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História Sempre TE Amei - Capítulo 4


Escrita por: DrakonDelfoi

Notas do Autor


Salve gente.
Sei que estou há MUITO tempo sem atualizar, não é por falta de ideias ou tempo pra postar, mas sim por causa de algo que me aconteceu.

Comento melhor nas notas finais.

Antes de irem direto pro cap, peço que não deixem de comentar e compartilhar a história!

Capítulo 4 - Capítulo 4


            Happy ao retornar com os cantis cheios de água, se surpreendeu ao ver Natsu dormindo. Pela maneira que ele estava, percebia-se que não iria acordar tão cedo. Olhando em volta procurando por algo que pudesse atiçar o fogo, percebeu o quão longe estava de qualquer lugar com madeira. Completamente cercados por rochas, estavam literalmente próximos ao coração da cadeia de montanhas que ficava ao norte de Magnólia. Deixou os cantis de água, dessa vez cheios, e fora comer o restante dos pedaços de carne que estavam no fogo e quase se passando.

            – Natsu, você nem se quer me esperou para comer. De novo. Não sei porque estou surpreso, e ainda diz que é meu amigo! Eu que pesco e busco água enquanto você fica por aí falando coisas estranhas sozinho. – reclamou suspirando o gato azul.

            Ele havia encontrado uma nascente distantes a três quilômetros de onde eles estavam, só que como ele podia voar era bem mais perto. Então aproveitou e encheu os cantis de água, uma vez que quando o mago voltava do seu treinamento os secava em questões de segundos. Por se considerar o melhor amigo do Dragneel, ficava muito preocupado com o treinamento que ele estava fazendo, uma vez que o Natsu não lhe deixava olhar o treinamento, segundo o mesmo era para que o exceed não ficasse preocupado.

            Coisa que adiantava muito, pensava Happy, pois mesmo ele dizendo que estava tudo bem, não era verdade. Conseguia ver muito bem o quanto o seu amigo estava sofrendo, ainda mais nesses últimos dias. Esses foram os piores desde que começaram a viagem, tudo bem que o Natsu era agitado, mas não conseguir dormir à noite, passar o dia inteiro com cara de um morto-vivo, assustava qualquer um. Isso aconteceu, pelas contas do Happy, por 3 dias seguidos, até que o rosado não aguentou e desmaiou. Assustando e deixando o gato azul desesperado.

Não queria acreditar que estava acontecendo de novo, o corpo do seu amigo estava gelado, que nem na guerra, e o pior é que dessa vez ele só podia contar consigo para o aquecer, pois a Lucy não estava com eles. Mas para a sua sorte Natsu começou a se recuperar, mesmo que um pouco. Ao avistar, não muito longe de onde eles estavam, uma caverna decidiu o arrastar para lá e desde então eles estabeleceram aquele lugar como a sua base. Durante o dia, logo após o raiar do sol, o Salamander se dirigia para o centro da cadeia de montanhas, basicamente onde as três maiores começavam. Ficava lá meditando, coisa que não sabia que ele soubesse fazer.

Não eram raras as vezes que ele falava sozinho trocando as vozes. Uma hora parecia que havia regredido à infância, pois sua voz era muito infantil. Outra hora parecia com a de um demônio sedento de sangue (essa o assustava muito) e havia também a terceira voz, uma voz forte, grossa e cavernosa, como a de um monstro dentro de uma caverna. Deduziu que fosse a de um dragão, surpreendentemente havia ainda uma quarta voz, a sua voz normal. Era como se ele estivesse tendo uma batalha mental.

Se ele contasse tudo isso a alguém, poderiam lhe perguntar como é que ele sabia disso tudo. A resposta é simples: ele vigiava o seu amigo do alto e de longe. Por mais que o Natsu houvesse lhe proibido de chegar perto dele durante o seu treino ou até mesmo de acompanhar o que ele chamava de treino, ele não obedecia, pois ficava preocupado em ele não aguentar, ou se esforçar de mais, ou até mesmo algo de ruim acontecer.

Porém, o olhando agora dormindo, percebeu que era bem provável ele não acordar antes da manhã seguinte. E isso era bom, pois quem sabe assim ele conseguiria descansar e recuperar tanto as energias, o mana e a sanidade, pois estava ficando mentalmente instável. Qualquer sombra já parecia algo que o queria atacar. Isso já estava ficando cansativo e tinha medo de que o Natsu o visse como inimigo ou ainda pior, no primeiro momento em que visse o seu próprio reflexo acabasse extinguindo a sua própria vida.

