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História Sentimentos - Drarry - Cap 1


Escrita por: nheah

Notas do Autor


OI OI GALERINHA! Eu to aqui, depois de 818721246 anos, trazendo essa fanfic de volta, eeeee


Tipo, eu tinha apagado ela, né,pq eu me perdi no meio. Mas agora eu to trazendo de volta, revisada.

tenho 6 capítulos prontos, então vou postar um a cada sete dias enquanto escrevo o resto.

É isso, espero que gostem :)

(lembrando que é uma escrita de quase dois anos atras, então ela não é a melhor fanfic que você lerá, visto que nesses seis primeiros caps, eu quis deixar a escrita original, somente corrigindo alguns erros de português e alguns pequenos detalhes.)

Capítulo 1 - Cap 1


- CHEGA MALFOY! - Pansy gritou impaciente, tentando seu máximo para não jogar uma imperdoável no amigo. - Eu já entendi que você odeia a Weasley! Você falou isso umas 80 vezes só hoje! 

 

- Você não serve pra nada mesmo! - Draco falou levantando, pegando sua capa e caminhando em direção a saída da comunal de sua casa. 

 

- Aonde você vai? - Pansy falou virando-se na direção do amigo.

 

- Andar por ai! 

 

- Já passa da meia-noite! Eu como monitora não posso te deixar- 

 

- Não ligo! - Pansy revirou os olhos antes de correr até o amigo e parar na frente da passagem, impedindo o garoto de sair. - Sai Parkinson! - Draco falou irritado.

 

- Não vou te deixar sair essa hora, Malfoy! - Draco bufou e revirou os olhos,  tentando driblar Pansy, o que foi inútil.

 

- Sai! Ou eu vou-

 

- Vai o que Malfoy? Me bater? - Pansy falou irritada, não tinha paciência para as birras de Draco.

 

- Vai se fuder! - Ele falou se virando e andando até o sofá, se deitando e soltando um suspiro de frustração.

 

- Francamente... - Pansy falou enquanto caminhava em direção ao sofá, e ao chegar se jogou ao lado de Draco, que mantinha os olhos fechados e tinha a respiração pesada. - Vem cá, idiota. - Pansy falou batendo nas próprias coxas, para indicar a Draco que deitasse ali, enquanto Draco abria os olhos vagarosamente, apenas para poder revirá-los. - Agora! - Ela falou de forma autoritária, vendo o amigo bufar e se sentar, apenas para ir pra mais perto de Pansy, e então se deitar no colo da mesma, o que fez Pansy sorrir vitoriosa, começando a mexer nos fios loiros quase brancos de Draco, enquanto ele mantinha uma expressão não muito amigável no rosto. - Agora pode me falar o porquê de tanto ódio repentino pela Weasley fêmea? - Pansy perguntou, não pode evitar rir quando a cara de Draco se fechou mais ainda.

 

- Desde quando eu preciso de um motivo pra odiar a pobretona da Weasley?  - Draco perguntou irritado.

 

- Por acaso isso tem haver com o Potter? - Pansy perguntou, e soube que sim pelo olhar assassino que surgiu nos olhos de Draco.

 

- Aquela idiota metida à besta não larga do pé do Potter! Eu não posso xingar ele em paz sem aquela... Aquela... Trasgo fêmea ficar me impedindo, ou puxando ele pra longe, ou lançando algum feitiço em mim! - Draco falou de forma irritada, enquanto Pansy apenas ria. - DO QUE ESTÁ RINDO?! - ele gritou levantando.

 

- De você! - Ela falou entre risos. - Você ta com ciúmes do Potter! - Pansy falou rindo mais ainda, enquanto Draco arregalou os olhos.

