1. Spirit Fanfics >
  2. Senhor Bieber: o jogo continua Segunda Temporada >
  3. Buenos Aires

História Senhor Bieber: o jogo continua Segunda Temporada - Buenos Aires


Escrita por: MaishaY

Notas do Autor


Hey my friends!

Demorei mas cá estou com um cap fresquinho para vocês.
Sem enrolar.
Boa leitura.

Capítulo 38 - Buenos Aires


P.O.V Emma Collins

Chegamos finalmente em Buenos Aires na Argentina depois de horas dentro desse avião e o clima até que estava gostoso. Via-se pessoas em todos os lugares tirando fotos ou curtindo o momento, aqui era bem cheio e frequentado. Pegamos nosso carro e partimos para o hotel. No caminho se via belas paisagens para os turistas se esbaldarem com várias fotos.

Chegamos no hotel e ele parecia ser melhor que o outro em todos os aspectos. O quarto era maior, com duas camas de casal, o banheiro além do chuveiro tinha uma banheira também e era tudo o que precisava e tinha uma varanda enorme que dava para ver boa parte da cidade.

-Obrigada Chris.-falei me jogando na cama.

-Podemos descansar hoje ao menos?-Ryan sentou em sua cama e começou a tirar o tênis.

-Queria também mas não vai rolar.-suspirei.-Temos uma festa no iate para ir.

-Afe.-ele revirou os olhos e deitou na cama.

-Mas como ela será só mais para o fim de tarde, da tempo de assistirmos alguma série e comer algo.-falei sorrindo e vendo um sorriso brotar em seu rosto também.

-Eu escolho a série.-ele correu para pegar o controle da tv.

-Droga.-bati na cama.-Então eu escolho a comida.-dei de ombros.

Depois de alguns minutos Ryan finalmente achou uma série para assistirmos e a comida finalmente chegou.

-Gracias.-falei para o garçom.

Fechei a porta e arrastei o carrinho até a divisa entre nossas camas. 

-Espero que essa série que você escolheu seja boa.-falei deitando em minha cama.

-Você vai amar.-ele sorriu.

***

Olhava para tv ainda sem entender o final da série. Eram apenas dez episódios e deu para assistir de uma vez. Olhei para Ryan e o desgraçado estava dormindo. 

Não acredito que ele me fez ver essa série só para ele dormir.

-Acorda seu idiota.-taquei um travesseiro nele e o mesmo se assustou.

-O que eu perdi?-ele coçou o olho sem entender.

-Tudo!-o olhei revoltada.-Você me fez assistir isso e disse que era boa, eu não achei esse final bom.-cruzei os braços.

-Ainda vai ter continuação.-ele riu.

-Foda-se a continuação.-o olhei.-Foi uma porcaria.

-Só você achou isso, o pessoal está tudo curioso querendo saber o que vai acontecer.-ele deu de ombros.

-Horrível.-balancei a cabeça.

-Pelo menos dei uma cochilada.-ele se espreguiçou e riu.

Balancei a cabeça negativamente e peguei meu celular vendo as horas.

-Acabou nossa pausa.-falei me levantando.

-O mundo real nos chama.-ele bufou.

Ryan tomou banho primeiro e em seguida eu. Ele colocou uma bermuda de praia branca com algumas palmeiras estampadas e uma regata cinza que ele nem iria usar muito. 

Eu coloquei um maiô trançado nas laterais nas cores amarelo, vermelho e verde. Ele era bem bonito e eu o tinha comprado quando fui para o Brasil. Fiz uma make bem básica pois provavelmente eu entraria na água. Apenas passei um rímel e um ponto de luz no ponto lacrimal na cor verde limão e um gloss na boca dando uma boa preenchida. Prendi uma parte do cabelo no topo da cabeça deixando o resto solto em pequenas ondulações. Coloquei um shorts por cima que nem iria usar muito também. No pé coloquei apenas um chinelo e estava pronta.

-Vamos nessa parceiro.-falei para Ryan.

-Vamos nessa.-Ryan levantou da cama e caminhou em minha frente.

Ryan também havia mudado em três anos. Seu corpo estava mais malhado repleto de tattoos, assim como o Justin. Esses dois eram tão amigos que até se pareciam em todos os aspectos. Deixamos o hotel e pegamos um táxi até o porto onde o iate estaria. Ao chegar nos deparamos com vários iates de luxo e foi ai que percebi que Justin não tinha um iate.

-Por que Justin não tem iate?-perguntei a Ryan.

-Ele não é chegado nisso.-ele deu de ombros.

-Enjoos?-ergui uma sobrancelha.

-Pior que não.-ele me olhou.-Só não faz o tipo dele.

-Entendi.-olhei para todos os iates enquanto caminhávamos.

-Qual é o nosso?-Ryan perguntou.

