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História Sentimentos Inesperados - Tratamento


Escrita por: JonB

Notas do Autor


Demorei mais do que esperava para postar, mas pra compensar tá ai um capitulo grande para vocês.
Boa Leitura!

Capítulo 11 - Tratamento


Fanfic / Fanfiction Sentimentos Inesperados - Tratamento

Sentimentos Inesperados

Capítulo XI

Tratamento

     Naruto sentia seu corpo dormente e formigando, não tinha forças para abrir os olhos, ao mesmo tempo em que os sentia pesados como se estivesse com sono. Ele tentou se mover impondo comandos ao corpo com o máximo de vontade e força, mas sem sucesso. Abriu os olhos e era o mesmo que deixá-los fechados, tudo estava escuro e uma agonia lhe sobre veio por isso. Era como estar tendo uma paralisia do sono, e ele já teve inúmeras vezes, porém ao mesmo tempo que parecia Naruto de alguma forma sabia que não era.

     Desistiu de tentar se mexer e aceitou a sonolência que lhe sobre vinha, fechando os olhos enquanto a escuridão o engolia.

     Num súbito ele acordou, abriu os olhos e novamente a escuridão, porém ele sentiu suas costas molhadas com um frio percorrendo todo o seu corpo. O liquido que supostamente o molhava entrava pelos seus ouvidos e encharcava seus cabelos. Forçou novamente comandos ao corpo e para sua surpresa e felicidade, ele correspondeu, primeiro com movimentos simples até poder se erguer sentado. A escuridão aos poucos foi cessando e percebeu estar numa gigantesca sala com uma abatida iluminação refletindo na água numa cor amarelo fosco.

     Naruto conhecia muito bem aquele lugar.

- Foram tantas noites sem dormir que você deve ter recompensado tudo de uma vez. – disse uma voz rouca e grossa atrás de Naruto. O mesmo virou o rosto ainda sentado e sorrio ao ver que era Kurama. – Você quase me fez sentir inveja.

- Talvez, seja por que sou o Jinchuuriki de uma bijuu que só dorme. – retrucou Naruto.

     Kurama deu um riso de nariz. Ela estava deitada com a cabeça descansando sobre as patas dianteiras, e de olhos fechados.

     Naruto olhou para as mãos e depois para o próprio corpo percebendo estar usando uma camisa branca larga e calça azul claro também larga.

- O que aconteceu, Kurama? – indagou se levantando. O som da água caindo ao se levantar ecoava na enorme sala. – Me lembro de vencer Toneri, da enorme dor e depois tudo está em branco. – continou indo em direção a Bijuu que permanecia de olhos fechados, mas atenta à voz de Naruto.

- Muita coisa aconteceu, Naruto. Você não se lembra por que desmaiou e está nesse momento no hospital há alguns dias desacordado. – revelou Kurama. Naruto ao chegar próximo, sentou apoiando as costas no queixo da Bijuu, sentindo os grossos pelos dela acariciando suas costas.

- Como assim?

     Kurama explicou e contou tudo ao Naruto. Do momento que ele desmaiou até a conversa com Tsunade e Kakashi. O loiro já desconfiava há um bom tempo que não estava muito bem, mas nunca imaginou ser acometido de uma doença tão poderosa, muito menos que poderia morrer por causa dela. Os diversos pensamentos e indagações invadiram sua mente:

“Vou sobreviver? Se eu não conseguir, não poderei me tornar Hokage e nem proteger a vila. Deixarei meus amigos, a aliança Shinobi e as bijuus. Não posso permitir isso!”

- Calma, seu amigo Uchiha foi junto com alguns outros ninjas atrás da cura. – falou Kurama percebendo que o silencio do loiro era por estar pensativo. – Em breve devem voltar.

- Não posso morrer agora, Kurama. Seria muito ruim para a aliança Shinobi, também não quero morrer por uma doença. – confessou Naruto afundando a cabeça nos pelos da Bijuu.

- E não irá! Você já enfrentou adversários piores...

- Mas todos eles eu conseguia revidar, como se ataca algo que nem tem uma forma física?

- Vai desistir? É isso que quer disser? – perguntou Kurama finalmente abrindo os olhos e olhando para seu Jinchuuriki.

- Não, você sabe que não vou desistir. – respondeu suspirando em seguida. - Só estou desabafando com um amigo, posso?

- Desabafar você pode, choramingar não. – provocou Kurama. Naruto sorrio com a provocação.

- Deixe de ser tão ranzinza... – brincou o loiro vendo a bijuu mostrar os dentes rosnando numa falsa demonstração de raiva. 

     O rosnar ressoou na escuridão, ecoando pelas paredes.

     Naruto pensou consigo mesmo quantas coisas tinham acontecido em sua vida parando para analisar; ele perdeu os pais, Jiraya e Neji, foi negado pela vila e boa parte da infância passou sozinho, e mesmo assim nunca acusou a vida de injusta, mas ser acometido por uma doença daquele jeito após tantos sacrifícios, lutas e esforços para estar vivo o fez querer gritar com toda a sua força e raiva o quão injusto era.

