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História Sete Meses (SasuHina) - Quinta Fase - Capítulo I


Escrita por: Ewellein-

Notas do Autor


Oiii <3
Como vocês estão? :x Já colocaram o bloco na rua? hauahuahau
Eu logo vou colocar o meu hauahaua Mentira :x Vou jogar RPG de mesa na casa da minha cunhada :x
Desde já, quero agradecer pelos comentários do capítulo anterior <3 Já respondi todo mundo amém hauahau
E pelos 1096 favoritos <3 Somos quase 1100 <3333

-- Primeiro capítulo da quinta fase.
-- Preparem o coração :x Porque essa quinta fase, eu ainda não sei com quantos capítulos será concluída, mas fiquem sabendo que a sexta fase existe aqui na mente do ser que escreve pra vocês :x auauaaa
-- Capítulo bem fofo, viu :x Eu não posso falar muito dele, mas quem sabe a cabecinha de vocês já não comece a abrir?! :x

IMPORTANTE
Por favor, você que passou aqui e achou legal os termos, as regras:
Sete Meses recebeu adições ao enredo original de Naruto, então, regra de casamento arranjado e, em especial, a idéia envolvendo os Clãs de Grande Peso (e o próprio termo citado) pertencem unicamente ao meu enredo. Criado e pensado por mim visando dar coerência à idéia inicial, certo? <3 Então, vamos tomar cuidado na hora da inspiração, ok?

Meus amores, nos vemos nas notas finais <3

Capítulo 25 - Quinta Fase - Capítulo I


Fanfic / Fanfiction Sete Meses (SasuHina) - Quinta Fase - Capítulo I

Antes que dobrassem na saída do distrito, o casal se virou para o Hyuuga que, bobo, achou-se a pessoa mais sortuda do mundo por presenciar uma cena tão bonita e inesperada.

Ele não tinha dúvidas.

Aquele era o início do renascimento do Clã Uchiha.

 

SETE MESES

QUINTA FASE

I

 

Agosto ~ 5º Mês

Após passarem pelos portões da grande Konoha, Sasuke e Hinata surgiram sobre um dos galhos mais robustos da gigantesca árvore, que anunciava a entrada para a floresta afastada e já fora dos limites da Folha. Do alto, o Uchiha observou a esposa que, ostentando um sorriso pequeno, parecia apreciar muito aquele momento.

Isso porque, a cada vez que o vento fresco soprava contra o seu rosto e bagunçava os seus cabelos, o seu interior era invadido pela deliciosa sensação de nostalgia e liberdade. Era como se aquele fenômeno quisesse lembrá-la de que, agora, não estava sob as rédeas de ninguém e que, nessa nova fase, era só ela e o seu marido. Confiaria nele e ele, nela, e nada mais importava.

Sem que percebesse, a mão pequenina se moveu no automático e agarrou a do companheiro, trazendo a atenção dele para si que, antes atento e estudando tudo ao redor, olhou para ela novamente. Havia um sorriso exposto ainda mais aberto, a sua face delicada parecia incrivelmente iluminada e ela estava linda. Retribuiu-a com um minúsculo e de canto, enlaçando os dedos aos dela.

— Podemos ir? — A voz rouca a arrepiou inteiramente, mas a morena disfarçou ao roçar o polegar na pele enfaixada dele.

— Podemos. — O tom saiu um tanto bobo e o rapaz não compreendeu ao certo o porquê daquilo, mas se ela estava feliz era o principal.

— Já sabe o que deve fazer. — Não foi uma ordem, longe disso, todavia sabia que Hinata o conhecia bem e decifraria a sua mensagem. E ela o fez.

Focou na densa floresta fechada e as suas pálpebras descansaram por poucos segundos.

— Byakugan.

Enquanto investigava todo o amplo território, Sasuke a admirava com um sorriso besta nos lábios. Ele mirou as veias saltadas ao redor dos olhos claros e a franja que se balançava na sincronia que as folhas e, mesmo já ciente disso, a sua mente ressaltou o quão sortudo era por ter se casado com uma mulher tão especial quanto Hinata e por, principalmente, tê-la conquistado.

— Está limpo, Sasuke. — declarou antes de fechar os olhos e tudo voltar ao normal. — Ninguém por aqui.

