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História Sempre Você... (Camren) - Silêncio


Escrita por: Camren_Yes

Notas do Autor


Hey bolinhos! Quero me desculpar com um serumaninho em especial hoje...

"~camilanatiele14", eu prometi que postaria esse capítulo ontem, mas aqui onde moro choveu muuuuito e acabei ficando sem internet. Sendo assim, o cap de hoje é pra você, ok?

Nos "vemos" nas notas finais... Aproveitem...Beijooooo...

Capítulo 5 - Silêncio


Mediadora. Era assim que eu me sentia sentada naquela mesa.

Desde que chegamos minha mãe se pôs a discursar sobre seus dias e a questionar sobre os meus, excluindo totalmente Camila, como se ela sequer estivesse presente. Entretanto, acreditem, poderia ser muito pior. Eu tentava, meu pai também, mas qualquer possibilidade de incluir a latina no assunto era imediatamente vetada, de modo que desistimos e deixamos dona Clara continuar num monólogo chato e desinteressante.

—Algum problema Camz? Você não esta comendo.

Ela me olha como se dissesse “jura?”.

—Só estou sem fome.

—Você precisa comer. Vai, tente, só um pouquinho, seu prato esta intocado.

—Camila não é nenhuma criança Lauren, você não tem que se preocupar com ela ̶ minha mãe diz em tom cortante.

—Ela é minha esposa mãe, preocupar-me com ela é minha obrigação. Vai amor, come um pouquinho só, hum? ̶ seguro sua mão—Por mim.

Ganho um sorrisinho pequeno e logo ela leva um a quantidade praticamente inexistente de comida à boca.

—Lauren disse que foi promovida a pouco tempo Mila. Meus parabéns querida, seus pais devem estar muito orgulhosos.

Ahh Michel Jauregui definitivamente é o melhor. Não é a toa que é meu herói.

—Obrigada senhor. E sim, eles estão bem contentes.

—Camz lutou muito por isso papai, ela merece ̶ deixo um beijo carinhoso em sua bochecha aproveitando para sentir seu perfume mais de perto.

—Tenho certeza que sim ̶ seu sorriso não poderia ser mais sincero.

—Sabe o que notei em você Camila?

Ai não.

—O que senhora?

—Você esta um tanto mais rechonchudinha. Se não fosse humanamente impossível eu diria que está grávida.

Ela não disse isso!

—Lolo...

—Camz esta ótima mãe! Você está perfeito bebê.

—Isso foi muito indelicado Clara.

—Ora, apenas minha opinião. Você não esta grávida está menina?

—Mãe!

—Perguntar não ofende Michelle!

—Ofende quando a senhora esta insinuando algo desse tipo!

Não foi preciso dizer mais nada. Todos sabiam que ela não se referira a essa possível gestação como algo planejado por nós duas.

—Eu já volto.

Seguro seu pulso.

—Aonde vai?

—Banheiro Lauren. Posso?

—Eu vou com você.

—Eu sei o caminho.

Antes que eu possa pensar em algo para dizer ela se solta e caminha por entre as mesas.

—Isso foi extremamente desnecessário Clara. Eu aceitei que me acompanhasse porque sei que sente falta de Lauren, mas conversamos sobre certas atitudes!

—Não me culpe pela sensibilidade exagerada dessa garota Michel.

—Essa garota, como você diz, é minha esposa, mãe. Entenda isso de uma vez por todas, ok? Eu amo a Camila e é com ela que eu ficarei por toda minha vida.

Faz um gesto despretensioso e irritante com a mãe.

—Isso é apenas uma fase, logo você se desencanta.

—Estamos juntas há anos mãe, acha mesmo que se trata de um deslumbre qualquer?

Encaramo-nos em silêncio até que avisto Camz e me levanto puxando sua cadeira. Podem dizer o que for, mas eu sou educada!

—Tá tudo bem?

—Humhum...

Pedimos a sobremesa e eu mal podia esperar para que aquela tortura acabasse. Eu amo meus pais, contudo, o modo como Clara Jauregui consegue me irritar num grau pra lá de levado.

Quando eu pensava que as coisas finalmente tinham se acalmado e que o pior se fora recebo quase que uma bolada na nuca.

—Adivinhe só que me visitou filha? ̶ o tom animado de sua voz enviando arrepios por meu corpo.

—Clara ̶ meu pai avisa.

—Alexia!

A colher que eu levava a boca volta a cair na mesa e posso sentir o corpo de minha esposa se enrijecer.

—Sempre mantivemos contato, você sabe, mas recebe-la em nossa casa depois de tantos anos foi uma surpresa magnífica.

Continuo a comer sem mais sentir o sabor do que quer que fosse aquilo.

—Ela esta belíssima, não é querido? Se bem que isso você já sabe, não é? Lexie me contou sobre o encontro de vocês.

WTF?

—Encontro?

Se olhar matasse eu já estaria caída no chão a essa altura.

—Lauren não te falou? Alexia e ela se encontraram há alguns dias.

—Não foi isso Camz, você sabe. Eu só a vi de longe e eu estava com a Vero!

—Oh isso é verdade ̶ retoma minha mãe—Ela disse que você estava em companhia de Verônica. Aliás, não poupou elogios a vocês duas... Sempre tão gentil aquela garota... Tanto que me pediu para se desculpar por ela assim que a visse. Alexia estava um tanto apressada naquele dia, por isso não foi cumprimenta-las, entretanto, deixou claro que a viu e até acenou. Mas sabe de uma coisa? Ela me confessou que teve certo receio de se aproximar e você acabar destratando-a a que eu logo fiz questão de tranquiliza-la. Não criei uma filha para agir assim.

