1. Spirit Fanfics >
  2. Sempre Tem Um Lado Bom >
  3. Baile de Aniversário

História Sempre Tem Um Lado Bom - Baile de Aniversário


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


Boooa taaarde povo!!!
Primeiramente, novamente agradeço a quem está acompanhando minha fanfic, fico muito feliz por isso!
E em segundo... Se você for meio emotivo, prepara uns lencinhos aí, talvez precise.
Não me odeiem kkkk mas às vezes coisas trágicas são necessárias para o amor fortificar raízes se tornando ainda mais intenso e verdadeiro.
Boa leitura...

Capítulo 15 - Baile de Aniversário


Wesker me guiou para uma das mesas e puxou a cadeira para mim me fazendo pensar quanto tempo faltava para dar os cinco minutos que ele disse que eu precisaria ficar com ele.

-- Quer beber alguma coisa?

-- Ah, não, eu...

Mas ele não me ouviu, assim que passou o garçom, ele pegou duas taças de champanhe e me deu uma me interrompendo, então apenas a segurei. Ele olhou ao redor e eu estava contando os segundos, até que ouço a voz mais desagradável de toda a delegacia, ainda pior do que a do Wesker.

-- Olha só, você apareceu, Albert.

Brian Irons com toda sua arrogância e nojentisse sentou na mesa e quando me olhou, piscou várias vezes e abriu um sorriso que me deu náusea.

-- Jill, é você? Puxa, você está fabulosa... Não é a toa que todos olharam quando vocês entraram, puxa... Puxa mesmo.

Eu sorri forçadamente querendo ardentemente sair correndo dali, até que Irons virou para o Wesker com uma expressão de censura.

-- Aposto que você nem disse a sua acompanhante o quanto ela está deslumbrante esta noite, não é, Albert?

-- Não preciso dizer, ela sabe disso e com certeza não faltarão pessoas que digam isso a ela esta noite.

Eu desviei o olhar dos dois queimando por dentro para sair dali e tento me concentrar na decoração do lugar para não estrangular meu chefe ou o chefe dele.

-- Alguma novidade para mim?

Daí por diante eles ficaram falando de trabalho e eu olhei para o relógio vendo que já haviam passado dez minutos... Se eu pedir licença e sair, não serei sentenciada, certo?

-- Ah, mas, Jill...

Eu olho para eles ao ouvir meu nome e o Irons me olha se abestalhando novamente.

-- Você está um deslumbre só, maravilhosa, MA-RA-VI-LHO-SA.

Eu sorri de novo sentindo minha barriga embrulhar com aquilo e desviei novamente, então o Wesker levanta e vai em direção ao banheiro me deixando sozinha com o Irons que me olha sem sutileza nenhuma, então tento fazer ele acordar.

-- Sua esposa veio com o senhor?

-- Ah, me chame de Brian...

Eu mereço...

-- Ela veio?

-- Ah, infelizmente sim, afinal, nessas ocasiões ela é indispensável.

Nossa, quanto amor... E consideração.

Ele continua a me olhar de um jeito nada sutil e não viro para ele nem por um instante, mas ele me deixa super envergonhada porque para todos os lugares em que eu olhava, eu via olhares. Não sei se para mim ou para isso aqui.

E pela primeira vez me deixando feliz com sua presença, Wesker surge e me puxa dali, deixando Brian intrigado.

-- Vamos cumprimentar o prefeito.

Eu levantei rapidamente e ele me guia para um casal elegante que não tive dificuldade de entender quem eram. Eles nos viram e nos cumprimentaram sorridentes.

-- Muito prazer. Sua namorada, Albert...

Deus me livre...

-- Não, ela só trabalha comigo.

-- Ah, que bom... Mas me diga como anda nossas equipes especiais, hein?

Eles começaram a conversar e eu desviei tentando não revirar os olhos para o papo monótono deles. Wesker diferente dos outros não puxava o saco do prefeito, apenas era cordial e educado ao responder as perguntas dele.

