História Sempre Foi Você - Um sonho azul

Um sonho azul

                                                                                                       “O único problema, é que você  

Consegue invadir minha cabeça

E entrar nos meus sonhos, e para

Piorar, no meu coração.

-A Love Story.”

O dia amanhecera lindo. O céu adotara um azul intenso, quase tão lindo quanto os olhos dele. O azul lhe trazia paz, lhe dava segurança, um azul que se fazia seu cais. Um azul que a tirava de órbita. Ela adorava aquela cor. Hoje, poderia apreciá-la em dose dupla. Um inalcançável no céu e outro bem ali a sua frente, refletidos nas orbes dele.

Estava uma manhã agradável e eles decidiram respirar um ar puro. Resolveram buscar o equilíbrio necessário para a vida. No entanto, equilíbrio para ela tinha ganhado mais um refúgio por hora. Livros, natureza e ele. Sim. Ele era um refúgio. O seu. E só seu.

Estavam com roupas confortáveis para a ocasião. Ela vestia um macacão jeans, no cabelo tinha um rabo de cavalo e um lenço em volta de sua cabeça. Ele só sabia contemplá-la dia a dia, e ali não seria diferente, ela estava belíssima. Já o loiro tinha em seu corpo uma camiseta branca e uma bermuda. Estava simples, mas não deixara de estar lindo aos olhos dela e de qualquer um que quisesse admirá-lo.

Sentaram-se sobre as sombras de uma das incontáveis árvores daquele parque. Aquele que fora palco do encontro deles. Do encontro de suas almas. Regina estava sentada entre as pernas dele e o loiro tinha os braços envoltos da cintura dela. Um sinal claro de que não a deixaria escapar, que lhe protegeria. Era isso que a morena sentia toda vez que Robin a tocava. Sentia-se protegida. E esse era o desejo dele, de protegê-la.

- O dia esta lindo hoje, não?  - Regina se dirigiu a ele. Um sorriso aberto estava sendo refletido por seus lábios. Ela estava com a cabeça encostada em seu peito.

- Você torna tudo lindo, babe. Mas, sim! Hoje está um belo dia. – Ele agora tinha uma de suas mãos pousadas no cabelo da morena, deixando ali um leve carinho em sua garota.

O seu sorriso conseguiu se abrir ainda mais. Esse era o efeito Lockesley sobre ela.

- Você é um lindo, sabia? – o sorriso brincava em seus lábios mais uma vez.

- É, eu sei. – Ele soltou uma leve risada da reação da morena.

- Porém é muito mais convencido. – Ela bufou.

- Você que é uma linda toda irritadinha assim. – Deu um beijo no topo de sua cabeça. Apertando-a mais um pouco contra si.

Sempre que estavam juntos, as horas pareciam não existir. Como se fosse apenas mais uma palavra entre tantas outras jazidas em uma enorme enciclopédia. Ambos possuíam um paraíso particular que só eles compartilhavam. O resto do mundo se encontrava mudo. O resto do mundo não se fazia importante quando eles estavam na companhia um do outro.

- Robb? – o chamado de Regina os tira daquele silencio em que ambos estavam mergulhados. Um silencio só deles.

- Hm?- a perguntara, ainda de olhos fechados.

- Às vezes eu fico pensando se eu mereço tudo isso, se eu mereço você. A vida não poderia ter me presenteado com coisa melhor. Foi tudo tão intenso, não? ... É tudo tão intenso. Obrigada por estar aqui. – As palavras saíram de sua boca como se já estivessem ali, talvez, estivessem guardadas no coração da morena, apenas esperando o momento certo que sairiam.

Robin a virou, ficando assim de frente pra ela. – Eu que deveria me perguntar se te mereço. Eu ganhei o presente mais valioso. – Seus olhos estavam alinhados na mesma altura, mergulhados dentro da alma um do outro, em suas constantes batalha de cores. – Foi tudo tão intenso desde o princípio, desde que te vi sentada naquele banco. Eu que sou o privilegiado aqui Regina.

O loiro tinha suas duas mãos segurando o rosto da morena, afagando suas bochechas com a maior delicadeza. Seus olhos estavam conectados como imãs. Tudo que se podia ver ali, refletindo em ambos, era o quanto os dois se sentiam gratos por esse encontro. Permaneceram ali por mais alguns segundos. Robin se aproximou do rosto de Regina, colando suas testas. Suas faces estavam tão próximas que podiam sentir a respiração um do outro.