- Você devia voltar logo, ficar deitado numa cama de hospital não vai melhorar sua condição. – recomendou Kurama. – Você está fazendo drama demais, é patético.

- Olha quem fala... – retrucou a olhando de soslaio. – Mas está certa, Kurama.

     Naruto se levantou respirando fundo com as mãos na cintura.

- Obvio que estou. – disse a Kurama com um fino sorriso presunçoso fechando os olhos.

- Raposa idiota... – sussurrou Naruto após uma rápida revirada dos olhos.

- Eu escutei!

- Foi pra escutar mesmo!

     Kurama abriu apenas uma pálpebra, mostrando o carmesim escuro de seu olho e encarando Naruto. O mesmo também a encarava sem recuar, e o loiro sabia o que viria em seguida.

     Risadas.

- Baka! – chamaram um ao outro após rirem.

- Escuta, Naruto! – disse a bijuu atraindo a atenção dele. – Preste atenção no que Tsunade irá falar sobre seu tratamento, a sua vida agora não só depende de encontrarem a cura... – ela deu uma pausa antes de voltar a falar. - ...mas também dos próximos dias. Você ficará limitado e sobre cuidados para que os sintomas da doença não o prejudiquem mais ainda.

- Entendo. – falou Naruto respirando fundo em seguida. – Mais um obstáculo para ser vencido, não é? – indagou sorrindo, e Kurama concordou com um aceno de cabeça.

     Tudo novamente voltou a ficar em plena escuridão, com o corpo de Naruto voltando a ficar pesado. Ele tinha noção de estar deitado sobre algo macio, seu pescoço sobre o que ele deduzia ser um travesseiro. O ambiente a sua volta estava frio, sentindo alternadamente uma rajada de vento gélido percorrer suas pernas.

     Sentiu que havia um tecido fino sobre seu corpo, concluiu ser um lençol.

     Após alguns segundos seu corpo pareceu ficar mais forte e rígido. Mandou comandos para as pernas e braços sentindo-os se movimentando para em seguida finalmente abrir os olhos.

     Percebeu estar num quarto hospitalar, tinha estado tantas vezes naquele hospital que o conhecia bem, apesar de que o quarto parecia bem mais sofisticado. Há três anos atrás não havia ar-condicionado (de onde vinham as rajadas de vento), muito menos camas tão altas e reconfortáveis como aquela que residia deitado.

     Olhou para o lado direto vendo uma janela de vidro fechada, porém com as cortinas abertas permitindo que toda a luz de fora entrasse no quarto. Depois virou a cabeça para a esquerda vendo no criado-mudo algumas flores amarelas num jarro, enfeites e para sua surpresa a bandana riscada do Sasuke. Haviam também dois porta-retratos com fotos dele junto com todos seus amigos e isso o fez sorrir levemente.

     O som de um clic chamou a atenção de Naruto, ele procurou de onde vinha e viu ser de um aromatizador automático de ambiente no fundo do criado, que perfumava o quarto com um aroma de laranjeiras.

     A porta do quarto foi aperta e por ela passou uma moça trazendo uma trouxa de lençóis devidamente dobrados. Ela parecia estar tão imersa em seus próprios pensamentos que não percebeu Naruto acordado. Ela colocou a trouxa sobre um balcão na parede do lado da porta e de costas começou a analisar sua prancheta.

     O loiro resolveu então tirar proveito da situação.

- Ohayō!! – falou com intensidade fazendo a moça se sobressair num agudo e baixo grito de susto e virando o corpo em direção a ele. Ela tinha uma mão segurando a prancheta contra o peito e a outra na boca, lhe olhando com as sobrancelhas arqueadas.

     Naruto tinha um sorriso brincalhão no rosto.

- Eu... Eu não vi que tinha acordado, Naruto-san. – disse a moça se recobrando do susto. – Peço desculpas...

- Não precisa, deve ter virado costume seu entrar aqui e me ver dormindo todo dia e por isso não prestou atenção. – tranquilizou Naruto. – Há quanto tempo eu estava desacordado?

- Há quatro dias. – respondeu a moça.

     O loiro levantou as sobrancelhas surpreso com a quantidade de dias.

“Realmente Kurama estava certa, a doença levou meu corpo a exaustão extrema, associado às noites sem dormir resultaram nisso.”, refletiu.

- Irei chamar Tsunade... – avisou a moça.

-Não! Primeiro me diga seu nome. – pediu Naruto. E o mesmo viu as bochechas dela ganharem uma leve coloração vermelha e em seus olhos uma sutil animação.

- É... Kin. – contou abraçando a prancheta contra o corpo. Naruto procurou um relógio no quarto e encontrou um simples redondo de cor branca na parede de frente a sua cama. Eram dez da manhã.

- Não precisa chamar Tsunade, chame Ino Yamanaka. – pediu e ele jurou ter visto o brilho nos olhos de Kin se apagarem e um leve semblante de frustração em seu rosto.

