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História Sete Meses (SasuHina) - Terceira Fase - Capítulo II


Escrita por: Ewellein-

Notas do Autor


[20/09/2021]

Oioioie <3
Consegui concluir a correção hoje e decidi atualizar logo pra vocês.
Agora que estamos dando continuidade no pós-casamento, existem algumas coisas que eu gostaria de citar como, por exemplo, a questão de diversos acontecimentos rolarem meio quebrados. Quem me acompanha, já conhece a forma de passagem de tempo (dias ou horas) minha, que é com o ~ x ~.
Acredito que isso acontecerá uma consideravel quantidade de vezes, julgando que serão meses e mais meses.
Pretendo sim colocar outros personagens em volta e talz, mas o foco sempre será na convivência do Sasuke com a Hinata.
Convenhamos que é o mais importante né

-- Muito obrigada pelos 427 favoritos e pelos 59 comentários do capítulo anterior! Gente do céu hauahauahau Vocês querem acabar comigo hahahaha São 390 comentários no total e isso me deixa muito feliz <3 Ver como vocês estão abraçando essa história me deixa nas nuvens <3 Muito obrigada.
-- Comentem <3 Quero saber o que vocês acharam <3 Faça a autora aqui feliz <3
-- Mesmo esquema, vou responder assim que eu terminar a janta os comentários do capítulo anterior <3 Os desse, eu respondo na próxima atualização e, sim, eu leio todos antes hahahaha Claro né UAHAUAHUA As vezes, até rola de eu brotar e responder algum antes hauaha Na maioria das vezes, é alguma zoeira hahahaha Enfim huahuaau
-- Se tu curtiu a história, adiciona nos teus favoritos, comenta <3 e não esquece de pôr na tua biblioteca ou lista de leitura pra receber todas as notis <3 Da pra seguir o meu perfil também <3

Esse capítulo é mais tranquilo, viu <3
Espero que gostem <3
Boa leitura <3

Capítulo 11 - Terceira Fase - Capítulo II


Fanfic / Fanfiction Sete Meses (SasuHina) - Terceira Fase - Capítulo II

Sasuke, além de achá-la saborosa em diversos aspectos, percebeu o quanto a comida caseira lhe fazia falta. Levando em consideração tudo vivenciado até ali, os sete meses convivendo com Hinata lhe soavam até bem interessantes.

 

SETE MESES

TERCEIRA FASE

II

 

Abril ~ 1º Mês

Três dias haviam seguido desde o casamento e os recém-casados retornavam às suas velhas rotinas. Adiantado, o Uchiha já se encontrava com Kakashi no prédio principal onde o trabalho acumulado aguardava por ele, e Hinata voltaria ao hospital para a sua função de médica.

Enrolada na toalha com o discreto leque exposto, a jovem passeava despreocupada pelo quarto buscando as roupas que usaria no seu tão esperado regresso. Devido a pouca, mas, ainda assim, convivência, ela percebeu que não era tão ruim dividir a casa com outra pessoa. Diferente do que imaginou, a sensação de ter alguém para cuidar e ser cuidada também, mesmo que fosse do jeito torto e incerto do seu marido, era extremamente agradável.

Ironicamente, naquele mesmo instante, Kakashi chegava à conclusão de que um dos pergaminhos, dos vários abertos em sua mesa, necessitava especificamente de informações existentes apenas nos que o Uchiha mantinha em casa para análise. Não tê-lo em mãos significava um atraso gigantesco no estudo das rotas que faziam. Ciente disso, ele não hesitou em ordenar que o aluno que fosse ao distrito pegá-lo.

Acostumado a usar o teleporte, o ex-nukenin simplesmente brotou no quarto. Atrás do pergaminho perdido, ele passou os olhos pelo espaço, todavia, em frente ao grande espelho que a sua esposa havia torrado a sua paciência para enfiá-lo ali, ele pôde ter uma noção do problema de desaparecer e aparecer de súbito nos lugares.

Cogitou gastar um pouco mais de chakra para sumir, mas faltou tempo. A herdeira, coberta por uma toalha curta e justa, muito justa, o enxergou pelo reflexo parado às suas costas a olhando. Pelo susto, ela gritou, mas gritou tão alto que qualquer um que passasse próximo ao distrito a escutaria com facilidade.