Eu olhei novamente para todo o lugar e finalmente algo me prende... Ele. O OLHAR dele para mim, que me olhava de longe e sorriu quando viu meu olhar para ele. Chris acenou de leve e eu retribuí, então ele continuou a me olhar e reparei que os demais o cutucaram rindo e eu desviei. Mas quando olhei novamente, vi mais um olhar... Um olhar fuzilante que me encarava com total desagrado e a olhei da mesma forma. A abelha decotada do lado dele. Ela me encarou tão feio que naquele instante eu soube que ela não ia simplesmente voltar com o Barry ou largar o Chris por aí sozinho... Quer brincar de quem pode mais?

-- Jill, espere aqui por um minuto, ok?

-- Tudo bem.

Wesker saiu dali com o prefeito e foi até Irons que infelizmente eu vi quando ele me olhava como um descarado, então desviei.

Podia ser pior? O Wesker disse cinco minutos... E eu poderia sair. Se bem que nada me prende aqui, então... Mas acho melhor ostentar um pouco meu visual e irritar a abelha decotada puxando a atenção do Chris para mim, que estou do outro lado do salão.

-- Jill!

Finalmente um rosto que me faz dar um sorriso... Rebecca.

-- Oi.

-- Nossa, ainda escravizada?

-- Pois é... Esses cinco minutos estão demorando mais do que eu queria.

-- Ah, posso te fazer companhia?

-- Por favor... – Eu sorri.

-- Por que demoraram tanto?

-- Sei lá... Ele me fez esperar por uma hora, Rebecca!

-- Nossa, que raiva... Ele não tinha te dito para não fazer ele esperar?

-- Pois é, EU tive que esperar por ele.

Ela riu e então me cutucou indicando o outro lado do salão e não precisei olhar para saber quem ela apontou.

-- Quem é aquela com o Chris?

-- A sobrinha do Barry...

-- Nossa... Ela não parece ser legal.

-- Parece que quer ser legal só com o Chris...

Ela me olhou de canto e eu desviei meu estresse por aquilo... Não sei se posso contar isso para Rebecca, mas de qualquer forma aqui não é hora e nem lugar.

-- Por que não vai lá?

-- Porque o Wesker me pediu para esperar.

-- Nossa, que porre...

-- É.

-- Mas ele não para de te olhar, sabia... E não é só ele, como eu tinha dito, todos estão olhando para você, mas é claro que o olhar apaixonado do seu colega se sobressai.

Eu ri com ela que vejo que olha para lá de novo e eu a cutuco.

-- Não fica olhando para lá!

-- Mas é que é engraçado... A garota do lado dele tenta chamar a atenção, mas ele só faz olhar para cá.

-- É... Pelo jeito a abelha decotada quer atacar.

Ela riu alto sem cerimônias e eu a acompanhei, então ela olha para trás e vejo o acompanhante dela fazer um sinal para ela voltar, então ela me olha e sorri sem jeito.

-- Eu tenho que ir... Mas cabeça erguida, todas estão te invejando e todos estão te querendo.

Nós rimos e ela sai rapidamente, então a solidão bate em mim e permito que minha imaginação flua ao considerar a ideia de como seria se eu tivesse vindo com ele... Depois de ontem, com certeza eu teria que me esforçar para manter ele longe para não me amassar ou me descabelar.

Eu sorrio sozinha com o pensamento... Ele é o homem mais lindo daqui e se eu realmente estou tão bonita, com certeza seríamos o maior foco de hoje.

-- Não pense muito...

Dou um salto ao ouvir aquela voz e ele surge na minha frente mais lindo do que nunca e eu tenho que voltar a aprender a respirar... Ele estava de terno, o cabelo todo no lugar e “aquele” sorriso. Minha Nossa, que visão...

-- Ainda estou procurando uma palavra para descrever como você está...

Nós rimos e vejo que ele fixa os olhos na minha boca, então espero que volte a me olhar e quando faz isso vejo aquelas chamas reluzindo novamente.

-- Você está lindo.

-- Obrigado... Até que sei me arrumar também, certo?

-- Sim, até que sim...

Nós rimos novamente e ele olha ao redor provavelmente analisando se tem alguém muito próximo, então sorri maliciosamente.

-- Você não está facilitando meu autocontrole assim, sabia?