-Chris disse que é o último.-falei olhando em direção ao último iate e minha boca se abriu chocada.

Isso não era um iate, estava mais para um mini navio. O tamanho disso era absurdamente grande. Dava para dizer que ele era mais comprido que um campo de futebol e além disso ele tinha quatro andares. Dava para morar aí de boa.

-Acho que descobri qual vai ser minha próxima compra.-Ryan falou incrédulo.

Assim que íamos entrar fomos barrados por um segurança.

-Nombres, por favor.-ele falou em espanhol.

-Emma Collins e Ryan Butler.-falei firme.

Ele me olhou da cabeça aos pés me avaliando. Acho que eu era famosa aqui também.

-Entrem.-ele deu passagem.

Entramos no iate já avistando bastante gente. Ryan tirou sua regata e eu tirei meu shorts os guardando na pequena bolsa que trouxe apenas para isso. Ryan colocou sua mão em minha cintura e começamos a andar. Tinhamos que parecer um casal ou as pessoas daqui iriam nos engolir de tanto que olhavam e também precisavamos manter disfarce.

-Metade dessas pessoas apenas estão aqui por drogas e sexo.-Ryan falou perto do meu ouvido.

-E a outra metade?-perguntei.

-Querem ter apenas status.-ele me olhou.

Olhei ao redor percebendo o interesse de cada um como Ryan falou.

-Como vamos achar o Antônio em meio a tanta gente?-perguntei olhando ao redor.

-Um cara como ele sempre vai querer chegar mais tarde para chamar a atenção.-ele falou.-Ele é um mafioso que gosta mais de ostentar, então nem vai ser difícil acha-lo.-ele deu de ombros.

-Alguém fez a lição de casa-ri o olhando.

-Temos que conhecer um pouco dos nossos parceiros de negócios.-ele ergueu os ombros.

-Errado não tá.-concordei.

-Vamos fazer um reconhecimento breve desse iate separadamente.-ele soltou minha cintura.

-Ok.-balancei a cabeça.-Nos encontramos no bar.

-Certo.-ele concordou e saiu andando na frente.

Subi até o segundo andar encontrando mais gente. Esse iate poderia ser grande, mas a quantia de gente que tinha aqui era incrivelmente maior. Via várias mulheres desfilar com seus biquínis ou maiôs como top models e eu não estava diferente delas. Olhei com atenção para cada parte desse lugar decorando bem cada canto.  

-Emma Collins.-senti alguém pegar em minha mão e quando olhei me deparei com um homem alto de cabelos negros com uma pele bronzeada, um sorriso de canto e olhos castanho mel.-O que faz em minha cidade?-ele ergueu uma sobrancelha.

-E quem seria você?-franzi a testa me soltando dele.

-Mil desculpas por minha grosseria.-ele segurou minha mão novamente e a beijou.-Eu sou o Antoni.-ele sorriu.

-Entendi.-puxei minha mão novamente.-E você por acaso comprou a cidade para ela ser sua?-ergui uma sobrancelha.

 -Meu irmão perdeu para mim numa aposta.-ele deu de ombros.-E com isso ganhei essa bela cidade só para mim comandar.

-Seu irmão?-franzi a testa.

-Acho que você não é bem informada viu.-ele riu.-Antônio De La Cruz, o dono dessa porra toda e meu irmão.-ele fez pouco caso.

Na mosca Emma.

-Interessante.-cruzei os braços.

-Pelo seu interesse agora posso dizer que está aqui por ele.-ele me fitou.

-Meio que isso.-balancei a cabeça para os lados.

-Sou o porta voz oficial dele, então tudo que queira com ele tem que ser dito a mim.-ele ergueu uma sobrancelha.

-Desculpa, mas só falo quando ele estiver aqui.-sorri.

-Ele não vem, está ocupado com algumas coisas.-ele cruzou os braços.-Estou no comando dessa festa hoje.

-Então vou até ele.-dei de ombros.

-Vai por mim, você não vai querer incomodá-lo.-ele falou sério.

-Por que faz tanta questão de que eu não fale com ele?-ergui uma sobrancelha.

-Antônio é um cara bem ocupado e não quer ficar perdendo tempo com assuntos que não forem relevantes para ele.-ele falou.

-Como tem certeza que meu assunto não é relevante?-o olhei com deboche.

-Você pode ser até conhecida por todas as máfias, mas sua máfia é tão pequena que ninguém tem interesse.-ele jogou na minha cara.-E além do mais, você foi do FBI. Não tem como confiar em alguém que já foi policial. 

-O que é passado fica no passado, se você não consegue sair dele o problema já não é meu.-ouvia de fundo aqueles caras gritando sempre que alguém da uma patada em alguém.-E agora não estou mais comandando diretamente a máfia mexicana, estou agora com o Justin Bieber.