Uma carranca apareceu na face do Uchiha quando supôs que ela explodiria os seus tímpanos. Como aquela criatura baixinha, calminha e gentil conseguia gritar com tanta potência?

— Inferno! — grunhiu de cenho franzido, anotando mentalmente a informação óbvia de que não morava mais sozinho, logo, teleportes estavam banidos. — Hinata! Não grit…

Antes que concluísse, o corpo feminino perdeu as forças despencando juntamente da toalha que o cobria. Numa resposta rápida, ele a capturou pela cintura dando base às costas da mulher e, mesmo que a sua ideia fosse ignorá-los, não teve como não notar os seios desnudos que espremiam-se inocentes contra o seu peito.

Desacreditado, o guarda-costas do Hokage revirou os olhos e a acomodou na cama depois de um leve esforço para carregá-la por culpa da falta do outro braço. Como se nada tivesse acontecido, ele subiu a parte da cima da toalha voltando a escondê-los. A mão deslizou pelos cabelos rapidamente e, aquilo era mesmo sério? Ela tinha desmaiado? Qual era o problema dela?

Impaciente, o ex-patife desferiu alguns tapas sutis no rosto delicado a fim de despertá-la e, quando os olhos esbranquiçados finalmente se mostraram arregalados, Hinata deu um salto da cama, tateando o próprio corpo e se certificando de que o incidente não se tratava de um sonho. O rosto tomou uma coloração rubra ao voltar-se ao marido, que a olhava com o seu típico semblante de enterro.

Naquele instante, com ela de pé, não teve como não analisá-la, afinal a toalha era deveras convidativa. As íris masculinas fizeram um tour pelas curvas, estudando os seios já bem percebidos, a cintura fina e as coxas grossas. Desviou-se daquela imagem e inabalável, a encarou.

— Estou acostumad…

Não era a sua obrigação explicar, mas contaria que possuía o costume de ir e voltar usando o teleporte e que havia sido um simples esquecimento da sua parte, contudo, como um foguete, a kunoichi se apossou das próprias roupas e correu para dentro do banheiro, se trancando lá.

Embora ela tivesse sido bem rápida, os olhos do Uchiha eram ainda mais e isso era um fato. No automático, examinou os quadris e as nádegas volumosas que se movimentavam quase numa dança. Balançou a cabeça ao reprovar a própria atitude e desviou o olhar, certo de que dividir o mesmo teto com Hinata seria problemático.

Não pelos volumes dela, obviamente.

~ x ~

Quarenta minutos.

Após incríveis quarenta minutos, a cabeça da ninja apareceu fora do banheiro. O ex-patife, sentado na cama com a perna cruzada sobre a outra, a mirou com desgosto. Quando ela pretendia se fechar outra vez, o resmungo do moreno foi inevitável.

— Vai morrer aí dentro. — constatou sisudo. — Eu não vou sair do meu quarto.

— Não tenho coragem de olhar para você. — Baixinho, ela rebateu quase inaudível.

— Hinata! — O rosnado mais alto a fez pular. — Pare de ser tão infantil!

Escutou o suspiro derrotado dela. A Hyuuga poderia ser teimosa, mas ele sabia ser bem mais. Naquela disputa, ele era o vencedor e tinha total consciência disso. No fim, a porta foi destrancada e, instável, a jovem saiu usando uma calça comprida e uma blusa fechada. Com o olhar de “finalmente”, ouviu o murmúrio tímido dela.

— Você não viu… nada além da toalha? — questionou-o hesitante, colocando uma mecha por trás da orelha. As bochechas queimavam.

— Nada além da toalha. — repetiu convicto. Era o que ele queria acreditar e o que ela precisava saber. Aliás, se contasse a verdade, talvez Hinata juntasse as malas e desaparecesse pelo mundo.

— Que alívio. — A mão pequena pousou sobre o peito e ela soltou a respiração.

Ao vê-la mais tranquila, o rapaz se levantou já pegando a capa e jogando-a por cima dos ombros. Tal gesto fez a moça reconhecer que havia demorado tanto ao ponto de ele retirá-la enquanto a esperava. Com o auxílio dos dedos, Sasuke passou a fechá-la com dificuldade, uma vez que lidar com botões possuindo apenas uma mão não parecia fácil.

