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História Sense - Perfeita para você.


Escrita por: Bieberserelepe

Notas do Autor


Sorry a demora gente, eu sei o que eu quero fazer, mas tava com uns bloqueios em algumas partes, porém já estou preparando os próximos e espero não demorar.
Beijinhos.
Comentem, quero saber o que vocês estão achando, poxaaa
~Kaau

Capítulo 20 - Perfeita para você.


Fanfic / Fanfiction Sense - Perfeita para você.

Entrei no escritório na companhia do Justin e os meninos já nos esperavam lá.

-Não consigo conter a minha ansiedade! Chegou o momento de começarmos de fato com os preparativos.- o Bieber falou demonstrando a sua euforia ao sentar na sua poltrona e se encostar com um sorriso satisfeito. Era óbvio que ele estava se referindo aos seus planos em acabar com o Joseph, os quais eu não fazia ideia. -Nos atualize Chaz.

-Então, como imaginávamos, Joseph foi para Oklahoma, aparentemente, está interessado em alguma coisa por lá.- ele disse e Ryan assentiu antes de perguntar:

-Prossegue como pensamos então?

-Só eu e Kayla estamos por fora?- Kate indagou cruzando os braços, e eu ri fraco com o cenho arqueado querendo a mesma resposta e o líder me encarou sorrindo de canto.

-Estão aqui para isso.- deu de ombros. -Joseph está fora de Washington e quando voltar será recepcionado por ninguém menos do que nós.- disse antes de umedecer os lábios e sorrir vitorioso. Franzi o cenho, claramente confusa. -Calma, serei mais claro. Primeiramente, precisamos pegar uma boa quantidade de armas que chegará amanhã pela manhã no aeroporto e além disso temos algumas alianças que vão nos ajudar a invadir a casa do Queen. Por ora, precisamos de vocês para o desembarque das armas. Talvez seja a única coisa que vocês precisarão fazer.- falou e os meninos concordaram com a sua fala, ao passo que a indignação afetava tanto eu quanto Kate.

-A única?- perguntei e ele assentiu mordendo os lábios. -Deixa eu ver se entendi, você está nos tirando da melhor parte?

-Eu não preciso de vocês na casa do Joseph.

-Ah claro, vocês não precisam de duas mulheres que sabem atirar e lutar porque...- Kate falou debochada e cruzou os braços esperando a resposta do homem a nossa frente que suspirou.

-Já teremos o suficiente.- Ryan se meteu na conversa, me deixando ainda mais irritada.

Eu queria participar daquilo e a minha sede por ver Joseph morto tem relação direta com a sua aliança com o meu pai, sem falar do sequestro. Eu estava com raiva e isso poderia ser muito bem canalizado nessa missão, já que provavelmente seria a última.

Eu deveria alertar a policia da chegada das armas, mas não o faria, afinal isso chamaria a atenção do meu pai que provavelmente entraria em contato com o Joseph. Pensar isso me fazia sentir-me louca, mas eu sabia que era a realidade.

-Eu quero ir.- atrapalhei o falatório que havia se estendido, conforme se desenrolava a discussão sobre a minha presença e da Kate. Justin, sobretudo, me encarou.

-Tudo bem.- ele disse e todos dirigiram o olhar para ele um tanto surpresos com a facilidade. -O que? Querem ir? Certo. Agora eu deixarei claro que é cada um por si, e não digo isso para Kate.- falou direcionando sua fala e olhar para mim que apenas dei de ombros, deixando óbvio que não desistiria.

-Eu não preciso que você me defenda. Achei que já soubesse disso.- pisquei com um sorriso de canto e ele arqueou o cenho antes de assentir.

-Quanto as armas, realmente precisamos de vocês. -Chris disse, me fazendo dedicar toda a minha atenção para ele. -Quando as mercadorias chegarem no aeroporto temos alguns contatos que as passarão direto para o carro de vocês. O problema será a saída do aeroporto, sempre acontece uma fiscalização, que vai parar os carros suspeitos e o dever de vocês é serem gostosas o bastante para conseguir passar pelo posto policial sem a revista.- ele disse simplesmente e eu ri debochada para Kate, que bufou.

