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História Serendipity (MONSTA X) - SHOWNU: A Visita Inesperada.


Escrita por: skywonkyun

Notas do Autor


Olá!
Finalmente voltei depois de tanto tempo. Tenho alguns avisos rápidos:
• A parte da Sana/Wonho/Shownu na fic envolve muito do passado deles. Tanto o passado que ela teve com o Shownu como o passado dela como casada com o Wonho. Por isso, nesses capítulos, terão vários flashbacks.
• Estou postando a fanfic no wattpad, então se você prefere ler por lá, é só procurar por mficwriter. Eu também posto outras fics de monsta x por lá.
• Postei fanfics novas de monsta x! Vou deixar o link nas notas finais para quem quiser ler alguma. :)
Beijos. ♥

Capítulo 4 - SHOWNU: A Visita Inesperada.


Fanfic / Fanfiction Serendipity (MONSTA X) - SHOWNU: A Visita Inesperada.

"Você era o meu sol. Você era a minha terra. Mas, você não sabia as maneiras como eu te amava, não. Então você aproveitou a chance e fez outros planos, mas eu aposto que você não pensava que iria tudo por água abaixo, não".

Cry Me A River (Justin Timberlake).
 

POV: SANA.

Engoli em seco e respirei fundo. Eu queria apenas criar coragem para sair do carro, mas minhas pernas não se moviam. Hyunwoo iria me expulsar dali se soubesse, mas eu não tinha mais a quem recorrer.

Não precisei de muito tempo, porque o próprio Hyunwoo saiu da delegacia. Chequei o horário para perceber que já passavam das dez horas da noite. Ele não deveria ter uma namorada para voltar para casa, concluí.

Hyunwoo estava mexendo em seu celular. Ele era alto com uma pele levemente bronzeada graças ao clima maravilhoso de Paradise Way. Seus olhos eram pequenos e atentos na tela pequena que brilhava na noite. Seus braços, em compensação, eram enormes e musculosos devido ao treino para ser um Agente Especial. Ele vestia um jeans azul e uma camiseta preta de manga curta.

Eu não esperaria menos dele. De repente, Hyunwoo parou de andar no caminho para o seu carro. Ele hesitou e olhou em volta. Seu sexto sentido não falhava e ele sabia que estava sendo observado.

Demorou apenas alguns segundos para ele me achar, escondida dentro do meu SUV nada discreto em um tom vermelho gritante. Seus olhos estreitaram-se e ele logo se dirigiu para mim, o que me fez criar coragem, finalmente, para sair do carro.

Encolhi-me e coloquei as mãos dentro da jaqueta de couro preta. Paradise Way era ótima e quente durante o dia, mas como qualquer deserto, a noite vinha gélida.

— Que foi? — Ele me perguntou de maneira irônica ao aproximar-se de mim. — Perdeu o caminho de casa? Já faz um tempo desde que você não aparece.

— Desculpe. — Eu pedi sem saber ao certo pelo que pedia desculpas. Talvez, pelo passado horrível que lhe proporcionei ao lhe trair com Hoseok, ou simplesmente por ser uma garota impulsiva que o deixou com todos os nossos planos para trás.

Hyunwoo me analisou por um momento. Eu tinha esquecido do quão alto ele era e fitei meus próprios tênis encardidos. Os únicos que peguei na correria para voltar para Paradise Way.

— Sua mãe sempre traz fotos da sua bela casa na Califórnia. — Ele me alfinetou e eu mordi o lábio, mas levantei o rosto para encará-lo.

— Eu não viria se não fosse uma emergência. — Eu declarei secamente e sabia que seria um caminho sem volta.

 

HÁ UM ANO ATRÁS.

— Bom dia. — Hoseok me acordou com a voz um tanto rouca. Eu tentei lutar contra o sono enquanto meus olhos abriam lentamente para encará-lo. Os cabelos castanhos estavam bagunçados. Ele também acordava ao meu lado.

— Bom dia. — Eu sorri, deixando que ele me puxasse para perto. Encolhi-me em seus braços e me aninhei, aproveitando a pele quente de seu abdômen bem desenhado.

— Sabe com o que eu sonhei? — Hoseok me perguntou e eu me mantive muda, porque ele iria contar mesmo que eu dissesse que estava cansada demais para ouvir. — Sonhei que nós estávamos em Paradise Way. — Ele falou, empolgado, mas eu logo levantei meu rosto para encará-lo de perto.

— Em Paradise Way? — Eu perguntei na defensiva. Hoseok fechou o sorriso para mim e me analisou por um momento com seus olhos negros. A pele era branca sem qualquer falha e os lábios rosados e grandes.