Ao o ouvir murmurar algo, ficou em alerta. Prestou mais atenção e conseguiu captar algumas palavras soltas:

– Erza... eu... não... isso não! Não preciso de banho.... – tudo o que saia da boca dele eram apenas palavras soltas. – Gray seu desgraçado volta aqui com o meu dinheiro! – ou frases desconexas.

Percebeu que ele estava sonhando com o passado em que todos estavam juntos se divertindo. Até que ouviu o seu nome.

– Happy, para! Eu já disse para parar de importunar a Lucy! Não vê que ela... – não pode de deixar de perceber que ao citar o nome dela ele esboçou um breve sorriso. – Lucii, você.... será que estás..... será que estás bem? – ao ouvir essa frase, teve a confirmação do que vinha dizendo há muito tempo. Ele goxxxxta dela.

Observando bem, chegou à conclusão que o seu amigo estava bem e que não corria mais risco de fazer alguma besteira enquanto dormia. No máximo chutar e socar o ar sem muito efeito. Resolveu o deixar dormir e ir buscar lenha, pois com certeza iriam passar a noite ali e não queria deixar o fogo morrer, já que a sua fonte de fogo ambulante não poderia lhe ajudar tão cedo.

Ao olhar para o céu completamente azul e o sol brilhando forte, enquanto abria as suas asas para ir em direção da floresta para catar gravetos e alguns pedaços de lenha, deixou a sua mente vagar pelas lembranças daqueles que lhe eram queridos.

 

[...]

 

Não faziam ideia de onde estava, e nem queriam saber. Tudo o que mais importava era que ninguém sabia que eram magos da Fairy Tail, muito menos que estavam tentando fugir dos problemas que teriam que enfrentar ao voltarem. Os problemas atendiam por um nome: membros da guilda que iriam os tirar para loucos. Motivo: simples, o namoro deles recém iniciado.

Iniciaram a viagem igual ao salamaner, sem saberem. Porém ao contrário dele, ficaram algum tempo pelas regiões litorâneas, as conhecendo e vendo a melhor possibilidade de arrumarem algum emprego de meio período em que as suas habilidades seriam úteis. Ele descobriu que ao ajudar na reconstrução das cidades onde a guerra havia passado, usando somente a força física sem nada de magia lhe fazia muito bem, ela fora contratada por uma confeitaria devido às suas habilidades culinárias.

Nada naquela nova vida os lembravam da crueldade da guerra. Por mais que a cor diferente dos cabelos dela e do estilo de corte dele os distinguissem, não passava disso. Não queriam saber de notícias da capital, do rei, da princesa, do conselho mágico, das guildas. Principalmente de Magnólia e da Fairy Tail, devido o motivo que ao ouvir tais notícias as memórias traumáticas da guerra eram revividas com força total.

Muitos moradores e membros da guilda perderam tanto bens materiais quanto imateriais, eles quase perderam um ao outro quando tiveram que se enfrentar. Ela, para a sua surpresa, havia desenvolvido uma técnica que lhe salvaria em troca da sua própria vida, um sacrifício imensamente nobre, ninguém discutia isso. Só que ele, não se achava digno de tamanha façanha.

Desde o primeiro encontro que tiveram, ainda como inimigos, quem sempre fora honesto com os próprios sentimentos? Ela. Quem corria atrás do outro para declarar o seu amor aos quatros cantos do mundo, para quem queria ouvir e para quem não queria? Ela. Quem fora o ser imbecil que sempre desprezava isso e não era sincero com os próprios sentimentos? Ele. Quem fora que quase perdera o outro para poder se dar conta de que não conseguiria viver sem a presença daquela pessoa? Ele.

Por isso e outros vários motivos, quando a guerra finalmente acabou, a puxou para o lado, ainda dentro de Magnólia após a confusão envolvendo o Natsu na qual ele fez questão de não ficar de nenhum lado, uma vez que ele já havia tentado matar o seu melhor amigo. Logo na sua opinião, ele não deveria continuar fazendo parte da guilda. Porém, o mesmo lhe impediu de fazer uma grande merda, de se sacrificar com um pensamento totalmente errado.

Por este motivo, ele não quis fazer parte de nenhum dos grupos. Já ela, durante boa parte da batalha final estava imobilizada, havia se ferido mais que ele, mas mesmo assim quis fazer parte da luta final contra o Acnologia, mesmo sabendo que não iria conseguir lhe machucar. Porém durante a confusão que se criou com o objetivo de exterminar o último demônio, ela achou que era algum inimigo e se juntou ao “grupo de extermínio”, mas quando viu contra quem estaria lutando para dar fim à vida, além de quem e como o estava protegendo, se viu no lugar daquela que já considerou uma rival do amor pronta para dar a própria vida por alguém, e isso podia ser visto em seus olhos, que amava. Na mesma hora, se afastou do grupo antes de ver o que Lucy fez e quem a ajudou.