-O engraçado é que vocês só nos querem para sermos gostosas.- ela falou olhando para Ryan que riu com a sua fala. -Por que vocês não seduzem a porra dos policiais?- perguntou e Justin riu fraco.

-Kate... Não seja radical. Você sabe muito bem que precisamos de vocês em todos os aspectos.- Justin falou paciente, nos surpreendendo por isso.

-E se eles não caírem?- ela voltou ao assunto das armas depois de suspirar.

-Estaremos atrás de vocês, caso não der certo, vamos entrar em ação e matar todos antes de fugir.- falou simplesmente e minha indignação foi óbvia.

-Você está louco?

-Não Russell. Você prefere ser presa por tráfico de armas?

-Isso não vai acontecer.- falei em relação a sua ideia de matar todos os policiais.

-Não, porque vocês vão ser convincentes o bastante para eles não precisarem investiga-las.

Assenti um tanto nervosa e logo sai da sala na companhia de Kate.

-Vamos beber?

-Com certeza.- respondi e seguimos em direção ao pequeno bar que tinha na área da piscina e passamos a nos servir. Enchi o copo com gin até a metade e o completei com água tônica, dando um grande gole na mistura refrescante em seguida. -Você acha que vai dar certo?

-Matar o Joseph?- perguntou e eu assenti. -Não tem o porquê não dá. Justin não o matou até então não foi por falta de oportunidade e sim porque ele só passou a irritar, de fato, agora.

-Por que?

-De uns tempos pra cá, o Joseph veio chamando atenção, se destacando com a venda de drogas e armas, coisa que o Bieber sempre liderou. Então acabou que a “disputa saudável” que eles levavam, o que é normal, se tornou uma corrida mortal.

-É só... Matar ele?

-Só matar ele? Não. Com a morte do Queen, o Bieber mostrará para qualquer outro que esteja querendo, pelo menos, chegar aos nossos pés que não vale a pena.- deu de ombros. -Ninguém é melhor do que nós.- ela disse convencida e eu assenti. -Além disso, ainda derrubaremos os aliados dele.

-Todos?- perguntei involuntariamente lembrando do meu pai.

-Sim, todos virão atrás do Bieber, mas não precisamos deles. O que vai importar é que nos tornaremos os únicos novamente.

(...)

O dia amanheceu e todos estavam bastantes agitados, afinal ou hoje seria um dia cheio de sucesso ou cheio de fracasso, não havia meio termo. Chaz e Chris conversavam no telefone, e obviamente do outro lado da linha eram pessoas envolvidas no desembarque de armas, que seria feito por mim e por Kate daqui a algumas horas. Ainda não havia visto o Justin naquela manhã e sabia que ele já estava ocupado com a guerra que teria em poucos dias contra o Queen.

A tarde se manteve assim e logo passamos a nos arrumar, prestes a seguir para o aeroporto. Olhei meu reflexo mais uma vez no espelho da sala, e me certifiquei novamente que minha aparência estivesse em ordem. Eu usava uma calça de couro preta junto a um cropped preto de mesmo tecido e coloração, minha barriga exposta junto ao curto decote dava um ar muito sexy a vestimenta. No rosto, um batom vermelho acompanhava apenas uma sombra discreta nos olhos e cílios postiços, o toque final ficava por conta do meu cabelo, que estava com leves cachos e caia sobre meus ombros.

-Eu duvido aqueles policiais implicarem com uma mulher dessa.- Kate disse ao passo que desceu as escadas.

-Olha quem fala.- dei de ombros ao ver seu corpo perfeitamente esculpido por um vestido colado preto.

-Meninas, o Justin e o Ryan já estão esperando vocês na garagem.- Chaz disse após dar uma pausa nas ligações e não hesitamos em seguir através de um dos elevadores até onde os meninos estavam. Quando as portas metálicas se abriram a primeira imagem que tivemos foi dos meninos encostados em um dos carros conversando enquanto fumava. Seus olhos se dirigiram para a nossa chegada e Justin me fiscalizou dos pés à cabeça.