-- Sei que você é forte.

-- Mas não quero ser... – Ele sorriu – Desde que entrou estou procurando uma justificativa para não te agarrar na frente de todo mundo.

Eu ri e ele continua a me olhar do mesmo jeito e apesar de tudo, sei que eu também tenho que me controlar para não fazer o mesmo com ele.

-- Mas é sério... Todo mundo acha que temos alguma coisa mesmo, só iríamos nos assumir agora.

Nós rimos e eu fico o olhando tentando me conter para não fazer cara de idiota, mas do jeito que ele me olha, revezando os olhos dos meus e da minha boca, sinto aquele formigamento por todo meu corpo e respiro fundo.

-- E sua acompanhante?

Ele bufou e desviou fazendo cara feia e eu ri dele que me encarou com uma sobrancelha erguida.

-- Ela parece animada com você...

-- Ela é um saco... Não sei como pode ser parente do Barry.

-- Sempre temos parentes ruins.

-- Mas eu não precisava aguentar a parte mala da família dele.

-- Se não tivesse se lerdeado para me convidar estaria do meu lado agora... E poderíamos facilmente fugir quando quiséssemos. E para onde quiséssemos.

Ele me olha me analisando e eu rio do jeito dele, que desvia com um sorriso.

-- Vai me punir?

-- Sim.

-- Então por isso veio tão maravilhosa assim?

-- Também.

Ele riu e ficou me olhando daquele jeito dele e novamente sinto o formigamento em mim e desvio dele, mas quando olho para trás dele, perco o sorriso.

-- Atrapalho?

Sim.

A abelha decotada surge e se agarra no braço dele que desvia revirando os olhos e me encara da cabeça aos pés, mas eu fixo meus olhos nos dela.

-- Você trabalha com meu tio também, não é?

-- Sim.

-- Ah, legal... Só faltava eu conhecer você.

O olhar dela não indicava que realmente tinha algo de “legal” ali e então olhou para o Chris que tinha uma cara de entediado, então eu ri.

-- Vamos dar uma volta?

-- Por que não pede para seu tio ir com você?

-- Porque eu quero ir com você... Anda, me mostra o lugar.

Ela o puxou e ele foi indo com a mesma expressão de desagrado e quando virou para me olhar ela puxou seu rosto para ela que se soltou dela e eu ri de novo.

O que posso fazer? Não posso atirar nela em público...

Respiro fundo e tento tirar da minha cabeça a imagem dela pendurada nele, mas parece inevitável... Quando eu olho de novo vejo que ela o arrasta para fora, na parte de trás da academia e me bate um sensação muito ruim.

Ele não faria nada com ela... Faria?

-- Jill?

Me viro e vejo o Wesker com a mesma expressão de sempre e olha para o relógio novamente.

-- O prefeito vai abrir o baile, depois vou embora... Quer carona?

-- Não, eu vou ficar.

Ele desvia de mim e sigo seu olhar até um palco improvisado onde o prefeito sobe e um homem arruma o microfone para ele.

-- Boa noite!

Todos se viram para ele e as luzes diminuem a intensidade, ficando um foco de luz apenas no prefeito lá em cima.

-- Então, estamos esta noite aqui reunidos para celebrar mais um aniversário do departamento de Polícia de Raccoon City...

Então eu parei de ouvir e olhei para porta onde a abelha decotada arrastou o Chris e não vi sinal deles... Ele pode ouvir lá de fora que começou, então deveria ter entrado.

O Wesker olhava para o prefeito, mas eu sabia que ele estava tão interessado quanto eu pelas palavras de nosso representante, por isso eu sabia que ele também não estava ouvindo.

Olho novamente para porta e nada do Chris... Não seja obcecada, Jill. Se ela tentar alguma coisa, ele não a corresponderia, pelo contrário, se afastaria dela. É por você que ele é apaixonado... Mas por que sinto uma sensação ruim?

-- ...e sem deixar de lembrar da conquista que tivemos após o apoio da empresa da Umbrella, pois com isso alcançamos a possibilidade de formar um esquadrão especial com os melhores policiais conhecidos.