- Ok. – respondeu em tom vazio. Ela se virou e caminhou até a porta saindo.

     Naruto não sabia, mas chutou que Sakura tinha ido junto do grupo atrás da cura, então ele presumiu que Ino ficaria em seu lugar no Hospital e que provavelmente seu turno seria de manhã como sempre foi quando substituía alguém. Era um chute que acreditava ter acertado já que a moça saiu parecendo saber que Ino estava no Hospital e onde ir encontrá-la.

     Haviam espécies de fios grudados ao seu pulso, peito e dedo indicador. Os retirou com cuidado se sentando na beirada da cama. Ele reparou que no meio de seu peito havia um cicatriz com vários pontos se cauterizando. Olhou para as próprias mãos e as apertando em forma de punho repetidas vezes, se sentia muito bem, como não vinha há muito tempo, nem parecia estar com uma doença mortal.

     Esticou-se e pegou a bandana no criado, ele entendeu imediatamente o porquê de Sasuke ter deixado-a, era uma prova que voltaria apenas quando estivesse em posse da cura. Alisou com os dedos a superfície metálica da bandana sabendo que se Sasuke queria algo ele conseguia e por isso se tranquilizou ainda mais.

     Após vários minutos de espera, a porta foi aberta lentamente e aos poucos por ela Ino passava olhando fixamente para Naruto. Ela estava com uma saia na altura dos joelhos de cor lilás, a mesma cor de sua blusa com um tênue decote e por cima disso tudo um jaleco. Ino fechou a porta atrás de si e se recostou nela com os braços para trás. Os dois não falavam nada, mas Naruto tentou ao máximo expressar com o olhar, o quão arrependido estava por ter mentido para ela.

     Ele se levantou, ficando em pé e com uma mão na nuca, disse:

- Ino, eu... – tentou falar, mas foi parado ao ver que ela colocou o dedo indicador na boca mostrando que ele devia ficar em silencio.

     A loira se desencostou da porta caminhando em direção ao Naruto com seus passos firmes e apressados. Quando chegou de frente a ele, Ino o abraçou, apertando-o com seus braços. Ela depositou a cabeça no vão de seu pescoço, dizendo próximo ao seu ouvido.

- Nunca mais me assuste assim de novo, seu baka! Eu pensei que você ia... – Ela o apertou ainda mais não conseguindo terminar a frase. Ele percebeu que ela fungava, sentiu que lagrimas desciam pelo rosto dela, tocando a pele de seu pescoço. Naruto retribuiu o abraço passando um braço pela magra cintura dela, a puxando mais contra si, e tocando nos sedosos fios loiros de seu cabelo que se estendiam por suas costas.

- Shh!Eu prometi, não prometi? – indagou Naruto colocando sua mão livre atrás da cabeça dela. - Não vou morrer tão cedo. – confortou após depositar um beijo no topo de sua cabeça. O perfume suave de seu cabelo invadiu as narinas de Naruto e ele anotou mentalmente o quanto amava aquele aroma. – Eu sentiria muita sua falta, de conversar com você e de ouvir sua risada. Mas claro que eu trocaria isso, se houver ramén de graça no paraíso. – concluiu brincando e ouvindo a risada abafada dela contra seu pescoço.

    Um sorriso cresceu nos seus lábios enquanto abraçado a ela. Naruto desceu a mão de detrás da cabeça dela e começou a acariciar suas costas. Uma sensação boa percorreu seu corpo e seu coração parecia queimar.

     Seus corpos encaixavam perfeitamente enquanto abraçados e um sentimento de proteção e carinho para com ela só aumentavam.

     “Eu poderia passar o dia todo abraçado com ela.”, pensou.

     Para sua tristeza e raiva alguém bateu na porta interrompendo o momento. De imediato Ino se desvencilhou de Naruto, porém não totalmente, ele ainda segurava a lateral de sua cintura e ele não desejava solta-la. Ela tentou deixar o rosto o mais formal possível, enxugando e retirando o rastro das lagrimas nas bochechas. E Naruto a ajudou usando o polegar, tocando na pele alva e macia do seu rosto.

     Ela parecia tão delicada naquele momento, como uma flor, uma bela flor que Naruto desejava com todo o seu empenho, cuidar. Com esse movimento Ino parou, fixando os olhos nele e o loiro retribuiu o olhar. Naruto se perdeu no azul dos olhos dela, mesmo eles com um pouco de vermelhidão por causa das lagrimas, ainda eram lindos. Tudo nela era lindo para ele, seus olhos, seus cabelos, sua pele, seu sorriso, sua boca, e nesse último foi para onde Naruto baixou o olhar.

     Ino estava tão próxima que uma vontade de beija-la, inexpressiva em palavras, lhe sobreveio. Seus próprios lábios pareciam clamar por tocar nos dela.

- Com licença... – Escutou-se a voz arrastada de Kakashi no quarto, entrando pela porta com as mãos no bolso. – Interrompo alguma coisa?