-Prontas?- Ryan perguntou quando nos aproximamos, mas eu deixei para Kate responde-lo visto que estava focada em encarar o Bieber com a mesma intensidade que ele o fazia. Seu sorriso maroto junto aos seus olhos que me queimavam me deixava hipnotizada e eu não tinha outra opção a não ser me entregar para aquele homem. Ele tragou fundo o cigarro e depois de o jogar no chão, me entregou a chave de um carro e deu alguns passos em direção ao automóvel que provavelmente era o que eu e Kate utilizaríamos.

-Já sabem tudo o que precisam fazer, hum?- ele perguntou enquanto eu sentava no banco de motorista, ao passo que Kate se acomodava no de carona.

-Vai dar tudo certo.- disse tentando me auto tranquilizar, pois a vida de muitos inocentes estavam nas minhas mãos. Ele assentiu e deu uma piscada antes de seguir até o carro de trás e entrar na presença de Ryan.

-Vamos, isso vai ser moleza.- Kate disse quando eu liguei o carro e passei a andar lentamente até a saída da garagem com Justin ao meu encalce.

-Espero que sim.

Depois de dirigir alguns quilômetros até o aeroporto, chegamos até uma área restrita de acordo com as indicações do GPS, este que estava programado para nos deixar no local exato de recebimento das armas. Ao passo que andávamos bem devagar pela área, era perceptível que era reservado para funcionários e tinham muitas cargas que provavelmente correspondiam às mercadorias das grandes empresas de Washington, mas também eram vistos policiais na presença de cachorros treinados para a detecção de drogas. O carro do Justin passou na minha frente e eu que passei a segui-lo. Parei quando vi Justin e Ryan descerem do carro e, logo, uns três homens se aproximaram deles e todos passaram a conversar olhando para todos os lados, desconfiados e preocupados obviamente com algum flagra.

-Vamos logo...- Kate sussurrou ansiosa enquanto olhava para os retrovisores do carro.

Ryan apontou para o nosso carro e os homens assentiram. Segundos depois, mais dois homens chegaram com cerca de dez mochilas, pareciam bolsas de viagens normais, mas sabíamos que apenas abrigavam armas e munições. Todos vieram até o nosso carro e Justin se aproximou da minha janela me fazendo abaixar o vidro, ao passo que os homens colocavam todas as mochilas espalhadas pelo banco de trás do carro.

-Não fiquem nervosas!- Justin exclamou e eu assenti demonstrando nervoso, que era inteligente expor pois eu não deveria me mostrar confortável ao fazer isso, porém eu realmente estava em pânico, pois o risco de ter que matar várias pessoas estava me tirando o sossego. Ele aproximou seu rosto do meu e me deu um selinho demorado, e se aquilo foi para me tranquilizar, ele fez muito bem afinal eu senti meus batimentos desacelerarem e minhas mãos deixarem de suar com tanta intensidade.

Não demorou para todos se distanciarem, fechei o vidro novamente e em seguida, olhei para atrás, vendo as várias mochilas no banco. Kate fazia o mesmo, e ela riu fraco quando dirigiu seu olhar para mim.

-Temos armas para um exército.

-Eu só espero que não precisemos matar ninguém.- disse quando passei a nos dirigir para a saída daquele local vendo através do meu retrovisor que o Justin estava logo atrás. O caminho até a saída propriamente dita do aeroporto foi tranquila, mas o grande congestionamento para seguir para as vias movimentadas da cidade avisava que, de fato, havia um posto policial fazendo uma fiscalização quanto a entrada em Washington.

-Respira fundo e vamos relaxar um pouco.- Kate disse antes de ligar o som, que tocava alguma música com uma batida que misturava animação e sensualidade, o toque da mesma me fez inspirar e expirar algumas vezes, na tentativa de me manter relaxada. Ao passo que o nosso carro ia se aproximando, mais fácil era ver que os policiais iam até a janela dos carros, trocava algumas palavras, pedia documentos e algumas vezes pedia para todos descerem do carro para que eles revistassem o veículo.

Fiz movimentos repetitivos no meu pescoço no ritmo da música, tentando me deixar menos tensa.

-Caramba, que aflição!- Kate falou enquanto balançava suas pernas freneticamente, mas, claramente, ela estava gostando daquela sensação de incerteza.