Umbrella... Eles que nos financiam, e os agradecimentos sempre são extensos e cansativos. Já sabemos sobre o patrocínio deles e tudo mais, não precisamos ser lembrados disso a todo instante.

-- ...mas sem mais delongas, me sinto orgulhoso em anunciar a abertura do baile de aniversário do nosso tão querido Departamento de Polícia. Divirtam-se!

Todos bateram palmas e a música começou.

-- Até amanhã.

Wesker sai em disparada finalmente me deixando sentir liberdade aqui... Agora talvez eu me divirta. Mas com o canto do olho vejo o Irons vir em minha direção, então saio rapidamente e vou em direção ao Barry, Brad e Joseph.

Quando me veem chegar, sorriem e o Joseph assovia alto.

-- Uau, Jill... Você está um arraso.

-- Obrigada.

-- Sério mesmo, Jill, você está linda. – Brad sorriu.

-- Sim, é verdade... Você está muito bonita, Jill. – Barry sorri amigavelmente.

-- Obrigada, gente.

Eu olho ao redor e ainda não vejo o Chris... Ele já poderia ter voltado, certo?

-- E então, está gostando da festa? – Barry pergunta.

-- Na verdade não... Ou melhor, ainda não. Até agora só ouvi o Wesker, o Irons e o prefeito, então até agora está um saco.

-- Agora está conosco... E agora vai ser legal.

Nós rimos e o Joseph ajeitou a gravata e se aproximou de mim estendendo a mão e sorrindo ao olhar para os outros.

-- O melhor de ser amigo da mulher mais linda da festa, é que posso dançar uma música com ela sabendo que é só amizade e com os demais me invejando... Certo, Jill?

-- Certo... – Eu ri.

Ele me puxou para a pista e me conduziu melhor do que eu imaginava me fazendo sorrir ao perceber que realmente alguns caras nos encaravam e eu o ouvia rir por isso.

-- Viu só, Jill? Todos querendo estar no meu lugar... Queria muito que o Redfield me visse agora.

Eu ri com ele sem dizer nada para ele não desconfiar que causaria mais ciúmes do que ele próprio imagina.

-- Você está linda, Jill... Eu sempre achei você linda, mas hoje está um pedaço de mau caminho, ou o caminho inteiro.

-- Obrigada, Joseph.

Nós rimos e eu reviro os olhos sabendo que era apenas brincadeira da parte dele, não alguma indireta de cantada, então continuamos a dançar até a música acabar e ele me olha.

-- Quer mais uma?

-- Depois... Eu queria sentar um pouco.

-- Tudo bem.

Ele me guiou de volta e o Brad riu ao nos ver nos aproximar. Então já me estendeu a mão com um sorriso de orelha a orelha fazendo o Barry rir ao seu lado.

-- Eu não acho que uma dança seja o melhor, Joseph, eu vou aproveitar melhor a Jill para arrancar mais inveja.

-- Como? – Joseph riu.

-- Simples... Uma simples volta por aí de braço dado com ela, já fará todos me invejarem, porque ninguém precisa saber que sou só um amigo dela.

Eles riram e eu também, então peguei a mão dele que me puxou para ficar de braço dado comigo e caminhamos com ele carregando uma expressão de pura satisfação.

Olhei para porta novamente e nada do Chris... Meu sorriso se desfez, então meu ciúmes da abelha decotada se manifestou quando eu virei para o Brad.

-- Vamos dar uma olhada lá fora?

-- Ah... Tudo bem.

Ele abriu um sorriso obviamente satisfeito, já que se nos vissem saindo talvez pensariam que nós daríamos mais do que uma volta.

Passamos pela porta e descemos alguns degraus. Haviam algumas pessoas por ali, conversando e bebendo, assim como nos cantos haviam alguns casais se pegando discretamente. Procurei por ele em todos os grupos e não encontrei, nem nos casais calorosos... Meu coração se acalmou um pouco, mas meu pressentimento ruim perpetuou mais do que antes.

-- Para onde quer ir?

-- Ah... Caminhar um pouco. O ar puro me fará bem depois de passar tanto tempo com nosso amável Capitão.

