História Será Amor? - Garoto Imbecil

Estava caminhando pelas ruas, haviam casas muito bonitas por aqui, passei em frente à algumas lojinhas que me pareciam bem aconchegantes por dentro, e à uma lanchonete do outro lado da rua, onde haviam alguns adolescentes que eu julgo ter minha idade, eles me pareciam bem animados, e isso me fez pensar novamente no que me aguarda amanhã. Mas que droga, por que é que estou tão ansiosa pra isso, sendo que eu nem faço muita questão de ir. Talvez seja porque não sei o que esperar, já que estamos na metade do ano, e provavelmente todos já se conhecem e tem seus grupos de amigos, e eu serei uma intrusa entre eles, talvez no fundo eu queira sim fazer amigos, mas não queira admitir.
        

 Sem me dar conta, chego no tal mercadinho, empurro a pequena porta e entro no estabelecimento, tendo a visão de várias prateleiras à minha frente. Pego uma cestinha que se encontrava ao lado do caixa, e sigo a procura de doces. Estava andando pelos corredores, mas não encontrava o corredor dos doces, até que viro em um dos outros corredores, e só então vejo uma placa escrito "seção de doces" - aghrr como sou burra, deveria ter prestado mais atenção ou pedido ajuda para o balconista - mas mesmo após encontrar a seção de doces, optei por esperar o garoto que estava lá, diante de diversos doces, parado, olhando com atenção cada um deles.

Ele era alto, de cabelos castanhos, vestia uma calça jeans preta, assim como o moletom. Se eu estivesse em meu estado normal, acho que eu iria lá pegar o doce, sem me importar a com presença de qualquer pessoa que fosse, certamente eu iria ignorar, mas cá estou eu, com vergonha de ficar no mesmo corredor que ele, uma pessoa que nem conheço e que talvez nunca mais verei, talvez eu devesse ter me arrumado um pouco mais se soubesse que encontraria um ser tão... bonito?! - ahh luiza, o que é que você está pensando, deixa disso. 

Decidi ir pra seção de bebidas com a intenção de dar tempo o suficiente para aquele garoto sumir de lá, esperando tempo o suficiente enquanto eu escolhia alguma bebida e pensando o quão patética estava sendo em me sentir intimidada pelo garoto que se quer eu conhecia, então resolvo voltar e comprar o que tenho pra comprar, ele estando lá ou não, que idiotice a minha,não posso ser assim, além do mais, existem rapazes muito mais bonitos que ele, e toda vez que eu encontrar alguém assim, não posso ficar fugindo não é mesmo.

Mas um imprevisto aconteceu. Quando eu estava virando no corredor indo em direção a seção de doces, acabo esbarrando em alguém - puta merda -  e assim que olho pra me desculpar tenho a perfeita visão do garoto do corredor dos doces - droga, porque não  prestei atenção no caminho.  Ficamos nos encarando por breves instantes – e céus, que olhar – e no momento em que eu ia me desculpar pela minha talvez falta de atenção, o garoto a minha frente foi mais rápido que eu, mas não dizendo o que eu imaginava ou o que qualquer pessoa educada falaria.

XX: olha por onde anda, garota. -o menino à minha frente pronunciou tais palavras tão friamente, sério, sem qualquer expressão, e isso me deixou um pouco ''acanhada'' e envergonhada. Ele poderia ser um pouco mais delicado, pois foi só um acidente, e se ao menos eu tivesse derramado algo em cima dele – o que não foi o caso – eu entenderia essa atitude.

Após isso, ele desviou de mim sem se quer esperar eu dizer algo, na verdade ele nem estava interessado, e eu fiquei com cara de taxo olhando ele caminhar à minha frente. Mas eu não ia deixar por isso mesmo, ok eu estava um pouco destraída, mas isso não justifica ele ter sido não rude, além de que ele poderia ter desviado de mim. Então por impulso falei alto o sufuciente para que ele ouvisse.

Luiza: OLHA VOCÊ POR ONDE ANDA. - ele que antes estava caminhando naquele corredor, parou no mesmo instante em que me ouviu pronunciar tais palavras – o que me surpreendeu um pouco – olhando pra mim por cima do ombro, e dando um sorrisinho debochado.