-Velhos hábitos não mudam afinal.-ele riu.-Se está com a máfia canadense então já temos interesse.

-Justin comanda metade dos EUA também.-complementei.

-Sabemos que Henrik comanda mais que ele.-ele falou.

-Por enquanto.-enfatizei.

-Se está tão garantida assim estou louco para saber quais assuntos tens a tratar com meu irmão.-ele sorriu.-Aqui.-ele pegou duas taças de champanhe e me entregou uma.-Vamos brindar por quaisquer que sejam seus assuntos.

Peguei a taça de champanhe e o fitei. Ele levantou sua taça e fiz o mesmo brindando.

-Salud.-ele falou tomando seu champanhe.

Tomei o meu também o fitando ainda achando tudo isso meio estranho demais e foi ai que percebi tarde demais que o champanhe estava com um gosto diferente. Ele havia colocado droga na minha bebida e já era tarde pois havia tomado metade.

-Filho da puta.-soltei a taça a deixando se espatifar no chão.

Sentei no sofá que tinha ali e tudo começou a girar.

-Você estava meio careta e precisa se divertir um pouco.-ele falou rindo.-Me agradeça depois que o efeito passar. E já vou avisando que essa não é uma droga qualquer que passa em algumas horas, pode levar dois dias ou mais para passar o efeito total.-ele bateu em minha coxa de leve.-Se sobreviver até lá eu te levo para falar com o Antônio.-ele deu as costas indo embora me deixando ali sob efeito de uma droga que eu nem conhecia.

Tentei levantar algumas vezes mas ainda estava tudo girando. Comecei a rir sozinha mais do que o normal o que chamou a atenção de algumas pessoas. Quando dei por mim estava em meio a várias pessoas me drogando mais ainda e bebendo. Dançava com algumas garotas e beijava na boca de quem aparecesse em minha frente. Eu realmente não tinha controle sobre minhas ações e quem quisesse me matar o momento era esse.

Fui levada dali por dois caras que estavam em grupo com algumas garotas também. Não sabia para onde estava indo, só sabia que estava me divertindo sem querer. Entramos numa limusine e todos de repente começaram a se pegar, beber e se drogar novamente. Um cara me alisava enquanto beijava meu pescoço e uma garota me beijava quase arrancando minha boca.

Deus onde será que vou parar? Justin me perdoe.

P.O.V Ryan Butler

Fiz o reconhecimento do iate inteiro e fui até o bar esperar pela Emma que pediu para encontra-la aqui. Enquanto ela ainda não chegava fiquei olhando ao redor para ver se o Antônio já havia chegado e nada dele ainda. Emma estava demorando demais e isso me preocupou. Quando ia procura-la vi um cara mais ou menos do jeito que descrevi Antônio para Emma mas ele não tinha cara de quem mandava na porra toda. Poderia ser apenas um capacho do Antônio. Não custa nada ir falar com ele. Caminhei até o cara que estava sentado em um sofá rodeado de mulheres com biquínis minúsculos que o alisavam.

-E ai cara.-acenei com a cabeça para ele.-Eu sou Ryan Butler e estou procurando o Antônio, te vi de longe e você tem cara de quem trabalha para ele.

O cara riu debochado e me fitou.

-Era só o que me faltava.-ele levantou.-Hoje vocês tiraram o dia para perguntar do meu irmão? O pior é você achar que trabalho para ele.-ele riu ainda mais.

Vocês? Será que ele encontrou com a Emma?

-Vim em nome de Justin Bieber propor um acordo.-falei sério o fazendo parar de rir.

-E qual acordo seria esse?-ele ergueu uma sobrancelha.

-Com todo respeito, mas isso não é da sua conta.-falei no mesmo tom que ele.

-Primeiro Emma Collins e agora outro capacho do Bieber? Vocês só podem estar gozando da minha cara.-ele cruzou os braços irritado.

-Você encontrou com a Emma?-franzi a testa.

-Encontrei sim.-ele sorriu como se tivesse lembrado de algo engraçado.-Ela veio com você?-concordei com a cabeça.-A, então boa sorte.-ele riu.

-Por que?-perguntei confuso.

-Eu a droguei com uma droga que acabou de chegar no mercado negro e dizem que ela te deixa sob o efeito por dias.-ele sorriu maligno.-Se tiver sorte você poderá encontra-la no andar de cima. Isso se ela não tiver tendo uma overdose agora.-ele deu de ombros.-Foi bom conhecer vocês, mande lembranças ao Bieber.-ele deu duas batidas em meu ombro e me deixou ali com cara de taxo.