Ele riu e concordou, então caminhamos por ali e tentei disfarçar que eu olhava para todas as direções em procura do Chris, mas reparei o olhar desconfiado do Brad em mim.

-- Você está bem?

-- Estou.

-- Não está com frio? Está com uma brisa meio gelada aqui...

-- Não, estou bem.

Nós paramos já que havíamos chegado no fim na delegacia, onde dava para um pequeno matagal que nunca ninguém se dispôs a limpar. Eu viro para ele que me olha curioso e dou um sorriso, mas reparo que ele tenta ler minha mente para o que eu realmente queria.

Mas então ouvimos um barulho e quando fui virar, o Brad me puxou com um olhar assustado.

-- Vamos para dentro, Jill... Você pode ficar doente aqui fora com esse frio.

Eu o encaro por um instante e me viro para olhar... O Chris. Saindo de uma parte mais afastada entre as árvores e a abelha decotada correndo de atrás dele até alcançá-lo e puxá-lo pelo braço, mas ele se afasta parecendo discutir com ela.

Eu apenas observo sem pensar no que estavam fazendo no meio das árvores... Chris parece brigar com ela que se aproxima dele e ele se afasta ainda falando. Então ela parte para cima dele o agarrando com tudo em um beijo, mas ele a empurra fazendo ela parar e eu dar um leve sorriso por isso.

-- Jill, é melhor nós entrarmos... – Brad fala nervoso.

A garota continua a insistir até que segura na gola do paletó dele e fala alguma coisa para ele que a escuta agora, então ela passa a mão no rosto dele que se esquiva parecendo mal-humorado, mas não a empurra agora.

Chris? Por que não a empurra para longe de você?

Ela fala algo se aproximando mais dele e novamente coloca a boca dela na dele que espero que se esquive ou se afaste ou a empurre... Mas isso não acontece. Ele cede. Não reage agora. Ele a corresponde.

Eu desvio deles com meus olhos fechados... Não, isso não pode estar acontecendo.

Volto a olhar para eles e ele continua lá, sem se afastar e então ela o empurra para parede mais próxima saindo da minha visão e sinto uma dor agonizante em meu peito e uma lágrima escorrer dos meus olhos.

Eu dou um passo para trás e olho para lá, esperando ver ele sair, mas isso não acontece... Ele está lá, ainda com ela, beijando ela. Como ele fez comigo ontem... E hoje.

-- Jill...

Eu olho para o Brad que me olha com pena e tristeza, então olho mais uma vez para lá e sinto mais lágrimas fugirem do meu controle e saio correndo de lá.

-- Jill!

Eu não dou atenção, apenas saio correndo em direção a delegacia mesmo com olhares me seguindo... Quando entro há vários casais dançando, então contorno rapidamente o local e passo ao lado do Barry e do Joseph.

-- Jill?

Não olho para eles porque sei que eu teria que dar uma explicação pelo meu estado, então aperto o passo e corro para saída chegando lá fora e puxando o ar fresco para tentar fazer com que a dor pare...

Ele não resistiu... Ele cedeu. E sabe se lá o que estavam fazendo antes de chegarmos. Eu não acredito que confiei nele! Ele só queria me usar, ele mentiu, tudo foi uma mentira, ele não sente nada por mim! Jill, sua idiota! Estúpida! Caiu feito uma pata no jogo dele...

Sinto as lágrimas triplicarem e minha visão embaça.

-- JILL?

Saio correndo ao ouvir meu nome e para que ninguém me encontre, me escondo em uma parede escura ali perto e vejo o Brad e o Joseph parecendo me procurar, então correm pela rua. Eu me abaixo e sento no chão, cobrindo o rosto e tentando conter meus soluços.

Não, não, não, não, não, não, não, não, não... Não pode ser real! Isso não pode estar acontecendo. Por que fez isso comigo? Por que, Chris? Você olhou nos meus olhos e disse que é apaixonado por mim... Por que mentiu para mim? Por que me enganou? Por quê? Eu te amo... Eu amo você, Chris... Eu amo você.

Minha dor no peito se multiplica e fico ali abaixada chorando como uma desesperada, mas tentado conter os soluços e gemidas de dor.

Chris... Eu amo você.