A troca de olhares entre eles não fora sessado por nenhum minuto sequer.

-Eu...

O dedo de Lockesley repousou sobre os lábios entre abertos dela. – Eu sei.

Ele encostou seus lábios nos dela, depositando ali, um beijo casto, carregado de todo sentimento que tinha. Quando iam se aprofundar na busca de mais contato, tudo mudou.

Tudo estava diferente. Calmo demais.

A claridade do dia refletia por entre as frestas da cortina.

Regina abriu os olhos um tanto quanto confusa, depositando os dedos sobre os lábios, deixando um sorriso escapar. Como ela queria que tudo aquilo tivesse sido real. Aquele loiro estava deixando de habitar apenas seus pensamentos e passando a frequentar seus sonhos.

A morena permaneceu onde estava olhando para o teto branco de seu quarto, enquanto tentava digerir toda a leva de sentimentos que seu sonho trouxera.

Dizem que os sonhos são reflexos dos nossos desejos mais profundos. Regina não percebia que quanto mais se aproximava dele, mas difícil seria deixá-lo. Talvez, seu subconsciente já a avisara que essa não seria sua escolha, que ele quer que ela caminhe cada vez mais para perto, ao encontro dele.

O toque estridente do celular a avisara que já estava há tempo demais na cama e que se continuasse mais um pouco ali se atrasaria para seus compromissos. Mas, ela não poderia se importar menos. Tudo que queria era continuar ali, naquela cama, voltar para o sonho que dividira com o loiro. Voltar para aquele momento.

Em um rompante de sensatez, ela retira o edredom macio, na cor branca, de seu corpo. Assim que levantou, foi até a janela abrir as cortinas. O céu estava exatamente como no seu sonho e ela sorriu disso.

Caminhou até seu banheiro e fez suas necessidades matinais, logo após, entrou no box para tomar seu banho. Depois foi até seu closet e escolheu um vestido na cor azul marinho que deixava seu corpo perfeitamente delineado e nos pés um sapato de salto.

Desceu até a cozinha e preparou algo para comer. Estava com um ótimo bom humor, mesmo tendo acordado cedo, coisa que ela não era muito fã.

Sonhar com um certo loiro tinha suas recompensas.

♡♡♡

A manhã de Regina começou agitada, não apenas pelo sonho que tivera, já se encontrava na cafeteria há algum tempo, em seu escritório com todas aquelas pilhas de documentos para assinar, uma assinatura vinha carregada de responsabilidades e que às vezes se tornava extremamente cansativo. É claro que Regina amava o que fazia, amava cuidar dos negócios da família, mas às vezes tudo se tornava pesado demais. Entre uma reunião e outra com fornecedores do café, ela se deixava vagar por seus pensamentos, nem com toda aquela correria que estava mergulhada conseguia parar de pensar no loiro e na conversa que tiveram no dia que passara, muito menos no sonho que tivera hoje.

Dois toques foram ouvidos da porta e depois do aviso de que poderia entrar, uma morena de cabelos compridos pôde ser vista.

- Olá Regina. – A mulher cumprimentou, já adentrando o escritório.

- Oi Ruby. – Direcionou um leve sorriso em direção a ela.

- Só para avisar que o fornecedor de grãos chegou. Posso mandar entrar?

- Ah sim. Claro, pode mandar entrar. Obrigada! – Regina já estava no seu terceiro café duplo desde que chegara ao estabelecimento, fazia uma leve pressão entre o pescoço e a nuca, denunciando o quanto estava cansada em ter que lidar com toda aquela papelada e reuniões nas primeiras horas da manhã.

- Dia difícil? – Fora a vez de Ruby perguntar ao ver o semblante de cansaço no rosto da morena. Elas tinham se tornado grandes amigas desde a época da faculdade.

- O dia até que começou maravilhosamente bem. – E lá estava o sorriso reluzente que escapava de seus lábios toda vez que o loiro invidia seus pensamentos. – Só é cansaço mesmo, você sabe que não funciono muito bem pela manhã.

A mais velha deu uma leve gargalhada, confirmando com a cabeça. – É, eu sei muito bem disso. Bom, vou mandar o sr. Edwards entrar.

