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História Sense - Vai me dizer quem você é?


Escrita por: Bieberserelepe

Notas do Autor


✓Bem, espero que vocês gostem amores.
✓Qualquer coisa, deixe o seu comentário.
✓Plágio is crime, lembra?
~Kaau

Capítulo 2 - Vai me dizer quem você é?


Fanfic / Fanfiction Sense - Vai me dizer quem você é?

Antes de procurar outra coisa para me distrair na televisão, a campainha do pequeno apartamento soou e eu levantei eufórica, esperando que fosse o Drummond com notícias, afinal ele deixou claro que entraria em contato. Este entrou rapidamente e após bater a porta, dediquei a minha atenção a ele, que parecia com pressa.

-Não posso ficar por muito tempo aqui.- falou depois de um suspiro. Assenti. –Você precisa ficar mais na boate.

-Ficar a noite não é o suficiente?- perguntei estranhando a sua afirmação.

-Acredito que ficando lá por mais tempo você terá mais chances de encontro com eles. Você pode ficar no alojamento a partir de hoje.- deu de ombros e a sua explicação foi o bastante para eu entender o seu raciocínio. -Hoje à noite você vai dançar.

-Dançar?- perguntei tentando me acostumar com a ideia.

-Quer que eu te der instruções de como dança também?- perguntou e eu bufei com o seu deboche.

-Mais alguma coisa?

-O Bieber perguntou por ti.- falou enquanto ria fraco. –Me pareceu bastante interessado.

-Então comecei bem.- deu de ombros e ele assentiu.

-Muito bem. Não faço ideia de que raios você fez ontem, mas aparentemente deu certo.

-Recado dado Drummond.- falei piscando o olho direito. –Nos encontramos lá.

-Tem um táxi te esperando, não demore!- falou e com a sua saída, corri para a pequena mala que estava no quarto e não demorei para vestir uma blusa básica, porém com um decote sofisticado, junto a um short jeans um tanto justo.

Peguei minha bolsa com itens indispensáveis, como celular e carteira, além da mala com algumas roupas e me dirigi para o lado de fora do apartamento.

Não foi difícil detectar o táxi, afinal a área estava praticamente vazia. Entrei no automóvel e seguimos em direção a boate. Observava tudo passar diante das minhas vistas e me sentia cada vez mais confiante com a missão, o que é fundamental. Me perdi em meio as lembranças de ontem à noite e ao alcançar o ambiente esperado, sai do carro sem dedicar nenhuma atenção para o motorista, afinal eu sabia que Drummond já havia resolvido o pagamento do mesmo. A boate não parecia o mesmo lugar, estava vazia e limpa, haviam alguns funcionários limpando e outros apenas tomavam conta do local.

-Ei, aonde fica o alojamento?

-No andar de baixo.- a senhora que se encarregava da varredura da área principal respondeu sem ao menos dirigir seu olhar para mim. Fui até o local indicado, e após descer a escada que se localizava um pouco atrás do palco alcancei uma pequena sala, que continha cerca de quinze mulheres. Elas conversavam entre si enquanto se aprontavam, pintando suas unhas e arrumando os cabelos. Logo, a minha presença foi detectada e o falatório diminuiu.

-Drummond disse que você iria chegar, fique à vontade.- uma loira sentada no canto falou enquanto passava algo no seu rosto e eu assenti, indo até uma cadeira livre e a ocupando. Aos poucos todas voltaram a seus antigos afazeres, e por isso, eu já me sentia mais confortável.

-Elas não gostam muito de mulheres novas por aqui.- ouvi uma voz fina e me virei, vendo uma morena se aproximar, a mesma aparentava ser bem experiente. Ela se encostou na parede ao meu lado e sorriu. –Ainda mais se você for bonita desse jeito.- riu fraco e eu fiz o mesmo.

-Obrigada! Você trabalha a muito tempo aqui?

-Arrisco-me a dizer que sou uma das primeiras a frequentar esse lugar.

-Já ficou com o Bieber?

-Imaginava essa pergunta.- falou enquanto ria anasaladamente. –Não. Infelizmente aquele desgraçado nunca me quis.

-Por que sabia que eu ia te perguntar isso?

-Porque todas têm o mesmo interesse.

-De ficar com alguém da gangue?

-Claro, eles mandam em tudo. Imagina como seria ter aquele homem ao seu favor.

-Alguma mulher já conseguiu isso?