Não suportaria ver a amiga ser massacrada por defender alguém que o seu coração lhe mandava. Entendia perfeitamente o que significava se sacrificar por alguém que amava, ela mesma já havia feito tal ato durante a guerra. Para poder quebrar o encantamento que havia sido colocado neles, ela preferiu se sacrificar e usar uma magia que desenvolveu que transformava o seu sangue em água para poder transferi-lo ao seu amor e o salvar.

Entretanto, algo de impensável, pelo menos para ela, aconteceu: a azulada não morreu ao transferir o seu sangue ao moreno, não consegue entender como continuou viva após a transferência, mas tal coisa, no atual momento não importava absolutamente nada para ela. Estavam viajando juntos. Haviam firmado o namoro, algo que ela sempre sonhou, claro que nas suas imaginações e pela sua vontade, já estariam até mesmo casados. Porém quem iria dar importância para tais detalhes sendo que eles ainda estavam vivos após a guerra que ceifou a vida de centenas de pessoas.

Agora eles estavam trabalhando e morando juntos, por mais que ele fosse respeitoso com ela e já se declarara a ela, por vontade própria e quando ela pedia para ele redizer o que sentia por ela, não haviam passado de alguns abraços e beijos mais calorosos. Na vila onde se encontravam, ficava na metade do caminho entre Hageron, principal cidade portuária próxima a Magnólia, não pretendiam firmar residência em tal cidade, apenas queriam conseguir algum dinheiro para poderem continuar viajando e conhecendo o país que haviam salvado. Escondendo as marcas da Fairy Tail se recusando e evitando de usar as suas magias a todo custo, conseguiram a confiança das pessoas naquela cidadezinha e trabalhavam diariamente. Completava-se um mês que estavam morando ali, já haviam conseguido uma boa quantia de dinheiro, resolveram então dar prosseguimento à viagem deles.

– Gray-sama, o que o senhor acha de irmos para as montanhas ou preferes ir para as praias? Sabe, as praias nessa época do ano são belíssimas. Júvia sempre quis visitar as praias no verão. – falou a azulada com os olhos brilhando de excitação, só de pensar em observar o mar em toda a sua extensão e sem a obrigatoriedade de cumprir alguma missão de alto risco, além de fazer daquela ida uma viagem de férias, diversão e relaxamento. Ambos estavam precisando de algo para distrair a mente, uma vez que todas as conversas giravam sobre um monstro do fogo que estava habitando a região montanhosa ao norte de Magnólia.

– Júvia! Quantas vezes eu já lhe disse para não me chamar assim?! – disse o Fullbuster um pouco irritado pela insistência da parceira em lhe chamar como se fosse alguém superior. – além do mais, você não tinha parado com essa mania de se referir a si mesma na terceira pessoa? – comenta estranhando tal fato. Pois já fazia algum tempo que ela conversava normalmente sem parecer uma estranha, referindo a si mesma.

– De-desculpa, Gray-sam... – parou a frase ao meio ao perceber o que iria dizer, se controlando – quer dizer, Gray, às vezes em quando eu dou alguma escorregada sem querer, além do mais, estou muito ansiosa. Quero muito ir para as praias agora no verão. Só estive lá algumas vezes, nessa época, e todas foram em missões pela Phantom. – disse, falando como uma pessoa normal. – Além do que, se formos em direção às montanhas para conhecer o vale das cadeias de montanhas, podemos correr o risco de encontrar esse tal monstro do fogo e não estou muito confortável em lutar após tudo o que aconteceu, mas se você quiser ir para lá e tivermos que lutar, lhe prometo que lutarei com tudo. – disse batendo com o punho no próprio peito.

Quem soubesse do passado daqueles dois, soubesse quem eles eram, ficaria surpreso ao vê-los conversando de tal forma. Ele lhe dando bronca e ela lhe pedindo coisas, pareciam mesmo dois namorados, só que de longa data e não que já haviam sido inimigos.

– Pelo menos uma coisa você disse ultimamente finalmente faz sentido e não é sobre o quanto você não está mais gostando de trabalhar cozinhando. – disse o moreno rindo um pouco pela forma que a outra se expressava. – Quer saber? Eu também não estou nem um pouco a fim de sair por ai caçando monstros, demônios ou seja lá o diabo a quatro que for. Só quero saber de descansar, relaxar e se possível esquecer tudo o que vimos quando lutamos contra Alvarez. – falou sentindo um gosto amargo na boca ao falar do passado não gostava disso, o principal motivo dessa ‘excursão’ era deixar tudo isso para trás. Muitos arrependimentos haviam deixados marcas profundas nele, ela quase não tinha, por não ter lutado CONTRA algum membro da guilda, apenas contra ele, porém ambos estavam sendo controlados então, na visão dele, isso era algo fácil de se superar depois de um certo tempo.