— Deixe comigo. — A mulher saiu em seu socorro como nas trocentas vezes que ele aparentava ter dificuldades e ela virava a sua babá. Carrancudo, esboçou um nítido “não preciso de ajuda”. — Sei que não precisa, mas colocando rápido, você pode ir ao Hokage mais rápido e ser liberado ainda mais rápido. — Ele franziu o cenho. Fazia sentido. — Então me deixe te ajudar.

— Lê mentes também? — Com um ar carregado, ele resmungou sarcástico.

— Não. — Ela tentou se manter séria, mas não conseguiu. Acabou por rir enquanto abotoava próximo da garganta masculina. — Foi um palpite. — Fechou o último e, num gesto natural, deslizou as mãos pelos ombros do moreno, dando uma última arrumada na roupa. — Cuide-se, Sasuke.

Depois de sorrir gentilmente, a jovem se virou e deixou o quarto. Parado, o Uchiha parecia sem reação. Há quantos anos não tinha a roupa corrigida com tanto carinho por alguém? A última lembrança era tão antiga, e envolvia ela.

No fim, o seu corpo se moveu sozinho e, quando percebeu, já se encontrava ao encalço da companheira.

— Vai ao hospital?

— Vou. — confirmou, analisando algumas coisas de dentro da bolsa. — Volto um pouco antes do jantar. — garantiu, colocando-a a tiracolo.

— O hospital é caminho para o prédio. — Nas entrelinhas era um convite, e ela compreendeu isso.

— Se não for incômodo… — Desviou o olhar já sabendo que as suas bochechas estavam vermelhas.

— Seja breve. — Foi a única coisa que ele disse antes de sair pela porta.

Ela assentiu e olhou ao redor pela última vez apenas para se certificar de que não esquecia nada. Com um sorriso pequeno, encontrou aquele homem a aguardando, seguindo ao encontro dele. Observador, o Uchiha a mirou por alguns instantes percebendo o emblema incomodativo nas mangas da esposa.

— Ainda se vestindo como os Hyuuga? — Os dois começaram a andar lado a lado.

— Não é como se eu tivesse deixado de ser uma. — comentou, vendo-o franzir o cenho. — Mas na verdade, eu não sabia se poderia… bem… encomendar roupas com o leque…

— Como você se chama? — Sério e de soslaio, ele a perguntou.

— Oi? — Interrogativa, ela o encarou antes de responder: — Uchiha Hyuuga Hinata.

Sasuke não disse mais nada e voltou a olhar para frente com o seu ar soberano. Por alguns segundos, a herdeira pensou. Não precisava de muito para entendê-lo. Sem que notasse, um sorriso apareceu no seu rosto. As mensagens dele eram divertidas.

Como se tivesse descoberto um tesouro raro, Hinata continuou ao lado do seu marido sentindo como se algo tivesse inflado o seu ego. Recebeu o olhar de canto do parceiro e o olhou também, permitindo que o seu sorriso se abrisse ainda mais, para ele.

— Você é muito lerda, Hinata. — Ele esboçou um sorriso miúdo, fazendo-a rir daquele comentário implicante.

O ar sério, atraente, voltou a estampar o rosto do companheiro e, à medida que se aproximavam dos portões do Clã Hyuuga, o Uchiha capturou a mão feminina e entrelaçou os dedos nos dela. Por conta daquele ato repentino, o coração da médica disparou, mas entendia que a aparência no caso deles significava muito, e Sasuke estava disposto a ajudá-la até com aquilo.

E isso de certa forma lhe fazia estranhamente feliz.

~ x ~

— Bom dia, Hange-san. — Com um aceno simpático, cumprimentou a funcionária. — Estou de volta.

— Seja bem-vinda, doutora. — A mulher mostrou um sorriso acolhedor. — Vai iniciar o seu turno agora?

— Isso. — Ela ajeitou a alça no ombro. — Só preciso ver a Ayase-chan nos graves e já libero o primeiro paciente, certo?

Depois de a mulher assentir, Hinata se direcionou à própria sala. Um sorriso riscou os seus lábios quando observou o Uchiha carregando o seu nome na nova placa de identificação do seu consultório. Era realmente um bom sobrenome. Pousou a bolsa sobre a mesa, vestiu o jaleco rapidamente e, com as mãos escondidas nos bolsos, rumou ao lugar reservado.