     Os dois desviaram o rosto para o Rokudaime ao ouvirem sua voz. O olhar dele foi para o braço de Naruto ainda envolto na cintura de Ino, e o quão próximos ambos estavam um do outro, quase colados. O loiro percebeu o olhar e instantaneamente tirou a mão da cintura de Ino e do seu rosto, a colocando atrás da nuca claramente constrangido. Ino parecia meio atordoada e também constrangida, se afastando com dois passos para trás.

- Não. – respondeu Naruto agradecendo mentalmente ao Kakashi. Se ele não tivesse aparecido, provavelmente teria feito algo que talvez acabasse se arrependendo depois.

- Está tudo bem, Ino? – perguntou Kakashi percebendo ainda resquícios de choro no rosto da loira.

- Sim! Só me emocionei um pouco ao encontrar Naruto acordado. – respondeu ela dando um sorriso feliz. Não um sorriso apenas de boca, mas um daqueles sinceros que faz quase todos os músculos do rosto se contraírem.

- Entendo. – disse kakashi alternando o olhar entre os dois de forma nada discreta. – Nem Shikamaru se esforçando ficaria tanto tempo numa cama, foram quase cinco dias você apagado. Seu corpo estava realmente no limite da exaustão.

- É, acho que sim.

     Com a porta aberta se tinha visão do corredor com suas paredes brancas. Pessoas de jalecos passavam indo e vindo pelo corredor. Uma delas era a Kin, atrás dela vinha Tsunade, a mesma despediu a moça e Naruto viu Kin erguer o olhar parecendo procurar algo ou alguém dentro do quarto. Tsunade entrou e fechou a porta, se aproximando, até ficar ao lado de Kakashi.

- Bom dia, Naruto. Vejo que acordou.

- Ah, ele acordou muito bem. – infatizou Kakashi com um leve tom sarcástico na voz que não passou despercebido por ninguém. Tsunade pareceu finalmente perceber sua ex-pupila ali, envergonhada após o comentário do Rokudaime.

- Interessante Naruto, você chama Ino primeiro, invés de mim? – indagou Tsunade cerrando o olhar.

- Eu sabia que a senhora iria me dá uma bronca por não ter relatado nada sobre os sintomas antes da missão. Quis adiar o inevitável. – respondeu firme, deixando o seu rosto mais fechado possível. Não tinha gostado nem um pouco do sarcasmo na voz de Kakashi.

- Que convincente, não acha ela ser chamada primeiro. – Naruto olhou com os olhos estreitos para seu Hokage.

- E você, Rokudaime? Tem papeis para assinar não? – indagou e as loiras no quarto levantaram as sobrancelhas surpresas. Poderia parecer desrespeitoso a forma como tinha falado, mas Naruto tinha intimidade suficiente para fazer aquilo, a prova disso veio com o sorriso atrás da máscara que o Kakashi deu.

- Ter eu tenho, mas você é mais importante agora. – retrucou indo se sentar numa poltrona em frente a cama. – Pedi a Godaime para chamar-me quando você acordasse.

- Fui informada primeiro, porém solicitei a Kin para imediatamente chamar Tsunade-sama. – falou Ino em tom neutro e profissional.

- Bom... ter você aqui vai nos poupar tempo. – disse Tsunade. - Sente-se Naruto, precisamos conversar.

- Kurama já me revelou tudo. – disse se sentando. – Sobre a doença, os sintomas, onde possivelmente está a cura e tudo mais.

- Ótimo! Vai nos poupar mais tempo ainda. – falou Kakashi. – Enviei um grupo de pesquisa para trazer a cura. Você já deve saber quem são os membros do grupo.

- Kurama sabia apenas do Sasuke, mas acredito que Sakura também foi, já que ela não está aqui.

- Verdade. Sai junto de Toneri também foram. – revelou Kakashi.

- Toneri?! Como assim? Mas ele...

- ...está sob vigilância de Sasuke tendo aparentemente se arrependido do que fez, e concordou em nos ajudar para diminuir sua punição.

- Entendo.

     Tsunade se aproximou de Naruto, ficando de frente para ele.

- Como se sente?

- Bem... ótimo na verdade. – respondeu. - Nem parece que estou com uma doença mortal. – disse com ironia.

- O tempo desacordado foi bom para reabastecer e fortalecer seu corpo.

- Será que voltarei a não conseguir dormir como antes?

- Acredito que de início não. Mas em breve os sintomas irão voltar, pra isso nós temos um remédio especifico para te ajudar a dormir, ele fará parte do tratamento.

Naruto se lembrou que Kurama havia falado sobre seu tratamento e quão importante ele seria.

- Já que sabe de tudo, então deixarei a cargo de Ino lhe informar sobre o tratamento. Ela junto de Sakura são as chefes da ala de doenças raras, sendo assim você é atualmente paciente de Ino, ou seja, você é responsabilidade dela agora.

     Ino ao fundo deu um sorriso de lado pra ele.

- Nós não temos muito o que fazer a não ser retardar o avanço da doença, como também diminuir os danos causados ao seu corpo pelos sintomas. O tratamento vai servir para isso, porém você também terá algumas restrições. – revelou Tsunade cruzando os braços.