Já ele... a história era diferente pela parte dele. Havia tentado deliberadamente aniquilar o seu melhor amigo, companheiro de time, uma das primeiras pessoas que fizera amizade quando entrou na guilda. Isso era algo que ele não conseguia se perdoar. Tentou até mesmo pagar pelo seu crime se sacrificando usando toda a sua vontade, mana e vida no Ice Shell em Zeref, mesmo sabendo que ao fazer isso iria apagar toda a sua existência da vida dos seus amigos. Como ele ainda estava vivo? Uma palavra respondia essa pergunta. Natsu. Ele de novo o impedira de fazer tal ação.

Ao ver o moreno depressivo e perdido nos pensamentos referentes aos acontecimentos que queriam esquecer e não se lembrar nunca mais, o abraçou com toda a sua força e começou a acariciar a cabeça dele, como se dessa forma pudesse o fazer esquecer de tudo. Não se surpreendeu quando o ouviu soluçar e sentiu algumas lágrimas caírem em seu ombro. Toda vez era a mesma coisa, se um dos dois se perdessem nos pensamentos e nas memórias da guerra ou do passado, ou até mesmo quando as duas coisas se misturavam, acabavam chorando, pois haviam ficado emocionalmente abalados.

Ao perceber que ele já havia se acalmado, sem dizer nenhuma palavra, pois se entendiam com pequenos gestos, ela se dirigiu até a mini geladeira que haviam conseguido alugar juntamente com o micro apartamento, pois as economias que tinham consigo conseguiam pagar somente isso, e pegou um pouco do chá gelado que havia preparado na noite passada. O serviu e também serviu um copo para si, resolvendo tocar no assunto da viagem para o fazer pensar em outras coisas.

– Gray, querido, – disse tocando em uma das mãos deles de forma carinhosa e obtendo a atenção dele – já decidimos que iremos para as praias, mas que tal começarmos em Hargeon, quem sabe eles já tenham se recuperado um pouco mais rápido que essas pequenas cidades e vilas que passamos? Acho que será uma boa, nós nos entretermos com algo que não seja mais trabalho. Talvez possamos até mesmo usar as nossas magias para nos distrairmos. Sei que combinados de não usar nada durante a nossa viagem, mas não podemos ficar simplesmente sem treinar nem ignorar quem somos. – disse de tal forma que quando terminou ela mesma se surpreendeu com o que havia dito.

– Certo, agora me diga algumas coisas: quem é você, o que fez com a minha namorada maluca e o que queres de mim? – perguntou o Fullbuster dando risada da cara que a azulada fazia. – Calma ai Júvia, eu só brinquei. Não precisa causar um tsunami e arrasar essa cidadezinha apenas por ter dito algo tão próximo ao que o Mestre Makarov falaria. – acrescentou com medo de que a cara de espanto e diversão da outra se transformasse para ofendida e consecutivamente para raivosa e assim lhe atacasse como fez na época em que fazia parte do four elements da Phantom.

– Não precisa se preocupar, Gray-sama, pois hoje você dorme no sofá, certo? Enquanto isso eu vou me comunicar com o meu líder para saber se posso te exterminar. – disse séria, dando ênfase no sama, e entrando na brincadeira.

– Ei ei ei, calma ai Júvia! Foi só uma brincadeira. Não precisa se estressar! Quer uma massagem? Parece estar cansada, porque não me deixa lhe fazer uma massagem e quem sabe assim você consiga relaxar. – falou tentando a convencer a lhe deixar fazer uma massagem, já indo atrás da mesma que estava se dirigindo pro quarto, pois mesmo dormindo em camas separadas, eles dormiam no mesmo quarto. Não achavam que estavam prontos para tal passo, ou que eles acabariam fazendo algo que nenhum dos dois, por mais que já fosse maiores de idade ou que muitos já os consideravam adultos, estavam prontos.

O maior medo dos dois era dar um passo muito grande e que acabasse estragando a relação dos dois, tal ato somente seria feito se os dois estivessem de acordo e quisessem. Eles acordaram isso ainda nos primeiros dias do namoro, por mais incrível que pareça, ainda estavam se conhecendo e aprendendo a conviver juntos sob o mesmo teto somente eles.

