História Serial Killer - No que você se meteu, baixinha?

Pela manha, como não havia escola, dormi até 10 horas. Meu pai saiu para trabalhar, como sempre. Até que tocaram a campainha.

Meio grogue, fui atender.

O cara do correio me olhou de cima abaixo com o olhar meio malicioso.

- O que? –pergunto grosseiramente.

- Hmm, err, voce é Millie Bobby Brown? – ele pergunta.

Assinto e ele me entrega uma caixinha pequena.

- Assine aqui, por favor. 

Assino e vai embora, mas não antes de dar uma última olhada nos meus peitos.

Homens. Argh.

Curiosa, eu fecho a porta e me sento no sofá. Abro a caixa e percebo que minha presilha que havia perdido a poucos dias está dentro dela.

Mas como ela veio parar aqui?

Junto com ela havia um bilhete.

"Você a deixou aqui quando veio me visitar pela segunda vez."

Só tinha uma palavra para definir isso.

FUDEU.

E o pior de tudo era que eu só poderia contar com uma pessoa. E essa pessoa eu detestava. 

Finn Wolfhard.

Ainda tremendo, disquei o número dele.

- Fala – ele atende.

- Finn, preciso que você venha aqui. Agora. 

- Aconteceu alguma coisa? Sua voz está estranha. 

- Só venha, idiota – eu disse e desligo.

Corro para tomar um banho e trocar de roupa.

                                                                                          • • •

- Caralho! – Wolfhard resmunga ao ver o bilhete.

Não falei nada, apenas roí minhas unhas e esperei ele falar algo que não fosse um palavrão.

- Hmm, eu não quis mostrar isso para o meu pai e nem para Sadie, você é o único que sabe, então...

Ele respirou e me olhou com raiva.

- Está satisfeita? Não era isso o que você queria? Ser morta por um Serial Killer? – ele vociferou.

Lágrimas caíram do meu rosto e eu limpei-as rapidamente.

- Claro que era – disse irônica – Quer saber? Esqueça. Não devia ter dito a isso a você – eu peguei o bilhete e fui até a porta.

- Mills, escuta – ele me alcança e pega meu braço. – Desculpa, eu... eu não devia ter dito isso. Mas , porra, eu te avisei! Mil vezes! E... – ele suspirou. – Olha, você vai ficar aqui, só vai sair comigo ou com o seu pai, entendeu?

Eu assenti e ele suspirou.

- No que você se meteu, baixinha? – ele murmurou para si mesmo.

- Quer um pouco de água? Você está mais pálido que o normal.

Fomos até a cozinha.

- Que horas seu pai chega? 

- Não sei, ele não tem hora certa para chegar – respondi sem entender.

- Sempre foi assim? 

- Sim, às vezes vou para a casa da Sadie, mas como estou de "castigo" ele me disse para ficar aqui. 

- Aqui. Sozinha. 

- Sim – dou de ombros – Sou perfeitamente capaz de me proteger.

- Ah é. – ele diz irônico.

- Acho melhor você ir embora. 

- Então é isso? – ele diz –Você quer ficar aqui sozinha e encarar o bandido? Muito bem – ele estende as mãos em rendição. – Estou indo embora – ele sai e bate a porta.

Estúpido.