— Bom.

O ex-nukenin foi tão rápido que nem ao menos deu tempo à parceira de perceber que ele havia a soltado. Repentinamente, ele já estava de pé no chão de terra e caminhava a frente, vagaroso, como o líder que era. A médica até gostaria de ter permanecido com a mão unida a dele, porém compreendia a situação em que estavam. Reproduziu o gesto do marido e se posicionou ao seu lado.

O foco deveria ser total na missão.

— Acha que é possível cruzarmos com eles? — Viu-o erguer a sobrancelha. Pelo visto, era provável.

— Talvez. — confirmou, simplista, e completou: — Por isso, não abaixe a guarda, Hina. — E ele aumentou a velocidade.

A kunoichi mordeu o lábio inferior e as suas bochechas arderam conforme assistia o distanciar do rapaz que, antes de prosseguir, virou-se para ela e, como uma prova de que sabia bem o que fazia, mostrou-lhe um sorrisinho sorrateiro que emanava o seu típico ar superior e irresistível. O seu marido era um homem astuto e era óbvio que ele havia feito de propósito, todavia era fato que adorava ouvir aquele apelido sair da boca dele.

Soava tão romântico ao mesmo tempo que carinhoso e sexy… Muito sexy.

— Não vou. — Ela sorriu de volta e correu até alcançá-lo, ciente de que ele a esperava. — Pode deixar.

Lado a lado, os dois prosseguiram e, abusando da velocidade ninja, cumpriram o trajeto sem dificuldades, se distanciando cada vez mais de Konoha. A primeira parada seria na vila recém-atingida localizada a oeste. Ali, seria o primeiro ponto, quase que o de partida. Ficariam lá por alguns dias ou até que conseguissem reunir todas as informações necessárias.

Finalizando, iriam ao leste onde visitariam a considerada irmã da anterior, visto que muitos dos moradores, com suas famílias ou sozinhos mesmo, costumavam trocar uma pela outra. Provavelmente, permaneceriam lá por algumas horas e observariam o QG de perto, assim como os ninjas sensoriais responsáveis pela identificação de todos. Isso serviria para verificar se, por um acaso, algum chakra diferente havia se aproximado recentemente dali. No caso do resultado ser positivo, aquela vila menor corria um sério risco de ser a próxima da lista a receber um ataque, o que era uma porcaria.

A partir disso, comprariam os suprimentos necessários e voltariam para as proximidades da Folha e lá estudariam toda aquela extensão de terra em busca de espiões ou traidores, além de pistas, pistas principalmente. Era provável que demorariam mais alguns dias. Uns dois ou três no máximo. Acampariam em sigilo e ficariam à espreita, esperando por quem viesse.

E o seu mapa mental estava pronto.

Montar todo o plano de viagem na cabeça antes de iniciar qualquer missão que exigisse tempo ou muitas paradas era uma mania antiga do Uchiha. Porém, mesmo certo de que tudo havia sido levado em consideração, algo não se encaixava.

— É tempo demais. — A conclusão saiu baixa, num murmúrio.

— Como? — De súbito, ele cessou os passos e Hinata também o fez.

— É tempo demais. — repetiu e, à proporção que a sua cabeça trabalhava, adicionou: — Duas semanas.

— E o que isso quer dizer?

— Que o Kakashi quis nos afastar por algum motivo. — disse, convicto.

— Bom, talvez ele tenha imaginado que alguma interferência pudesse nos atrasar e… — O ex-nukenin reprovou tal teoria.

— Ele é um filho da mãe. — A herdeira não entendeu o xingamento que vinha com certo humor. — Agora eu sei o real motivo dele querer que eu trouxesse alguém. — Com a certeza de que a esposa ainda estava perdida, incluiu: — Ele sabia que eu escolheria você. — Os lábios femininos criaram um vão pequeno, indicando surpresa. — Levaremos seis ou sete dias, no máximo.

— E por que ele nos deu duas seman…

O barulho e o pousar repentino da ave no ombro do Uchiha fez com que o moreno revirasse os olhos, afinal a resposta vinha naquele bilhete com certeza. Recebeu o papel do animal e se atentou à escrita daquele safado bocudo, decifrando o que tinha ali.

