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História Separated by the war - Destino


Escrita por: Cccn

Capítulo 15 - Destino


Naquela manhã, a Alemanha estava nublada. Haviam poucas pessoas na rua pois sabiam que logo iria chover. E então, quando as primeira gotas caíram, podia-se ver a correria em busca de um abrigo, especialmente por parte de uma jovem italiana que corria irritada para sua casa. 

Ao enfim chegar, entrou batendo a porta com força. A cada passo que dava molhava o local e sujava o chão com a lama de seus sapatos.

-Bastardo, voltei! -Gritou.

-Chiara? Que bom! -Correu para abraçá-la. -Fiquei tão preocupado quando começou a chover. Tive medo de que algo ruim lhe acontecesse.

-Vá à merda! -O empurrou. -Sei que nem se lembrou que eu existo.

-Chiara, não me trate assim. -Falou, aparentando estar magoado, mas a garota não sabia se era verdade ao apenas fingimento para poder provoca-la. 

-Deixe de ser idiota e faça algo para eu comer! Estou com fome! Tive que correr na chuva até aqui.

-Eu fiz macarrão... -Falou dando um sorriso tímido.

-Ah... não fez mais que sua obrigação.

-Eu sei... 

-Eh... o-obrigada...

Ao ouvir isso, o espanhol não conseguiu se conter e abraçou a pequena italiana.

-Minha Chiara me agradecendo... acho que estamos evoluindo bastante.

-Antônio vai se foder! -Se debateu. -Me solta bastardo!

-Eu te amo. -Falou apertando o abraço. 

-Me solta porra! 

-Chiara... -Se afastou um pouco para poder fitar os olhos da mais jovem. -Quero que nossos filhos sejam iguais a você. 

-Mas que porra?! -O empurrou com certa força. -Você está louco? Por que isso de repente? Ter filhos com você... que nojo.

-Por que não? Imagina só: nós dois e mais 5 crianças. 

-Não Antônio... não! -E sem parar para pensar, a romana correu para seu quarto, se trancando no mesmo.


Após ser esquecida no hospital e sua família não a ter procurado, simplesmente foi abandonada nas ruas daquela cidade tão fria. Não sabia ao certo quanto tempo passou naquela situação, para ela pareciam anos mas sabia que foi menos tempo. Apenas se lembra da fome e do frio que sentira.

E então, quando estava tão fraca a ponto de não conseguir mais se levantar, uma família de espanhóis que passava pelo local a viram e comovidos com sua desgraça a levaram para casa e cuidaram de si. Depois de alguns dias de convivência, a família acabou por decidir que iriam adota-la.

Passados três anos, eles se mudaram para cidade de Berlim. Com o tempo a jovem aprendeu a amar cada um dos três espanhóis, porém, eles não eram sua família, algo que sempre fez questão de deixar bem claro para todos.

Inicialmente Antônio tentou se aproximar de si como irmão, mas a garota não o permitiu, dizia que sua única irmã era a Felicia, então ambos passaram todos esses anos como apenas amigos. Até que há dois anos o rapaz lhe apareceu com essa ideia maluca de casamento e filhos. 

Tinha que admitir que às vezes, só às vezes, se pegava imaginando a respeito dessas "idéias malucas", no fundo gostava e sentia certa atração pelo rapaz, mas sempre que se dava conta do que estava fazendo, a moça batia em sua própria testa várias vezes e tentava afastar tais pensamentos.

 

-Eu te odeio Antônio! -Gritou. Esse era um defeito que carregava consigo desde que se perdeu de sua irmã: sempre que se extressava gritava com qualquer um que estivesse em sua frente.

-Chiara... -Ouviu a voz do espanhol vinda de trás da porta. 

-O que é? -Perguntou de forma irritada.

-Perdón mi niña...

-No... cabrón. -Falou a última palavra com desdém.

-No seas así, es feo...

-E quem você acha que é pra me dizer o que é feio ou não?

