História Série Love For All Life - Incomparable. - Vinte e cinco.

25. Park Jaebeom.

“Papai, podemos ter um cachorrinho?” Alina chamou minha atenção enquanto desenhava no chão da minha sala.

“Sua mãe não deixa, mas podemos tentar conversar com ela no jantar!” Comentei sem tirar os olhos do computador e sorri a escutar sua pequena comemoração. “Não está com frio?” Questionei lhe olhando de relance e a mesma negou.

O inverno chegou dando o início as festas de fim de ano.

“Mamãe me fez colocar um montão de blusas... Estou quentinha!” Me olhou sorrindo.

Alina estava passando um tempo comigo enquanto Angelline e as outras garotas planejavam a véspera de Natal e o aniversário dos gêmeos e do Hyukwoo que seria uma comemoração só.

“Vem brincar, papai?”

“Só um pouco, tenho que terminar os contratos logo para irmos mais cedo para casa!” Falei me levantando e me juntando a ela no chão.

“Vou fazer um desenho de cachorrinho para dar para mamãe... Assim ela deixa a gente ter um!” Exclamou me fazendo rir.

“Muito esperta, meu amor!” Beijei seus cabelos e peguei uma folha começando um desenho qualquer.

De um tempo pra cá, comecei a prestar mais atenção nessa paixão de Alina por desenhar.

A parede de seu quarto e a minha geladeira estão repletos de folhas com rabiscos coloridos.

“Ah, não, pai... Eu estava usando o lápis azul antes de você!” Alina reclamou quando peguei um lápis no meio de um monte.

“Ele estava ali sem uso... Você não estava usando nada não!”

Começamos uma pequena briga por conta desse bendito lápis, mas fomos interrompidos com a voz da minha mãe ecoando pela sala.

“Você consegue ser mais infantil do que a menina, Jaebeom!”

“Novamente, entrando sem bater!” Retruquei lhe olhando com uma sobrancelha erguida.

“O máximo que eu iria presenciar seria você e sua noivinha não respeitando o ambiente profissional!” Caminhou elegantemente até a minha mesa deixando sua bolsa cara sobre a mesma.

“Alina, dê olá para sua avó!” Falei para a menor que aproveitou minha distração para me tomar o lápis.

“Olá, senhora!” Foi simples mas com um lindo sorriso no rosto que foi retribuído rapidamente por minha mãe.

“O que veio fazer aqui, mãe?” Questionei quando vi a mesma se sentar e cruzar as pernas.

“Ora, o que mais poderia estar fazendo aqui? Vim ver o meu filho...” Respondeu ajeitando seus cabelos. “Viajou e deixou a gravadora sozinha... Isso foi muito irresponsável da sua parte!” Acrescentou me fazendo revirar os olhos.

“Chase ficou cuidando de tudo... Fui conhecer meus sogros, eles vão vir para o ano novo.” Comentei acariciando os cabelos da minha filha.

“Não era para você estar trabalhando? Virou babá?” Perguntou e novamente revirei os olhos.

“Babá, não. Estou fazendo meu papel de pai.” Sorri olhando para minha mãe que bufou. “O que você quer, mãe?” Voltei a questionar.

“Seu pai ficou me enchendo o saco para vir aqui... E era para eu falar sobre qualquer coisa. Então, vamos falar sobre as festas de fim de ano.”

“O natal já está combinado, vamos passar com o pessoal... Agora, o ano novo será lá em casa, se quiser pode aparecer.” Respondi me levantando para sentar de frente com ela. “Se quiser, podemos passar juntos a virada do ano.” Repeti a fazendo me olhar.

“Não sei... Tenho certeza que seu pai vai quer passar com um dos sócios, coisa chique sabe? Com muito champanhe e muita comida gourmet. Vou ter que usar muitas jóias e um vestido lindo...” Começou a numerar as coisas de forma animada mas logo parou e me olhou novamente soltando um suspiro alto. “Mas podemos passar com o nosso filho e a família dele!” Falou me fazendo abrir um sorriso enorme.

“A porta sempre estará aberta para vocês, mãe... É só a senhora não insultar mais a Angelline!” Pedi e a mesma soltou uma risada abrindo os braços me convidando para um abraço.