Não demorou muito para que massageasse as têmporas e, internamente, até concordou com o seu mestre.

— Me deixe ver… — Apoiando-se no marido, Hinata se aproximou a fim de enxergar o conteúdo.

Inclinou-se um pouco.


 

Sasuke, aproveite os dias fora e faça herdeiros.

Konoha agradece.”


 

— Oh… — Incrédula, ela arregalou os olhos e ficou muda. — E… E… Ele não fez isso…

— É o Kakashi. — Estranhou aquela gagueira rara nela e amassou o papel, jogando-o pelo chão já liberando o pássaro em seguida. — Não me surpreende em nada.

— Ma… Mas que idéia…! — O rosto, outrora branquinho, se tornou quase roxo.

— Eu não discordo dela.

— Bo… Bom… — A morena desviou o olhar a fim de esconder o próprio constrangimento. — A… Acho que… devemos nos apressar…

— Hm. — O som característico foi solto e, com a mulher em seu encalço, ele voltou a caminhar. — Você discorda da idéia?

— Eu… — travou. — Eu… Eu não disse isso…

— Então, você concorda com ela? — Parou outra vez e, de esguelha, a mirou.

— Sasuke! — Ela agarrou o tecido da própria bolsa, sem jeito. — Quando tiver de acontecer, vai acontecer…

— Não com você os envenenando. — Ok, ele não queria dizer aquilo, mas saiu.

— Sabe que as chances de falha existem. — rebateu. Não era como se ela tivesse matado alguém.

— Que tenha falhado, então. — Novamente, ele cuspiu a resposta e cruzou os braços como uma criança emburrada.

Ainda que estivesse surpresa com a reação do seu parceiro, a idéia dele desejar realmente um filho lhe parecia muito forte. Ele realmente o queria.

— Que tenha… — A voz delicada cortou o silêncio repentino que surgiu entre eles e o Uchiha arregalou os olhos por alguns instantes. — Que tenha falhado, Sasuke.

O coração do ex-patife saltou no peito. Ele abriu e fechou a boca algumas vezes sem que som algum saísse e, percebendo o quão desestabilizado havia ficado, retomou a postura séria e voltou a caminhar a passos lentos.

— Hm.

Embora ele quisesse se manter, Hinata nunca tinha o visto tão desarmado e, de novo, pôde compreender a força daquele assunto. Aliás, parando para pensar, como seria a reação dele se descobrisse que ela havia esquecido de tomar algumas várias pílulas da cartela? Talvez ele infartasse?! E se ela estivesse grávida, então?!

Permitiu-se sorrir e, outra vez, foi de encontro ao marido já enganchando o braço no dele, ao mesmo tempo que tombava a cabeça na altura do ombro do rapaz. Agarrada ao seu homem, eles continuaram aos seus destinos juntos e em silêncio, como o casal que eram.

~ x ~

Pouco mais de uma hora e meia, e os dois ninjas se viram diante dos portões de ferro da vila aliada. Estática, a líder Hyuuga encarava o local inteiramente devastado. Tudo estava do avesso e era impossível não se sentir horrível ao imaginar o tanto de vidas que teriam se perdido ali. Era cruel.

— Preciso que veja e converse com o sobrevivente. — A morena assentiu às ordens, quando o companheiro a trouxe de volta. — Talvez você possa notar algo que não notaram.

— Conte comigo.

Ele sorriu, minúsculo.

— Eu sei. — Reassumindo a postura arrogante já conhecida, Sasuke se direcionou aos poucos ninjas restantes. — Avise à médica responsável que estamos aqui. — Os homens apenas o escutavam. — Também quero falar com o atingido na linha de frente. — Eles permaneceram calados e o Uchiha estreitou os olhos. — São ordens diretas do Hokage.

Os três protetores se moveram, positivos, e rumaram ao hospital geral enquanto o guarda-costas de Kakashi adentrava a vila sem qualquer cerimônia ou convite.

— Que imponente…

Ele ouviu tal comentário e se virou à parceira, com um sorriso de lado e furtivo.

— Você gosta?