- Quais?

- Primeiro, você está proibido de usar chakra até estar curado. Seu sistema circulatório de chakra é o principal canal por onde a doença age. Quanto mais chakra você usar, mas danos ao sistema circulatório acontecerão, acelerando o processo da inutilização de chakra e de estragos aos seus órgãos.

- Nem mesmo para concentra-lo em alguma parte do corpo você poderá. E por segurança haverá alguém que estará te vigiando para caso você se esqueça dessa restrição. – falou Kakashi.

     Naruto franziu o cenho.

- Não preciso de babá. – retrucou levemente aborrecido.

- Verdade. É um adulto agora, porém continua sendo negligente consigo mesmo, a prova disso é que não procurou o hospital quando os sintomas começaram a aparecer. Você desmaiou naquele dia do sequestro não foi?

     Suspirou desviando o olhar.

- Foi. – confirmou a contra vontade.

- Devia ter contado a verdade. Talvez não estivesse nessa situação agora...

- Não preciso de um sermão, sei muito bem que errei, e você como ninguém Kakashi-sensei sabe o que é errar.

     Naruto pensou consigo mesmo que talvez agora tenha realmente faltado com respeito ao ver o seu antigo sensei franzindo a testa.

- Peço perdão a vocês três por ter escondido minha situação, de verdade. Porém não me arrependo do que fiz. – afirmou alternando o olhar entre os três. - Não só o mundo Shinobi como a Terra em si corria perigo, e eu ajudei a salva-la lá na Lua. Se eu morresse, seria um sacrifício pequeno comparado a quantas vidas nós salvamos. É meu dever proteger a vila.  

- Seu dever?! Você fala como se quisesse carregar esse fardo sozinho, o Naruto que vi lutar na guerra pregava o contrário. – retrucou Tsunade irritada.

- É diferente agora...

- Qual diferença?! – Naruto percebeu que Tsunade estava se controlando para não aumentar a voz.

- Hoje é diferente, pois se quero me tornar Hokage devo pregar a união sempre, porém minha prioridade é a vila, e todos da vila são a família de um Hokage, como cabeça dessa família é dever dele tomar a frente, sacrificar, lutar e se empenhar com riscos altos ou não, para proteger a todos. Isso é ser um líder.

- Isso não deveria ser uma regra exclusiva... – falou Tsunade refletindo nas palavras de Naruto.

- Mas é, a senhora mesmo quase morreu curando a todos que ainda estavam vivos durante o ataque de Nagato a vila. Você se preocupou em morrer?

- Não...

- Tudo que passou pela minha mente foi de ir até onde estava Hinata e impedir Toneri de destruir o mundo, com ou sem riscos. Não sou Hokage, mas já devo agir como um.

- Ainda não é. – comentou Kakashi.

- “Se você ama alguma coisa, proteja-a com os seus dois braços nem que tenha que arriscar sua própria vida.’, escutei essa frase quando mais novo durante uma missão. Aceito que me repreendam por omitir, mas não por cumprir meu dever de proteger aqueles que amo. – continuou Naruto ignorando o Rokudaime.

- Você está certo... Um líder deve agir consciente das consequências, sacrificando a si mesmo para o bem-estar de todos. – disse Kakashi. – Você não é mais o garoto que partiu em missão, amadureceu muito nesses três anos e não digeri isso ainda direito.

     Naruto assentiu com a cabeça, olhando para Ino ao fundo. Tinha feito uma promessa perigosa demais pra ela, de não morrer até se tornar Hokage. Ele sabia que lutaria ao máximo para cumprir essa promessa, mas não se preocuparia com ela se tivesse que salvar a vila novamente.

- Eu prometo me empenhar ao máximo possível no tratamento e nas condições para minha melhora. Dou minha palavra.

- Certo. – Tsunade respirou fundo. – Bom... continuando. Segunda restrição, você não pode mais fazer esforços demais ou desnecessários.

- Por que?

- Por causa do seu pulmão. Ele ainda está fragilizado por causa da doença e da cirurgia. Terceira, terá uma reeducação alimentar. Já conversei com uma das nossas nutricionistas passando as informações que temos do seu corpo para que ela preparasse uma grade alimentar para você. Ino vai lhe explicar melhor depois também.

- Espero que ainda possa comer rámem... – comentou Naruto com um sorriso falso.

- Quarta e última restrição, não será necessário você ficar aqui no hospital integralmente. Em breve te daremos alta, mas como Kakashi disse, você terá alguém para te auxiliar e acompanhar durante todo o tratamento. Essa pessoa será Ino, por ser paciente dela. Será para ela também uma missão, por isso ao final de todos os dias ela passará um relatório geral para mim e para Kakashi sobre você.

-  Sua rotina terá que se moldar a dela, e isso não será difícil, você tem tempo de sobra agora. Não haverá missões para você e suas funções como Sasaukage estão suspensas por enquanto. – informou Kakashi se levantando da poltrona.