“Sei que não fui e nunca serei uma boa mãe, Jaebeom... Me desculpe!” Falou quando aceitei seu abraço.

“Ainda bem que você sabe, mãe!” Dei risada e lhe apertei mais.

“Também quero abraço, pai!” Alina chamou nossa atenção e se aproximou sorrindo.

“Vem, mocinha!” Minha mãe lhe estendeu a mão e a mesma aceitou. “Nada de vovó, sou muito jovem para isso... Me chame de Mijung!” Falou séria e Alina assentiu deixando um beijo em sua bochecha.

Imitei o gesto da minha filha e ganhei um sorriso emocionado da minha mãe.

Não guardo rancor da minha mãe. Ela pode errar quantas vezes quiser, mas meu novo eu sempre estará disposto a desculpa-la.

“Esta tudo muito amoroso, mas eu preciso ir agora, tenho compromisso!” Exclamou nos fazendo reclamar a aperta-la mais. “Ah, não... Chega de fofura por hoje.” Fez uma careta apertando as bochechas de Alina.

Nos despedimos e logo voltei para o trabalho enquanto Alina se deitou no sofá para assistir um desenho qualquer em meu celular.

O barulho do meu celular tocando depois de algum tempo e dos resmungos de Alina me chamaram atenção. Me levantei ajeitando a menor e tirando o celular das suas mãos.

“Repete comigo. Kiseok é o melhor amigo que existe!” Exclamou animado quando atendi.

“Não vou repetir nada... O que houve?” Questionei erguendo uma sobrancelha.

“Aconteceu foi que o seu lindo e maravilhoso amigo, que é um advogado super competente e incrível, conseguiu com que o fórum aceitasse o seu pedido antes do encerramento de expediente para o fim de ano!” Se gabou me fazendo rir.

“Você conseguiu? Sério, cara? Você é o melhor, Kiseok!” Falei me levantando e abraçando o mesmo. “Mas vai estar pronto até a véspera de natal?” Perguntei para ter certeza e ele confirmou.

“O juiz estava me devendo alguns favores, e chegou a hora desses favores serem cobrados!” Falou sério mais logo soltou uma gargalhada.

“Okay, senhor gângster!” Ri.

“Prometo guardar segredo.” Me informou e pude sentir que ele estava falando sério.

“Sei que sim... Nos vemos mais tarde?”

A noite iria ter a confraternização da gravadora, e como eles são meus sócios principais, participam em todos os anos.

“Banryu está doentinho hoje... Não vamos conseguir ir, cara!” Suspirou cansado. “Se quiser pode deixar a Alina conosco, vamos cuidar dos gêmeos também... Sunghwa e Seokmin vão deixar Yaeji com a senhora Kim, eles falaram que na última vez que ela ficou aqui, foi dormir depois da quatro da manhã por conta do tanto de sorvete e chocolate que a deixei comer.” Disse me fazendo dar risada.

Gosto nem de lembrar desse dia, Alina também ficou com eles e passou a noite cantando e pulando pela casa até que capotou no sofá quando o sol nasceu.

“Vou falar com Angelline, mas vamos sim deixa-la aí para ficar com o Ban!”

“Então, até mais tarde... Agora preciso passar em uma farmácia!” Se despediu antes de encerramos a ligação.

Recolhi minhas coisas e as de Alina colocando sua mochila nos ombros e a pegando no colo com cuidado para não acorda-la. A gravadora estava um pouco movimentada, o pessoal que estava organizando a festa estava a todo o vapor e Eunjin estava supervisionado tudo e todos.

Mais um ano se acabando e eu nunca pensei que teria uma família só minha para passar esse momento tão especial.

Quando chegamos em casa, as luzes acesas anunciavam que Angelline já havia chegado também. Deixei Alina em seu quarto e fui para o outro encontrando minha mulher sentada na cama enquanto passava seus cremes corporais.

“Oi, meu amor!” Me aproximei lhe beijando.

“Meu bem, você está atrasado!” Exclamou segurando em minhas bochechas e mordendo meu lábio.

“Desculpa... Fiquei brincando com Alina e depois minha mãe apareceu lá e meio que perdi a noção do tempo.” Comentei e a mesma sorriu me dando um selinho. “Me arrumo em minutos!” Acrescentei me afastando e indo para o banheiro.