Nesse instante eu já sentia minha nuca latejar pressentindo uma briga das feias logo mais.

—Você há de convir que o tempo só fez bem à ela. Alexia esta ainda mais bela, não sei como consegue. O tempo que passou em Tóquio parece ter lhe acendido um brilho maravilhoso.

—Esta sendo inconveniente Clara, não percebe isso? ̶ meu pai a interrompe obviamente nervoso.

—Não vejo por que. Isso te incomoda Camila?

—Na verdade sim senhora, me incomoda muito.

Tento entrelaçar nossos dedos por debaixo da mesa, mas ela fecha as mãos em punha sequer me dedicando um olhar.

—Eu lamento muito. Ou não. Não é segredo que, se dependesse de mim, Lauren estaria casada com ela e não com você.

—Basta! Foi para isso que você veio?

—Mãe eu não quero saber da Alexia, a senhora deveria respeitar isso e principalmente respeitar a mulher ao meu lado.

—O que posso fazer se é a verdade? Estou certa de que se Camila não tivesse aparecido você estaria com a menina Leng até hoje. Vocês eram felizes!

—Eu sou feliz agora mãe!

—Não me entenda mal querida ̶ começa em tom sarcástico—Mas eu tenho pra mim que você não é mulher para Lauren, você sabe. Entendo que ela tenha se encantado, afinal não posso negar que tenha seus atributos, porém, ainda acho que ela cairá em si.

—Eu não queria desaponta-la senhora, mas não é o que me parece quando sua filha diz me amar de forma incondicional. Penso que ela ter deixado tudo para trás por nós foi mais que uma prova, não é? Mesmo porque foi ela quem correu atrás de mim, eu era a adolescente, deve se recordar.

Pronto, agora seria cadeiras e pratos para tudo quanto é lado.

—Vai deixar essa abusada falar assim com sua mãe Lauren?

—Camz não disse nenhuma mentira, muito pelo contrário. E nem te ofendeu.

—Ela me atacou. Michel, diga alguma coisa?

—Você já falou demais essa noite Clara. Teremos uma conversa seríssima a seguir.

—Meu marido e minha filha contra mim!

—Você é a única contra si mesma mãe. Chega, vamos embora Camz.

Meu pai se levanta para nos abraçar e desculpar pelo ocorrido.

—Não se desculpe por mim Michel. Eu mesma faria isso se julgasse necessário.

Camila se despede de meu pai e até de minha mãe que a ignora outra vez.

—Eu direi a Alexia que você lhe mandou um beijo, Lauren.

Sinto o olhar de Camila esquentar meu corpo e não em um sentido bom.

—Eu não estou mandando nada mãe. E saiba que a senhora me decepcionou muito.

Deixo um último beijo na bochecha de meu pai e sigo atrás de Camila que se foi sem que eu percebesse.

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Camila

Eu adoraria saber por que ela me despreza tanto. Clara Jauregui nunca fez questão de esconder o quanto me desaprova. Se fizesse isso em silêncio até que seria suportável, mas ela faz questão de deixar isso em evidência sempre que pode.

É de conhecimento de todos o quanto odeio essa ex-namorada de minha esposa e ela faz isso? Sem contar que Lauren omitiu coisas desse “encontro”.

Vejo caminhar apressada até o carro, mais pálida que o comum e antes que possa abri a boca mando-a destravar o carro e praticamente me jogo no banco esperando-a se acomodar.

Dirige em silêncio por alguns minutos enquanto eu tento não explodir aqui mesmo.

—Camz...

—Nem tente.

—Mas amor...

—Amor? Agora você me chama de amor? E quando sua mãe estava me atacando, onde estava a merda desse amor Lauren?

—Camila, fique calma, por favor...

—Ah eu vou ficar calma quando você me explicar porque mentiu pra mim!

—Eu não menti!

—Omissão dá no mesmo pra mim!

Meus olhos queimam por lágrimas raivosas.

—Amor...

Ela se inclina em minha direção, mas eu me afasto.

—Camz, não faz assim...

―Mandou beijinho pra ela foi?

—Claro que não Camila, por favor...

Levo minhas mãos a rosto em busca de algum controle.

—Eu odeio você Lauren!

Volta a me encarar.

―Não diga isso.

Outra vez estende a mão buscando a minha.

—Eu digo e repito. Eu odeio você! Odeio sua maldita omissão sempre que sua mãe me ataca, odeio como você deixa que ela nos machuque e acima de tudo eu odeio te amar tanto, odeio ser tão dependente de você!

O momento a seguir parece acontecer em câmera lenta.

Lauren vira o rosto pálido para mim permitindo-me enxergar seus olhos tristes enquanto se inclina em minha direção.

Nesse instante capto uma luz forte atrás de sua cabeça. Luz essa que se aproximava depressa.

Então tudo se acelera e antes que eu consiga soltar o grito aterrorizado preso em minha garganta o som de metal se chocando e retorcendo alcança meus ouvidos e logo depois tudo o que escuto, se é que faz sentido, é o silêncio.


Notas Finais


Estarei de volta apenas no domingo bolinhos, por favor, tentem não me odiar, ok?? Beijooooooooooooooooo


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