-Com o que está preocupada?

-Está brincando Kayla? Eu sei que somos miseráveis mas não estou tão afim assim de matar vários homens que estão apenas fazendo o seu trabalho.- ela disse deixando claro o seu medo em não sermos convincentes o bastante, o que faria com que fosse necessário iniciar um tiroteio.

Nossa vez estava próxima e ora ou outra ainda dedicava meu olhar para as mochilas no fundo.

-Bom dia policial!- Kate exclamou quando um policial chegou na sua janela, a fazendo baixar o vidro.

-Abaixa a música por favor.- ele pediu fazendo com que nos parássemos de cantarolar e prestasse atenção na sua fala. -Documentos por favor. Estão só vocês duas?- ele perguntou olhando para o fundo do carro.

-Sim senhor.- eu respondi pegando no porta luvas do carro identidade e habilitação falsas, que Justin já havia deixado ali, e o entregando em seguida.

-De onde estão vindo?- ele perguntou enquanto intercalava o olhar nos papeis em suas mãos e na gente.

-Do Canadá.- improvisei e ele sorriu de canto para mim depois de cair seu olhar para o meu busto, e a partir daquele momento eu já sabia que estávamos no caminho certo.

-E duas mulheres precisam de tantas mochilas assim?- indagou com o cenho arqueado.

-Sabe como somos não é? Mulheres estão sempre bem prevenidas.- a mulher ao meu lado disse em um tom extremamente sexy, mas a nossa atenção foi para um outro policial que se aproximou.

-Deixa as garotas, Glauber.- disse antes de olhar para a gente. -Bom dia!- exclamou com um sorriso gentil e nós devolvemos o gesto. Percebi que Justin e Ryan estavam ao nosso lado e haviam dois policiais vasculhando o carro em que eles estavam, afinal o machismo fazia com que o fato de serem homens os tornassem mais suspeitos do que nós mulheres, e por isso estavam sendo abordados de uma forma violenta.

-Podemos ir?- perguntei depois de eles ficarem nos encarando por alguns segundos.

-Podem sim.- eles falaram em uníssono e eu sorri aliviada à medida que ia seguindo em frente, porém o grito dos homens me fizeram parar bruscamente e meu coração disparou.

-Não pode ser.- Kate falou nervosa abaixando o vidro novamente e eu, pelo retrovisor, percebi o olhar assustado dos meninos.

Quando os homens chegaram na janela do carona, eu e Kate já estávamos pálidas e com os olhos um tanto arregalados, a possibilidade de eles terem resolvido fiscalizar as mochilas era aterrorizante.

-Senhorita, o seu documento.- ele disse simplesmente me entregando os papeis que eu tinha entregado minutos atrás, o que me fez pegar rapidamente para que ele não percebesse o quanto estava trêmula. E sorri totalmente aliviada por ter sido esse o motivo do nosso chamado. -Um bom dia para as senhoritas.- ele disse e seguiu para o próximo carro. Sai da área rapidamente e parei um pouco mais a frente respirando fundo algumas vezes.

-Foi por pouco!- Kate disse também respirando aliviada. Assenti ainda sem palavras.

Após respirar mais uma vez fundo voltei a ter o controle do volante, dessa vez nos direcionando para a casa do Justin. Entrei na garagem e segundos depois Chaz e Chris desceram para o nosso encontro e enquanto Kate explicava como tudo tinha ocorrido, eu ajudava Chris e alguns seguranças a tirar as mochilas do carro, colocando em outro carro que eu não fazia a mínima ideia para onde iria.

O carro do Justin entrou na garagem e logo, ele e Ryan saíram do veículo conversando sobre algo. Antes de vir até mim, Justin trocou algumas palavras com o segurança que em seguida entrou no carro que agora estava com as armas e saiu.