 

- QUE?! TA FICANDO LOUCA? - Draco gritou indignado. - PARA DE RIR! - Ele disse pegando uma almofada e jogando na direção de Pansy, que continuou rindo. - PARKINSON! - Draco falou batendo o pé no chão. Ele parecia uma criança mimada quando algo não acontecia do jeito que ele queria ou quando não faziam o que ele queria. - VOCÊ É MUITO IDIOTA! NEM SEI POR QUE AINDA FALO CONTIGO! - Ele falou se virando e caminhando em direção ao seu dormitório.

 

- D-DRACO! - Pansy falou tentando parar de rir. - D-desculpa vai... É que você com ciúmes do Potter é muito engraçado! - Draco parou de andar e se virou na direção de Pansy, olhando pra ela indignado.

 

- Eu não tenho ciúmes do Potter! Eu só... Só gosto de implicar com ele, porque eu odeio ele, é isso! - Draco falou como se aquilo fosse muito óbvio, e na sua percepção, era.

 

- Não tem problema nenhum em você gostar do Potter e ter ciúmes dele, eu e os meninos somos seus amigos e vamos te apoiar sempre, cê sabe né? - Pansy falou finalmente parando de rir, levantando e indo na direção de Draco, que permaneceu parado no lugar, mais vermelho que um tomate.

 

- Eu não sou gay! E muito menos gosto do Potter, que nojo! Eu o odeio! - Draco falou de forma nervosa, o que fez Pansy rir.

 

- Eu já sabia que gostava do Potter, estava bem óbvio na verdade. Só tava esperando você me contar-

 

- Eu NÃO gosto dele! - Draco falou irritado.

 

- Eu te conheço desde que tínhamos seis anos, você só engana a si mesmo e sabe disso. - Pansy falou pegando nas mãos de Draco. - Ta tudo bem! Não precisa esconder isso de mim! 

 

- Pansy! Eu nã-

 

- Okay Malfoy! Quer se enganar, lutar contra isso, esconder, tudo bem! A vida é sua, tente se enganar o quanto quiser! - Pansy falou irritada, soltando as mãos de Draco e passando por ele, indo em direção ao seu dormitório.

 

 

 

...

 

- VOCÊ DEVIA DESCANSAR UM POUCO! - Blásio gritou das arquibancadas, bufando ao não receber resposta alguma de Draco, que insistia em ficar ali correndo pelo campo, mesmo depois de Snape o ter proibido de passar mais de duas horas ali por dia. - DESSE JEITO EU SEREI OBRIGADO A CHAMAR O PROFESSOR SNAPE E CONTAR QUE VOCÊ PASSOU PRATICAMENTE O DIA TODO AQUI DE NOVO! - Blásio falou em tom de ameaça, balançando a cabeça negativamente ao ver que o amigo ao invés de parar de correr, apenas aumentou a velocidade. 

 

Blásio não entendia da onde o garoto estava tirando tanta energia, pois estava treinando todos os dias, durante todos os intervalos, durante o fim de semana todo e até durante algumas aulas. O professor Snape tinha o proibido de ficar no campo treinando por mais de duas horas por dia, falando que ele devia se alimentar direito, participar de todas as aulas e principalmente, descansar. Ele disse também que se ele não fizesse isso, seria obrigado a o proibir de jogar quadribol e até mesmo de entrar no campo até o final do ano letivo, ou seja, por quatro meses. Mas o garoto se recusava a obedecer às ordens de Snape, o que era no mínimo estranho, já que alem de diretor da Sonserina, Snape era o padrinho de Draco, e Draco sempre o obedeceu e respeitou.

 

- EU TO FALANDO SÉRIO MALFOY! - Blásio insistiu pela décima vez, perdendo totalmente a paciência quando foi novamente ignorado por Draco. Tirou sua varinha do bolso e a apontou para Draco, lançando contra ele um feitiço que fez com que Draco tropeçasse e caísse no chão.