Por mais que aquela pergunta sacana a fizesse perder a cor, Hinata adoraria ter se jogado nos braços do seu marido quando ele se aproximou, intencionado a provocá-la com palavras sujas, contudo a voz feminina que se fez presente os interrompeu.

— Uchiha-san! — Esbanjando intimidade, a mulher chegou perto, sorridente. — Que bom te ver outra vez! — exclamou e a herdeira mirou o marido, que ergueu a sobrancelha. — Uma surpresa boa, eu diria. — Ela corrigiu e o rapaz acompanhou o enrugar da testa da sua esposa. — Pensei que nunca mais fôssem…

— Algo novo? — Indiferente e impassível, o ex-nukenin a cortou antes que a situação piorasse.

— Ah, não. — Firme no homem a sua frente, ela ignorou totalmente a acompanhante dele. — Eu posso te levar até lá. — Mordeu o lábio e sorriu, cheia de malícia. — O que acha?

O Uchiha massageou as pálpebras. Talvez devesse trazer Garuda?

— Acho que eu não sou o médico, tampouco o único aqui. — Ríspido, o moreno procurou pela parceira que claramente havia detestado a outra.

— Imagino que a doutora tenha coisas a acrescentar, uma vez que quer levá-lo consigo, não?! — Sasuke franziu o cenho. Eita! — Ele não é o médico. Eu sou.

— Deus, me desculpe! — Sorriu, dissimulada. — Eu me chamo Aokito Hanue. — Ela deslizou as mãos pelos fios loiros e focou as íris castanhas nas pérolas. — Não quis ser rude, mas fiquei tão contente pela presença do Uchiha-san que acabei sendo. — O seu olhar capturou o citado, que virou o rosto para o outro lado evitando qualquer contato visual. — Quem é você…?

— Hinata. — A pose vitoriosa que a loira tinha se desfez ao constatar que era dela que Sasuke e o falcão falavam. — Uchiha Hinata. — Aquele complemento acabou de desmontá-la. Era nítido. — Me leve até o atingido. — Ela pausou brevemente para a cartada final, e o ex-patife a esperou com ansiedade. — O meu marido cuidará do resto.

Ele sorriu com orgulho à medida que a Hanue, pálida, não soube o que dizer. No fim, mesmo a contragosto, ela concordou.

— Venha, doutora.

Conforme se distanciava, a loira percebeu que seguia sozinha ao hospital. Por causa disso, se virou em busca de Hinata que, com as mãos espalmadas no peito do Uchiha, tinha-o agarrado à sua cintura. Viu-o sussurrar algo no ouvido feminino e percebeu que a morena se tornou rubra no mesmo instante. Então ela era a esposa dele. Interessante.

— Precisamos ter uma conversinha, Uchiha-san. — A kunoichi subiu as mãos e o abraçou sobre os ombros.

— É mesmo? — Com um sorriso debochado, ele a perguntou, sarcástico. Os lábios encontraram os dela em um beijo rápido. — Quando eu voltar, alugarei um quarto e nós poderemos conversar a noite toda.

Faça isso… — Sentiu a mão dele deslizar pelo seu quadril coberto pela capa. Respirou fundo, contendo aquele ardor que lhe subia. — Preciso ir…

— Vou explorar as proximidades e te busco no hospital depois. — avisou-a, depois de um último toque das bocas. — Caso mude de lugar, envie Garuda.

— Certo. — Eles se afastaram e a morena girou os calcanhares, cruzando com Hanue que, de braços cruzados, os observava. — Se cuide, querido.

Ele meneou a cabeça e desapareceu. Ao reparecer entre as árvores, se mexeu em reprovação já saltando ao chão de terra. Removendo os momentos íntimos e as vezes em que ela se declarava, vê-la espumando de ciúmes era melhor do que qualquer outra coisa.

~ x ~

— Olá. — Expondo um sorriso gentil ao homem deitado sobre a maca, Hinata adentrou o quarto sozinha. — Eu me chamo Uchiha Hinata e sou uma das médicas de Konoha. — O paciente estendeu a mão, ofertando um cumprimento que foi aceito pela moça. — Me disseram que você foi a pessoa mais atingida.

— Isso, doutora. — Sem aparentar dificuldades, o ninja concordou. — Eu estava lá quando o ataque foi iniciado e um clarão aconteceu.