Corri para o andar de cima na esperança de encontrar Emma ainda viva e nenhum sinal dela. Ouvi gritos animados em meio a música que passava e fui até a beira do iate vendo um grupo de pessoas gritando e se divertindo enquanto iam embora. Emma estava no meio daquelas pessoas sendo carregada por dois caras enquanto era alisada por todos os cantos do corpo. Ela parecia estar se divertindo muito e nem se importava com as mãos em seu corpo. Eu sabia que no fundo ela não estava se divertindo mas ela não tinha escolha.

-Merda.-falei.

Corri até o andar de baixo e saí esbarrando em todos que estravam em minha frente. Consegui sair do iate vendo o grupo já bem distante de mim. Corri por aquele deck ouvindo o barulho do meu calcanhar batendo fortemente enquanto tentava alcançar aquela galera que provavelmente já estavam loucos igual a Emma. Assim que consegui sair do porto vi a última pessoa entrar na limusine e fechar a porta em seguida.

-Não!-corri mais rápido na esperança de conseguir alcançar.

O carro começou a andar me deixando desesperado.

-NÃO, NÃO, NÃO.-gritei vendo ele se distanciar.-EMMA.-gritei em vão sabendo que não iria mudar nada.

O carro foi embora dali me deixando para traz e eu parei de correr. Apoiei minhas mãos em minhas pernas recuperando o fôlego da corrida e comecei a xingar mentalmente.

-Merda.-falei batendo em minha coxa e andando de um lado para o outro.

Sabe-se lá para onde aquela porra de limusine foi com a Emma dentro. Como eu iria encontra-la? Como eu iria falar isso para o Justin? Ele ainda falou para mim cuidar dela quando estavamos no aeroporto nos separando. Que porra. Como eu poderia saber se ela ainda vai estar viva quando eu a encontrar? Se eu a encontrar. E pela cara daqueles homens eles não iriam apenas alisar a Emma. Droga. O Justin vai me matar.

-Merda, merda, MERDA.-chutei um carro que estava ali fazendo o alarme disparar. 

Foda-se essa merda também. 

Saí andando puto dali tentando pensar no que fazer. Peguei meu celular e liguei para o celular da Emma na esperança de ao menos ela conseguir atender. Ouvi o toque do celular dela e o segui até achar sua bolsa jogada num canto. Peguei seu celular o vendo com a tela toda quebrada e desliguei a ligação.

-Ótimo.-bufei.-Não tem nem como Chris localizar o sinal do celular dela.

Voltei para o iate fervendo de raiva. A noite já havia caído e o iate deixou o porto seguindo para não sei onde. Procurei pelo filho da puta do irmão do Antônio e o encontrei dentro da hidromassagem, novamente cheio de garotas.

-Ryan Butom voltou.-ele falou debochado.

-É Butler, Ryan Butler!-falei irritado.

-Tanto faz.-ele deu de ombros.-Encontrou sua amiga morta?-ele perguntou esperançoso.

-Não, mas quem vai estar morto vai ser você.-falei entrando na hidromassagem com tudo pouco me ligando se estava molhado e agarrei o pescoço dele com força.-Para onde a levaram seu desgraçado?-apertei seu pescoço o vendo ficar vermelho.

O pessoal ao redor ficaram espantados e as meninas que até então estavam ao seu redor sairam correndo.

-Se você não me disser eu juro por Deus que você vai morrer aqui e agora.-o ameacei.

Ele riu e começou a tossir em seguida.

-P-pobre homem, achando que...p-pode fazer algo c-contra mim com o tanto de homens a-armados ao seu r-redor.-ele falou com dificuldade olhando ao redor me fazendo olhar também.

Havia mais ou menos uns dez caras armados apontando suas armas para mim prontos para disparar.

-Você acha que isso me assusta? É porque não sabe que já bati de frente com a morte dezenas de vezes.-ri.-Essas porras de cicatrizes espalhadas pelo meu corpo não foi um gato que fez não.-apontei para minhas cicatrizes.-A morte para mim não é um problema, é a solução deles.-falei sério o que o fez ficar sério também.

-V-você não seria louco a ponto de se matar para me matar.-ele falou apavorado.

-Quer pagar para ver? Não tenho nada a perder com isso.-sorri de canto.

Ele levantou sua mão como uma ordem para seus capangas baixarem as armas e os mesmo obedeceram.

-Bom garoto.-dei dois tapas de leve em seu rosto e afrouxei minha mão em seu pescoço para ele respirar melhor.-Agora desembucha.

P.O.V Emma Collins

A luz do sol batia em meu rosto me causando um grande incômodo. Sentia meu corpo pesado e dores espalhadas por todo o canto. Tentei abrir meus olhos e me arrependi amargamente. Os raios de sol pareciam alfinetes espetando meus olhos. Coloquei a mão em frente ao meu rosto e abri devagar meus olhos para acostumar com a claridade, assim que consegui olhei ao redor tentando reconhecer o local onde estava mas não fazia ideia nenhuma de onde estava. 

