Shangai - China
Um começo de ano muito animado para a pequena Amélie, que já com seus maravilhosos seis anos de idade, aprendeu rapidamente a conviver com a correria do dia a dia dos pais. Os cabelos loiros estavam tomando um tom mais escuro, porém não deixavam de ser majestosos. Majestosos como seus lindos olhos cinzentos e puxados, eram de uma hipnose profunda em quem os encarasse.
Sua pediatra já dissera; ficará tão alta quanto os pais e a tendência é ser bem magra. Amélie é uma mistura perfeita de Adrien com Marinette, é com certeza, a criança mais linda que existe (segundo a opinião deles).
O seu chinês era impecável, porém o francês se tornou mais... fácil de entender. Não era o francês magnífico, mas já bastava pedir licença e reclamar de fome.
Final de Março, a primavera estava chegando e tudo ficaria florido e coberto por belas folhas verdes! A pequena Agreste encarava a secadora de roupas enquanto Marinette terminava de passar os vestidos mais complicados da filha, Amélie ás vezes faz o favor de ajudar seu pai com algumas fotos para a Le Mode, Agência e Revista de moda com quem ele tem contrato até hoje.
A filial chinesa teve a ideia de trazer Adrien para a China para fazer algumas sessões especiais e pudesse conhecer a grande quantidade de fãs que possui no país - ele não fazia ideia de que eram tantos.
— Croissant, por que não brinca lá fora? -a morena sorriu para a miúda sentada no piso de madeira encerada do lugar, ela apenas negou com a cabeça e continuou dando atenção para a secadora- qual é graça em ver a roupa aí dentro?
— Ela tá fazendo de novo? -Adrien apareceu no batente do cômodo, chamando a atenção da esposa-
— Sim.
— Hey Princesinha, você não quer brincar comigo lá fora? -seus olhos verdes admiraram a cabeleira bagunçada da pequena Amélie, que nem sequer olhou-o de relance-
— Não.
— Ain, isso doeu! Você não quer brincar com o papai?
— Não.
— Você me odeia?
— Não.
— Então fala comigo!
— Não.
— Nossa... Tá bom então, não falo mais com você! -Adrien fingiu tristeza e um bico adoravelmente fofo na opinião da esposa, ela riu de canto e ele foi andando devagar para fora da área de serviço.
Amélie nem se mexera. Estava mesmo fascinada com a secadora.
— Kumiko, acho que o papai ficou triste. -Marinette comentou e nada- tsc... -finalmente, o processo de secar havia terminado, ela seguiu até a máquina e retirou toda a roupa seca de lá; no instante seguinte, a loirinha sumiu de sua vista. - Vai entender...
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Paris - França
— Mas amiga, quando é que você chega da mudança? -Alya falava com Marinette ao telefone, o horário não batia em nada com o de Shangai, mas pouco importava se lá agora eram quase quatro da tarde e em Paris ainda fossem umas nove da manhã.
— Daqui alguns meses, Alya, ainda preciso ter certeza que todos os exames que o Consulado exige estão em dia e a Amélie ainda não tem passaporte, vou precisar de um visto especial para ela.
— Já tem uma data prevista para isso?
— Só em agosto.
— Ah, vai ser depois do aniversário dela.
— Sim, infelizmente...
— Pois é, que coisa chata, Marinette! Eu sou a madrinha dela, não vou poder estar aí em agosto! -retrucou a jornalista já formada- E além do mais, o bebê vai nascer em Maio, não sei quando vou poder pisar num avião de novo.
— Não se preocupa, Alya, eu prometo que vou estar aí no final de Abril para te visitar.
— É bom que esteja mesmo, meu filho não pode nascer sem a madrinha dele aqui!
— Hahaha, você me mataria, mesmo se estivesse em trabalho de parto.
— Ah, mataria mesmo!
— E como vão as coisas em Paris?
— Seus pais realmente estão bem ocupados na padaria, mas claro, muito firmes. A Chloe se tornou uma boa pessoa, o que me surpreendeu e ela decidiu que não vai ter mais filhos se eles não forem do mesmo pai.
— Então a Vivianne será filha única pra sempre...