— É. Sana… — Ele respirou fundo, percebendo do que se tratava. — Já faz alguns anos. Quatro anos para ser mais exato.

— Eu já disse que não pretendo voltar para lá. — Eu falei, relutante, enquanto me levantava da cama sem qualquer clima para romance.

Hoseok bufou, irritado, e se apoiou em seu braço para me observar enquanto eu procurava por uma roupa para tomar banho.

— Você amava Paradise Way. — Ele observou, tentando não se irritar. — Eu não entendo a sua recusa em voltar para lá. Quer dizer, nós poderíamos ao menos visitar os nossos pais em vez de esperar que eles tenham que se incomodar com viagens para a Califórnia nessa época do ano. O Natal é uma loucura!

— Eu só não quero ter que andar para trás. — Eu me desculpei sem encará-lo, mas sabia que isso o fez revirar os olhos.

— É só uma viagem, Sana. Nós não estaríamos nos mudando de volta para lá. Mas… Deixei para lá. — Ele falou de maneira frustrada. — Eu sei bem o motivo pelo qual você não quer voltar. — Ele declarou, irritado, ao se levantar da cama, desistindo também de manter a paz na casa.

— Que motivo? — Eu me fiz de desentendida, mas isso só o fez explodir comigo.

Eu sabia o motivo e ele sabia também. O problema é que Hoseok achava que eu não voltava para Paradise Way, porque ainda amava Hyunwoo. A verdade é que eu só tinha muita vergonha de encará-lo depois de tudo que aconteceu.

— Você quer que eu diga o nome dele? — Hoseok me perguntou, ácido, enquanto vestia uma calça jeans rapidamente.

— Você sabe que não é isso! — Eu ralhei, porque a briga ia recomeçar e eu admito que não fazia nada para parar tantas brigas naquela época.

— O que é então, Sana? — Ele perguntou, irritado. — Porque, para mim, parece que você não esqueceu seu ex namorado apesar de quatro anos terem se passado! Você realmente deve gostar muito dele para evitar a cidade que você tanto amava!

— Eu amo você! — Eu gritei e minha voz afinou no final, porque ele não ligava para o que eu dizia. — Eu não quero voltar nesse mesmo assunto, por favor!

— Pode ficar tranquila. Não vamos voltar nesse assunto pela milésima vez. — Ele declarou e virou as costas para mim, enquanto vestia a camiseta e saía do quarto irritado sem dizer adeus ao sair de casa.

 

DIAS ATUAIS.

— Deve ser mesmo uma emergência para você ter coragem de vir até aqui. — Hyunwoo falou com um sorriso sarcástico.

— Hoseok sumiu. — Eu comuniquei de uma vez só. Hyunwoo ficou mudo por alguns segundos como se tentasse processar a ideia ou avaliasse se eu estava louca.

— Agora que ele te deixou, você vem me procurar? Poupe-me. — Hyunwoo declarou sem paciência e virou as costas, pronto para sair dali. Eu corri e parei diante dele, impedindo que ele seguisse seu caminho, o que o fez me encarar furioso.

— Sumiu! — Eu repeti, nervosamente. — Faz dois meses. — Eu tentei falar, mas a voz falhava. Era muita coisa para processar e eu queria chorar. Finalmente, anos depois, o choro vinha. E eu não sabia se era por causa de Hyunwoo ou se era pelo sumiço de Hoseok.

O homem ficou mudou diante de mim. Ele me conhecia e sabia muito bem que aquela minha voz falhada alertava para choro iminente.

— Sei que eu não deveria estar te procurando. — Eu fui sincera, enquanto tentava impedir as lágrimas de rolarem pelo meu rosto. — Mas, Hoseok sumiu tem dois meses e a polícia fechou o caso. Não há mais nada que eles possam fazer.

Eu podia ver que Hyunwoo estava surpreso por mais que seu rosto não demonstrasse. Os olhos dele estavam fixos em mim e exprimiam preocupação. Agora ele finalmente me entendia.

— Sana, se ele sumiu na Califórnia, não há nada que eu possa fazer. — Ele falou com calma, mas seus lábios mentiam. — Está fora da minha jurisdição.

— Eu sei! — Eu resmunguei enquanto uma lágrima teimosa escapou e rolou pela minha bochecha. — Mas… Eu sei… Da sua outra profissão. — Eu falei em sussurro e ele respirou fundo, olhando em volta por um momento antes de continuar no mesmo tom que eu:

— Mesmo nessa segunda profissão, ainda estou fora da minha jurisdição.