XX: a desastrada aqui foi você, não eu, então tome cuidado e pare de falar besteiras. - assim que ele disse isso, eu virei meus olhos – e pude ver o mesmo sorrisinho de antes brotar em seus lábios, sem mostrar os dentes – e dei ás costas a ele. Quem ele pensa que é pra falar daquele jeito comigo?!

Peguei a droga dos doces já bem irritada, e me dirigi imediatamente para o caixa sem tirar a cena daquele moleque idiota da minha cabeça.Passei as compras e paguei o moço, me dirigindo a saída. Assim que abri a porta, senti uma brisa fria em meu rosto, me causando um arrepio que percorreu todo meu corpo.O tempo está mudando rápido, não estava tão frio na vinda prá, será que demorei tanto?! - oh não, meu pai deve estar preocupado - devo ter perdido muito tempo tentando comprar os doces.

Sem mais demoras, comecei a caminhar depressa, para chegar o quanto antes em casa, mas ao me aproximar da pequena lanchonete - a que eu havia passado em frente mais cedo na ida ao mercado - pude ouvir os garotos de antes chamando alto por um tal de Jungkook?!. E assim notei que o imbecil do mercado se encontrava do outro lado da rua caminhando em frente á lanchonete. O garoto que o chamava pediu para ele se juntar na mesa para conversar, mas o garoto do mercado - que a princípio se chama Jungkook - recusou, dizendo para deixar para a próxima.

XX: Já deve ser a décima quarta vez que vc recusa sair com a gente. Só esse mês. -  o garoto da lanchonete pronunciou auto o sufuciente para que jungkook escutasse enquanto caminha tranquilamente - indo pra casa? talvez - o que me possibilitou escutar também, já que eu estava passando por ali, só que do outro lado da rua. Jungkook pareceu não se importar muito, pois nem respondeu o mesmo.

Eu continuei fazendo o mesmo caminho que fiz para ir até o mercado, até que eu me dou conta de que o muleque do mercado, cujoo nome é jungkook , está fazendo o mesmo caminho que eu, só que do outro lado da rua - será que ele mora próximo a mim? - assim que volto a focar no caminho, vejo ele atravessando camihando em minha frente -  que droga, vou caminhar devagar o suficiente para que ele permaneça caminhando em frente a mim - não quero ser observada por ele enquanto caminho, seria constrangedor, e eu provavelmente esqueceria como se caminha e acabaria tropeçando e caindo bem na frente dele, ou talvez eu só esteja louca mesma, imaginando coisas de mais.

Caminhamos por alguns minutos assim, quando vejo ele parar na faixa de pedestre, esperando o sinal abrir - droga, tinha esquecido que existia um semáforo aqui, devia estar bem destraída ou concentrada em outras coisas que nem sequer notei isso -  e agora, não tenho saída, a não ser fazer o mesmo que ele, esperar o sinal abrir. E foi o que que eu fiz, caminhei e parei ao lado dele, olhando para frente, para o chão, pra o lado oposto ao dele - qualquer coisa que fosse para não ter que ter contato visual com esse moleque mal educado. 

Percebi que ele estava me olhando fixamente - ele acha que eu não estou vendo?! Existe visão periférica sabia?! - tentei fingir que nada estava acontendo e que eu não havia percebido, mas na verdade eu estava muito envergonhada - óh céus -. Finalmente o sinal abriu, e eu nem pensei duas vezes e comecei a caminhar, deixando de lado meu plano de minutos atrás.Eu só queria chegar em casa rápido. Quando cheguei em frente a minha casa e virei para subir os pequenos degrauzinhos, olhei para o lado encontrando os olhos castanhos do garoto, permancebndo assim por uns três segundos com ele, até ele entrar na casa ao lado da minha - eu não acredito que ele mora ali - foi só o que eu pensei ao ver ele fechando a porta.
 
 
Assim que coloquei meus pés dentro de casa, meu pai veio todo preocupado, dizendo que se eu demorasse mais 2 minutos ele iria atrás de mim - ah, quanto drama - disse que estava tudo bem e que demorei porque caminhei devagar, encerrando o assunto. Finalmente pude ir para meu quarto assistir séries e comer as coisas que havia comprado, além de ter ficado bom bom tempo pensando no garoto que se chama Jungkook e é meu vizinho ao que aparenta. Pensei tanto e em tantas coisas que acabei adormecendo.