De longe, pôde avistar Ayase ainda desacordada e sendo auxiliada pelos aparelhos. Olhar para ela lhe trazia a memória do primeiro grande contato que tivera com Sasuke. Ele como sempre indiferente, inexpressivo, inabalável, mas humano… Incrivelmente humano.

Intencionada a afastar aqueles pensamentos, sacudiu a cabeça e os seus pés guiaram-na até a jovem genin que, tão nova, se encontrava em um estado tão crítico. Ela era uma criança. Como puderam? O mundo shinobi conseguia ser cruel, e odiava isso nele.

Doce, a mão delicada deslizou pela franja da menina, acariciando-a nos cabelos claros. Comprimiu os lábios enquanto o seu interior torcia que ela permanecesse forte e sobrevivesse àquilo. Concluindo que era hora de ir, meneou a cabeça às enfermeiras — gesto que a fez franzir o cenho — e refez o seu caminho.

Com tão pouco tempo, já via a diferença nas suas ações.

Conviver com Sasuke tinha mesmo um lado muito bom.

~ x ~

Durante aquelas quase duas semanas, Hinata tinha aprendido bastante. As carrancas do Uchiha eram mais fáceis de serem desvendadas e o próprio rapaz aparentava conhecê-la melhor. Por mais que os dois fossem calados, isso não era um problema, afinal diziam apenas o necessário ao outro e se entendiam assim.

Também concluiu que o seu marido, como guarda-costas oficial de Kakashi, não possuía um horário fixo. Alguns dias o atendia pela manhã, outros pela tarde, outros ficava preso toda a noite. Às vezes era enviado em missões fora da vila e, no caso de escoltas do Hokage em encontros diplomáticos, a sua convocação era inevitável. Ele era alguém incrivelmente importante e isso se tornava muito mais evidente agora que se encontrava sozinha.

Era a quinta noite que não o via. Ele não havia lhe dito nada ou enviado qualquer mensagem, mas a moça sabia que o cônjuge estava recluso no prédio principal pelo fato de todos os dias, quando chegava em casa após o seu turno no hospital, o banheiro estar molhado num sinal claro de que ele havia pisado lá apenas para um banho.

Solitária, a líder Hyuuga degustou da sopa ainda quente. Aqueles últimos dias andavam mais frios e no distrito a coisa parecia ser pior. Embora apreciasse o silêncio, admitia que faltava algo. Faltava Sasuke. Não fazia a menor ideia de como ele estava e isso lhe fazia torcer diariamente pelo retorno das suas carrancas.

Suspirou depois de uma nova colherada e, como se Deus tivesse ouvido as suas preces, ela pôde escutar o som da porta sendo arrastada. Ávida, tropeçou na banqueta que estava na sua frente e correu para sala, podendo encontrá-lo tantos dias depois.

O rosto bonito se apresentava mais pálido que o normal e ostentava olheiras aparentes, mas era incrível como continuava chamativo.

— Sasuke! — Buscou ampará-lo. Claramente ele estava mais fraco. — Está tudo bem?

— Sim. — Permitiu que o seu corpo exausto usasse um pouco do suporte dela. — Não durmo faz alguns dias.

— E está se alimentando? — Agarrou-o procurando mantê-lo estável. A falta de resposta dele era a resposta. — Você não é mais criança! Precisa comer direito! — Ele arqueou a sobrancelha por culpa da audácia dela de querer se meter na sua vida. — Não adianta erguer a sobrancelha pra mim! Sabe que é verdade! — O ex-nukenin moveu a cabeça em aceitação. Estava cansado demais para argumentar qualquer coisa, e ela parecia brava mesmo. — Vem.

A mulher passou a puxá-lo pelo corredor até a cozinha. Ajudou-o a se acomodar na banqueta e foi mexer no fogão. Pelo ar firme dela há pouco, o ex-patife descobriu mais uma coisa nova: Hinata era extremamente protetora — e insuportável — quando o assunto envolvia saúde.

— O que tem feito? — A voz rouca soou fazendo-a o olhar. — Nesses dias.

