quem você pensa que é para me ameaçar?

 -Sou alguém que conhece muito bem o seu segredo sujo. –Gordon lembrou em tom de ameaça.

 -Quer saber de uma coisa? Vá em frente diga o que quiser Jennifer nunca vai acreditar em você.

 -O que vai acontecer se ela souber que você ficou com outra enquanto ela estava gravida?

 -As coisas não foram assim. –Lembrou sentindo a garganta apertar.

 -Não foram muito piores ah se todos soubessem quem o grande Michael Jackson é de verdade. –Disse em tom de deboche. –Talvez eu devesse contar.

 -Acha mesmo que sua palavra vale alguma coisa? –O som do aparelho caindo no chão assustou Michael o fazendo esquecer a conversa, havia mais alguém na linha.

 

 

 

 


Notas Finais


Parece que agora a casa caiu.


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