Senti um peso em minha perna e olhei para mesma vendo que alguém dormia em cima de mim. Só agora fui reparar que não estava sozinha. Estava rodeada de pessoas que dormiam, na verdade pareciam que estavam desmaiadas pois suas posições pareciam ser bem desconfortáveis. Sentei com dificuldade notando que estava nua. Cobri meu corpo com minhas mãos rapidamente mesmo que não tivesse ninguém olhando.

Que merda eu fiz?

Precisava sair daqui o mais rápido possível. Tirei o corpo de cima de mim com dificuldade, estava sem forças alguma nesse momento. Cacei qualquer roupa para mim vestir sem me preocupar de quem fosse. Consegui achar um shorts e uma parte de cima de algum biquíni e os vesti. Meu corpo estava cheio de hematomas e marcas de mordidas. 

-Que porra...-parei de falar na hora que um enjoo subiu em minha garganta e corri para uma porta torcendo para que fosse um banheiro. 

Entrei com tudo vendo um ménage acontecendo naquele momento na banheira e nem me importei. Joguei tudo para fora assim que consegui chegar na privada e o pessoal nem se incomodou comigo ali vomitando igual uma desgraçada. Os gemidos da mulher e o som do meu vômito eram as únicas coisas que dava para escutar ali e isso era muito bizarro. 

Consegui parar de vomitar e me levantei indo até a pia e jogando uma água na boca para tirar aquele gosto horrível de vômito. Aproveitei para me olhar no espelho vendo meu estado e eu estava um bagaço. Meu cabelo estava um ninho e meu rosto estava todo acabado.

-Que merda aconteceu comigo?-falei enquanto me olhava com mais atenção.

Consegui prender meu cabelo num coque todo bagunçado (bagunçado mesmo) e foi o melhor que consegui fazer de cinco tentativas. Lavei meu rosto para ver se melhorava minha cara e não adiantou merda nenhuma. O pessoal ainda fodiam loucamente ao meu lado, um cara socando na frente e o outro atrás enquanto a mulher gemia igual doida. Deixei o banheiro não querendo ver mais aquele pesadelo e fechei a porta assim que saí. Que coisa perturbadora.

Procurei por algum sapato que me servisse e no máximo que consegui foi um tênis de algum cara com três números a mais que o meu. Dane-se. Vai essa merda mesmo. Procurei por um celular também pois precisava tentar falar com o Ryan ou algum dos meninos para poder sair daqui. Ainda sentia uma pequena tontura e uma dor forte em minha intimidade. Não queria nem imaginar o que fizeram comigo enquanto estava dopada. Depois iria numa farmácia comprar pílulas para tomar e não iria tomar uma só não, iria me dopar com essa porra. 

"Mas Emma você nem parece tão preocupada em ter transado com algum estranho."

É óbvio que eu estou porra.

Eu não transei com ninguém, eu fui estuprada. Claro que isso me assustava. E se alguém me passou a porra de alguma doença? Além do mais eu traí o Justin mesmo sem ter sã consciência. Pensa em como ele vai reagir quando souber disso. Se Ryan já não tiver contado a ele. Mas eu juro que aquele desgraçado do Antoni iria pagar, a se iria. Nem que eu fizesse um novo inimigo com a máfia argentina, mas esse desgraçado iria morrer pelas minhas mãos.

Vou pensar nisso assim que achar um jeito de sair daqui. Eu estava em uma espécie de quarto que era bem grande por sinal. Ele tinha suas paredes na cor vermelho sangue com detalhes em preto. Havia uma cama de casal a moda antiga com cortinas e tudo no centro cheio de gente desmaiada, tinha um sofá de modelo antigo na cor verde musgo num canto, havia também uma lareira bem bonita do outro lado e as janelas eram enormes que pegavam metade da parede e iam até o teto com cortinas na cor marrom as cobrindo. 

Eu estava na porra do quarto da putaria do Christian Grey e não sabia. Esse tanto de gente nua e três fazendo ménage no banheiro explicava muita coisa. Só faltava aqueles instrumentos que ele usa para torturar a Anastásia sexualmente para estar completo essa desgraça. Consegui achar a porta que estava camuflada no papel de parede e dei um fora daquele quarto que tinha um cheiro muito ruim. Me deparei com um corredor enorme que tinha algumas portas também e nem queria imaginar o que tinha atrás de cada uma. Se a porta que eu estava já era horrível não queria nem saber o resto.

Caminhei por aquele corredor enorme até chegar no fim dele e ver uma escada que não fazia ideia para onde levava mas parecia ser a única saída daqui. Subi fazendo cara de dor a cada degrau que eu pisava. Eu não estava bem não. Consegui chegar ao fim da escada abrindo uma porta e dando de cara com uma cozinha de restaurante. Franzi a testa vendo todos me olharem sem entender. Se eles não estavam entendendo nada imagina eu que não sabia onde estava, como vim parar aqui, o que fizeram comigo, que dia era hoje e que horas eram.