Para de ser otária! Ele não sente nada por você, só viu uma idiota caída por ele e fez o que qualquer um faria com alguém que se desmancha quando o vê. A maior culpada disso é você mesma que se entregou de alma completa para ele e quase de corpo também... Quase entregou tudo a ele, e com apenas uma tentativa.

Eu limpo meu rosto bruscamente e levanto dali olhando ao redor e desejando desesperadamente minha casa para eu me refugiar com a minha dor.

Ninguém pode me encontrar... Não quero falar com ninguém. Quero minha casa e minhas cobertas, por favor, que ninguém me encontre.

Eu começo a correr pela rua e dobro uma esquina para não encontrar com o Brad ou o Joseph, porque com certeza tomaram a rua que sempre pego para voltar para casa.

Eu corro... Corro... E corro. Até que minhas lágrimas voltam, a imagem dele com ela voltam e minhas pernas cedem me fazendo cair com tudo no chão. Eu não levanto, apenas me entrego as lágrimas completamente sem ligar para o frio, o cansaço ou minha dor nos pés.

Por que fez isso comigo, Chris? Por quê?

Fecho meus olhos com minhas lágrimas teimando em sair descontroladamente, mas então escuto o barulho de um carro que para ao meu lado na rua.

Um carro estranho, então não dou atenção, mas vejo que alguém desembarca e vem rapidamente em minha direção.

-- Jill? Você está passando bem?

Olho para cima e vejo um rosto preocupado, mesmo sendo desprezível, parece assustado em me ver daquele jeito... Irons.

-- Venha, vou te levar para sua casa.

Ele me ajuda a levantar e não digo nada, apenas vou com ele, incapaz de negar ou de fazer qualquer outra coisa agora. Ele me ajuda a entrar no carro e fecha a porta, correndo para seu banco e eu não digo nada. Ele arranca rapidamente com o carro e eu encaro a janela tentando criar forças para caminhar até minha casa quando eu sair do carro.

-- Você está passando mal? Prefere que eu te leve a um hospital?

-- Para minha casa, por favor. – Falo roucamente.

Ele toma o rumo da minha casa e me pergunto como sabe onde moro, mas ignoro isso quando chegamos até ela. Tiro o cinto e abro a porta, mas ele segura meu braço.

-- Tem certeza de que pode ficar sozinha? Posso te fazer companhia um pouco se preferir...

-- Vou ficar bem, Sr. Irons, não se preocupe comigo... E obrigada.

-- Certo... Se precisar de qualquer coisa me ligue a hora que for.

-- Boa noite, Sr. Irons.

Eu saio do carro antes que eu fique mais enjoada com o papo dele e finalmente sinto um pouco de alegria em poder me refugiar na minha casa. Abro a porta e a tranco imediatamente, sem acender a luz... Se alguém vier, vou fingir que não estou.

Minhas pernas cedem de novo e vou ao chão, me apoiando na parede e voltando a chorar, agora de vez me entregando as lágrimas, a dor insuportável, a angústia e ao desespero. Eu gemo alto e soluço como uma desesperada.

Então eu ouço um carro parar bruscamente na rua e ouço passos vindo correndo até minha porta e dou um salto ao ouvir as batidas desesperadas de alguém.

-- Jill?

É ele...

-- Jill, você está aí? Por favor, se você está, abra a porta...

Coloco as mãos sobre meus ouvidos e as lágrimas transbordam de meus olhos e contenho o máximo que posso meus soluços.

Escuto ele sair da varanda e correr ao redor da casa, tentando abrir alguma janela e até mesmo a porta dos fundos, parando ao meu quarto.

-- Jill?

Ele volta a porta principal e tenta abri-la com um desespero evidente.

Vá embora, por favor... Vá embora, Chris.

Escuto ele sair correndo de volta ao carro e arrancar com tudo, provavelmente indo me procurar pelo caminho.

Não quero mais te ver... Não quero mais ouvir sua voz... Não quero mais, Chris. Você mentiu para mim, olha como eu estou agora! Por que fez isso comigo? Nunca mais... Nunca mais vai por as mãos em mim novamente... Nunca mais.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...