— De acordo com o laudo, você não sofreu nenhum choque, apenas algumas escoriações. — Ela puxou a cadeira com delicadeza e se acomodou. — Procede? — Ele assentiu e a moça anotou tais informações na prancheta que carregava. — Entendo.

— O Uchiha-san esteve aqui, naquele dia. — Engoliu em seco ao relembrar os momentos. — Ele nos ajudou bastante… Uma pena que não tenha dado tempo de pegá-los.

— É verdade. — A herdeira comprimiu os lábios. — Lamento muito. — O shinobi acenou com a cabeça e a médica prosseguiu: — Aqui também consta que você não se recorda do seu aprendizado envolvendo a barreira…

— É, eu terei de aprender tudo de novo. — Suspirou visivelmente incomodado com a situação que se encontrava. — Não me recordo de nada.

— Mais alguma falha de memória? — Ela, que antes anotava, voltou a olhá-lo.

— Algumas ervas medicinais.

Em silêncio, Hinata ativou o Byakugan quase que instantaneamente. Pretendia explicar ao paciente que analisaria a sua circulação interna, no entanto ele parecia tão seguro que não viu necessidade de fazê-lo.

As íris esbranquiçadas buscaram naquele corpo algum ponto que pudesse lhe dar uma luz sobre o que acontecia, mas nada. Ele estava estranhamente saudável. O fluxo de chakra se mantinha em perfeito estado e não existia dano nem nos órgãos, nem em nada. A cabeça também se apresentava em ótimo funcionamento.

— Está tudo bem. — Desativou a linhagem e voltou a escrever no documento. — Você é um sobrevivente incrivelmente forte. — Sorriu e o homem suspirou em alívio. — Só me deixe recapitular agora, certo? — Pelo silêncio dele, Hinata imaginou que deveria prosseguir. — A vila foi invadida e você foi um dos mais atingidos por estar na linha de frente… — Depois de certa hesitação, ele resolveu mover-se em negação. — Não?! Não foi?

— Eu estava fora da barreira, doutora.

— Fora? — O paciente balançou-se, concordando. — Me disseram que você foi atingido quando a invasão aconteceu.

— Eu estava fora. — Tornou a repetir, mais baixo. — Estava voltando de uma caminhada. — As breves lembranças vieram na sua mente. — Minha esposa é uma das médicas daqui, mas, diferente de vocês que se apoiam mais no chakra, ela é especialista em plantas e flores medicinais. — A kunoichi aguardou por mais detalhes. — Tinha ido buscar algumas ervas que ela precisava quando fui encurralado. Uma explosão ocorreu e um clarão tomou conta do lugar. — Ele respirou fundo e soltou o ar pela boca. — Fiquei desacordado por algum tempo… Isso foi o que me disseram. E então, depois que acordei, tentei reerguer a barreira que havia sido desfeita sabe-se lá como, mas…

— Você não se lembrava…

— É. — Ele uniu as mãos sobre o próprio peito. — Também não me recordo das ervas que fui buscar. — Hinata arregalou os olhos e o ninja concluiu: — Só sei quais são por causa da minha esposa que vem me ver todos os dias.

Pensativa, a líder Hyuuga desviou o olhar ao piso claro, certa de que precisava unir aqueles pontos. Talvez houvesse algo, talvez existisse algum detalhe que ninguém tinha percebido e, talvez, ela pudesse fazê-lo.

— Obrigada. — A morena se recompôs e esboçou um sorriso curto. — Vou passar sobre o seu estado aos outros médicos e acredito que a sua alta venha em poucos dias. — Ela se encaminhou até a porta. — Assim, poderá retornar à sua família. — Ele lhe sorriu, animado. — Boa sorte.

Desta forma, a Uchiha deixou o quarto reservado com os pensamentos borbulhando teorias e mais teorias, procurando desvendar o que se escondia por trás daquelas informações recentes. A seu ver, ou aquilo se tratava de uma coincidência ridícula — o que eram raras de acontecer no mundo shinobi — ou, unindo uma coisa a outra, ela havia descoberto sem querer qual era a fonte de poder deles.