- Okay. – acenou com a cabeça.

Alguns minutos se passaram quando escutou batidas em sua porta mais uma vez. Regina encaminhou-se até esta, abrindo-a e dando de cara com a pessoa que lhe tomaria o resto da manhã.

- Bom dia, fique à vontade. – cumprimentou o senhor, dando-lhe passagem para entrar no ambiente.

- Bom dia senhorita Regina.

Ela encaminhou-se para trás da mesa e sentou-se em sua cadeira, apontando para que o senhor pudesse fazer o mesmo a sua frente. Permaneceram naquela reunião pelo resto da manhã, como o previsto. Quando tivera fim, Regina encontrava-se com seu cansaço a níveis elevadíssimos.

Saiu daquele leve torpor que se encontrava depois que escutou o toque de seu celular. Só um toque fora o necessário. Só um toque foi o responsável por iluminar o resto de seu dia.

Desbloqueou o celular e seu coração perdera algumas batidas quando seus olhos identificaram de quem se tratava na mensagem. Ele, e dessa vez seu sorriso brotou ainda mais rápido.

Mensagem on

Robin Lockesley (11:23): Desculpa te atrapalhar.

Regina Mills (11:24): Você não está me atrapalhando

Robin Lockesley (11:24): Livre no almoço?

Regina Mills (11:25): Depende...

Robin Lockesley (11:25): De que ?

Regina Mills (11:26): Do que vai me sugerir.

Robin Lockesley (11:26): Restaurante. Que tal?

Regina Mills (11:26): Comida é sempre uma boa haha

Robin Lockesley (11:27): Então até mais.

Regina Mills (11:27): Até...

Mensagem off

Desde que o loiro mandara à mensagem chamando-a para um almoço, as horas pareciam que tinham se tornado dias, tudo estava passando lento demais e isso só a deixava ainda mais ansiosa.

Depois de deixar todos os papéis prontos e assinados, lembrou que teria que passar em casa. Chegando a seu apartamento, foi até seu quarto e viu em cima de seu criado mudo àquilo que a trouxera para casa. Um livro de capa azul. O livro que dissera que iria emprestá-lo. Esperava que ele gostasse e assim poderiam ter mais sobre o que conversar. Não que faltasse assunto entre eles, pelo contrário, seriam capazes de conversar até suas gargantas não aguentarem mais. Porém, seria muito bom falar sobre seu livro preferido.

Marcaram em um restaurante localizado aos arredores da empresa onde Robin trabalhava. O loiro não quis que ficasse tão distante para ela, mas a morena afirmou que estava tudo bem.

Por estar mais perto do restaurante, Robin chegou antes. A ansiedade pela chegada dela era visível para quem quisesse ver.

Depois de alguns minutos Regina adentra o restaurante à procura do loiro e depois de vasculhar o ambiente com os olhos, encontra-o em uma mesa mais reservada.

- Posso ajudá-la senhorita? – O garçom veio ate ela.

- Estou com um amigo, obrigada. – Disse apontando para a mesa, onde Robin se encontrava distraído.

Ela deu um leve sorriso ao pensar que hoje os papeis se inverteram, afinal agora ele que estava sendo observado por ela. Caminhou em sua direção, tirando-o da bolha que estava submerso assim que chegou à mesa.

Robin tirou os olhos do celular, alinhando aos dela e logo um enorme sorriso apareceu no rosto de ambos. Não só sorriam com os lábios, mas principalmente com os olhos.

Aproximou-se dela abraçando-a e depositando um leve beijo em sua bochecha, uma dança que já era conhecida por seus corpos. Sempre que eles se tocavam era como se fosse a primeira vez. Quando se separaram, o loiro arrastou a cadeira para que ela se sentasse.

- Demorei muito? – Regina deixou as palavras saírem por entre seus lábios.

- Não, não. Acabei de chegar.

- Ótimo. Parece que você adivinhou, estou faminta. Já pediu alguma coisa?

- Ainda não, estava te esperando para pedirmos juntos. – Ela acenou com a cabeça em afirmação, enquanto Robin chamou o garçom acenando com o braço.

- Um frango com legumes para mim. – O rapaz anotava todos os pedidos em seu bloquinho de papel branco.

- Para mim um peixe branco e salada, obrigada. – Anotou por fim e retirou-se da mesa, deixando-os sozinhos. – Já tá virando rotina, não é? – ela perguntou com um sorriso tamborilando em seus lábios.