 

- ZABINI! - Draco gritou irritado, sentando no chão e massageando o cotovelo, que estava ralado pela queda. - IDIOTA! OLHA O QUE VOCÊ FEZ! - Draco falou enquanto levantava do chão, porém Blásio o lançou um feitiço não verbal, que fez com que Draco não conseguisse se mover da cintura pra baixo, assim o impedindo de levantar. Draco lançou um olhar quase mortal para Blásio, que abriu um sorriso debochado enquanto se aproximava de Draco, que, no entanto levou a mão até o bolso, tirando dele sua varinha, apontando-a a Blásio, que, porém foi mais rápido, lançando um "expelliarmus" em Draco, jogando a varinha dele para longe. 

 

- Se acalma um pouco, você ta aqui desde que as aulas acabaram. Já fazem mais de duas horas. Você deveria me agradecer por não ir chamar o professor Snape. - Blásio falou em tom serio enquanto sentava-se ao lado de Draco, o que fez o loiro bufar. - Você sabe que isso não vai funcionar né? - Blásio falou vendo o amigo apoiar as mãos no chão, na intenção de tentar se levantar. Revirou os olhos para a falta de resposta de Draco, que continuou tentando, mesmo sabendo que era em vão. - Por que você é tão teimoso? - Blásio perguntou enquanto Draco apenas lhe mostrou o dedo do meio. - Eu desisto de você! - Blásio falou se levantando e caminhando até a varinha de Draco, pegando-a e colocando no bolso, logo em seguida voltando e ficando de frente para Draco. - Eu, a Pansy, o Crabbe e o Goyle estamos preocupados com você, e queremos te ajudar, mas você precisa explicar o que ta acontecendo pra isso. Então caso queira conversar, estamos a sua disposição. - Blásio falou dando um sorriso e oferecendo a mão para Draco apartar. Draco observou a mão de Blásio por alguns segundos, até se dar por vencido e acabar apertando a mão do mesmo. - Te vejo no jantar. - Blásio falou se virando e começando a sair dali, enquanto Draco arregalava os olhos.

 

- Que?! - Draco falou indignado. - Onde pensa que vai?! Me tira daqui e devolve minha varinha! - Draco falou voltando a tentar se levantar, não tendo sucesso, enquanto Blásio ria de forma sarcástica.

 

- Você gosta tanto de ficar aqui... Pode ficar por mais trinta minutos quando acaba a duração do feitiço, ou até lembrar o contra-feitiço! - Blásio falou em tom sarcástico, começando a caminhar mais rápido.

 

- ZABINI! ME TIRA DAQUI, EU TO FALANDO SÉRIO! - Draco gritou entredentes, não estava acreditando que Blásio realmente o deixaria ali, mas teve certeza que era exatamente o que ele faria quando o viu sumir de sua vista. - FILHO DA... URG! VOCÊ ME PAGA SEU INFELIZ! - Draco gritou tentando se levantar, mas sabendo que não conseguiria, começou a tentar lembrar o contra feitiço, desistindo cinco minutos depois, resolveu esperar o tempo passar, pois estava exausto... Fazia uma semana que não conseguia dormir direito e passava grande parte de seus dias treinando ou fazendo exercícios, e a culpa era toda da infeliz da Parkinson! 

 

Desde aquela conversa idiota que havia tido com a garota há exatamente uma semana, ele começou a se questionar sobre coisas que sempre achou ter total certeza, como sua sexualidade e principalmente seus sentimentos em relação ao maldito grifinório dos olhos bonitos, vulgo Harry Potter. 

O problema era que ele não queria pensar sobre aquilo, então começou a tentar evitar toda e qualquer coisa que tivesse a ver com o maldito garoto-que-sobreviveu, e por esse motivo começou a focar totalmente em treinar, mas ele sabia que isso não seria o suficiente, então começou a faltar todas as aulas conjuntas com a Grifinória e evitar qualquer contato com o garoto... Poderíamos o chamar de covarde por querer evitar seus sentimentos, mas sejamos justos, gostar do inimigo mortal do Lord Das Trevas, a quem seu pai era leal, não era exatamente a coisa mais... Segura pra ele... Além do fato dele ser sonserino e o Harry grifinório, e claro, também pelo fato deles serem garotos e muito provavelmente Potter ser hétero... Claro, também tinha a parte de Draco que simplesmente achava tudo aquilo ridículo, ele não podia estar apaixonado por seu inimigo... Podia...?