Guardaria tudo aquilo em sigilo e esperaria por Sasuke. Quando o seu marido chegasse, passaria tudo a ele e, a partir dali, ela saberia se tinha acertado ou não.

~ x ~

Durante a conversa que teve com os médicos envolvidos, a moça pôde repassar tudo o que achava quanto ao estado daquele paciente em especial. Graças a isso, soube que ele receberia a alta que parecia tanto aguardar. Isso era bom. No caso dele, não existia melhor remédio do que se recuperar nos braços da própria família. O amor era o único capaz de superar traumas.

No pouco tempo que ficou entre os profissionais, descobriu que o hospital guardava uma ala afastada própria para as crianças vítimas das explosões recentes. Por eles, entendeu que os malditos tinham explodido alguns pontos específicos, próximos à pequena academia ninja existente ali, e fizeram muitas crianças feridas. Era revoltante.

Agora, Hinata era guiada por Hanue pelos corredores extensos em direção àquela área reservada. Que Deus lhe desse forças para encarar o que provavelmente veria lá. Não seria fácil.

— Chegamos, doutora. — Sem cerimônias, a loira indicou a porta a frente. — Eu não sabia que a sua especialidade era a infantil.

— Tudo bem. — Embora algo no seu coração a fizesse detestar aquela mulher, a kunoichi respondeu com educação. Vestiu-se com o jaleco próprio que a outra lhe entregou e girou a maçaneta, depois de engolir saliva. — Oh… Nossa… — O seu olhar se perdeu pelo espaço e, se isso era possível, o seu coração sangrou. Eram pelo menos seis ou sete crianças aparelhadas e visivelmente queimadas, fruto das explosões. Algumas respiravam com a ajuda dos aparelhos, outras não precisavam deles, por mais que apresentassem risco de vida. — Qual… Qual está em pior estado?

— Aquele. — Hanue apontou para um menino que aparentava ter os seus nove ou dez anos. — Inalou muita fumaça, sofreu graves lesões internas e externas… Como pode ver, o corpo foi bem atingido pelas chamas.

Os passos da morena levaram-na até a criança e, num breve piscar, a loira enxergou as veias saltadas, já ciente de que aquele se tratava do lendário e desejado Byakugan de Konoha. Analítica, Aokito assistia os golpes suaves de fora e estudava a maneira como Hinata atingia o que ela julgava ser os pontos vitais da criança, a fim de melhorar o funcionamento deles.

Surpreendeu-se ao perceber que, além da concentração que a herdeira tinha enquanto mexia naquelas áreas tão complexas, ela também emanava chakra da ponta dos dedos, o que criava uma cobertura esverdeada neles. Ou seja, a kunoichi curava ao mesmo tempo que mexia na circulação do menino. Ela era mesmo talentosa.

Logo o som da máquina atrelada ao menor agitou-se e o coração do menino pulsou em toques mais vívidos e animados. Vislumbrou-a suspirar de cansaço e limpar o suor que escorria pelo seu rosto em abundância. Viu-a a encarar à distância e estreitar os olhos ainda com o Byakugan ativado e visível.

— Em ordem. — declarou, ofegante, antes de dar mais alguns passos. — Do mais grave ao mais leve. — Os outros médicos concordaram e já começaram a se movimentar à medida que Hanue se mantinha a encará-la, inexpressiva. — Vamos lá.

~ x ~

Algumas horas ausente e já havia avaliado metade do grande território à volta, e nada. Nem pegadas, nem marcas em árvores, nem objetos pelo chão ou escondidos. Nada que pudesse levá-lo aos responsáveis pelo ataque e nada que pudesse alertá-lo do que estava por vir. Era como se eles tivessem evaporado e isso era muito estranho. Talvez dimensões? Ou talvez eles fossem cuidadosos o suficiente para se esconderem sem deixar pistas?! Incomum, mas possível. Bem possível.

Julgando pelo fato de Hinata não ter enviado Garuda, significava que ela se mantinha no hospital geral e era para lá que ele seguiria. De qualquer forma, saber disso não o surpreendia. Também já havia alugado um quarto espaçoso, com o jantar já incluso, para que pudessem passar uma noite tranquila, confortáveis e bem alimentados.