-Não por aqui. Pode ser que já tenha acontecido em outra boate.- deu de ombros e eu peguei ar para fazer uma nova pergunta, mas a sua fala me interrompeu. –Está me investigando?

Engoli a seco.

-Não.- respondi de imediato e ela riu.

-Você é muito curiosa garota!- falou e eu ri um tanto nervosa.

Eu, definitivamente, preciso parar de perguntar tanto.

–Está vendo aquela ali.- apontou disfarçadamente para um aglomerado pequeno de uma parte das meninas. –A de cabelo curto e loiro, olhos verdes...

-Sim, já vi.- falei ao detectar quem ela falava.

-Jenna. Ela fica com o Bieber algumas vezes. Isso é o suficiente para todas puxarem o saco dela.- falou e eu a observaria mais se ela não tivesse devolvido o olhar.

-Acho que ela estava ontem na área vip.- pensei alto.

-Você subiu?

-Como é o seu nome?

-Olga.

-Subi sim Olga, mas não fiquei por muito tempo.- falei com um ar de descaso. -Você já foi até lá?

-Já, algumas vezes. Aproveitei bastante.- falou com um ar safado e eu ri fraco. –Nenhuma das vezes foi com o gostoso do Bieber. Dizem que ele fode muito bem.- umedeceu os lábios e eu sorri fraco balançando a cabeça, com um ar de negação. –O que? Vai dizer que não tem vontade de pegar aquele pau enorme?

-Para garota!

-Não acredito que você é uma prostituta tímida.- falou com graça e eu respirei fundo, tentando focar na Kayla.

-Não sou tímida.

-Então me responda.

-Eu morro de vontade de transar com ele.- disparei direta, tentando esconder a vergonha da minha fala, e ela bateu palmas enquanto gargalhávamos.

-Boa tarde meninas!- ouvi a voz de Drummond e dediquei meu olhar para a entrada da sala, aonde ele se encontrava. –Quem vai dançar no palco hoje é Jenna, Sara, Taylor e Kayla. Com o resto, não preciso falar novamente afinal é aquele mesmo esquema. Fazer com que usufruam do máximo possível, como quarto, mesa e bebidas. Não esqueça que vocês estão sendo avaliadas, quem me der prejuízo, eu boto para fora sem pensar duas vezes.- falou e saiu rapidamente e algumas comemoraram a sua posição.

-Sorte sua.- Olga falou bufando.

-Qual é a diferença?- perguntei e ela me olhou incrédula.

-Você só precisa dançar bem.- disse como se fosse óbvio. -Não vai ficar aguentando um bando de merda que mal consegue fuder direito.- falou enquanto avaliava toda a sala, consequentemente, todas as mulheres ali presente. –Sem falar que a probabilidade de você ir para a cama do chefinho é bem maior.

-Ótimo.- respondi.

-Vamos escolher as roupas!- exclamou eufórica me puxando em direção ao canto da sala, aonde haviam diversos cabides de roupas.

 

 

O som alto somado a grande quantidade de fumaça com as diferentes luzes intercalando pelo palco fazia com que meu coração batesse cada vez mais forte. Eu sentia uma certa adrenalina no meu corpo, o que causava um frio na barriga enorme.

Estava prestes a entrar no palco na companhia de mais três meninas que pareciam já acostumada com os holofotes. Fitei meu corpo, que estava bastante descoberto. Um fino maiô cobria as minhas intimidades e, parcialmente, a minha barriga, que se mantinha um tanto exposta. O pano possuía a coloração preta e com bastante brilho, o mesmo chamava atenção e aparentava ter uma grande elasticidade, o que era essencial  para a carga de sensualidade que eu teria que  colocar na dança.

A cortina abriu e saímos de trás das mesmas, seguindo até o centro do palco, aonde se mantinha exatos quatros canos de pole dance. Eu estava entre Jenna e outra mulher que eu não me recordava do nome, e aguardávamos o início da nova música.

O som se fez presente e após morder o lábio inferior e adquirir uma certa postura, passei a mover meu corpo no ritmo das batidas musicais que pareciam perfeitas para a ocasião. Ora imitava alguns passos das mulheres ao meu lado ora agia por conta própria. Estava concentrada naquilo e certamente parecia bem profissional, afinal detectava a todo segundo muitos olhares maldosos na minha direção.