Enquanto ele lhe corria atrás, tudo o que ela fazia era rir das reações dele, pois finalmente estavam conseguindo ser um casal de namorados e não dois amigos que estavam saindo, até porque estavam numa situação estranha, sempre que ficavam a sós não sabiam como agir. Porém aquele momento fora o primeiro em meses que conseguira tirar o seu namorado para louco e se divertir com isso. Além de que era a primeira vez que ELE lhe corria atrás e não o contrário. Nem conseguiu fechar a porta que ele já a estava lá para lhe impedir de fazer tal ação e de lhe deixar dormir no sofá. Sim ela realmente o deixaria dormir no sofá, pelo menos parte da noite.

– Júvia! Isso não se faz! Acho que andou passando muito tempo com a Lucy para aprender a me sacanear assim sua pilantra! Não acredito que irias mesmo me deixar dormir no sofá! – falou a agarrando pela cintura e lhe puxando para um beijo que fora prontamente retribuído. – Certo, você me ganhou. Admito, mas isso não é algo que se faça sua maluca! Achei que teria que te substituir por outra, já que você estava muito estranha falando daquela forma.

– O QUE? ME TROCAR??? – Se desesperou Júvia, pois achava que finalmente estavam se entendendo sem nenhum dos dois se sentir estranho. – M-Ma..Mas Gray-Sama, Júvia sempre fez tudo o que você quis! Não é justo! – começou a chorar, já sentindo o seu coração apertar e doer, uma vez que não queria perder aquele que amava.

– JÚVIA!! – gritou desesperado, pois havia feito apenas devolvido a brincadeira que ela havia feito, mas jamais esperava que ela fosse levar a sério. – Pare de chorar e me escuta! – a segurou pelos ombros a fazendo o olhar nos olhos. – Você acha mesmo que eu vou trocar quem me perseguiu e sempre disse que me amava por qualquer uma? Eu não pirei na guerra após pensar que você morrera por nada, não é? Sério, como você ainda duvida que eu realmente gosto de ti? Quem você acha que eu teria trazido para essa viagem junto comigo além de ti?

Ao ouvir tudo o que ele havia tido, ela se tocou o quanto estava sendo imbecil, pois ele não a trocaria por ninguém, talvez apenas pelos seus pais se pudesse os encontrar mais uma vez, porém como eles estavam mortos e todos concordavam que o lugar dos mortos é no descanso e nada de querer agir como um necromante e trazê-los de volta à vida.

– Gome-ne Gray, gome-ne. Acho que o medo de te perder me faz parar de pensar quando ouço algumas coisas. – disse escondendo o seu rosto no peitoral dele – acho melhor irmos dormir, né? Já que iremos cedo para Hargeon. Ah antes que me esqueça, amanhã vence o aluguel. Será que teríamos que avisar o senhorio que nós não iremos mais morar aqui?

            – Sério, como é que eu fui gostar de alguém maluca como você? – ele perguntou de forma irônica. – Nós vamos cedo para Hargeon? Quando foi que concordamos com isso? – disse o Fullbuster intrigado, pois se lembrava perfeitamente da conversa de há alguns instantes.

            – Você acabou de confirmar que vamos cedo, querido. Eu simplesmente joguei verde para ver se você concordaria. – disse a Lockster, afastando o rosto do peito dele para observar as reações dele e dar risada das mesmas.

            – De boa, às vezes você parece a Erza com essa sua mania de querer mandar no que fazemos, só que tem um único detalhe: dela eu tenho medo, de você eu tenho mais coisas do que eu poderia querer. – disse lhe fazendo carinho na cabeça. – e sobre o nosso senhorio, acho que já está na hora mesmo de nos mandarmos, isso aqui está ficando chato, mais um pouco eu começo a usar magia para me ajudar a terminar as reformas daqui da região, sério, não consigo entender como o povo consegue se enrolar tanto com algo simples de se fazer.

            – Gray, eu lhe dou medo? – perguntou com desgosto nos olhos, pois a última coisa que queria era magoar o seu amado.

            – Sim, quando começa a agir como a Erza ou como uma maníaca que nem antigamente. Mas no geral, não consigo entender como não gostar de ti. – falou para tentar a alegrar e conseguindo arrancar um sorriso singelo da sua amada.

            – Ah, que bom. Pensei que não gostavas mais de mim, por eu ter mudado. – falou mais aliviada. – E sobre a sua dúvida, do motivo da demora deles terminarem de recuperar tudo, acho que o verdadeiro motivo é que estão esperando algum usuário de magia, como a sua Ice Maker, para acelerar e eles puderem apreciar ou até mesmo culpar por causa da destruição. Ainda tem muitos descontentes por causa da destruição que Alvarez fez. Me lembro de ter ouvido as crianças comentando, próximas ao restaurante que toda essa destruição só acontecera por causa dos magos. Porém já ouvi algumas poucas pessoas dizendo que aqueles que mais lhe inspiravam a melhorar a cidade acabaram morrendo, então não sei em que acreditar, querido.