- Sei que pode parecer exagero, mas não podemos perder você, então tomaremos o maior cuidado possível. Com Ino junto de você boa parte do tempo ficarei mais tranquila, qualquer coisa que lhe acontecer ela estará pronta para lhe socorrer imediatamente. – falou Tsunade descruzando os braços e tocando no ombro de Naruto. O loiro enxergou ternura e apreensão no olhar da Godaime. Ele não conviveu com uma mãe, mas acreditava que seria aquele olhar que estaria no rosto de Kushina se estivesse viva vendo-o nessa situação.

     Apenas concordou com a cabeça, não conseguiria discordar diante daquele olhar.

- Entendo. Cumprirei todas as restrições e o tratamento. Nós vamos vencer essa doença. – disse convicto e dando ênfase de tom no “Nós”.

- Sim, iremos. – concordou Tsunade com um fino sorriso, que foi retribuído por Naruto.

- Naruto, poucas pessoas sabem sobre sua situação, e desejo que continue assim. Todas as enfermeiras e pessoas que viram você entrar ou residindo no hospital estão sob ordem de sigilo extremo. E você está falsamente registrado como em missão nesse exato momento. Quando você tiver alta não poderá fazer missões, ficará afastado do cargo de Sasaukage como eu disse, e não será visto usando chakra até mesmo para coisas simples. –  revelou Kakashi se dirigindo para a porta.

- Isso pode gerar dúvidas nas pessoas e se a informação da minha situação vazar, podemos ter problemas. – discerniu Naruto.

- Exato. Por isso não queremos ninguém desconfiando de nada, então eu recebi uma ideia de Ino para mascarar muito bem sua situação, sem que ninguém desconfie tanto, já que para todos você estará muito ocupado com outros assuntos que não envolverão o mundo ninja. – concluiu Kakashi.

     Naruto olhou para Ino e ela lhe mandou um sorriso sem graça.

- Que ideia? – indagou para ela.

- Depois lhe conto. – respondeu.

- Quando tiver alta venha até meu escritório, tenho algumas coisas para conversar com você pessoalmente. – pediu Kakashi.

- Certo, irei sim.

- Até depois, futuro Nanadaime. – disse Kakashi piscando pra ele.

- Até, Rokudaime. – retrucou Naruto depois de riso baixo.

     Kakashi abriu a porta dando espaço para Tsunade passar e depois também saiu fechando a porta. Após saírem Ino se sentou ao lado de Naruto na beirada da cama.

- Droga! Sem poder usar chakra não poderei te levar no lugar especial que falei que você amaria. – Ino, ao escutar isso, fechou os olhos balançando a cabeça com um sorriso descrente.

- Você quase morreu e está com um sério problema de saúde. Mesmo assim tá preocupado em me levar num lugar “especial”? – indagou incrédula.

- Claro, eu falei que ia te levar e quando eu estiver curado irei. – disse Naruto imaginando o enorme sorriso que Ino dará quando ver o que tem lá.

- Lugar especial para você? Tem certeza que não é no Ichiraku? – indagou brincando. O loiro riu negando com a cabeça.  – Onde é então?

- Será surpresa, até por que não sei como lhe explicar muito bem onde fica exatamente. Só sei ir.

- Hum... eu amo surpresas. – disse prendendo o cabelo.

- Eu sei que ama. – retrucou sorrindo pra ela, que sorrio de volta.

- Irei até a sala de Sakura, é a minha sala agora até ela voltar e eu ganhar a minha própria. Pegarei a grade do tratamento. – avisou se levantando.

- Ok.

     Ino saiu, mas rapidamente voltou trazendo uma prancheta e se sentando novamente ao lado dele.

- Só terá alta dentro de dois dias se não houver nenhuma complicação até lá. Os danos ao seu pulmão causados pela doença geraram um Hipertensão Pulmonar, por isso tomará três tipos de medicamentos específicos. Dois para relaxar e dilatar os seus vasos sanguíneos, esses só poderão ser tomados aqui no Hospital comigo. O último é um Anti-hipertensivo que você poderá tomar em casa, porém todos eles, tem horário para serem tomados.

     Naruto suspirou.

- Esse tratamento provavelmente vai testar minha paciência. – resmungou fazendo Ino rir baixo.

- Tem mais, calma... – falou vendo Naruto suspirar de novo. – Também tomará medicamentos para fortalecer seu sistema imunológico já que você não tem como ser ajudado pelo chakra da Kyuubi. Ele será um medicamento completo de suplementos com vitaminas e proteínas. Tsunade falou também sobre um medicamento para você dormir, esse eu irei verificar qual é o melhor para você.

- Só isso, não é?

- Não, tem mais... – Ino tentou segurar o riso para o semblante desanimado que ele fez. – Não poderá fazer muito esforço, mas também não pode ficar parado. Para melhorarmos sua condição pulmonar você fará 30 á 40 min de atividades aeróbicas também todo dia.

- Que atividades?