-Você nunca me decepciona, Russell?- ele perguntou mas eu só estava interessada em fazer uma coisa desde que o vi mais cedo que era o beijar, e foi isso que eu fiz. Quando nossas bocas se tocaram, suas mãos foram ligeiras ao alcançar a minha cintura e colar nossos corpos, dando mais intensidade ao beijo, ao passo que eu acariciava a sua nuca. Senti o ar me faltar e por isso interrompi o beijo, nos distanciando e o vendo sorrir fraco. -Eu preciso ir, nos vemos mais tarde.- ele disse e subiu rapidamente para a casa através da escada, sendo seguido pelos outros meninos.

-Eles não param!- Kate suspirou e eu ri fraco a acompanhando até o elevador.

-Você nunca participa dessas coisas?- me perguntei me referindo as partes mais violentas do “ofício”.

-Olha a minha cara que vou ficar correndo com os machos?- ela riu apertando o andar que nos levaria a sala de estar. -Eu prefiro resolver as coisas mais relacionadas a dinheiro e política, se é que me entende.- falou se relacionando com a corrupção que estava totalmente envolta do jogo da gangue.

A minha atenção foi desviada de Kate com o toque do meu celular e o número era desconhecido, o que me fez me distanciar dela logo depois que saímos do elevador para atender.

-Quem é?- perguntei e alguns segundos ficaram em silêncio.

-Alyssa.- uma voz masculina falou e eu arregalei os olhos, esperando que mais alguma coisa fosse dita. -Sou eu, Thomaz.- respirei de alívio ao identificar que era o meu pai, porém não demorou para todas as informações acerca dele me atingirem em cheio me fazendo ter náuseas.

-Fala.

-O que eles estão planejando?

-Eles...- fui interrompida pela minha própria consciência. Se meu pai tinha qualquer ligação com o Joseph, não era seguro passar nenhuma informação. -Eles não estão fazendo nada de novo. Como anda a decifração do pen drive?- mudei de assunto me referindo a cópia que eu tinha feito do computador do Bieber.

-Eles conseguiram tirar apenas alguns documentos, que nos indica que Justin tem alguns imóveis fantasmas e paraísos fiscais. Mas estão próximos da melhor parte, pois já estão tendo mais facilidade em descriptografar.

-Ok, eu preciso desligar.

-Boa sorte filha!- disse e eu não esperei ouvir mais nada, apenas desliguei o telefone e senti algumas lágrimas caírem dos meus olhos.

Eu estava tão decepcionada e impressionada com a possibilidade de ser verdade tudo que ouvi sobre o meu pai que eu mal sabia como lidaria com isso no futuro.

Após limpar as lágrimas do meu rosto, fui de encontro com a Kate que mexia no celular.

-Lembra daquele documento com a assinatura de um homem do FBI?

-Sim, o Carter.- ela assentiu ainda com os olhos focados na pequena tela em suas mãos.

-Me envia.- pedi discaradamente e ela me encarou confusa. -Eu... Fiquei interessada.

-Por que?- ela perguntou com o cenho franzido e eu respirei fundo.

-Não sei Kate, eu só queria ver novamente.- pedi, rezando para que ela não insistisse em saber os meus motivos.

Ainda com uma feição confusa, ela deu de ombros e após alguns toques no seu celular, vi que recebi um PDF dela via WhatsApp e eu sorri para ela como agradecimento.

(...)

A minha atenção foi desviada rapidamente do Chaz , que falava do acidente que havia sofrido anos atrás, para o Bieber no andar de baixo que abraçava uma mulher e conversava muito próximo, conversa esta que parecia ser bem engraçada já que ambos riam. Ao perceber a minha seriedade e visão travada na pista da boate, todos na mesa dirigiram sua atenção para o Justin e a loira.

-Candy.- Ryan resumiu e eu o fitei séria e interrogativa o que o fez rir fraco. -Ela trabalha conosco as vezes, vai nos ajudar com o Joseph.

-Eles parecem bem próximos.- falei voltando meu olhar ainda para a conversa deles e ouvi o riso de Chaz, que disse:

-Eles já transaram várias vezes.

Não consegui deixar de arregalar os olhos com a sua afirmação, e engoli a seco ao sentir um incômodo irritante.

-Chaz!- ouvi Kate repreender o irmão e eu apenas neguei com a cabeça vendo o olhar do Justin focar em mim, o que o fez se distanciar levemente da mulher, que também me olhou, e depois passaram a se mover em direção a escada que os trariam para a área vip. Olhei para Kate e suspirei.