— Shownu… — Eu o chamei como o chamava enquanto ainda namorávamos e senti uma pontada de rejeição em seu rosto. — Os policiais disseram que ele provavelmente fugiu e abandonou o lar. — Eu confessei para a minha total vergonha.

— E tinha motivos para ele fugir? — Hyunwoo perguntou de maneira profissional demais. Eu sabia que ele não estava querendo que eu lesse suas emoções ao saber do que estava acontecendo.

— Os vizinhos deram seus depoimentos das nossas brigas constantes. — Eu admiti, encarando meus próprios tênis de novo. — Uma semana antes do desaparecimento, Hoseok saiu de casa levando uma mala. Ele pedia o divórcio e estava completamente descontrolado. Os vizinhos ouviram.

— Ótimo, então ele realmente abandonou o lar e não sumiu. — Hyunwoo deu o caso por encerrado e voltou a fazer menção para sair, mas dessa vez eu beirava ao desespero, enquanto as lágrimas desceram silenciosamente pelo meu rosto. Eu segurei em seu braço e o parei.

— Ele não abandonou o lar! Convenhamos, Shownu, você o conhecia!

— EU O CONHECIA. — Hyunwoo concordou comigo, levantando a voz de repente, o que me assustou. — Eu o conhecia. — Ele abaixou o tom. — E Hoseok sempre foi um cara sensível que se deixava levar pelos sentimentos. Então, não me espanta que um cara com essa personalidade tenha simplesmente ido embora sem avisar sua esposa caso eles brigassem com frequência.

— Nem você acredita nisso! — Eu briguei com ele, perdendo a paciência. — Nem você acredita que Hoseok tenha mesmo me deixado sem dar um aviso sequer. Nós brigávamos e provavelmente iríamos nos divorciar, mas ele não faria isso.

— E qual é a sua teoria, Sana? — Ele perguntou, impaciente. — Diga-me. O que você acha que aconteceu ao seu marido?

— Eu não sei. — Eu esvaziei o peito sem qualquer teoria que valesse à pena. — Eu só sinto… Sinto que ele está por aí e precisa de ajuda.

— Sexto sentido de esposa abandonada não reabre caso algum. — Ele me deu a alfinetada e eu senti ali que ele ainda guardava ressentimentos profundos sobre o que tinha acontecido com a gente.

— Ah, vamos lá, Shownu. — Eu resmunguei, chorosa. — Por favor. Você tem que me ajudar.

— Ajudar como? — Ele perguntou, impaciente. — Você sabe que o que eu estou falando é verdade, Sana. Não posso simplesmente reabrir a investigação do desaparecimento de Shin sem novos indícios.

— Eu não quero que você investigue como um policial.

— Eu também não posso investigar como “outra coisa”. — Ele falou, irritado, cerrando os dentes para mim. Aquilo era um aviso de que eu deveria me manter calada sobre ele ser um agente.

— Eu quero que você me ajude como um amigo. — Eu implorei, deixando-o surpreso. — Eu conheço as leis, Shownu. Nada fará com que reabram o caso do Hoseok, mas eu preciso que você me ajude a encontrá-lo. Eu juro que ele está por aí. Eu juro que ele não ia abandonar a nossa casa assim.

— Como é que você tem tanta certeza de que ele não abandonaria? — Ele perguntou, irritado, e eu hesitei. Deveria eu contar a versão real da história?

A verdadeira versão de que Hoseok nunca abandonaria a casa, porque eu estava grávida dele? Que apesar de todas as brigas, ele desistiu do divórcio um dia antes ao saber dessa notícia? Mas, exatamente por desistir um dia antes, ele não teve tempo de comunicar o seu advogado, de maneira que ninguém sabia da tal desistência, só eu?

— Eu só tenho certeza. — Eu optei pela versão mais curta. Hyunwoo não acreditava em mim, isso era visível. Ele sabia que eu estava escondendo algo dele.

— Sana, eu sinto muito que Hoseok tenha desaparecido. — Ele disse, simplesmente. — Mas, eu não posso fazer nada sobre isso.

Ele se recusou com amargura e virou as costas, me deixando sozinha ali. Eu não esperava algum milagre. Era apenas uma tentativa. Mas, claramente o passado ainda estava entre nós e agora eu não sabia mais o que fazer. O pai do meu filho e o homem por quem eu era completamente apaixonada tinha desaparecido. E não havia mais nada que eu pudesse fazer.

 


Notas Finais




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