- O que? – Perguntou mais confuso que o normal.

- A gente se encontrar todos os dias... Já está virando rotina.

- Ah... Vou confessar para você que não sou o melhor fã de rotina, mas posso te dizer que essa está me agradando bastante. – Robin e seu jeito de tirá-la da caixinha.

- É, também não sou fã de rotinas, mas compartilho de suas ideias.

- Como foi sua manhã? – Seus olhos seguiam na mesma conexão de sempre. Robin não parava de olhá-la, sempre contemplando a beleza da moça. A cada oportunidade que tivera de encontrá-la seu encantamento só aumentava.

- Nada de tão interessante. – Deu de ombros.

-Acho que tudo que lhe envolva vou achar interessante. – Regina já estava com suas bochechas em um tom avermelhado.

- Okay! Depois não reclame. – Ele meneou a cabeça em sinal de positivo, entrando na brincadeira. – Minha manhã foi abarrotada de reuniões e assinaturas de papeis, só o sonho que se salvou. – Ela acabou falando demais, não teria cara para explicar que tinha sonhando com o loiro na noite passada.

- Temos uma mulher de negócios e super ocupada aqui, que bom que me dera a honra de sua companhia no almoço. Mas, que sonho foi esse? Espero que tenha sido comigo. – Falou, fazendo com que, no mesmo momento Regina se engasgasse com a água que bebia.

Robin olhou-a preocupado, mas logo ela se recompôs.

- Não foi nada demais, só um sonho bobo. – Ela deu um sorriso de canto a fim que sua fala soasse convincente. Regina abriu sua bolsa, tirando de lá o livro. – Passei em casa antes de vir para cá e trouxe isto. – Elevou a mão para entregá-lo.

- Não precisava ter se incomodado Regina. – falou, pegando o livro e fitando sua capa.

- Não foi nenhum incomodo, pode ficar tranquilo. Vai ser bom comentar sobre ele com alguém.

- Se você está dizendo... Mesmo assim obrigado. Vou adorar comentar sobre ele com você.

Os pratos de ambos chegaram e entre uma garfada e outra a conversa desenrolava-se mais. Eles poderiam fazer isso todos os dias, era esse tipo de rotina que nenhum deles se cansaria.

- Isso está muito bom, eu realmente estava morrendo de fome. – falou ela, levando mais uma garfada de sua comida à boca.

- O meu também está muito bom. – Robin recolheu um pouco da sua comida e esticou o braço até ela. – Prova!

A morena olhou-o surpresa, achando fofa aquela atitude de compartilhar uma coisa que gostara com ela. Abriu a boca dando passagem para que o loiro depositasse a comida em sua boca. – Realmente esta muito bom. – Ela falava olhando diretamente para seus olhos. – Prova o meu.

Pareciam dois adolescentes perdidos em um mundo só deles. A cada gesto, uma risada. Tudo era leve, tudo fluía.

- Hora da sessão perguntas. – Robin falou em tom de brincadeira.

- Robin, você sabe mais de mim a três dias do que qualquer outra pessoa, daqui a pouco não vai sobrar nada pra ser falado. – Ela deu-lhe um sorriso carinhoso.

- Daremos um jeito nisso. Gosto de saber mais sobre você, então, pode ir me contando sobre sua família, ainda não sei nada sobre eles.

- Bem, meus pais ainda estão juntos, tenho um irmão e um sobrinho, ele tem cinco anos, Henry, o amor da minha vida. Não consigo explicar meu amor por ele, somos muito ligados, sabe?! – Robin estava encantado ouvindo-a falar sobre o sobrinho, era palpável todo aquele amor que ela sentia pelo garoto. – Ele é super inteligente para a idade dele. Desculpe-me, quando o assunto é o Henry não consigo ter freios. – Deu uma risada.

- Não precisa ter, adorei ouvir você falando dele. Ele deve ser uma criança muito especial, também com uma tia como você, não seria diferente. Quem sabe um dia não tenha a chance de conhecê-lo.

- Sim! Ele é a criança mais especial de todas. – Falar de Henry enchia o coração da morena de amor, ele era seu garotinho e amava-o mais que tudo. – Você ia adorar conhece-lo, quem sabe algum dia desses.