            Gray, ao ouvir isso e juntando com o que ouvia nas construções chegou a uma conclusão de que o principal motivo de eles estarem demorando para terminar a reconstruir a cidade e também por estarem tão desanimados era porque não possuíam alguém que lhes inspirava, entretanto ele mesmo já conhecera algumas pessoas que estavam trabalhando em algumas construções mais afastadas do centro que poderiam simplesmente ajudar a melhorar o ânimo da população em geral, com esse pensamento em mente, bolou um plano e após explica-lo para a azulada e percebendo a animação dela, resolveram que iriam embora dessa pequena cidade logo antes do nascer do sol. Só que antes iriam em busca dessas pessoas, para lhes convencer a trabalhar mais no centro com o objetivo de incentivar os demais cidadãos.

            O que essas pessoas tinham de especial, caso estejam se perguntando caro leitor, absolutamente uma vontade de fogo inabalável, uma vontade de reconstruir a cidade ainda mais bonita que antes, algo que o próprio Gray já havia presenciado em um certo imbecil que chamava de melhor amigo, o Natsu.

            Não demoraram muito a encontrar tais pessoas, eram apenas cidadãos comuns, porém não desistiam por praticamente nada, por mais difícil que fosse o desafio. O que mais demorou foi fazer eles entenderem que precisavam incentivar mais as outras pessoas, pois estavam querendo começar a culpar ou os magos em geral ou Alvarez, causando assim uma revolta popular que se não fosse interrompida logo no começo poderia virar algo muito maior, pois iria se espalhar e depois de muito grande seria quase impossível evitar uma desgraça ainda maior.

            A contra vontade, tiveram que revelar serem magos da Fairy Tail, e que estavam viajando para tanto ajudar as pessoas onde passavam, quanto para tentar esquecer o terror da guerra. Comentaram brevemente por cima o que passaram e das quase mortes dos dois, além de mostrarem um pouco das suas magias mais básicas, como uma simples flor, no caso dele, ou de transformar o próprio corpo em água, no caso dela. Firmaram um acordo de que os jovens, sim tais pessoas não tinham mais do que 18 anos, não iriam revelar tal segredo e que quando os dois magos iriam caçar e matar alguns animais selvagens que estavam ameaçando a cidade.

            Firmado o acordo, Gray e Júvia voltaram ao mini apartamento que dividiam, felizes por conseguirem ajudar a cidade através dos próprios moradores. Aproveitando que estavam cada vez mais próximos e unidos, resolveram dar um passo a mais no relacionamento dos dois: dividir a mesma cama. Para a alegria dela e nervosismo dele.

            A noite mal havia começado a se despedir e o sol dar sinal de vida com o seu calor, mostrando que seria um dia completamente incrível para o novo futuro daquela cidadezinha. Ao longe, na saída sul, dois vultos podiam ser vistos se dirigindo à Hargeon. Os dois acordaram cedo, dormiram aquela noite que passara abraçados e finalmente depois de várias noites após o final da guerra conseguiram descansar sem terem pesadelos. Pelo menos para ele, pois ela sonhara com o futuro que teriam um ao lado do outro. Várias garotas da Fairy Tail já a chamaram de romântica sonhadora incorrigível, mas ela não conseguia evitar, fora uma das noites, se não a noite, mais feliz da sua vida até o atual momento.

            Durante a viagem até a cidade praiana iriam buscar informações sobre tais animais que ameaçavam a cidade, tanto que nem se quer estavam viajando pela estrada principal mais. Depois de um quilômetro deixaram a via principal e se encaminharam para as vias secundárias, terciárias ou até mesmo no meio da mata fechada, os surpreendendo, pois aquela era uma região bastante habitada e meio próxima à Magnólia, porém ainda restavam algumas áreas de floresta tão densas como eram na época que aquelas terras foram exploradas.

            Não demoraram muito para perceberem que os animais na verdade não eram reais, mas sim alguns criminosos que conseguiam usar a magia de criação e ilusionismo, com o objetivo de saquearem as cidades próximas. Ocorreu uma pequena batalha entre os dois magos da Fairy Tail com os criminosos, por mais que estes estivessem em maior número, aproximadamente vinte criminosos, nem todos sabiam ou podiam usar magia. Os jovens magos conseguiram os derrotar, e por incrível que pareça tiveram que matar os usuários de magia, já que eles haviam preparado um encantamento mágico especial para que no momento em que fossem derrotados, explodiriam levando tudo.

