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História Série O Som do Coração 1 - Mermaid Singing - Capítulo Sete


Escrita por: BSidel

Capítulo 7 - Capítulo Sete


Fanfic / Fanfiction Série O Som do Coração 1 - Mermaid Singing - Capítulo Sete

Novos ares

Mia

Acho que nunca vou cansar disso, essa energia que corre pelo meu corpo, cada vez que estou em cima de um palco, com um microfone na mão, a multidão balançando e cantando ao som da música.

“Todas aquelas coisas malucas que você disse.

Você as deixou correndo pela minha cabeça.

Você está sempre lá, você está em toda parte.

Mas agora eu gostaria que você estivesse aqui.

Todas aquelas coisas loucas que fizemos.

Não pensamos sobre elas, só fomos na onda.

Você está sempre lá, você está em todo o lugar.

Mas agora mesmo eu gostaria que você estivesse aqui.

Droga, droga, droga.

O que eu faria pra ter você aqui, aqui, aqui.

Eu gostaria que você estivesse aqui.

Droga, droga, droga.

O que eu faria pra ter você por perto, perto, perto.

Eu gostaria que você estivesse aqui.

Não, eu não quero deixar pra lá.

Só quero que você saiba.

Que eu nunca deixarei você.

Eu gostaria que você estivesse aqui

Eu gostaria que você estivesse aqui. “

As garotas param de tocar, e eu continuo a incentivar a multidão a repetir a última frase mais uma vez, e então eu faço um sinal de reverência, agradecendo a plateia, as luzes do palco se apagam e eles vão ao delírio com o final do show. Saímos do palco e no caminho para o camarim eu continuo os ouvindo gritar, pedindo por mais.

Os rapazes estão terminando de se arrumar, Lucky como sempre gosta de se exibir sem camisa, Shane em uma regata preta e calça de brim justas, assim que vê Candy corre ao seu encontro, ele a pega no colo e ela joga as pernas ao redor de sua cintura, e então começam a devorar um ao outro. 

Desvio o olhar, e me vejo perdida em lindos olhos verdes, eles estão tão claros agora, como a calma antes da tempestade. Deus, ele está tão lindo, ele fica tão sexy em jeans rasgados e com aqueles coturnos, usando uma camisa branca hoje. Não consigo evitar o suspiro que sai dos meus lábios, e o frio na minha barriga, olho pra ele e vejo que está sorrindo, a minha vontade e de correr e me jogar em seus braços. Mas eu me controlo. Desvio o olhar e vou na direção da mesa, preciso tirar a maquiagem.

 Eu o vejo através do espelho, vindo na minha direção, meu corpo reage instantaneamente a sua presença, ele para, atrás de mim, e nos olhamos através do espelho, ficamos ali por alguns segundos, ele então quebra o silêncio.

— Você estava fantástica!

— Você estava ouvindo?

— Não. Eu estava vendo. Eu sempre assisto ao lado do palco.

— Eu não sabia disso.

— Você fica tão envolvida com o show e a plateia. Eu gosto de ver você assim.

— Gosta?

— Sim. Ficamos nos encarando, até que ele quebra o silêncio novamente.

— Não se esqueça vamos cantar nossa música hoje. Vamos ver como os fãs reagem a isso. 

— Claro tudo bem. Quando eu entro?

— Estava pensando em fechar o show assim. O que você acha?

— Por mim está tudo bem.

Ele desvia o olhar apenas um momento para olhar para Tom, que estava chamando os rapazes para subirem ao palco. E volta a me olhar, seu olhar me queima, há fogo neles.

— Nos vemos daqui a pouco então. Ele me dá um sorriso de canto e vai na direção da porta.

Eu deito a cabeça na mesa, e tenho vontade de bater com ela para ver se tem algo ali. Que porra eu to fazendo.

 Eu paro um minuto e penso, eu estou me escondendo a muito tempo, não me envolvo com ninguém por medo, medo do que afinal, nem eu mesmo sei, medo de um babaca que me machucou, esse mesmo babaca está a milhas de distância, em outro estado. 

Quer saber, eu não tenho motivos para me esconder. Eu estou perdidamente apaixonada pelo Samuel. Não quero ficar nem um minuto mais me escondendo, ele tem razão, devemos gritar para todos, não temos nada a esconder. É isso aí, é isso mesmo que vou fazer. Que se foda o Derick. 