Passei por todos ali sem falar nada e entrei no restaurante. Algumas pessoas me olhavam, talvez pelo o que eu estava vestindo ou por minha cara de louca, mas não me importei. Segui para fora do estabelecimento sentindo enfim ar puro entrar em meus pulmões. Tudo parecia tão estranho, parecia que era a primeira vez que eu saia na rua e via pessoas normais que não estivessem fodendo ou se drogando. Comecei a caminhar sem rumo enquanto mexia no celular que peguei. A sorte é que ele não tinha senha então não precisei me matar para dar um jeito de ligar pra pedir ajuda.

Liguei para meu celular que era o único que conseguia lembrar agora em meio a tanta confusão. Só esperava que Ryan estivesse com ele ou estaria ferrada.

-Atende Ryan.-falei impaciente.

No quinto toque ele atendeu me deixando aliviada.

Ligação on:

-Ryan?-falei esperançosa não o deixando falar primeiro.

-Emma?-sua voz era como música para mim.

-Sim.-balancei a cabeça mesmo sabendo que ele não poderia me ver.

-Onde você está? Você está bem? Não te feriram? Não te machucaram? Oh céus.-ele indagou tudo de uma vez.

Ryan realmente parecia preocupado e não sei se era porquê Justin poderia mata-lo ou se ele se importava comigo.

-Eu não faço ideia de onde eu esteja. Acordei em um quarto totalmente estranho que fica em baixo de um restaurante. Sim, estou bem, mas meu corpo inteiro dói e está cheio de hematomas que não faço ideia de como consegui. Se me feriram eu não sei, mas não aparento ter nenhuma ferida profunda.-respondi tudo de uma vez.-Eu não faço ideia de que dia seja hoje e por quanto tempo estive fora de mim.

-Você ficou sumida por três dias quase dando quatro.-ele falou sério o que fez meu coração gelar.-Procurei você pela cidade toda e até pedi a ajuda do Chris, mas ele também não conseguiu te encontrar.

-Eu estive drogada por três dias seguidos?-perguntei mesmo já tendo escutado a resposta.-Eu estive fazendo coisas que não lembro com estranhos por três fodidos dias?-ainda estava desacreditada.-Juro que vou matar eu mesma aquele desgraçado do Antoni.-rangi o dente.

-Eu já cuidei disso para você.-ele falou.

-Você o matou?-franzi a testa.

-Não, mas dei uma boa lição nele para nunca mais mexer conosco.

-Ótimo! Fico mais aliviada assim.-concordei.-Ryan por favor venha me buscar, eu não me sinto bem.-segurei minha barriga sentindo um enjoo novamente.

-Eu estou a caminho, ative a localização desse celular que eu vou te encontrar.-ele falou parecendo estar com pressa.

-Ta bom.-falei fazendo o que ele pediu.-Pronto.

-Estou a caminho, não saia dai.-ele falou sério.

-Ok.-encerrei a ligação.

Ligação off.

Percebi que estava numa praça e aproveitei para sentar em um dos bancos vazios ali pois minhas pernas estavam falhando. Olhei as horas no celular e a mesma marcava dez e quinze. Ainda estava cedo. Minha barriga se revirava de uma forma que doía e me fazia aperta-la. Peguei o celular e comecei a mexer nele. Entrei na galeria para ver as fotos do dono ou dona e acabei me deparando com vários vídeos e fotos do que aconteceu nesse meu tempo de loucura. Cliquei em um dos vídeos que aparecia eu e comecei a assistir.

Vídeo play:

-Faz direito essa porra!-um cara falou rindo.

Ele que estava gravando e parecia estar louco também pois nem conseguia gravar direito.

-Eu estou fazendo!-uma menina falou e a câmera parou nela.

Ela estava injetando alguma droga em sua veia com uma seringa enquanto mordia o cordão que amarrava seu braço para fazer a veia saltar.

-A isso é bom pra caralho.-ela fez uma cara de quem estava gostando da sensação.

-Agora faz em mim, faz em mim.-o cara falou erguendo seu braço.

Ela injetou a droga nele e o mesmo começou a rir.

-Eu já nem sinto mais.-ele falou enquanto ria.

-O que voxes estaum fazendu?-eu apareci com uma cara de louca mal conseguindo ficar em pé.

-Injeta nela também, essa gostosa.-o cara deu um tapa estalado em minha coxa e eu apenas ri.

-Ela já está com o corpo cheio de droga, se eu injetar ela pode ter uma overdose.-a menina falou e ela não parecia louca igual nós dois.