Percebi o olhar da mulher ao meu lado no andar de cima e lembrei que eu precisava atenciar a minha missão. Ao levantar meu olhar, Bieber se mantinha debruçado no conjunto de aço que o impedia de cair na área abaixo, e percebi que sua visão intercalava entre mim e Jenna, que dançava levemente. Ri fraco me sentindo um tanto ameaçada e não demorei para mudar os movimentos. Virei de costas para a multidão, e após segurar firmemente no cano metálico, desci lentamente até o chão e ainda sem sair do ritmo passei a quicar sem parar, sabendo que boa parte dos olhares estavam no meu traseiro. Virei meu pescoço o suficiente para a minha visão alcançar a área vip, mais especificamente, o olhar do Bieber, que estava colado no meu corpo. Ainda sem parar os movimentos, mantive o contato visual. 

O castanho dos seus olhos penetravam os meus e eu estava amando aquela sensação.

Nenhum dos dois quebrou o contato, e isso se seguiu até o fim da apresentação. Passamos a nos locomover em direção a saída do palco, e não hesitei em olhar novamente para o meu foco de segundos atrás, e ele fez um sinal com o dedo indicador, que eu deduzi ser um mandato para eu subir para área a qual ele se encontrava.

Quando dei por mim já estava no camarim novamente. Não demorei para trocar de roupa, no lugar do maiô pus um vestido fino branco que não bastava o fato de ser justo e curto, havia uma grande fenda na minha perna direita. Arrumei o meu cabelo, que estava desgrenhado por causa dos movimentos bruscos de minutos atrás, e ia saindo da sala quando senti um leve toque no meu braço. Me virei vendo Jenna.

-Te conheço?- perguntei afinal sua feição não era muito amigável.

-Não pense que vai roubar o Bieber de mim.- falou colocando o dedo na minha cara e eu ri fraco. –Algo engraçado?

-Sim. Acho que você esqueceu de um detalhe.- falei me aproximando mais dela e abaixando lentamente o seu dedo. –Você é uma prostituta.

-Você também.- riu

-A diferença é que eu sou melhor do que você. Ou seja, provavelmente, eu irei roubar o Bieber de você.- falei sorrindo debochada.  

-Ele pode até te comer, mas voltará para mim.- falou cruzando os braços.

-Veremos.

-Você acabou de chegar.- falou e eu arqueei o cenho. –Se coloque no seu lugar de vadia de merda.

-Me pergunto o porquê de se sentir tão ameaçada por uma vadia de merda.- ri fraco e a falta da sua resposta me fez finalizar a conversa tocando levemente no seu queixo, como um sinal de deboche, e sai do recinto, alcançando a área principal da boate.

Todos pareciam curtir a noite. Sorri para Olga, que estava sentada em uma mesa repleta de velhos e parecia entediada. Porém não demorei muito observando-a, e atravessei a boate, alcançando o elevador e apertando o botão 02 em seguida, a área vip. Sem demora, atingi o recinto, que ao contrário do outro dia, só estava Justin e Chaz, eles estavam sozinhos e conversavam sobre algo. Me aproximei lentamente até que o líder percebesse a minha chegada. Seu olhar penetrou o meu corpo o suficiente para me fazer sentir como se estivesse nua e eu sorri quando ele puxou uma cadeira para o seu lado.

-Boa noite!- Chaz exclamou com uma feição descarada e eu sorri para o mesmo como resposta. -Vou me juntar com os outros lá embaixo, depois terminamos esta conversa.- avisou e não demorou para sair das minhas vistas. Sentei ao lado do Justin e ele bebeu um pouco do líquido presente no copo que segurava, o que, pelo cheiro, eu presumi ser whisky.

-Achei curioso.- sua voz rouca me deixou um tanto tensa, mas precisei impedir que meu corpo fornecesse qualquer tipo de sinal que denunciasse isso.

-O que?- indaguei bem próxima da sua orelha, encostando a palma da minha mão na sua perna esquerda enquanto avaliava o seu corpo. Ele olhou para o meu toque e sorriu de canto, aprovando a minha aproximação.

-Sua ousadia.- foi conciso e claro. -Confesso que estava ansioso para te ver de novo.- Umedeceu os lábios e tocou no meu pescoço, aproximando nossos rostos, o que fazia com que qualquer movimento, mínimo que fosse, se tornasse o suficiente para o início de um beijo. –Ainda não decidi se quero te matar ou te fuder, Russell.- silabou lentamente e isso foi o bastante para nossos lábios tocarem um no outro. 

Era para eu estar intimidada?

Só queria que ele continuasse a falar, afinal era inexplicável a forma como a qual ele misturava provocação com ameaça, diria que era hipnotizante.  