Quando ele aparecer, se ele aparecer, ai eu penso no que vou fazer. Então eu me levanto, troco de roupa e espero a minha vez de subir ao palco de novo.

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Estou esperando acabar a música. Então eu ouço enquanto Sam apresenta a nossa música.

— Boa noite pessoal, é tão bom estar em casa, bom essa noite, vou cantar uma música que escrevi junto com uma cantora que é incrível, ela é dona de uma voz maravilhosa, espero que vocês gostem da música. Por favor, Mia, você me acompanha.

E no momento que ele fala meu nome eu entro, acenando para a multidão que grita.

— “A “música se chama” Apenas um beijo”. Sam anuncia dando a nota no violão, então eu começo a entrada.

       Mia:

Deitada aqui com você tão perto de mim.

É difícil lutar contra esses sentimentos.

Quando parece tão difícil de respirar.

Estou presa neste momento.

Presa no seu sorriso.

Sam:

Eu nunca me abri pra ninguém.

É tão difícil me segurar.

Quando estou com você em meus braços.

Mas nós não precisamos apressar isso.

Vamos devagar.

Juntos:

Apenas um beijo em seus lábios ao luar.

Apenas um toque do fogo ardente.

Não, eu não quero confundir as coisas.

Eu não quero forçar demais.

Mia: Você pode ser o único que estive esperando por toda a minha vida.

Mia: Então querido, eu estou bem

Juntos

Com apenas um beijo de boa noite.

Eu sei que se dermos tempo ao tempo.

Isso só vai nos aproximar do amor que queremos encontrar.

Mia: Isso parece tão real.

Sam: Isso parece tão certo.

Refrão juntos:

Apenas um beijo nos seus lábios ao luar.

Apenas um toque do fogo ardente.

Não, eu não quero confundir as coisas.

Eu não quero forçar demais.

Sam: Você pode ser a única que estive esperando por toda a minha vida.

Sam: Então querida, eu estou bem.

Sam: Com apenas um beijo de boa noite.

Mia: Não, eu não quero dizer boa noite.

Sam: Eu sei que é hora de partir.

Mia: Mas você estará em meus sonhos hoje à noite.

Sam: Hoje à noite.

Mia: Hoje à noite.

Sam: Hoje à noite.

Mia: Vamos fazer isso direito.

Sam: Com apenas um beijo de boa noite.

Mia: Com um beijo de boa noite.

Sam: Beijo de boa noite.

Mia: Beijo de boa noite. "

Quando terminamos a música estamos tão envolvidos um com o outro, que parece que o barulho da multidão está longe demais. 

Eu só o vejo, parece que estamos sozinhos ali, ele tira o violão do pescoço e coloco no pedestal e vem na minha direção, é nesse momento que tomo uma decisão, eu não penso demais porque se pensasse talvez eu desista.

 Então eu corro na sua direção, e jogo meus braços ao redor do seu pescoço, e lhe beijo. No começo ele parece surpreso, mas em seguida ele me aperta contra ele, e retribui o beijo. Ouço os fãs gritarem em delírio, a luz do palco diminuir. Eu não o solto, e ele muito menos. Quando eu quebro o beijo tudo que vejo são aqueles olhos verdes brilhando pra mim, e aquele sorriso pelo qual me apaixonei.

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Depois do show

Sam

Toco a última nota no violão, finalizando a música. E vejo a plateia em delírio, era essa a reação que eu queria. 

Coloco o violão no pedestal e olho pra ela, ela está linda, sorrindo como uma criança, então ela corre na minha direção, abro os braços para abraçá-la, mas sou surpreendido quando ela cola sua boca na minha, me devorando, seus braços ao redor do meu pescoço me puxando, seu corpo quente no meu. 

Meu cérebro não demora muito pra reagir, coloco uma mão na sua nuca a segurando, a outra eu envolvo ao redor da sua cintura, a puxando pra mim. Ouço a plateia gritando nossos nomes, a luz do palco diminuindo, os rapazes falando “até que enfim”, “já era hora". 

Não quero que isso pare, mas tenho que saber se foi no calor do momento, ou se ela pensou bem em fazer isso na frente de uma plateia gigante, afinal não foi isso que ela demonstrou pela manhã.

Coloco as duas mãos no seu rosto, e quebro o beijo, ela me olha com aqueles grandes olhos azuis, a lábios inchados, não posso olhar pra lá, ou vou voltar ao que estávamos fazendo, então me concentro nos seus olhos.