- Pode ser andar ou correr, e pode fazer isso aqui no Hospital mesmo. Tem uma ala de exercícios físicos aqui para pacientes em fisioterapia.

- Certo, parece que sou um simples civil agora. – resmungou com um riso autodepreciativo.

- É por um tempo Naruto...

- Eu sei, eu sei... – retrucou olhando para ela. - O que mais?

- Tem sua alimentação também. – disse Ino virando para a próxima página na prancheta. Ela explicou para ele toda a reeducação alimentar que passaria, e em como sua rotina seria toda refeita também.

     Naruto apenas concordou com tudo e aceitou sem objeções. Seus amigos vieram lhe visitar no mesmo dia que tinha acordado, pelo menos aqueles que não estavam em missão que eram Shikamaru, Chouji, Lee e Tenten. Abraçou e conversou com todos, agradecendo a companhia deles. Pediu a Shikamaru para ir em seu apartamento trazer roupas para ele, pois estava com as de hospital e não gostava delas.

     Os dois dias no Hospital passaram como se fossem uma eternidade para ele. Não gostava de hospitais, mesmo tendo Ino ao seu lado, para ele foi uma tortura estar lá. E descobriu que teria que estar lá mesmo depois da alta, todos os dias pela manhã para tomar os medicamentos e para os exercícios.

    Recebeu alta oficialmente, mas resolveu esperar Ino terminar seu turno que ia até o horário de almoço para sair junto com ela.

     Saía agora do hospital, agradecendo a Kami por isso. Iam em direção ao seu apartamento. No caminho Naruto puxou conversas com ela que não envolvessem a sua saúde. Conversavam e riam e nem parecia que ficaram quase uma semana sem dialogar com ele desacordado. Chegando no apartamento, Naruto depositou os medicamentos em cima da mesa e se virou para Ino. Ela ainda estava de costas para a porta fechada.

- Por que tá parada aí? Venha, sente-se aqui no sofá. – indicou para ela o sofá com o lençol que o forrava desarrumado. Ela tinha em mãos seu jaleco branco. – Tá uma pequena bagunça, mas vou arrumar tudo depois.

- Realmente, você precisa arrumar isso. É falta de educação receber uma dama assim. – brincou Ino vendo Naruto rir.

- Mil perdões, lady Yamanaka.

- Pensarei em aceitar suas desculpas, lorde Uzumaki. – os dois riram, principalmente Naruto achando interessante seu sobrenome atrelado ao título de Lorde.

     Ino sentou-se observando a simples sala. Existiam no apartamento quatro pequenos cômodos: Sala, onde ela estava agora, com apenas um sofá e uma mesinha sobre um simples tapete. A cozinha que ficava ao lado interligada por um mini corredor, nele haviam duas portas que levavam ao banheiro e ao quarto.

      Naruto sumiu pelo corredor levando os medicamentos e depois reapareceu chamando Ino para acompanha-lo.

- Deixei a cozinha mais arrumada agora. – afirmou puxando uma cadeira na mesa para ela sentar.

- Acho que já aceitei suas desculpas, lorde... – provocou Ino com um sorriso brincalhão.

- Já estava impaciente. – riram novamente. Naruto achava incrível como os dois juntos conseguiam rir e brincar com tanta naturalidade.

- Bom... não como muito em casa, e quando como é só ramén, por isso só tenho rámen para servir, espero que entenda Ino. – disse constrangido Naruto.

- Claro que entendo, mas iremos depois fazer compras, você sabe muito bem que rámen não está na sua grade de alimentação.

- Sim, sei sim. Na verdade, se você esperar eu posso tomar um banho rápido e nós vamos comer fora. Eu pago para a lady, é claro. – sugeriu. - Saindo de lá fazemos as compras.

- Pronto, pode ser!

- Ok. – Naruto saiu da cozinha deixando Ino sozinha enquanto foi até seu quarto pegar uma roupa e depois foi tomar banho. Tentou ser o mais rápido possível para não a deixar esperando demais. Terminado eles saíram para ir comer num restaurante próximo ao centro de Konoha e aos mercados onde fariam suas compras. No caminho Naruto percebeu os olhares alternados das pessoas para ele e Ino, ignorou os olhares focando na conversa com ela.

     Almoçaram num simples restaurante, quem tinha escolhido seu prato foi Ino e ela escolheu o mais verde e saudável que havia no cardápio. Debatiam almoçando qual dos dois tinha sofrido mais por paixonites. Sentados numa mesa ao lado da janela, com Ino sentada na cadeira de frente para Naruto.

- Não lembro muito bem, mas eu fui entregar uma flor pro Sasuke quando pequena e ele simplesmente se virou e foi embora, nem pegar a flor ele pegou. – contou Ino rindo em seguida.

- Eu, Shikamaru e Chouji vimos você fazendo isso nesse dia. – revelou.

- Não lembro se vi vocês! Vocês devem ter rido muito de mim.

- Só rimos o resto da noite toda. – falou fazendo Ino lhe dá um tapa leve no braço.