Júvia já havia ouvido falar de tal magia, pois o antigo mestre José da Phantom, tentou convencer alguns dos seus seguidores mais fieis a usarem tal artifício. Os four elements se recusaram a recorrerem a tal artifício, porém ela sabia que alguns aceitaram a selarem os seus corações com alguma magia de destruição em massa, para se evitar tal explosão de acontecer só havia duas maneiras: a anulação total e completa do mana do usuário ou o matá-lo. Com isso em mente, simplesmente disse para o Gray que para poderem sair vivos teriam que matar eles, mesmo a contragosto e com pesar ambos tiveram que fazer algo que para a Fairy Tail era abominável, quando voltassem para a Guilda, pediriam perdão ao mestre, por tal ação.

– Júvia, você está bem? – perguntou preocupado vendo a namorada cair sentada. – Você se machucou muito?

– Não precisa se preocupar Gray, estou bem, só cansada. Me acostumei muito rápida à vida de uma cidadã comum que não usa magia. Nunca achei que após um mês e meio sem treinar nem nada, me sentiria como se fosse a primeira vez que usasse a magia ou quando eu comecei a treinar para aumentar o meu poder. – disse esbaforida e completamente exausta, para o alívio do moreno.

– Sabe, acho que devo agradecer a Ur por ter me treinado daquela maneira esquisita. Eu ainda consigo ficar de pé, mas usar magia? Mas nem fodendo. Vem cá, deixa eu te ajudar. Vamos ter que montar acampamento aqui por perto, já que não temos como ir muito longe e pelo que eu vi, temos um pequeno riacho aqui perto. – disse estendendo a mão para ela se levantar e passando um braço dela por cima dos seus ombros e um dos seus braços na cintura dela para lhe ajudar a andar. Tal proximidade não causava mais nenhum estranhamento neles, pois já estavam juntos desde o final da guerra e depois da última noite que haviam dormido juntos.

– Querida, acho que teremos que antes de continuar com a nossa viagem, treinar, pois não deveríamos ter tido dificuldade em dar um fim naqueles palermas. – comentou o Fullbuster chegando próximo a um riacho que existia próximo aonde deixaram as coisas deles. – e pelo jeito, vamos acampar por aqui, você com certeza não está em condições para continuar viagem. Eu também não estou muito bem, pelo menos estou melhor que você. Fique aqui, descanse um pouco, vou buscar as nossas coisas e se eu der sorte acho um pouco de lenha. – disse dando as costas à namorada e partindo em direção à árvore que deixaram as malas escondidas para caso precisassem fugir então não correriam risco de serem roubados ou de algum animal mexer nelas.

– Gostaria que ele não me tratasse como uma menininha frágil, não é porque estamos namorando ou que ele se confessou pra mim é que eu vou deixar de ser quem eu realmente sou. Uma maga que já foi classe S, mas se bem que um pouco de mimo dele não vai mal. – comentou um pouco contrariada pelo cuidado excessivo do namorado, porém, não deixava de esboçar um singelo sorriso vendo a preocupação do mesmo. Por estar próximo à uma fonte de água pura, resolveu tentar ir até o riacho e beber um pouco de água além de limpar um pouco da sujeira da batalha.

Não estava muito longe, porém, no estado que estava, até míseros 5 metros pareciam virar cinco quilômetros. Com muito esforço ela conseguiu chegar ao córrego. Garças à sua natureza mágica conseguiu recuperar um pouco das forças, quem diria que ficar um tempo sem praticar quase a mataria.

Não conseguia se lembrar direito aonde haviam deixado as suas bagagens, mas logo se lembrou. Gray não conseguia acreditar que quase foram mortos por alguns bandidos de beira de estrada, mesmo havendo magos de níveis baixos, não deveriam ter tido tantos problemas sendo que haviam lutado e derrotados a Aliança Baron além de ter enfrentado e vencido o exército de Alvarez. Haviam parado de praticar a magia por quanto tempo mesmo? 3 a 5 meses? Nem! Estava completamente impressionado pela tamanha dificuldade que tiveram, se o pessoal da guilda soubesse disso... não queria nem pensar em tal possibilidade, pois seriam ridicularizados por um bom tempo.

Ao encontrar as malas, não eram muitas, na realidade apenas quatro – duas cada um – estavam carregando somente coisas que eram essenciais e que lhes fizessem parecer um casal de viajantes, não magos, comum – ficou contente já que estava muito cansado e não estava muito a fim de procurar por horas a fio uma vez que estava esgotado. As pegou e voltou para o lugar aonde havia deixado a sua namorada, não era muito longe no máximo uns duzentos metros, porém para alguém em exaustão mágica e física essa distância era absurda.