— O que você está fazendo? Eu pergunto. 

Ela franze a testa e me olha como quem não está entendendo a pergunta.

— Estou mostrando para todos que estamos juntos. Não era isso que você queria esta manhã. A não ser que eu tenha entendido errado. Não é isso que você queria?

 Ela fala isso é vai se afastando de mim, não eu não vou deixar que fuja, eu a agarro com força para que não saia, preciso do seu corpo quente no meu.

— Eu sei o que eu queria esta manhã e o que eu continuo querendo pequena. Quem não queria isso era você, então eu sou surpreendido quando você se joga em mim no final do show, na frente de um estádio lotado de fãs. Para quem queria ficar escondido, eu acho que isso não é se esconder.

Ela então coloca suas mãos sobre as minhas, e fala:

— Você tinha razão.

— Eu tinha?

— Sim, não tenho que me esconder, eu não quero me esconder, eu quero gritar para todo mundo que estou apaixonada por você, você faz com que eu me sinta bem, feliz, amada. Eu já me apaixonei uma vez, e confesso que não foi como eu esperava me machuquei muito, tenho medo que aconteça de novo. Mas, não sei dizer, com você é diferente, não sei explicar, só sei que não quero me esconder, quero viver isso, acho que mereço, nós dois merecemos.

Então ela me segura pela camisa, e me beija, não um beijo como se estivéssemos devorando um ao outro, é um beijo calmo, sensual, como se estivesse me marcando de alguma forma, não quero parar, mas infelizmente somos interrompidos pelos roadies, que começam a arrumar o palco.

— Acho melhor irmos para o camarim. Diz ela quebrando nosso beijo. Puxando-me pela mão, e indo na direção do camarim. 

Não consigo pensar direito, é a sereia que conseguiu me enfeitiçar.

Só registro os rapazes dando tapinha nas minhas costas, as garotas dando gritinhos de felicidade, dizendo que já era hora, e outras coisas do tipo. 

Mas meus olhos não deixam de registrar um movimento no fundo do camarim, aquele olhar de raiva que Katy está dirigindo a Mia, não sei se ela vai fazer algo, mas fico alerta, não confio nela nem um pouco. Se ela fizer algo, eu juro que ela vai se arrepender. Então ela sai como um furacão em direção a porta. 

Minha atenção volta pra Mia novamente, ela está vindo com duas garrafas na mão, me entrega uma, eu me sento no sofá e a puxo para o meu colo, ela me beija, quero voltar para o hotel, mas temos que ficar mais um pouco, alguns fãs entram no camarim, tiramos algumas fotos, damos autógrafos, respondemos perguntas, só mais um pouco e podemos ir. 

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Duas horas depois chegamos ao hotel, saio da van já puxando ela comigo, ela ri e me acompanha. 

Não espero pelos outros, corro em direção ao elevador. Ele está vazio, a coloco contra a parede e devoro sua boca, ela retribui, paro apenas para sair do elevador, ela se encosta-se à parede rindo, me olhando enquanto abro a porta, entramos e vou até o banheiro coloco a banheira para encher, preciso de um banho. 

Volto para o quarto, ela está pedindo serviço de quarto, deitada em minha cama, é lá o lugar que ela pertence, ela coloca o telefone no gancho e começa a tirar as botas. Então fico ajoelhado na sua frente interrompendo seus movimentos. Começo a tirar suas botas.

— É o barulho da banheira que estou escutando?

— Preciso de um banho, queria que você fosse comigo?

— Está tentando me seduzir Samuel, com um banho de espuma?

— Se eu estivesse? Estaria funcionando?

— Esse é um dos meus pontos fracos.

Ela sorri e me puxa para cima da cama com ela. Eu vou sem nenhuma resistência. Ela coloca as mãos na minha barriga e puxa a barra da camisa, tentando tira-la, eu a ajudo e jogo a camisa longe, ela ri, adoro sua risada, coloco meu corpo em cima do seu, com minha mão aliso suas pernas, até que encontro a bainha do seu shorts de brim, minha mão continua viajando até a cintura, coloco mais minha mão por baixo da camisa, na sua barriga e vou subindo bem devagar, não tenho pressa. Não desvio o olhar do seu, ela fica quieta me olhando, seu único movimento é sua respiração e os sons abafados que saem através dos seus lábios. Somos interrompidos pelo som da porta.