Eu nem era ciumenta, que merda eu estou sentindo? Eu só tinha certeza do quanto aquela sensação era agonizante.

-Então essa é a famosa paixão do Bieber- ela disse vindo até mim e eu forcei um grande sorriso enquanto devolvia o abraço que todos sabíamos que era falso. Justin riu negando com a cabeça e quando a mulher se distanciou para cumprimentar os outros, ele sentou do meu lado um tanto risonho, mas eu evitei de dirigir minha atenção para ele.

-Kayla, seu nome hum?- perguntou enquanto se juntava à nos na mesa, apenas assenti enquanto sorri sem mostrar os dentes. -Você não está incomodada com a minha presença, está?

-Candy...- Justin a repreendeu, sobretudo com o olhar, mas o meu riso chamou a atenção.

-Claro que não, você é mais que bem vinda.- disse totalmente irônica e ela riu cínica. Todos sabíamos que ambas estávamos sendo falsas.

-Sim, também sou do time Bieber.- ela disse risonha o encarando. -Em todos os sentidos.- completou e eu respirei fundo junto a Kate que revirou os olhos, claramente entediada com essa mulher, assim como eu.

-Agora se vocês me dão licença, eu preciso beber.- murmurei e me levantei descendo as escadas da área vip e alcançando a pista de dança onde, como sempre, haviam várias pessoas conversando, bebendo, se pegando e dançando, desviei de todas elas e pedi um martini ao chegar no bar. Não demorou para a bebida entrar em contato com a minha garganta de vez, já que eu a virei totalmente.

-Algum problema?- Drummond chegou ao meu lado com uma feição risonha visto que eu estava claramente tentando me embriagar.

-Nenhum.- disse e já ia me distanciando, mas o toque do homem ao meu lado me fez parar.

-Calma! Já está acabando. Não depende tanto de você agora, tecnicamente só do seu testemunho.- falou dando de ombros, se referindo ao fato do pen drive que eu entreguei e que já estava sendo analisado.

-Talvez eu não queira que acabe.- falei amarga mas antes de eu sair de perto, eu percebi que Justin vinha na minha direção, fazendo com que Drummond se distanciasse sem ao menos me responder, e eu agradeci por aquilo.

-A Candy estava brincando com você.

-Eu não me importo.- falei suspirando sem encará-lo e ele me cercou com os seus braços.

-Olhe nos meus olhos.- ele pediu e eu o fiz, direcionando toda a minha atenção para os castanhos que como sempre me hipnotizava. Engoli a seco. -Só você não vê.

-O que?

-Que eu só tenho olhos para você.

Abri a boca algumas vezes, mas nada saia. Percebi que todos que estavam na área vip desceram e passaram a dançar, próximos da gente, um reggaeton que tocava. Aproveitei para sair daquele clima estranho que se estabeleceu com a sua declaração e me aproximei de Kate que rebolava junto com a Candy.

Passei a movimentar sobretudo a minha cintura no ritmo do som e não demorei para sentir o corpo do Justin se encostar no meu enquanto ele também dançava. Mordi o lábio inferior antes de colocar todo o meu cabelo para o meu ombro esquerdo deixando o meu pescoço praticamente livre pois o mesmo já estava suado com o calor que aqueles movimentos passaram a causar.

Desci um pouco meu tronco e coloquei as mãos nos joelhos dando mais liberdade para o balanço da minha bunda, que ao passo que eu rebolava, roçava em Justin. Virei o pescoço, olhando-o de canto, e enquanto rebolava em ritmo perfeito com o meu corpo, ele tinha uma das suas mãos tampando a sua boca enquanto olhava discaradamente para a minha bunda e balançava a cabeça negativamente, como se de alguma maneira repreendesse o meu comportamento.

Me virei para ele e passamos a dançar em sincronia enquanto nos encarávamos. Suas mãos estavam um pouco acima da minha bunda e ele olhar de uma maneira extremamente sexy ao passo que nos esfregávamos cada vez mais, sempre no ritmo da música. Ele sorriu e novamente negou com a cabeça, antes de aproximar sua boca do meu ouvido.

