1. Spirit Fanfics >
  2. Sempre Fui Sua >
  3. Chapter 19

História Sempre Fui Sua - Chapter 19


Escrita por: selenandzayn

Notas do Autor


O último de hoje, boa leituraaa

Capítulo 19 - Chapter 19


O jantar começou com o Ben esclarecendo as coisas, por assim dizer.

– Nunca acreditei naquelas besteiras sobre você, Sel. Vou jogar a real, eu era um dos primeiros a rir, mas depois de um tempo, tudo que eu precisava fazer era olhar para você ou ver sua atitude na sala de aula para saber que algo não fazia sentido. – Ele tomou um gole do refrigerante e acrescentou: – Além disso, você parece ser limpa demais pra ter piolhos.

Balancei a cabeça e ri daqueles boatos idiotas.

– Bom, então você seria um dos poucos que me veem de forma diferente. Mas seja sincero. Foi a minha foto de toalha que te conquistou, né?

Ben quase engasgou com a batata enquanto ria. Esquecer toda a merda dos últimos anos parecia a melhor coisa neste momento. Zayn era um drama. K.C. era um drama. Queria que fosse fácil com o Ben. Só queria me divertir esta noite.

Comemos enchiladas e ele brincou, dizendo que, se alguém inventasse um restaurante que servisse comida mexicana e sushi ao mesmo tempo, ele nunca mais comeria em outro lugar.

Mesmo não sendo fã de sushi, ri daquela ideia hilária.

– E por que você me chamou para sair? – Mergulhei umas das últimas batatas da nossa refeição no molho e dei uma mordida.

– Sinceramente? Faz tempo que eu queria. Mas nunca tive coragem. Você está na minha lista de desejos.

Não sabia se isso era um elogio ou um insulto.

– Como assim? – Este encontro talvez acabasse logo, logo.

– Sabe aquelas listas com “coisas que você realmente precisa fazer antes de morrer”? Precisava te conhecer melhor. Sempre me interessei por você. Aí você voltou da Europa e te vi no primeiro dia de aula. Não conseguia parar de pensar em você.

Apertei os olhos ao escutá-lo. Tinha andado de cabeça baixa a maior parte do ensino médio, sem saber que Ben tinha uma queda por mim. Não podia deixar de pensar em como a minha vida escolar teria sido diferente se Zayn nunca tivesse me atacado.

– Então você ficou intimidado por causa dos boatos durante todos esses anos? Que covarde – repreendi ele de forma sarcástica. Fiquei surpresa por fazer comentários cruéis com tanta facilidade. Não estava nervosa perto dele e meus ombros relaxaram. Bem lá no fundo, também achava que isso indicaria que não me importava com a opinião dele.

Ele se inclinou, seus lábios esboçando um sorriso.

– Bom, espero que eu esteja remediando isso esta noite.

– Por enquanto tudo bem.

Saímos do restaurante e, enquanto andávamos pelo centro, rimos, conversando sobre nossos planos para a faculdade. Ao voltarmos aos nossos carros, respirei fundo quando ele se aproximou para me beijar. Surpreendentemente, seus lábios eram suaves e gentis, e sua ternura me fez desejar inclinar-me para ele. Coloquei as mãos em seu peito enquanto ele me abraçava, e ele não tentou colocar a língua com força na minha boca. Foi algo seguro… e confortável.

Com certeza não era para ser assim.

Não senti nenhuma daquelas emoções que K.C. mencionou que você sente quando está perto de um cara atraente. Com certeza não foi o tipo de empolgação que li nos livros sobre garotas do ensino médio e anjos caídos. E não foi aquele tipo de calor vibrante que sinto quando estou perto… não, não!

Interrompi de imediato minha linha de pensamento. Não era atração, disse a mim mesma. Era apenas adrenalina vindo à tona por causa do conflito. A reação do meu corpo a ele não era algo que eu podia controlar.

– Posso te ligar? – sussurrou ele.

– Claro – concordei, com um pouco de vergonha porque a minha mente estava preocupada com outro garoto.

Queria passar um tempo com Ben de novo. Talvez aquela faísca não tenha acendido esta noite, mas eu estava estressada e ele merecia outra chance. Vai ver que eu apenas precisava de tempo.

Ben me esperou entrar no carro antes de partir com o dele. Peguei meu celular e imediatamente mandei uma mensagem para K.C., contando todos os detalhes do meu encontro.

Mesmo duvidando um pouco da minha atração, me diverti e estava empolgada em dividir as novidades com ela.

Sel: Posso ir aí?

K.C.: Vc se divertiu?

Ela perguntou.

Sel: Sim, mas queria falar… pessoalmente. Não estou com vontade de contar tudo via mensagem de texto.

K.C.: Ele te tratou bem?

Sel: Sim! Foi demais. Não se preocupe. Só estou um pouco empolgada e queria conversar.

Minha impaciência quase me fez ligar o carro e seguir até a casa dela sem ter uma resposta.

K.C.: Tenho que trabalhar até mais tarde. Te vejo amanhã antes da aula?

Meus ombros caíram levemente em reação à sua resposta. Estava perto do serviço dela, mas não ia lá importuná-la. Respondi:

Sel: Sim, não tem problema. Boa noite.

K.C.: Boa noite! Fico feliz que tenha se divertido.

Logo em seguida escutei o ruído de uma moto que passou correndo ao lado do meu carro e deu meia-volta. Ela parou do outro lado da rua, a quase cinquenta metros, na frente do Spotlight Cinemas, onde K.C. trabalhava. Meus dedos formigaram ao ver Zayn, e tudo parou.

Ele deixou o motor ligado enquanto mantinha-se sentado, segurando a moto em pé, uma perna de cada lado. Ele tirou o celular do casaco preto e parecia estar enviando uma mensagem… e esperando.

Menos de um minuto depois, K.C. saiu do cinema e foi correndo até ele. Ela se inclinou e tocou o braço dele.

Por/ra, filho de uma…

Não estava conseguindo respirar. Que merda era aquela que eu estava vendo agora?

Observei-a sorrir para ele. Ele sorriu de volta, mas não a tocou. Ela parecia muito íntima dele. Ele tirou o capacete e ofereceu para ela, dizendo apenas algumas palavras. Ela não estava recebendo aqueles sorrisos maliciosos ou aquelas expressões ameaçadoras que eu ganhava. Ela passou os dedos em seu cabelo com gel antes de aceitar o capacete e colocá-lo em sua própria cabeça. Ele apertou as tiras para ela, antes de ela subir na moto atrás dele e colocar os braços ao redor de sua barriga.

Rapidamente me agachei em meu banco quando eles passaram correndo por mim. Os dois conheciam o carro do meu pai, mas torci para que não tivessem reparado. De qualquer modo, eles com certeza não iam parar e dizer “olá”.

Era como se houvesse agulhas sob a minha pele e sinos tocando dentro dos meus ouvidos.

Minha garganta doeu quando tentei segurar as lágrimas.

Ele conseguiu ganhar a K.C.

K.C. mentiu pra mim sobre trabalhar até mais tarde.

Ela estava com os braços em volta dele.

Não sei com qual dos dois eu estava mais pu/ta.

 

 

P.S.: O que será que está acontecendo entre esses dois?



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...