— Só cumprindo os meus turnos no hospital. — explicou e logo retornou à comida. — Ah, dei uma olhada na Ayase-chan hoje.

— E? — O Uchiha se lembrou da menina.

— Na mesma. — Com pesar, ela adicionou: — Não houve melhora, mas não houve piora. — Buscou o prato do companheiro e o serviu antes de mudar o rumo da conversa. — Fiz com tomates. É bom comer coisas quentinhas nesse friozinho.

Sasuke não disse nada, apenas deu uma colherada seguida de outra e de outra. Não precisava falar que estava bom, era nítido. Orgulhosa, a morena se sentou ao seu lado, apoiou os cotovelos sobre a mesa e colocou o rosto entre as mãos.

— Deu tudo certo?

— Kakashi precisa de um outro pergaminho. — Assistiu ao olhar de repreensão enviado pela sua esposa e se amaldiçoou pelo complemento que deu a ela. — Vou mandar Garuda levar.

— Garuda? — repetiu o nome desconhecido.

— Sim.

Ele permitiu que a parceira o servisse mais duas vezes antes de se levantar e caminhar até o quarto. Com o pergaminho em sua posse, seguiu para a parte de fora, próximo ao jardim, acompanhado pela mulher. Sem demora, o rapaz levou o dedo à boca e o rasgou com o dente. Mesmo que contasse com uma única mão, ele fez os selos e trouxe um grande falcão.

— Esse é Garuda. — O seu olhar a guiou ao animal recém-invocado que batia as asas não muito acima deles.

— Oh… — As pérolas pareciam nunca ter visto uma invocação. Assistiu ao animal descer, pousando no chão. — Olá… Garuda…?

— É um prazer conhecer a esposa do Sasuke-sama.

As bochechas apresentaram um leve rubor por conta do comentário do bichinho. Querendo se aproximar, ela seguiu até ele e, receosa, estendeu a mão expressando o grande desejo de tocá-lo. O falcão compreendeu o gesto amigável e permitiu que a morena o acariciasse na cabeça. Ela sorriu.

 

Um sorriso lindo e bem observado pelo seu mestre.
 

O Uchiha se manteve a analisando. Julgando pelo fato de que ela tratava o seu falcão como um pet, talvez ela não imaginasse que Garuda havia o ajudado a encurralar Danzou, quando acabou com a vida daquele maldito. Conhecendo-a como a conhecia agora, essa informação não seria muito interessante de ser compartilhada com ela.

— Entregue ao Kakashi. — Ele levou o pergaminho ao animal que o segurou pelo bico.

Garuda iniciou o bater das asas e levantou vôo até desaparecer da vista do casal de mentira. Hinata, mesmo com a ausência dele, ainda apreciava o momento.

— Nunca viu uma invocação?

Ela riu abafado. O que ele pensava que ela era? Uma princesa mesmo?

— Não é isso. — Balançou a cabeça em negação, divertida. — É que um falcão cai bem com você. — Ele estreitou os olhos, o que a fez explicar: — Ele é livre e você também é. — Os lábios foram pressionados e ela desviou o olhar para as flores. — E eu admiro isso.

Intencionada a retornar para dentro, Hinata passou pelo seu companheiro que, sem hesitação, a segurou pelo braço.

— O quê? — questionou-o, o notando próximo. Os seus dedos foram levados às olheiras dele em uma leve carícia. Deu mais um passo na direção do parceiro e uniu os seus lábios em um toque rápido e carinhoso. — Não negligencie a sua saúde, Sasuke. — pediu, ainda com a boca colada a do rapaz. — Vai descansar, por favor.

O ex-patife a soltou e ela adentrou a residência. Deus! Era impossível mentir para si! Sentia saudades dos lábios de Hinata e isso era muito incômodo. Mantinham-se como colegas e a última vez que se beijaram de verdade havia sido na primeira noite de casados. Depois daquilo veio o esquecimento, ou seria fingimento?

Perguntando-se se a sua parceira também vivia naquele dilema, ele suspirou pesado e, massageando as pálpebras cansadas, pisou dentro de casa. A passos lentos, encontrou-a escorada na parede bem ao lado da porta. Ela parecia pensativa e mirava o chão como se ele fosse a coisa mais interessante do universo. Estava tão concentrada que nem ao menos o percebeu.