- Rindo de uma menininha, que cavalheiro da parte de vocês. – repreendeu ela amarrando seu cabelo num rabo de cavalo.

- Bom, olhe pelo lado bom. Você conseguiu fazer o Chouji parar de comer por um bom tempo de tanto que ele ria. – disse Naruto rindo.

- Que vergonha! – Ino acompanhou ele nas risadas. Naruto tomou mais um gole de suco antes de contar a situação que passou no inicio do time 7.

- Uma vez, faz um bom tempo isso, fingi ser o Sasuke usando um jutsu de transformação pra conseguir um beijo de Sakura. – revelou fazendo Ino erguer a sobrancelha e abrir levemente a boca surpresa e descrente.

- Sério?! Você fez isso?

- Sim! Mas não deu muito certo não...

- Por que?

- Vamos dizer que eu comi um rámen de pimenta e ele não fez muito bem ao meu estômago... – Ino já segurava a risada com a mão na boca. – A natureza me chamou antes que eu pudesse beija-la. Ela não sabe disso até hoje. – Ino não conseguiu segurar a risada, enquanto Naruto sorrindo a observava.

“Como pode ela ser tão linda?”, se questionou mentalmente.

- Se ela descobrir...

- Eu estou morto. – completou.

     Terminaram de almoçar e partiram para o mercado fazer as compras. Ino tinha trazido uma lista de alimentos e ingredientes. Fizeram uma compra que duraria um mês pelo menos. Naruto agradeceu que Ino estava lá, pois facilmente ela guardou todas as compras num pergaminho de selamento, já que não podia usar chakra. Quando voltavam ela pediu para ele esperar enquanto ela entrava numa loja, minutos depois voltou com um sorrindo travesso pra ele e uma sacola.

     Chegaram em casa e guardaram tudo no armário da cozinha e na geladeira.

- Bom, agora você pode comer umas coisas saudáveis em casa.

- Só preciso aprender a cozinha-las. – disse com um riso sem graça, colocando a mão na nuca.

- Eu te ensino.

- Sério?!

- Sim, algum problema? – indagou ela de volta cruzando os braços e Naruto a conhecia o suficiente para saber que quando ela cruzava os braços significava ter que escolher suas próximas palavras com sabedoria.

- Não! Só fiquei empolgado em aprender a cozinhar algo que não seja rámen. – falou e Ino sorrio.

- Minha mãe me ensinou vários pratos. Agora me diga, como você comeu durante a missão se não sabia cozinhar?

- Tinham dois ninjas que sabiam cozinhar no grupo e também usamos os restaurantes nas vilas por onde passávamos.

- Ah!

     Naruto viu Ino indo até a sala e voltando com as mãos para trás, escondendo alguma coisa.

- O que é isso aí? – indagou Naruto.

- A idéia que tive para mascarar sua situação. A que primeiro contei ao Rokudaime.

- Já tinha até me esquecido. O que é?

     Ino colocou as mãos em frente ao corpo mostrando o que escondia.

- Um avental? – indagou Naruto confuso. Como um avental iria mascarar seu problema de saúde? Se perguntava.

- Sim. Você será o mais novo funcionário da floricultura Yamanaka! – disse ela com um sorriso alegre. – Já falei com minha mãe, dizendo a situação, e ela apoiou.

     Naruto agora tinha ficado muito surpreso.

- Ino, é a floricultura da sua família e clã. Além de que nunca trabalhei numa floricultura.

- Não têm problema, eu lhe ensino, na verdade você já sabe o básico de plantas e flores.

- Não sei Ino...

- Naruto, você ouviu o Hokage. Sua rotina deve ser baseada na minha rotina para que você esteja sempre próximo. Trabalhando na floricultura, somente a tarde, posso ficar de olho em você e ter um relatório seu completo todos os dias. Além de poder lhe acompanhar com os horários de tomar os medicamentos. – argumentou Ino novamente cruzando os braços.

- Tá bom... Irei trabalhar lá. – concordou Naruto sorrindo. Tentou argumentar consigo mesmo que o motivo para concordar era por causa do tratamento e do sigilo da doença, mas a verdade era que a ideia de passar a tarde toda junto de Ino o alegrava e empolgava muito.

     Ino deu o avental pra ele colocar, era do tipo que circundava o quadril e de cor laranja.

- Espera, não tem bolso lateral.

- Não têm, e ele tapa a lateral de suas calças, assim você não vai colocar mais as mãos no bolso. Eu não disse que acharia uma forma de acabar com sua mania de colocar a mão no bolso.

     Naruto riu com o semblante convencido que ela tinha no rosto.

- Mas o avental é só pra se usar na floricultura, não estarei com ele o tempo todo.

- Verdade, mas é aos poucos que acabo com sua mania de bolso. A primeira etapa é o avental.

- Certo, lady Yamanaka! – falou fazendo ela rir.


Notas Finais


Bom... espero ter descrito bem a parte emocional e racional do Naruto nesse capitulo, foi a mais complicada, pois eu queria deixar o mais compreensível possível.
Até o próximo capitulo.


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