— É o serviço de quarto. Informa o rapaz do outro lado da porta.

— Já estou indo. Só um segundo.

Levanto-me, ao mesmo tempo em que ela senta na cama. Abro a porta para o copeiro entrar. Ele coloca o carrinho, pergunta se queremos algo mais. Eu lhe dou a gorjeta, e digo que estamos bem, ele se vira e sai, eu tranco a porta.

Então vou na direção do banheiro desligar a água, quando me viro Mia está parada na porta do banheiro me observando.

Ela então abre os botões da camisa lentamente, a tira e coloca no chão ao seu lado, então começa a abrir o botão da bermuda jeans. Enquanto ela tira suas roupas lentamente ela me observa, eu sigo suas mãos, não consigo desviar os olhos. A sua bermuda já está no chão, suas mãos estão tirando o sutiã agora, seu corpo perfeito, seus seios do tamanho ideal, ela é toda perfeita. Colocando os dedos na lateral da calcinha, ela tira a última peça para o chão. Seu corpo nu, apenas a tatuagem de sereia na lateral do seu corpo.

 Ela entra na banheira, e me chama apenas com o olhar. Então é minha vez, tiro minhas botas, meu jeans, minha cueca, tudo bem devagar, exatamente do jeito que ela fez, e ela me observa exatamente do mesmo jeito que eu fiz. 

Eu entro na banheira, no lado oposto, pego a esponja e deslizo por suas pernas, pelo seu corpo. Ela se ajoelha e pega a esponja, e é a sua vez de fazer o mesmo, nossos olhos nunca desviando um do outro, sem falar, não precisamos disso, eu sei o que ela gosta o que ela quer, e do que ela precisa. 

Ela termina e sai da banheira, se enrola em uma toalha e vai para o quarto. Eu faço o mesmo e a sigo.

 Ela está deitada na minha cama, à minha espera. Temos tempo, não tenho pressa, vou saboreá-la a noite toda. Jogo a toalha longe, e me deito ao seu lado, a puxando pra mim.

É a este lugar que pertenço, eu sou dela e ela é minha. Estamos exatamente onde deveríamos estar.

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Amigos, amigos, bandas à parte

Mia

Estou arrumando as malas para irmos para a fazenda da família dos rapazes. A irmã mais nova dos rapazes vai se casar, e fomos convidadas. Toda a família do Sam vai estar lá, não sei se estou preparada pra isso, mas depois do que fiz ontem, não tenho porque me esconder mais. 

A Maia vai se casar com um roqueiro também, ele é baterista de uma banda, não sei o nome dele, Sam não me disse, e eu também não perguntei. Estava distraída com suas mãos em mim, e não consegui nem pensar, quanto mais elaborar uma pergunta. Só sai do seu quarto, porque Tom praticamente invadiu, e disse que nos deixaria pra trás, se não fizéssemos as malas logo. E ameaçou Sam com a ira da irmã, isso fez com que ele decidisse arrumar de uma vez as malas.

— Posso te perguntar algo? Dakota pergunta.

— Você pode me perguntar qualquer coisa, e não precisa pedir.

— Quando você vai falar para o Sam sobre o Derick?

Eu paro o que estou fazendo para olhar para ela. Dakota parece estranha, posso dizer até preocupada. Ela quer me falar algo, mas não sabe como. Eu conheço muito bem este seu jeito.

— Você sabe que pode me falar qualquer coisa, eu nunca vou ficar brava com você. Vamos, eu sei que tem algo por traz disso, desembucha logo. O que você sabe?

— Eu não sei de nada, você ta delirando. Ela tenta disfarçar, sem nenhum sucesso, é claro.

Eu paro o que estou fazendo e fico frente a frente com ela. A olhando nos olhos.

— A única maneira para que eu fique puta da vida com você, e se você estiver escondendo algo importante de mim. Qualquer coisa que você tenha descoberto, e que sabe se eu descobrir que você sabia e não me contou.

— Não! Eu nunca esconderia algo importante de você. 

Depois disso tenho certeza que ela está escondendo algo importante. Então a pressiono mais.

— Dakota!

— Ta bem! Eu falo! Mas acho que você não vai gostar. Ela então respira fundo e me pergunta. — Sabe quem é o noivo?

— Pela sua reação eu tenho certeza que não vou gostar da resposta.

— É o Lincoln, Mia. O noivo é o Lincoln.