Estudou-a por mais alguns segundos e, quando os dedos femininos tocaram os próprios lábios, o Uchiha teve a certeza de que algo muito errado acontecia entre eles.

— Hinata?

Ela saltou. Um salto que a entregou completamente. Perdida sobre o que diria, a médica engoliu em seco e Sasuke, pretendendo encurralá-la de uma vez visando acabar com aquela vontade incontrolável, chegou mais perto. No entanto, a sua esposa deu a desculpa de que precisava arrumar algumas coisas e fugiu.

Enfim, era melhor. Ceder aos impulsos nem sempre acabava em boa coisa.

~ x ~

Antes tão imerso, o ex-patife não conseguia se recordar do sonho que teve durante aqueles minutos. Sabia que Hinata tinha ido tomar um banho logo depois dele e, por mais que a sua intenção fosse esperá-la, ele não conseguiu. Era provável que permaneceria dormindo até a manhã seguinte se aquele cheiro adocicado e até agradável não tivesse invadido o seu descanso.

Ao abrir os olhos, pôde compreender de onde vinha aquela fragrância. E, não, ela não vinha do seu sonho.

O moreno analisava a sua esposa vestindo uma outra camisola justa, sem decote e levemente mais curta, ciente de que, se ela descobrisse que ele naquele instante estava tendo a visão privilegiada dela empinada, de costas, incrivelmente distraída, passando o hidratante corporal por toda a extensão da coxa, ela morreria.

Na realidade qualquer pessoa comum e com o mesmo estado de cansaço do rapaz não acordaria, mas o Uchiha não se tratava de qualquer pessoa. Todos os seus sentidos mostravam-se aguçados o suficiente para alertá-lo de que algo diferente acontecia ao seu redor. E foi o que aconteceu.

Ele se manteve quieto e o par de olhos percorreu o corpo feminino. Assistiu-a dobrar a outra perna e, num gesto automático, franziu o cenho quando as nádegas acentuadas marcaram ainda mais o tecido fino que daquele ângulo lhe soava bem transparente. Questionou-se sobre essa nova descoberta. Seria recém-adquirida ou ela sempre o fizera na sua ausência?

— Sa… Sa… Sa… suke…?

Os seus pensamentos cessaram quando a voz doce, mas incrédula o chamou. Encontrou-a com os olhos arregalados, espantada. Inicialmente Hinata estava pálida e, quando as íris misteriosas miraram-na com mais intensidade, ela se tornou rubra.

— Hm? — Interrogativo, ele murmurou aquele som já conhecido pela companheira.

— Vo… Você… — travou numa gagueira irritante. — está acordado… desde… quando?

— Não faz muito. — Com extrema naturalidade, a respondeu.

— Ah… — Estática, as palavras fugiram da sua mente. Se ele tinha recém-acordado, não havia visto grande coisa, não é? — Desculpe… Não achei que fosse… te acordar…

O constrangimento dela era nítido. Nem parecia que eles tinham se agarrado da maneira que fizeram na noite de núpcias. Buscando amenizar a situação o ninja deu-lhe as costas, afinal não havia nada de errado nela passar um hidratante, assim como também não havia nada de errado no fato de ele ter contemplado tal cena inocente.

Sinal de que se cuidava e isso era bom para ela, e para ele certamente.

— Não me incomodo, Hinata. — Fechou os olhos antes de afirmar, escutando o suspiro aliviado dela.

De fato, não se incomodava mesmo... Até poderia fazer o esforço de se adaptar a chegar mais cedo apenas para acompanhá-la repetindo aquele gesto todos os dias.

 

Continua...


Notas Finais


O que vocês acharam? <3
A Hinata não me surpreendeu em nada na questão da toalha ahuahauahauahaua
Eu sinceramente achei algumas partes bem divertidas entre eles uahauaau
Na real, eles são tão opostos que tu acha graça uahaahauahau
Parece que da choque o tempo inteiro e eu adoro isso hauahaahaua

Me digam o que vocês acharam <3
Se tem alguma crítica ou sugestão, manda ver <3
E se encontrarem erros, me avisem!
Pode ter passado, o que é bem provável <3

Beijos e até a próxima att <3


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