Bem, pelo menos evitar o Harry estava sendo melhor pra evitar pensar de mais, afinal, o que os olhos não vêem o coração não sente, certo? ...

Errado! Evitar o garoto e todos aqueles supostos sentimentos só o deixava mais e mais confuso em relação ao grifinório, e ele sabia que não podia o evitar pra sempre. Mas o que ele poderia fazer? Seguir a vida e fingir que nada estava acontecendo? Ele conseguiria fazer isso? Será que só estava confuso? Eram tantas perguntas e nenhuma resposta...

 

- Draco Malfoy! - Draco foi tirado de seus pensamentos de repente por uma voz familiar, e assim que olhou pra frente levou um grande susto, pois a sua ali estava professor Snape, vulgo seu padrinho, que não parecia nada feliz de o ver ali.

 

- P-padrinho... - Draco falou abrindo um sorriso amarelo, que logo sumiu quando o professor soltou um suspiro de desaprovação. 

 

- Na minha sala! - O professor falou virando-se e começando a caminhar. Draco engoliu em seco, antes de levantar, se surpreendendo ao descobrir que o efeito do feitiço já havia acabado... Por quanto tempo ele havia ficado ali? Ele não sabia dizer, só sabia que provavelmente por muito, pois o céu já estava deveras escuro...





...

 

 

- Por favor, eu juro por Merlin que não vai mais acontecer! - Draco pedia desesperadamente.

 

- Eu avisei que isso aconteceria, agora lide com isso. - Snape falava enquanto se levantava e caminhava até a porta.

 

- Por favor, padrinho, Eu faço alguma coisa, qualquer coisa! Mas não me proíba de jogar! Meu pai vai ficar uma fera! - Draco disse parando em frente à Snape, o impedindo de passar. - Por favor... - Depois de alguns segundos encarando Draco, Snape suspirou, fechando os olhos e balançando a cabeça negativamente.

 

- Eu... Lhe darei mais uma chance. A última! - Draco então abriu um grande sorriso. - Você não poderá faltar a mais nenhuma aula até o final do ano letivo e ficará em detenção todas as noites a partir de amanhã até o final do mês. Caso não faça isso, além de ser suspenso dos jogos, você será proibido de sair do castelo até o final do ano letivo. 

 

- Obrigado! Muito obrigado mesmo, prometo não decepcionar você de novo! - Draco falou em tom contente.

 

- E lembre-se! Duas horas por dia no máximo no campo, com exceção do dia antes do jogo. Agora pode ir. - Draco concordou com a cabeça antes de se virar e sair da sala, extremamente aliviado. 

 

Draco julgou que era hora do jantar, pois não viu uma sequer alma viva pelo corredor. 

Não estava com nenhum pouco de fome, então decidiu ir direto pra comunal de sua casa, pois estava morrendo de sono, e tudo que queria era um banho quente e sua cama, já que não poderia fugir das aulas do próximo dia, e para seu desgosto, os primeiros três horários eram junto com a Grifinória... 

Ele balançou a cabeça, tentando afastar aqueles pensamentos, pois sabia que eles chegariam a certo grifinório dos olhos verdes e cabelos bagunçados, e esses pensamentos eram a ultima coisa que queria ter que se preocupar no momento.

Mas desde quando o destino era legal com o menino dos cabelos loiros? Se você respondeu "desde nunca", você está certo, pois o destino parecia empenhado em arruinar a vida de Draco... 

Por quê? Porque no final do corredor em que Draco era obrigado a passar para poder seguir seu caminho, vinha a pessoa que Draco menos queria ver... 

