História Série Amores improváveis - Início Vkook

Eu estava saindo de uma lanchonete onde havia me encontrado com um cliente, estava olhando a hora quando ouvi um barulho ao lado da lanchonete. 

Por curiosidade resolvi dá uma olhada, tinha alguém mechendo no lixo, com certeza era um morador de rua, e eu que não consigo ver nada e não querer ajudar, fui até ele. 

Eu tinha construído um lar pra pessoa que moram na rua e outro pra animais, espalhei várias pela cidades com mais índices. Nós ajudamos eles a se restabelecer na vida, podendo ir embora depois, se assim quiserem.

 E os animais cuidavamos até que uma boa pessoa viesse adota-los. Eu me aproximei do estranho que ainda não havia me notado.

 - Com licença. 

Ele pareceu se assustar e ainda de cabeça baixo deu um passo atrás. 

- Tudo bem, meu nome é Jeon Jungkook não vou fazer nada a você, eu prometo. - levantei às mãos ao ar em sinal de rendição.

 Ele levantou a cabeça devagar, apesar da sujeira no seu rosto sua beleza era visível, olhos pretos, era muito lindo.

 - Está tudo bem, só quero ajudar. 

Eu peguei a sacola com o hambúrguer que eu havia comprado e estendi pra ele. 

Passou uns segundos e ele veio devagar com os olhos pra baixo, ficou distante e pegou a sacola. 

Mais eu ainda não tinha terminado. - Eu conheço um lugar que pode te ajudar, sei que está assustado por não me conhecer, mais eu realmente só quero te ajudar, venha comigo?

 Eu segui pro carro fazendo sinal pra ele me acompanhar, entrei e esperei alguns minutos, ele entrou relutante, não imagino como deve ter sido sua vida. 

 - Desculpa, eu sou meio estranho assim, Não sinta medo, é que eu odeio ver tanta gente sofrendo na rua. Eu vou com calma, se eu fizer algo que te deixe desconfortável me avise, então eu paro.

 Ele acenou que sim. - Vamos pra minha casa, você precisa comer, tudo bem?

 Depois de alguns segundos que pra mim pareceu uma vida, por medo dele dizer não, ele finalmente sussurrou um: - Tudo bem.

 Eu senti arrepios pelo corpo depois daquele sussurro, mais tratei de disfarçar.  - Qual seu nome? Existe alguém que você prefira ver ou qualquer coisa assim? - Pergunta boba, afinal ele mora na rua, mais nunca se sabe.

 Ele respondeu baixo. - Kim Taehyung, eu não tenho ninguém.

 Sei que é muito errado, mais fiquei meio aliviado por ele não ter outra pessoa, não sei porque desejaria isso. Assim que chegamos em casa eu entro e Taehyung para na porta desconfiado.

- Tudo bem. Se quiser posso deixar a porta aberta caso você se sinta muito desconfortável.

 Ele entrou e sussurrou. - Tudo bem. - Ele falava como um gato assustado, diferente, mais lindo.

- Posso chamar você de Tae? 

Surpresa passou em seu rosto antes  de mais um sussurro. - Pode. 

- O que houve com você Tae? - Percebi ele sem jeito e tentei consertar as coisas - Desculpe-me eu não quis se indelicado.

- Eu sou um híbrido, não me aceitaram bem. - Fiquei surpreso por ganhar uma resposta. 

- Nunca tinha conhecido um híbrido, dizem que são muito lindos, vejo agora que é mesmo verdade. - Não tinha pensado antes de falar, esperei nevorso que ele não me achasse um pervertido.

Ele ficou muito vermelho, quem diria que eu acharia uma carinha tímida uma das coisas mais lindas que já vi. - Eu vou te levar pra tomar banho e fazer algo pra você comer, venha comigo. 

Eu subi as escadas e ele veio atrás de mim sem jeito. Eu poderia tê-lo deixando num dos quartos de hóspedes, mais usei a desculpa de que Nancy não tinha colocado toalhas lá, Queria vê-lo no meu quarto. Assim que entramos eu abri a porta do banheiro. 

- Tem tudo que você precisa e algumas escovas ainda fechadas, eu vou descer pra fazer o jantar, assim que você terminar desça as escadas e vire a direita. 

Ele segui pro banheiro e fechou a porta. Depois de alguns segundos ainda olhando a porta fechada eu me recompus e fui no closet, peguei uma boxer minha que ainda estava lacrada e uma calça e camisa que eu chutei que caberiam nele. 

Deixei tudo encima da cama com um bilhete indicando que ele deveria usar e sai do quarto.

 Preparei três pratos diferentes, saborosos e fácil de fazer, três sabores de suco por não saber o que ele prefiria. 

Quando a mesa já tava quase pronta ele surgiu na porta de cabeça baixa, estava lindo com aquela roupa, e o seu cheiro misturado com meu sabonete me causou arrepios. 

- Não precisa ficar tímido, venha sente-se, coma. - pedi me sentando.

 Ele sentou e eu o servi já que o mesmo ficou lá parado, parecia com medo. 

Antes quando vi ele, só queria protege-lo, agora quero protege-lo e agradalo. Coloquei um pouco de tudo em seu prato e deixei ele escolher o suco, comeu tudo e eu rapidamente servi mais. O mesmo sussurrou um obrigada. 

 - Tae eu vou arrumar uma cama pra vo-  - Fui interrompido por um barulho de trovão, vi o semblante de Tae mostrar pavor, como ele sobreviveu as tempestades na rua com medo?

 Logo a chuva ficaria mais forte e os trovões aumatariam. - Vou arrumar minha cama pra você dormi e deito no chão.- Disse finalmente.

 - E-eu não quero tomar sua cama.

- Não se preocupe o colchão é bem confortável. - Não era totalmente uma mentira.

Eu guardei toda comida que sobrou e lavei os dois pratos, depois chamei ele pro quarto, que veio todo tímido. 

Eu arrumei a cama com os lençóis brancos mais gostosos que eu tinha, ele ficaria lindo deitado alí, e teria uma ótima noite de sono. 

Me dói pensar que se eu não tivesse naquele lanchonete Tae passaria essa noite na chuva com medo e com frio, E quantos não teve a mesma sorte?  

Depois da cama do Tae arrumada eu arrumei a minha do lado da sua. - Você pode ficar a vontade. - Avisei

Eu fui até o banheiro tomei um rápido banho, escovei os dentes e sai só com uma calça moletom, Tae me olhou mais desviou o olhar rapidamente, parecia nervoso, seguiu pro banheiro em silêncio.

Eu deitei na "cama" com o computador dando uma checada na última papelada que minha secretária mandou.

 Tae saiu do banheiro e foi deitar na cama, a chuva caia forte lá fora e os trovões e relâmpagos aumentavam, Taehyung estava muito inquieto. 

Ele tinha medo mesmo. Eu precisava fazer algo ou não conseguiria terminar aqui e ele não conseguiria dormir.

 Peguei o notebook e subi na cama ao seu lado. - Ficarei aqui até que consiga dormir tá bom? 

Ele acenou positivamente, voltei ao trabalho e ele pareceu se alcamar um pouco.

 Logo depois veio um trovão muito forte e ele por medo me abraçou, meu corpo esquentou assim que seu braços entrelaçaram minha cintura, ele fez menção de tirar mais eu o abracei e não deixei sair, usei a desculpa de que ele tava com medo.

 - Pode ficar se está com medo, eu não me importo. 

Ele ficou ali nos meus braços até dormi, eu dormi pouco depois já que a sensação do seu corpo junto ao meu tirou toda minha concentração.