Robin balançou a cabeça afirmando e um sorriso fez morada em seu rosto ao ouvi-lá fazendo planos de lhe apresentar a pessoa mais especial de sua vida.

- Agora sua vez.

- O que quer saber? – O loiro fitava-a.

- Sobre sua família, oras.

- Não tem muito que falar, meus pais são divorciados e tenho uma irmã, ela é a pessoa mais preciosa pra mim, deixá-la em Londres foi o mais difícil.

- Sinto muito por isso, não tenho irmãs, mas tenho uma amiga que faz muito bem esse papel e posso imaginar como é difícil ficar longe. – Ela pegou sua mão em sinal de conforto, e os olhos dele transmitiam toda uma tempestade no azul cristalino.

- O que me diz de sairmos uma noite dessas? – Ele perguntou incerto, tivera medo de estar avançando os sinais cedo demais.

- Pensei que não conhecesse nada de Nova York. Para onde você quer ir?

Ao não ouvir a resposta dela, o coração de Lockesley perdera algumas batidas, talvez tivesse ido rápido demais. Tudo que menos queria era que Regina recuasse em relação a eles. Toda essa insegurança que o atingia quando estava com ela, deixava-o um pouco irritado.

- E não conheço, mas posso me informar. Estou pensando. Mas, você ainda não me respondeu, aceita?

- Aceito. Me surpreenda, Lockesley.

- Com todo prazer, Mills.

Permaneceram ali mais algum tempo, entre palavras e risadas. Entre olhares e suspiros. Entre o medo de surtar e a certeza de ficar.

Os dois caminhavam pela calçada até onde os carros estavam estacionados lado a lado. Talvez o destino quisera mesmo juntá-los. Chegaram até o carro da morena e tudo que os dois não queriam era aquela despedida.

- Então, acho que já está na hora. – Regina quebrou o silêncio.

- Foi muito bom te ver de novo, adorei nosso almoço. Pode virar rotina se quiser. – Ali estava o Robin Lockesley que todos amavam. Que ela amava a cada segundo.

- Gosto dessa ideia. – Ela balançava a cabeça e riu pelo o que o loiro dissera.

- Entro em contato para marcamos o dia, okay?

- Okay! Você tem meu número.

- Certo... Então... – Eles estavam em seu ritual de despedida. Robin abraçou-a, depositando um beijo casto em sua bochecha e por um breve momento pode sentir seu cheiro... Ela cheirava a maçã e o momento não poderia ser o pior para ter que sair daquele abraço. Afastaram-se um pouco e os olhos de ambos travaram mais uma batalha.

- Até mais Regina.

- Até.

Entraram em seus carros, seguindo seus caminhos.

O dia continuou agitado para ambos, mas eles sentiam que o almoço fora a bateria que precisavam.

Já era fim de dia quando Regina chegou em casa exausta, mas com um sorriso bobo nos lábios. O efeito Lockesley estava de volta novamente. Não demorou muito para que escutasse o toque de seu celular, enquanto se jogava no sofá. Retirou-o de dentro de sua bolsa e a intensidade de seu sorriso poderia ser comparado a uma estrela. O rosto dele estava ali, avisando que havia uma nova mensagem.

Mensagem on

Robin Lockesley  (20:33): O que você acha de sábado para nosso encontro?

Regina Mills (20:35): Sábado me parece bom. Um encontro?

Robin Lockesley (20:35): Não precisa ser se não quiser. Só vamos sair, sem mais.

Regina Mills (20:36): Estou apenas brincando. Até sábado!

Robin Lockesley (20:37): Vou esperar ansiosamente.

Regina Mills (20:37): Boa noite, Robin.

Robin Lockesley (20:40):  Boa noite, Regina. Durma bem.

Mensagem off

Regina seguia até seu quarto balançando a cabeça lembrando-se da recente troca de mensagens entre o loiro e ela, estava curiosa para saber aonde iriam e ela já estava contando os segundos para vê-lo novamente.

A felicidade é o sentimento mais genuíno que podemos ter, ela chega sem avisar, sem regras. Só chega e tudo que você tem que fazer é aproveitá-la. Aproveitá-la como se sua vida dependesse disso. São pequenos presentes que a vida te dá, presentes preciosos demais para serem desperdiçados.

Então, quando a felicidade bater em sua porta, apenas deixe-a entrar.