Ao ver o grifinório vindo em sua direção, provavelmente indo jantar, Draco congelou. 

Ele pensou em dar meia volta, mas não queria deixar tão obvio que estava "fugindo" de Potter... Pensou também em fingir estar distraído com alguma coisa, mas seria mais ou menos: "Olha que legal essa parede que é literalmente igual a todas as outras, que interessante...!" Ou: "Uau, esse quadro fala? Nem tinha percebido!”... 

Percebeu então que o garoto estava distraído olhando para um livro, então era a oportunidade perfeita de simplesmente passar pelo garoto e fingir que nem o tinha visto, e foi isso que decidiu fazer, e começou a caminhar calmamente... Porem...

 

- Harry! - Gina gritou de repente, chamando a atenção de Harry e de Draco. - Eu estava te procurando. - A menina falou passando ao lado (vulgo quase em cima) de Draco, quase o derrubando.

 

- Descul-

 

- Você não tem olhos não Weasley?! - Draco perguntou levando a mão até o ombro onde a garota tinha batido. - Achava que o cego era o idiota do seu namoradinho, mas pelo visto você também é! - Draco se sentiu totalmente desconfortável em se referir ao Potter como namoradinho da Weasley, mas tentou não focar nisso, não era hora. 

 

- Foi um acidente Malfoy! Deixe de ser tão insuportável! - Harry falou puxando Gina pelo braço e se colocando na frente da menina. 

 

"Por que ele tem que defender essa idiota?" Foi o que Draco pensou.

 

- Não me lembro de ter te chamado no assunto Potter! - Draco quase cuspiu as palavras. 

 

- Você não precisa me chamar no assunto quando se trata de defender minha amiga de você. - Draco por algum motivo ficou estranhamente feliz por Harry se referir a Gina como "amiga", mas essa felicidade acabou quando Gina segurou a mão de Harry e cochichou um "deixa ele pra lá", e piorou quando Harry sorriu pra ela.

 

- Eu não vou perder o meu tempo discutindo com dois idiotas como vocês. - Draco falou entredentes voltando a caminhar. Não queria ficar ali nem mais um segundo. 

 

 

...

 

- Draco! - O loiro olhou em direção ao chamado, vendo Pansy parada perto da entrada da comunal. A garota tinha um braço enfaixado e algumas marcas roxas no rosto, o que deixou Draco assustado.

 

- Pansy! - O menino gritou e saiu correndo até a garota. - O que houve?! - O garoto perguntou um pouco (muito) desesperado. 

 

- Eu cai nas escadas. - A menina falou e abriu um sorriso, enquanto Draco a lançou um olhar de reprovação. - Que foi? Vai me dizer que isso nunca aconteceu com você?

 

- Isso nunca aconteceu comigo. - O menino falou cruzando os braços.

 

- Tanto faz, só me leva até meu dormitório! - A menina falou passando os braços em volta do pescoço de Draco.

 

- Deixa de ser folgada, eu to morrendo de cansaço! - O menino disse revirando os olhos.

 

- Qual é? Eu cai da escada! - A menina disse fazendo biquinho e Draco suspirou, se abaixando e passando os braços em baixo das pernas de Pansy e a pegando no colo, em estilo noiva. A garota abriu um sorriso vitorioso e Draco bufou, começando a caminhar em direção ao dormitório da garota.

 

 

...

 

 

- E então... Quer me contar onde se meteu durante o jantar? - Pansy perguntou enquanto se ajeitava ao lado de Draco em sua cama.

 

- Não. - Draco falou de forma simples, e recebeu um tapa no braço vindo de Pansy. - Ai, eu tava brincando! - O garoto falou passando a mão em cima do local onde havia levado o tapa. - Eu estava na sala do meu padrinho, ai quando sai como não estava com fome vim direto pra cá.  

 

 

- Na sala do Snape? Não me diga que...