— Exato. -Alya suspirou- Minha mãe não para de me dizer o que eu devo ou não comer, isso é chato! -reclamou alto na linha- Gente, eu só estou grávida, não é uma aberração da natureza!
— Alya, é normal a sua família agir assim, vai ter que se acostumar.
— Nossa, imagino como foi um tédio pra você!
— Digamos que a Amélie fez o favor de aceitar todo tipo de comida e isso me ajudou em muito.
— Bom, vou te contar os rolos mais importantes então.
— Pode começar! -riu Marinette-
— Alix se mudou para um lugar aí perto do Caribe, ela e o pai estão estudando muitos artefatos antigos, Sabrina e Nathanael estão namorando, Kim e Max continuam na mesma, com a diferença de que o Max tem um emprego, é super bem sucedido numa empresa de games, também faz fotografia e viaja a trabalho o tempo inteiro.
— Não fico surpresa com isso...
— Rose e Juleka estão morando juntas em Provença, as duas passaram na mesma universidade e vão se formar na área de pedagogia, elas gostam de crianças.
— Achava que a Rose fosse se formar em medicina, já que ela gosta tanto dessas coisas.
— Pois é, a vida prega peças. -assobiou a amiga- Ivan e Milènee casaram e estão morando numa cidade vizinha de Paris, Milènee se formou em teatro e Ivan tá trabalhando com o pai dele.
— Que legal!
— Deixei o melhor pro final!
— Fala!
— Sua madrinha de casamento resolveu ter um filho.
— Whoah... -Marinette suspirou em surpresa do outro lado da linha- bem, eu estou sem reação.
— Então ficará mais, ela já fez o processo de adoção de uma criança e decidiu quando terá a próxima.
— Deuses, Adrien vai surtar quando souber! -ambas riram-
— E como sempre, ela tá causando na internet.
— É a Lila, queria o quê?
— Ah, não sei o que é pior, ficar longe do meu marido ou longe de você. -Alya fizera bico e resmungou-
— Oh sim, você disse que ele está viajando a trabalho, não?
— Marinette, o tempo pode passar o quanto quiser, mas você continua sendo uma cabeça de vento.
— Pois é!
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Monaco - França
Saeko estava admirando de longe aquele belo monte retorcido embolado em cobertas azuis, aquela chuva de fim de tarde que carregava o frio da noite era perfeita para dormir até não se saber mais em que mundo está.
Lila entrou naquele quarto recentemente reformado e decorado de forma infantil, olhou a esposa sentada na poltrona branca e sorriu doce.
— Ele dorme fácil, não acha? -sussurrou para ela, que apenas assentiu com a cabeça-
— Sim, bastante.
— Acha que ele vai gostar de ter uma irmã?
— Com certeza, vai ser divertido! -a japonesa riu de canto- Lila...
— Sim?
— Foi maldade não contar ao Adrien e a Marinette.
— Eles irão saber na hora certa, até lá, só vamos esperar a confirmação. -deu de ombros- Eu gosto de surpresas.
— E eu odeio quando você apronta assim...
— Mas você me ama.
— É, eu amo...
— Isso me deixa feliz, então. -seu sorriso aumentou, levantaram-se, indo na direção da criança que ocupava a grande cama repleta de cobertas quentinhas, beijaram-lhe com cuidado a testa- Bem-Vindo, Riki...
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Paris - França
Era um quadro muito bonito aquele. Gabriel estava feliz, finalmente sentia-se em paz quando olhava para o rosto de sua falecida esposa, Amélie, retratado nas pinturas da casa. Agora, admirava uma outra figura. Aquela era de Wei Jiang, sua atual esposa, sentada no balanço de palha da varanda, uma bela coroa de flores na cabeça e esta olhava para a mais linda curva abaixo.
Mesmo depois de vinte anos, lá estava Gabriel Agreste a espera do segundo filho. Ainda não sabia como era possível isso, só sabia que estava acontecendo e logo a ficha precisará cair. Adrien levou a maior das surpresas quando soube... Ficou empolgado com a ideia de se tornar irmão mais velho.
Ele não sabe como fará esse papel, mas espera que o faça muito bem.
— Será um ano divertido... -o sorriso de canto do Agreste transbordou-
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