Antes de me impulsionar para frente e acabar com a distância agoniante, eu ouvi um disparo. Minhas atitudes seguintes não foram pensadas, e se seguiram como puro instinto. Peguei a arma que já havia detectado na cintura do Bieber, a mirando para o andar de baixo, dando cobertura para o mesmo, que me olhou um tanto estranho, porém já se abastecia com outras armas que estavam embaixo da sua mesa.

Em questão de segundos, descemos as escadas e vimos que algumas pessoas estavam abaixadas e outras já haviam sido atingidas, afinal, os tiros não paravam. Vi um cara que se mantinha com uma metralhadora HK MP7 e mirei na cabeça do mesmo, disparando o revólver calibre 38 presente em minhas mãos, e não demorou para o tiro acertar o mesmo no local esperado. Logo, atirei em mais dois que seguiam atirando para todos os lados. Percebi que Justin fazia o mesmo com outros homens que entravam na boate e ao mesmo tempo, ele tentava localizar todos os companheiros da gangue, com exceção do Ryan, que já estava ao seu lado. Parei para ter uma visão dinâmica do que estava acontecendo e percebi a troca de tiros entre oito homens e Justin, eu e Ryan.

Meus olhos pararam em Kate, que estava próxima ao banheiro e tinha um homem a segurando e apontando um revolver na sua cabeça, ele parecia falar algo no ouvido dela e pela sua feição, ela não planejava responde-lo. Segui escondida em direção a eles. Calculei o tempo que chegaria até os dois e o momento em que conseguiria acertá-lo. Logo, através de um chute, atingi a arma que o homem segurava e o mesmo se assustou com o meu golpe, largando Kate e se afastando um pouco, o que me deu espaço para atirar e acertá-lo na perna, exatamente na veia femoral, o que causou sua morte imediata. Vi que o resto da gangue se aproximou e eu não hesitei em atirar no homem que se movimentou atrás do balcão com uma arma em punho, o vendo cair em seguida.

Os cinco me olhavam fixamente e eu sabia que não era para ter agido desta maneira. Não sabia ao certo o que pensavam, mas a surpresa era clara. Estávamos arfando com o cansaço e o susto que o tiroteio causou. Os sobreviventes já levantavam, todos estavam um tanto aterrorizados e provavelmente, já acionavam ajuda. Bieber não demorou para se pronunciar:

-Vamos.- puxou todos que passaram a se dirigir a saída. –E você também.- falou direcionado a mim, que o segui sem pestanejar.

 

 

Entramos na casa do Bieber e eu não me surpreendi com a estrutura. Claramente era de alguém com bastante poder aquisitivo e não era poupada de detalhes luxuosos.

-Que porra aconteceu agora?- Chaz perguntou ao sentar no sofá.

-Aonde estavam os seguranças?- a mulher perguntou ao fazer companhia ao seu irmão no estofado.

-Todos mortos.- Justin respondeu nervoso ao se servir de alguma bebida alcoólica.

Enquanto fiscalizava o ambiente, me certificava de fingir não prestar atenção em nada do que eles falavam. Tudo isso poderia ser ao meu favor visto que eu salvei a vida de Kate, eu só precisava de uma boa desculpa para os tiros certeiros.

-Ei!- a voz da única figura feminina da gangue foi capturada por mim assim como a sua imagem à minha frente.

-O que?

-Obrigada!- falou simpática enquanto cruzava os braços, não parecia acostumada em agradecer os outros. Arqueei o cenho. –O que? Não sou uma vadia mal-agradecida. Você me ajudou.- deu de ombros.

-Eu salvei sua vida.- resmunguei e ela riu. –Qual é a graça? Acho que você é uma vadia mal-agradecida. Mereço muito mais do que um "obrigada". Talvez um carro.- falei debochada dando de ombros e ela gargalhou.

-Gostei de você.

Ponto para mim.

-Como é o seu nome mesmo?- me virei para o autor da pergunta e era o Ryan.

-Kayla Russell.- respondi vendo todos me observarem atentamente.

-Me pergunto como uma prostituta pode atirar tão bem.- Justin falou se aproximando e eu sorri de canto.

-Me pergunto como invadiram a sua boate e você foi incapaz de perceber isso.- respondi e ouvi risadas, entretanto não desviei o olhar de Justin que não tirava o sorriso sarcástico o do rosto.

-Afiada ela.- Chris falou e eu sorri sem graça para ele.

-Achei algo.- Chaz falou depois de digitar algumas coisas no seu notebook. Todos se aproximaram dele, com exceção de mim, afinal continuei na mesma posição.