-Injeta logo nela caralho.-o cara segurou o rosto da menina o apertando com força e a mesma apenas concordou.

O cara segurou meu braço com força e eu o olhei sem enteder.

-O que voxe vai fazer?-perguntei.

-Vou deixar você mais um pouco louca.-ele sorriu maldoso.

-Não, eu tenho que sair daqui, tenho que ir ver meu namorado e disser que eu o amo.-comecei a me debater tentando me soltar mas nem parecia que eu estava fazendo força.

-Cala a boca desgraçada.-ele me deu um tapa forte no rosto e eu apenas o olhei estática.

A menina injetou a droga em mim enquanto eu ainda estava tentando entender o que aconteceu. Do nada comecei a rir e segurei a mão do cara a levando até meu pescoço.

-Você me excitou.-falei mordendo o lábio.-Finge que sua mão é uma corda e me sufoca, eu adoro.-falei com um sorriso malicioso.

Cobri meu rosto de vergonha enquanto via isso. Como eu tive a audácia de dizer isso? Eu nem gosto disso de verdade.

-Você é uma cachorra, isso sim.-ele apertou meu pescoço me puxando para ele.

O cara começou a me beijar com força e acho que aquilo estava machucando. Ele quebrou o beijo de repente e me deu outro tapa na cara.

-Vadia.-ele riu.

-Vamos aproveitar que ela está louca e vamos tirar a roupa dela.-a menina falou.

-Boa.-o cara concordou.

Ele posicionou o celular em um ângulo ruim mas que dava para ver alguma coisa. Os dois começaram a tirar meu maiô e enquanto a menina me distribuía beijos e mordidas o cara só sabia me olhar com desejo e dar tapas estalados. Acho que descobri de onde vieram essas marcas.

A menina começou a chupar meus seios enquanto o cara metia seus dedos de um modo nada delicado em minha intimidade. Não dava para ver meu rosto mas eu não estava fazendo nada contra isso. De repente eu me curvei dando para ver meu rosto e pela minha cara eu sabia o que vinha. Comecei a vomitar como mais cedo e os dois se afastaram na hora.

-Puta que pariu.-o cara falou irritado.-Sua desgraçada de merda.-ele começou a me bater de verdade e a menina o impediu.

-Esquece essa daí, ela já está em Nárnia.-ela falou me olhando com desprezo no chão.-Vamos atrás de outra vadia para estuprar.-ela deu as costas indo embora.

O cara pegou o celular e me gravou no chão sem saber o que estava acontecendo.

-Aqui pra você desgraçada.-ele colocou seu membro para fora e começou a mijar em mim.

Fiz cara de nojo vendo isso e entendi porque estava com esse cheiro estranho.

Depois ele jogou dois saquinhos de ecstasy na minha cara e falou:

-Isso é para não dizer que sou egoísta.-ele riu.-Espero que tenha uma overdose.

E então o vídeo acabou.

Vídeo pause.

Ainda estava incrédula com tudo o que vi no vídeo e se eu não estivesse tão acabada voltaria lá naquela merda só para atirar várias vezes na cabeça desse merdinha. O bom era que ninguém abusou de mim como pensei. Mas mesmo assim fizeram coisas em mim sem minha permissão.

Vi um carro preto parar em frente a praça e de lá sair três homens mal encarados. Franzi a testa quando vi os três vir em minha direção. Levantei do banco e comecei a correr para o outro lado. Eu acabaria fácil com eles mas nesse estado que estou não vai rolar.

Olhei para trás vendo os mesmos correr até mim e quando fui olhar para frente dei de cara com um peitoral que me fez perder o equilíbrio e cair.

-Você sobreviveu a primeira fase de Jumanji, parabéns.-Antoni estava em minha frente com um sorriso maligno.

Era nítido que ele havia apanhado e eu sabia quem fez isso.

-Agora vem a fase difícil.-ele riu.

Vi ele colocar um soco inglês em sua mão e quando eu ia me levantar para fazer algo, ele rapidamente me acertou no rosto me fazendo desmaiar.

P.O.V Ryan Butler

Dias antes:

Depois que dei uma surra naquele babaca eu fui jogado para fora do iate do outro lado da cidade e tive que andar uns cinco quilômetros até achar um táxi. Assim que cheguei no hotel tratei de ligar para o Justin já me preparando para o que ele iria falar.

Ligação on:

-Ryan eu já disse para ligar em emergência, por favor me diz que isso não é emergência?-sua voz tinha um tom de raiva e preocupação ao mesmo tempo.

-O irmão do Antônio drogou a Emma e agora ela sumiu com um grupo de estranhos.-falei de uma vez.