 

- Não, eu não fui proibido de jogar, mas eu não posso faltar mais nenhuma aula até o final do ano letivo, tenho detenção todas às noites a partir de amanhã até o fim desse mês e não posso passar mais de duas horas no campo. 

 

- Acho justo. - Pansy falou de forma séria, recebendo um olhar de desaprovação de Draco. - O que? Você não sai mais daquele campo, nem comer direito não come... Na real, o que ta acontecendo contigo? - Pansy perguntou de forma séria. 

 

- A culpa é toda sua na verdade. - Draco falou de forma recriminatória e recebeu um olhar confuso de Pansy.

 

- Minha?

 

- Sua! 

 

- Minha por quê? - Ela questionou cruzando os braços e olhando atentamente para Draco.

 

-  Porque desde aquele dia na semana passada que você falou que eu gosto do Potter eu não paro de pensar nisso! E eu não consigo encarar o maldito sem ficar confuso! - Draco falou de forma irritada, enquanto Pansy apenas o encarava, tentando processar o que tinha ouvido, e quando enfim entendeu, começou a rir, o que deixou o amigo vermelho de raiva e vergonha ao mesmo tempo.

 

- D-depois... Depois diz que não... - A menina tentava finalizar a frase, o que era difícil, pois ela não parava de rir. - Depois diz que não gosta dele! - Pansy falou respirando fundo, tentando se acalmar.

 

- E não gosto! - ele falou cruzando os braços.

 

 

- Não vou discutir isso com você, você sabe que gosta, só não quer aceitar e admitir. - A garota falou conseguindo enfim parar de rir. - Não sei do que tem medo...

 

 

- Ah não sabe? - O garoto falou levantando e ficando em frente à garota. - Que tal o fato de que meus pais são homofóbicos? Ou o fato de o Potter ser hétero? Ou o fato de que a comunidade bruxa em geral é homofóbica? Ah! Ou então o fato de o Potter ser APENAS o inimigo mortal do Lord das trevas, que é SÓ o cara que LITERALMENTE manda no meu pai? - Draco falou andando de um lado para o outro. Ele já não aguentava mais evitar tudo o que estava sentindo e precisava colocar aquilo pra fora. - Eu não posso gostar dele Parkinson! Eu literalmente não posso! Até semana passada eu tinha total certeza que eu era hétero e que eu odiava o Potter, e então de repente todas as minhas certezas viraram poeira, e mais e mais dúvidas estão surgindo! E pra me ajudar ainda por cima eu vou ser obrigado a voltar a ir a todas as aulas e consequentemente ver ele nelas! - Draco falou e enfim parou de andar, passando as mãos pelo cabelo. - Ta tudo tão confuso... - O garoto falou em um tom quase inaudível, e parecia que a qualquer momento ele iria começar chorar... Pansy agora se sentia culpada por ter deixado o amigo passar por essa semana sozinho... Devia ser (e realmente era) sufocante ter todas suas certezas quebradas de uma hora pra outra e não ter ninguém ali pra ajudar a tentar achar novas respostar, ou simplesmente estar ali para o ouvir.

 

- Draco eu... - A menina levantou com um pouco de dificuldade e se aproximou do amigo. - Me desculpa, eu não sabia... - A menina não sabia o que falar pra acalmar o garoto, então simplesmente o abraçou.

 

- T-tudo be- - Ele não conseguiu terminar de falar, pois lágrimas já escorriam de seus olhos. Ele nem tinha se dado conta do quanto tudo aquilo estava dolorido para si mesmo... Passou tanto tempo tentando não pensar naquilo que não percebeu que não pensar apenas o deixava pior... 

 

Draco apenas se deixou chorar tudo o que havia guardado durante todo aquele tempo, e Pansy apenas ficou ali, afinal, não podia cometer o erro de deixá-lo se afogar nos próprios sentimentos... Não de novo.


Notas Finais


eras isso por hoje, tchau!


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