Conclui sem demora que não podia ter acontecido algo melhor para a minha inclusão e comemorei mentalmente por isso mas parte de mim ainda estava aflita por ter agido tão profissionalmente diante da situação, porém passei a dar atenção para eles, que iniciaram uma conversa. 

-Sabia que tinha o dedo daquele merda.- Justin esbravejou engolindo o resto do conteúdo que tinha no seu copo. –Isso vai fuder com a fama da boate. Sem falar nos prejuízos.

-Drummond já está resolvendo isso.- Ryan falou com o celular em mãos.

-Eu vou matar esse cara.- Bieber falou indo até a mesa de bebidas e se servindo novamente.

-Você vai, mas antes precisamos retribuir o presentinho.- Chris falou e em seguida me encarou. –E ela?

Franzi o cenho.

-O que que tem ela?- Kate perguntou.

-Achei interessante o que ela fez, se fosse outra puta teria entrado em pânico com certeza.- ele comentou.

-Ela ajudou muito.- a mulher deu de ombros.

-Ela quer dinheiro por isso?- Chaz perguntou com os olhos grudados na tela do seu dispositivo.

-Ela está aqui e ela pode falar.- falei irônica, atraindo, novamente, a atenção de todos. –Eu não quero dinheiro, o Bieber que me mandou vir.- falei cruzando os braços.

-Deixa ela comigo. Faça a merda do seu trabalho. Vá até a boate e investigue os mortos. Celulares e carteiras.- o líder falou para Chris, que bufou levantando.

-Eu vou com você!- Ryan se manifestou seguindo seu amigo até a saída da casa.

-Aonde é o banheiro?- perguntei evitando dar espaço para me mandarem ir embora.

-Eu te levo.- Justin falou e seguiu até o grande lance de escada que ficava quase no centro da casa, subimos a mesma e chegamos em uma espécie de corredor, onde haviam algumas portas.

Ele virou, me surpreendendo ao prensar meu corpo na parede.

-Eu preciso fazer isso.- falou e sua boca invadiu a minha sem aviso. Sugou meus lábios, intercalando entre o inferior e superior. Suas mãos firmes passaram a apalpar fortemente o meu corpo inteiro, me fazendo ansiar por um toque mais íntimo. Chupou minha língua enquanto prensava cada vez mais seu corpo ao meu e o beijo era correspondido enquanto eu não conseguia evitar de tocá-lo com a mesma intensidade, intercalando entre seu pescoço, braços e abdômen.

Se separou do meu corpo me deixando no ar, afinal eu não estava decidida a finalizar o beijo nesse instante. Respirei fundo e o vi rir fraco.

-Vai me dizer quem você é?- perguntou e o meu coração disparou com a hipótese de ser descoberta agora. –Uma prostituta não atira tão bem assim.- disse parecendo ler meus olhos.

-Nem sempre fui prostituta, Bieber.

-O que você era? Ladra?- perguntou com um ar de deboche enquanto voltava a se aproximar, me fechando com seus braços.

-Meu pai me ensinou a atirar.- falei levantando um pouco a cabeça o suficiente para olha-lo diretamente nos olhos, afinal ele estava bem próximo.

Sério que eu falei isso? A minha melhor desculpa foi o clichê mais manjado que existe? 

-Conheço essa desculpa. Eu vou descobrir.- disse e eu dei de ombros. -Não quero ter que te matar.- suspirei aliviada ao detectar a mudança de assunto, porém por outro lado desejei não ter entrado nesse conteúdo.

-Por que mataria?- indaguei e ele ficou me encarando por alguns segundos.

-Não sei se quero ficar te devendo uma.- falou umedecendo os lábios enquanto fitava minha boca. Sorri.

-Você só está me devendo sexo.- falei sentindo meu corpo se arrepiar ao pensar em ser tocada por ele.

Apesar de já saber que aconteceria, eu nunca estaria preparada para me entregar para um homem tão ruim.

-Nesse caso, vou ter que te manter viva.- falou passando sua mão pela lateral do meu corpo.

–Você pode me fuder agora. Rápido.- falei sem pensar e sorri fraco para ele que arfou, aparentando estar um tanto excitado com as minhas palavras.

Essa discaração veio da Kayla.- pensei comigo mesma, perplexa com a minha bipolaridade.

-Não sei se você entendeu, mas minha boate foi invadida e os seguranças de lá foram mortos.- falou rude. -E o sexo que estou te devendo não será rápido, Kayla.- bufou encostando seu corpo no meu novamente, dando ênfase no meu nome enquanto olhava para a minha boca.