-Baby... Quando você vai parar de me deixar louco?- falou rouco alto o suficiente para eu escutar e eu sorri me distanciando um pouco dele e silabei bem lento, de maneira que entendesse:

-Nunca.

Voltei a me aproximar das meninas ao meu lado, vendo-o cochichar algo para Ryan.

-Vocês têm química.- ouvi a voz da Candy e a encarei um tanto surpresa.

-Você não viu nada querida.- Kate disse me olhando risonha.

-Você está apaixonada?- ela perguntou e de alguma maneira, eu sentia maldade na sua fala. Talvez fosse impressão.

-Não.- falei alto o suficiente para ela escutar diante do alto som que ecoava.

-Ah, eu duvido. É impossível não se apaixonar pelo Bieber.- ela deu de ombros e se virou, dançando com outras pessoas. Encarei Kate que me olhou com o cenho franzido.

-O que foi isso?- indaguei ainda sobre a fala da mulher de segundos atrás.

-Não esquenta, é inveja.- a loira disse rindo e eu apenas segui o seu conselho, voltando a dançar com todos.

...

Saímos da boate quando já se passava das três da manhã, e todos estavam alterados e pareciam dispostos a continuar a festa em casa.

-Posso te pedir uma coisa?- Justin cochichou no meu ouvido antes de entrarmos no seu carro, na companhia de Candy e Chaz, enquanto os outros seguiam em outro carro, assenti franzindo o cenho com a sua pergunta. -Dorme no meu quarto hoje?

Sorri com a sua pergunta, estranhando a mesma, já que isso não fazia o tipo do Justin. Assenti ainda sorrindo boba e ele devolveu o sorriso antes de sentar no banco de motorista.

Eu amava aquele sorriso.

Depois que todos se acomodaram no carro, Justin passou a dirigir na velocidade mais alta que o seu carro permitia, o que era muito, e por isso não demorou de estarmos em casa.

Quando entrei segui direto para o banheiro pois estava muito apertada para fazer xixi e não demorei para saciar minha vontade, porém antes de sair do banheiro, eu percebi que Justin e Candy conversavam no corredor e resolvi escutar com mais clareza me encostando na porta.

-Você está caidinho por ela, não é?- ela perguntou e eu ouvi um riso da parte dele.

-Está com ciúmes?

-Morrendo, Bieber.- ela respondeu com um tom risonho. -Você é todo meu.

-Eu não sou de ninguém, Candy.- ele disse e eu visualizei o sorriso provocativo que provavelmente estava estampado na sua cara nesse exato momento.

-Ela não é para você, querido.- ela disse e eu suspirei fundo, tentando não me irritar com isso, afinal eu realmente não era para ele, óbvio.

-Deixa eu adivinhar... Você que é perfeita pra mim?- indagou e eu senti deboche na sua voz.

-Você sabe que sim.- ela disse e em seguida eu ouvi uma batida na parede e um som de beijo, o que me fez abrir a porta de imediato e encarar Justin, que ao me ver, empurrou um pouco a Candy e desencostou da parede antes de ajeitar a sua postura.

-Saia daqui agora.- falei para a mulher sem dirigir o olhar para ela, e pelo canto de olho percebi que ela se distanciou e seguiu para a escada, descendo em seguida.

Ele me encarava sem saber o que eu ia fazer, e não esbanjava nenhuma reação. Acho que nem eu nem ele sabíamos exatamente como agir diante disso, porque... Não era uma traição, ou ao menos era isso que eu tentava colocar na minha cabeça, que provavelmente estava confusa por causa da grande quantidade de álcool que estava no meu corpo.  

-Entra no seu quarto.- mandei séria e ele sorriu de canto enquanto franzia os olhos. Depois de umedecer os lábios, ele seguiu reto até entrar no seu quarto e eu fiz o mesmo fechando a porta atrás de mim e o vendo sentar na cama, balançando suas pernas demonstrando uma certa ansiedade.

-Eu vou te mostrar que eu sou perfeita para você, Bieber.- falei antes de trancar a porta.


Notas Finais


E então, gostaram?
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