Chegando no lugar percebeu que Júvia não se encontrava mais lá, até ouvir ela lhe chamando do rio, há apenas cinco metros de distância. Havia começado a se preocupar e a imaginar a existência de novos inimigos quando não a encontrou, mas logo suspirou aliviado e exausto. Simplesmente largou as malas ao pé da árvore mais próxima e se dirigiu ao córrego para fazer que nem ela, se refrescar e aliviar o cansaço. Com certeza passariam a noite por ali e teriam que encontrar material para fazer uma fogueira a fim de se aquecerem durante a madrugada, partindo para o seu destino logo de manhã cedo.

 

[...]

            Ele já estava cansado da reclamação dela. Estava trabalhando mais que de costume. Essa reconstrução da guilda estava demorando mais que de costume, seria porque muitos magos estavam fora? Provavelmente.

            – Como assim ainda não terminou de fazer a pilastra? Você acha que os outros vão conseguir levantar o resto das estruturas sem que esse pilar principal de sustentação esteja pronto? Eu sabia que você tinha pouca inteligência, mas não tão pouca. Anda logo seu animal! – escutou uma voz meio aguda lhe enchendo a paciência, ele conhecia muito bem a dona daquela voz, ele estava apaixonado por ela, mas admitir isso? Nunca, pelo menos não na frente dos outros.

            – Ahhhh mas vá encher a paciência de outro, nanica! Estou trabalhando nisso desde ontem, parei apenas por duas horas para descansar e comer algo. Por que não vais ver como está a loirinha que ainda não deu as caras por aqui? Se ao menos tivesse mais gente para sustentar essas porcarias de vigas eu poderia me concentrar em apenas fazer as principais pilastras de ferro. – Reclamou.

            – Qual é, você acha que vai ficar enrolando até quando para me responder? E eu achando que os dragonslayers, com a exceção do Natsu que é um tapado, fossem mais despachados e enrolassem menos. Pelo visto o Gray achou um adversário à altura para enrolar as garotas. Não sei como a Júvia aguentou ser enrolada por tanto tempo. Eu no lugar dela já teria partido para outro, acho que exatamente isso que vou fazer, será que o Sting aceitaria sair comigo? – falou a baixinha de cabelo azul. Na verdade ela estava apenas jogando com o grandalhão, e a última frase falou mais para ele do que para si, nunca que iria trocar aquele troglodita, por quem estava apaixonada, por outra pessoa.

Começou a se dirigir para longe do rapaz de cabelo negro, só que não conseguiu dar três passos antes que tivesse o seu braço segurado e forçada a se virar. Para a sua surpresa ele havia terminado as duas pilastras que faltavam em instantes e lhe olhava com os olhos cheios de desejo e raiva ao mesmo tempo.

– Posso saber aonde você pensa que está indo? – a questionou com a voz pesada.

– Me solta! Você não é o meu dono! – retrucou a azulada.

– Não, não sou o seu dono, mas bem que eu gostaria de ser. E já que quer tanto saber a resposta daquela tua pergunta, lhe darei ela de outra maneira. – disse sorrindo de canto.

– O que você preten..... – não conseguiu terminar a frase pois fora surpreendida por um ato completamente inesperado dele. Tudo o que poderia fazer naquela situação era simplesmente retribuir.


Notas Finais


E aw galera, o que acharam?

O Natsu pensando na loira, Gray e Júvia dando mais um passo no relacionamento deles e novos personagens aparecendo.

Essas situações ainda darão muito pano pra manga.

Mas em fim, falei no começo que algo havia me acontecido e foi um acidente que eu quase perco a ponta do meu dedo médio da mão esquerda.

Era num sábado em final de tarde, estava terminando de lavar a máquina de cortar grama à gasolina tracionada daqui de casa quando fui limpar onde sai a grama (parte lateral). eu já havia desligado a máquina porém a lâmina estava parando de girar, mas eu não me toquei por estar extremamente cansado (já havia trabalhado a manhã toda e só descansei por meia hora de meio-dia antes de começar a trabalhar), acabou pegando parte do meu dedo.

Fiquei 21 dias com pontos e ainda estou em recuperação final. Já estou BEM melhor porém digitar era impossível, só voltei a escrever faz 15 dias.

Fico agradecido se vcs entenderam do porque da demora e que não abandonarei a história.

À deixo aqui um pedido, quem de vocês gostaria de agir como leitor-teste, um Beta indiretamente, para mim?
O meu amigo que estava me ajudando, está trabalhando no casamento dele, então o tempo é nulo.
Quem tiver interesse entre em contato comigo via MP que explico melhor.


Baita abraço!!!!


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