-Mas você quer me fuder agora.- sussurrei bem perto do seu ouvido e ele mordeu o lábio inferior enquanto deixava indicio de riso no seu rosto.

-Você não sabe o quanto.- falou apertando a minha bunda lentamente. Suguei uma grande quantidade de ar e apertei os olhos com a quentura que atingiu o meu corpo.

Mas que merda é essa?

Bieber se distanciou e deu uma batidinha na porta atrás de si.

-Banheiro.- silabou e depois desceu a escada.

Fiquei olhando a porta por alguns segundos e entrei no cômodo. O espelho denunciou uma imagem bagunçada. O batom estava por todo o meu rosto, menos na boca. O cabelo estava desgrenhado e o vestido arqueado.  Após resolver esses problemas de aparência, sai do banheiro e voltei a sala. Justin, Chaz e Kate pareciam discutir algo porém se calaram ao perceber a minha chegada. –Aonde você mora?

-Downtown.

-Vou pedir para o Lucca te levar.- Kate falou se levantando, mas o Justin segurou seu braço, impedindo-a de se locomover.

-Eu mesmo levo.- ele falou e em seguida levantou pegando uma chave na pequena mesa envidraçada de centro. Segui-o até a porta e ao sairmos percebi que a rua, com poucas casas, estava vazia e escura. Detectei apenas uns vinte seguranças de Justin, espalhados pela entrada da casa.

-Por que aqui é vazio?

-Está tarde.- deu de ombros entrando no Bugatti Veyron preto estacionado do lado de fora da casa.

-Vazio de casas.- falei ao sentar no banco carona e passei a observar todos os detalhes de um dos carros mais bonitos do mundo, na minha opinião.

-Eu sou reservado.- falou baixo como se fosse um segredo. -Acha que vou querer alguém morando ao meu lado?- perguntou e eu ri fraco. Ele passou a manobrar o carro para tirá-lo da área reservada e logo acelerou em direção à rua principal.

-Você que não quer que morem ao seu lado ou as pessoas não querem?- perguntei irônica e ele, com o olhar focado na estrada, riu fraco.

-Eu pareço ser bastante gentil.- falou e me olhou sorrindo de leve, tentando fazer uma caricatura inocente. Sem sucesso.

-Não. Não parece.

-Cala a boca.- falou voltando sua atenção para a pista.

Após algum tempo no caminho, o indiquei a chegada até o apartamento em que estava e ele estacionou na frente.

-Isso é novo para mim. Deixar uma prostituta em casa.

-Imaginei. Corrigindo você, sou a prostituta que salvou a vida...

-Por isso mesmo que estou deixando, pela primeira vez, uma prostituta em casa.- me interrompeu dando de ombros e eu bufei e ia saindo do carro, entretanto ele não destravou as portas, o que impedia a minha saída.

-O que?- virei e ele me puxou com força em direção ao colo dele, me fazendo sentar no mesmo.  Passou a me beijar. Sua língua ora ou outra invadia a minha boca e o beijo foi se tornando cada vez mais quente, suas mãos desceram para minha bunda e ele passou a pressionar nossas pélvis, o que somado ao meu vestido totalmente arqueado por causa da minha posição, resultava em um contato quase direto com a sua ereção, a qual estava bem perceptível.

-Gostosa.- falou ao descolar nossos lábios e seguiu para o meu pescoço, aonde passou a dar lambidas e chupões. Gemi. Percebi que estávamos quase tirando nossas roupas e aquilo me assustou, não deveria, mas me fez hesitar em continuar.

Estendi a mão em direção ao painel de controle da porta, apertando o botão que destrava a mesma, e sem aviso prévio, sai do seu colo ao me deslocar para fora do carro. Ele estava ofegante e me olhava com uma clara indignação. O volume da sua calça e sua boca vermelha e carnuda quase me fizeram voltar para a posição anterior, porém a minha consciência me fez fechar a porta e seguir em direção a entrada do prédio.

A buzina me fez olhar para trás e me agachar o suficiente para vê-lo e novamente, o sorriso enigmático de sempre estava presente no seu rosto.

-Amanhã irei mandar alguém aqui. Você vai para minha casa.

-Ok!

-E não diga a ninguém ou eu te mato.


Notas Finais


✓Espero que vocês tenham gostado.
✓Não esqueçam de deixar a sua opinião.
~Kaau


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