História Always my little baby - 13 - Enfeitiçado

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Jonathan ainda estava com o pequeno adulto encolhidinho em seus braços, a diferença é que agora o maior estava sentado em umas das poltronas da sala.

-Já acabou? |Smith perguntou com raiva, para o amigo que - ainda - estava rindo escandalosamente.

Enquanto o maior esperava o loiro parar de ser escandaloso, ele olhou para Elliot, observando o quão bonito e fofo ele era.

Seu lindo rostinho de bochechas fartas estava prensado contra o peito do maior, fazendo uma das grandes bochechas ficarem ainda maior por estar amassada contra o peito duro. Seu cabelo um pouco cumprido já estava quase em cima de seus olhos pequeninos, já tapando suas sobrancelhas. Seus grandes cílios vermelhos roçando suas muitas sardas marrons a cada vez que as suas esmeraldas brilhantes sumiam atrás de suas pálpebras.

Seu pequeno nariz de botão estava vermelhinho de chorar, deixando sua aparência ainda mais adorável e angelical, e para Jonathan que já estava impressionado com sua beleza, podia dizer que ele era o próprio anjo.

A boca fininha, apesar de estar um pouco pálida, ainda era tão linda quando o resto de seu rosto perfeitinho. Jonathan tocou aqueles lábios macios e pálidos com as pontas de seus dedos, franzindo o cenho em preocupação, e mesmo que não percebe-se, afeto.

Enquanto o mais alto entre os três daquele cômodo estava distraído acariciando o rosto do mais novo e mais baixo dali, Thomas, que já havia parado de rir, observava como seu melhor amigo olhava e acariciava o outro. Era uma coisa nova e mágica de se ver para Thomas. Ele conhecia tão bem o maior, que nunca pensou que o pequeno garoto que estava em seu colo fosse conquistar seu coração de pedra tão rapidamente, e sem fazer muito esforço para conseguir isso.

Na verdade, Thomas achava que Elliot nem precisava fazer nada para conquistar seu amigo tão cabeça dura, apenas no olhar do de cabelos ondulados era possível ver isso. John sempre achou besta quando o loiro falava sobre "amor a primeira vista", Jonathan sempre dizia que o amor não era para si, mas Thomas sabia que era só aparecer a pessoa certa que iria conseguir quebrar os muros altos que foram criados com o tempo em volta de seu coração, e iria o apresentar o amor de verdadeiros amantes.

Miller, apesar de ainda não ter tido o seu tão desejado "amor a primeira vista", e Jonathan sempre o perguntava como ele acreditava nessa baboseira toda sendo que nunca havia acontecido consigo, ele ainda acreditava em tudo, sempre acreditou, o "amor a primeira vista", era muito mais do que só amantes, um exemplo foi quando eles se conheceram, Jonathan negaria até a morte, ele sabia, mas também sabia que seu amigo sempre o amou como o irmão que ele nunca teve, como ele mesmo o amava. E isso também era um exemplo de "amor a primeira vista". Porquê apesar de se conhecerem em um momento um tanto conturbado, mesmo que não percebessem de imediato, eles tinham uma ligação, e não importava se fosse como irmãos, como eles, ou se fosse como amantes como Jonathan e Elliot. Ainda sim era amor a primeira vista. E era perceptível para quem quisesse ver. Estava no destino, e isso não pode ser mudado.

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-Você pergunta para ele se ele quer comer, se ele não quiser não dá, pronto! |O loiro deu de ombros.

-Mas ele não pode ficar mais tempo sem comer! Eu sei que eu errei em fazer ele comer de mais agora, mas pelo menos ele tem que comer no almoço e jantar. |Disse um pouco irritado.

-Sim, esse é o certo, e você sabe disso, eu não sei ainda o que aconteceu com você John. |Falou rindo um pouco. Ele amava irritar seu amigo.

-Eu apenas me esqueci, só isso! Não tenho memória tão boa assim. |Murmurou emburrado.

-Pior que você tem uma memória realmente boa. |Riu da careta de Jonathan. -Quem não tem memória aqui sou eu. 

-Tá, foda-se, eu não me importo. Já resolvemos tudo, e o garoto já está dormindo. |Disse se sentando no grande sofá de couro sintético confortável de seu escritório, sempre elegante, e com um copo de whisky em uma de suas mãos cheias de anel.

Os dois amigos apenas deixaram Elliot de volta no quarto, - depois de limpar sua boca com gosto de vômito - para poder descansar, e depois quando estivesse melhor, comer algo. E agora estavam no escritório do mais alto, bebendo, e Thomas tirando uma com a cara de Smith.

O cacheado estava irritado com o amigo, mas ele também estava se perguntando o que estava acontecendo consigo. Ele sempre foi um homem muito controlado, com todas as suas ações, por mais simples que fossem, sempre eram pensadas e feitas com cautela. Sempre foi muito inteligente, em vários assuntos variados, inclusive alguns assuntos sobre primeiros socorros, e médico, então foi extremamente estranho quando, do nada, ele age sem pensar, quando que ele tinha a informação de quê aquilo não era certo.

Parecia que com Elliot ele virava uma outra pessoa. Ele ficava enfeitiçado pelo pequeno garoto, distraído de mais com sua beleza para pensar direito, enfeitiçado como uma sereia enfeitiça o pescador nos livros de contos, como se ele ficasse bêbado perto de Elliot, privado de pensar corretamente. Era estranho como o pequeno tinha esse efeito sobre si. Era novo, extremamente estranho, e assustador.

Continua...