Justin ficou em silêncio por um minuto, mas parecia que ele havia ficado em silêncio por uma hora. Ouvi sua respiração começar a pesar e sabia que ele estava se controlando para não gritar ou algo do tipo.

-Localiza o sinal do celular dela então.-ele falou calmo demais.

-Então...-olhei para o celular em minha mão.

-Não me diz que você está segurando ele agora?-ele falou receoso.

-Estou.-suspirei.

-PUTA QUE PARIU.-agora sim era o Justin.-Você deixou um qualquer drogar a Collins e agora não tem como localiza-la? Eu mandei você cuidar dela caralho.-sua ira era nítida.

-E eu estava cuidando, mas acabamos nos separando para fazer um reconhecimento.-tentei me explicar.

-Foda-se Ryan! Você sabe como a Collins é um imã de coisa ruim.

-E o que vamos fazer?

-Vou ver se Chris consegue localizar o paradeiro dela.-ele suspirou pesadamente.

-Ok. Enquanto isso eu vou ver se consigo algo também.-falei.

-É bom que consiga Ryan, é bom que consiga.-ele falou bravo.

Ligação off.

Eu estava fodidamente fodido. Se eu não achasse a Emma eu seria um homem morto. Justin iria esquecer completamente que somos melhores amigos e não hesitaria em atirar em minha cabeça.

Hoje:

-Merda.-falei irritado vendo que não tinha dado em nada.

Estava vendo as filmagens que consegui do porto de iates e em momento algum mostra a placa da limusine que Emma entrou. Justin estava full pistola comigo por ter se passado dois dias e nada de encontrarmos ela. Ele já falou que iria deixar a Turquia nas mãos de Chris e viria para cá várias vezes, mas Chris não deixou. Se Justin sequer pisasse aqui eu seria um cara morto.

O celular da Emma começou a tocar e eu pensei em ignorar até ver que era um número desconhecido daqui. Deveria ser o filho da puta do Antoni que descobriu o número dela só para debochar de mim. Atendi a ligação e já estava pronto para xinga-lo até escutar sua voz.

Ligação on:

-Ryan?-Emma falou esperançosa do outro lado.

***

Peguei um táxi na pressa e fui até a localização que o celular que ela havia conseguido estava. Saí tão eufórico que nem pensei em avisar o Justin e nem iria. Vou encontrar ela primeiro para depois fazer uma chamada de vídeo e ele ver que ela está bem, eu espero que esteja.

Cheguei no lugar e era uma praça. Olhei ao redor não vendo ela e fui seguindo o sinal do celular. Parei em frente a um banco não entendendo e assim que o olhei vi o celular que ela usou. O segurei o analisando e o mesmo começou a vibrar do nada. Alguém estava ligando. Não perdi tempo e atendi.

Ligação on:

-Alô?-perguntei.

-Quem diria que ela sobreviveria.-era a voz de Antoni.

Trinquei o maxilar e fechei a cara. 

-Filho da puta de merda, chega de joguinhos. Devolva ela para mim.-falei irritado.

-Por que eu deveria fazer isso?-ele riu.

-Porque quando eu te achar não vai ser só uma surra que você vai levar. Eu juro que irei te matar.-rangi os dentes.

-Ui, que meda.-ele voltou a rir.

Isso me fez grunhir de raiva. Queria matar esse cara de todos os jeitos, mas antes iria tortura-lo até ele pedir para mim mata-lo e aí que eu iria deixa-lo se agoniar até a morte.

-Você não sabe com quem está se metendo.-falei rude.

-E muito menos vocês sabem.-ele falou sério.

-Continua fazendo esses joguinhos para você ver.-o avisei.

-Eu cansei de jogar, agora vou levar a sério.-ele falou sarcastico.-Deveria ficar atento ao seu redor.-ele alertou.

Olhei rapidamente ao redor vendo um homem atrás de mim. Não tive tempo de reagir pois seus punho foi mais rápido me acertando com um soco inglês. Caí no chão desnorteado tentando me manter acordado mas recebi outra pancada que me desacordou de vez.


Notas Finais


Atrasei duas semanas, sinto muito. Vou confessar que não tive tempo nenhum para fazer cap, só consegui fazer dois. Também estou sem inspiração e fica foda assim. Vou tentar fazer caps essa semana blz. Espero que tenham gostado desse cap e qualquer erro eu peço desculpas, é o sono kkkkk.



Look Emma Collins:

https://a-static.mlcdn.com.br/618x463/maio-anitta-reggae-trancado-dupla-face-amarelo-vermelho-verde-tam-p-mf-fashion/mffashion/25b706a8eade11ea8a344201ac18501e/63fcadde50e84ab4229033b1c2b34cda.jpg

Michael Malarkey como Antoni

https://i.pinimg.com/originals/b2/c3/47/b2c3477ce3c3a3fe931abdedeef2d42d.jpg


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...