Foi como levar um soco no estômago. Não, não podia ser.

— Não! Não pode ser! Você tem certeza? Eu pergunto.

Dakota faz aceno com a cabeça confirmando. Que merda, e agora o que eu faço. Que bosta de mundo pequeno.

Sam

Chegamos! Até que enfim. A van para, e olho pela janela. Vejo minha mãe e irmã na porta a nossa espera. Não as vejo desde que começou a turnê há seis meses. 

Viro-me para o lado para Mia. Ela está estranha desde que saímos do hotel, há três horas. Perguntei se tinha algo errado, ela disse que era apenas uma dor de cabeça, nada demais. Ela está quieta demais, ela não é assim, estou ficando preocupado.

— Está tudo bem mesmo. Você está me deixando preocupado pequena.

Ela me olha, é medo que vejo, será que se arrependeu de alguma coisa.

— Eu preciso conversar com você. Sim é medo no seu olhar.

— Está arrependida de ontem. É um pouco tarde agora para nos esconder, você não acha? Eu respondo. Já ficando bravo com sua atitude.

— O que? Não, não é nada disso. Eu preciso te contar uma coisa, é...

Somos interrompidos por Tom, que entra na van e nos tira a força de lá. O que ela quer me contar vai ter que esperar. Minha mãe e irmã vêm correndo na nossa direção, estão eufóricas. É uma confusão de beijos e abraços, não só em nós, mas nas garotas também. Vejo Mia toda sem jeito quando minha mãe a abraça e diz que está muito feliz em conhecê-la. 

Entramos na casa, meu pai está lá e se junta à bagunça. Logo depois Lincoln aparece. E no meio da confusão duas vozes se destacam, chamando a atenção dos demais, para a conversa que se desenrolava.

— Micaela! É você mesmo? Lincoln exclama surpreso.

— Sim Lincoln, sou eu mesma. Ela responde sem jeito. Ela está realmente estranha.

— Que porra! Você ta fazendo aqui. Ele parece muito bravo. Nunca vi o Lincoln desse jeito, ele é sempre muito calmo.

— Eu posso explicar! Ela parece triste e preocupada com sua reação.

Que merda está acontecendo aqui. Será que o Lincoln é o ex da Mia. Isso não pode ser, é muita loucura. Eu decido tirar satisfação, preciso saber o que está acontecendo.

— O que está acontecendo aqui? Vocês se conhecem? Eu pergunto.

Lincoln abre a boca para falar. Mas Mia o interrompe.

— Lin, por favor, podemos conversar em particular primeiro. Ela implora a ele. — Depois se você quiser contar para todo mundo, eu vou entender. E se depois você quiser que eu vá embora, e não volte nunca mais, eu farei isso. Mas, me deixe dar uma explicação primeiro. Sei que não tenho direito de te pedir nada, depois do que fiz? Mas, estou pedindo mesmo assim. 

Os dois estão perdidos naquela conversa. Eles não desviam o olhar um do outro, se medindo. E eu estou ficando irritado. Lincoln procura Maia, que está atrás dele. Ela faz um sinal afirmativo com a cabeça, o encorajando. Ele volta a sua atenção para Mia. Ela não me olha, aliás, nem tira os olhos de Lincoln. O que é que está acontecendo afinal.

— Tudo bem! Ele responde. — Vamos para a biblioteca. 

Ele vira em direção à biblioteca e ela o segue. Sem nem ao menos olhar pra mim. Eu faço um movimento na direção deles. Mas alguém me segura. Olho e vejo Maia me segurando, fazendo um sinal com a cabeça para que eu não interrompa.

— Você sabe o que está acontecendo? Eu pergunto.

— Sim! Ela responde. — Eu garanto a você, que não é nada do que você está pensando.

— Como você sabe o que estou pensando. Está lendo mentes agora. Ela então sorri. 

Agora vejo como senti falta daquele sorriso. Eu a abraço e ela retribui. Puxa-me pelo braço na direção da cozinha.

— Venham! Tia Helen, fez um bolo delicioso pra vocês! Ela diz para o resto do pessoal, que ainda estava em silêncio, tentando absorver o que havia acontecido. Ela volta sua atenção para mim.

— E você Sam. Da um tempo para aqueles dois. Tenho certeza que ela vai te contar tudo.

Então eu a sigo, mas não deixo de pensar no que está se desenrolando naquela biblioteca.

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