-Só acho feio você não me tratar com o mesmo carinho que eu te trato.

-Ah vá à merda!

-É... Acho que você não consegue... -Provocou.

-Você acha mesmo que vai conseguir alguma coisa me tratando como uma criança? 

-Não estou te tratando como uma criança... só estou dizendo que acho que você não consegue me tratar bem. 

Pode-se ouvir um forte suspiro vindo de dentro do quarto e logo a porta foi aberta revelando uma garota corada. 

-Entra... -Falou olhando para um canto qualquer do chão. 

-Ah eu sabia que você conseguiria se tentasse. -Abraçou a mais nova.

-Para... -Falou emburrada, mas ainda assim retribuindo o abraço de forma tímida.

-Te amo. -Disse beijando a testa da garota.

-Vai pra merda.

-Tudo que é bom dura pouco né Chiara? Enfim, você conseguiu comprar os ingredientes pra eu fazer o bolo?

-Não, começou a chover quando eu estava chegando no mercado, então vim correndo pra cá. -Falou se soltando do abraço e cruzando os braços.

-Ah, tudo bem. Fica pra amanhã então. -Falou sorrindo, sabia que mesmo com aquela carinha emburrada ela estava decepcionada por não ter conseguido fazer o que lhe fora pedido. -Agora, por que não se troca? Suas vestes estão todas molhadas, pode acabar se resfriando. 

-Tá... então sai daqui bastardo. -Empurrou o rapaz para fora de seu quanto e bateu a porta com força, logo a trancando novamente.

O jovem de Barcelona foi até à cozinha e pois-se a terminar de preparar o jantar para os dois. Como seus pais costumavam voltar tarde devido ao trabalho preparava o jantar deles junto ao almoço, para que ambos pudessem comer lá. O casal trabalhava em uma loja de roupas que haviam montado com muito esforço. Costumavam ficar lá por muito tempo, mas não pareciam se importar, eram felizes assim. Enquanto isso o jovem de 25 anos cuidava da casa e da "irmã" mais nova.

Após por a mesa, viu a menina se aproximar, agora usando roupas secas e limpas.

-Ei idiota. Por que você ia fazer um bolo no final das contas? 

-Foi uma receita que a noiva do Ludwig me passou. Parecia bom então eu queria fazer pra você. -Falou dando um sorriso bobo. 

-Não sabia que você falava com a Monika...

-Falei com ela algumas vezes quando a encontrei. Ela cozinha muito bem, então pedi pra ela anotar algumas receitas pra mim... ah... -Falou quando finalmente percebeu o que estava acontecendo. -Minha romana está com ciúmes de mim? Ah, mas não precisa se preocupar, sabe que só tenho olhos pra você.

-Claro que não idiota! Mas que diabos! Por que eu sentiria ciúmes de você com aquela feia que nem o próprio noivo quer? -Dizia sentindo o rosto arder de vergonha pela "descoberta" do homem a sua frente.

-Não fale isso, ela é uma boa pessoa, ficaria magoada se ouvisse isso vindo de você.

-O que eu posso fazer se o batatão foge dela que nem o Diabo foge da cruz? -O espanhol não conseguiu conter a risada mas logo se calou, sabendo que o que fazia era errado.

-As vezes eu penso que ele está apaixonada por outra...

-Outro talvez. -Falou pendendo a cabeça pro lado.

-De qualquer forma, isso não é da nossa conta. Vamos comer?

-Uhum. -Falou logo se sentando e se servindo, tendo seus atos seguidos pelo mais velho. 

Mesmo que não gostasse de admitir, era feliz com a nova vida que tinha. Muitas vezes tentou fugir para ir a procura de sua irmã, mas sempre acabava dando errado. No final das contas acabou pondo em sua mente que seu destino era estar ali com eles. Mas o que ela não podia imaginar era no quanto o destino gostava de brincar com a vida das pessoas.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Me desculpem qualquer erro e gostaria de pedir que por favor comente o que acharam :3 Amo vocês <3


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