Passou pela praça principal em péssimas condições e fitou a escola, que lhe dava a sensação de ser infantil, destruída. Talvez tivesse acabado de compreender o motivo da sua esposa ter ficado o dia inteiro no mesmo lugar. Vagaroso, Sasuke continuou com o seu trajeto e, diante da recepção, pôde encontrar a odiosa médica que quase abusava dele com os olhos.

Mas, pelo jeito contido dela, a sua parceira tinha colocado os pingos nos is.

— Hinata? — Direto e deixando claro que não falaria nada a mais, ele a perguntou.

— Cuidando das nossas crianças na ala infantil. — A loira esfregou uma mão na outra em um gesto que Sasuke não soube decifrar. — Ela é talentosa e forte.

— Me leve. — Era uma ordem e soou como uma.

— Sinto muito, mas não posso. — Hanue se negou de imediato. — Apenas os médicos têm autoriz…

— A minha mulher está lá. — A voz rouca e imperiosa apareceu de súbito e a sobrancelha arqueou o máximo que conseguiu. — Eu vou, querendo você ou não.

E ele o fez. Invadiu os corredores proibidos e caminhou sem rumo, abrindo porta por porta sem se importar com o resto. Aokito veio em seu encalço, ciente de que a preocupação dele envolvia, em suma, a sua esposa. Talvez tivesse descoberto o ponto fraco da Princesa do Byakugan? Ou seria dos Uchiha agora?

— Rápido! — O grito de Hinata ecoou e o moreno a reconheceu à distância, indo atrás da voz. — Ei! Ei, pequeno! — Ele empurrou a porta e a enxergou exausta. — Reaja, pequeno!

— Doutora? — Hanue correu, abandonando o Uchiha atrás. — O que houve?

— Ele desestabilizou! — Sasuke ouvia a respiração pesada da companheira ao mesmo tempo que o aparelho berrava, para todos, a gravidade do momento. Em outras palavras, era o som da morte. — O meu chakra está no fim! — praguejou, ainda que não fizesse idéia da presença do parceiro ali, às suas costas. — Vamos, pequeno! — Puxou ar e se concentrou o máximo que pôde, a fim de extrair até a última gota que possuía. — Eu não vou desistir, então não desista!

Irredutível e exibindo a postura superior de sempre, o ex-nukenin se aproximou da sua mulher e a abraçou. A mão grande circulou-a pela barriga e a morena permitiu-se se apoiar naquele corpo que conseguia identificar com clareza e facilidade. Não precisava nem olhar para saber que era ele, o seu amor.

Em silêncio, Sasuke colocou a mão enfaixada por cima das da esposa e uma imensidão de chakra se apoderou tanto da criança quanto de Hinata, criando um manto esverdeado e quente envolvendo os dois. Aquele calor, a herdeira Hyuuga o reconhecia muito bem e viu-se imensamente surpresa ao descobrir tal habilidade no seu marido.

— Cu… Cura? — O questionamento sôfrego contrastou com aquele bipe incessante do aparelho e ela virou o rosto para vê-lo. Deparou-se com o Rinnegan arroxeado e brilhando mais forte do que nunca.

Ele desviou a atenção por alguns segundos e a mirou.

— Descanse.

Como se a ordem dele fosse absoluta, o corpo feminino não suportou mais um segundo de pé e perdeu as forças, junto da consciência da mulher. Com um dos braços, o Uchiha a agarrou, amparando-a, enquanto escutava o novo som que vinha dos aparelhos e que parecia ter sido um presente dos céus: o menino estava de volta.

Virou a companheira de frente e encarou o rosto lindo e visivelmente exausto, com o suor explícito e as bochechas avermelhadas. Rápido, ele a sustentou pelas costas com uma das mãos e com a outra, enganchou-a na altura dos joelhos e a ergueu. Com Hinata nos seus braços como uma noiva, o ex-nukenin rumou à saída.

Conforme passava pelos médicos de plantão, sentiu cada gesto e cada olhar de admiração que lançavam a ela, em especial. Pelo visto, Uchiha Hinata havia se tornado uma lenda viva entre eles e era impossível não ter o ego inflado por isso. Ela era a sua mulher, e a sua única. Só ela. Só Hinata.

Um sorriso pequeno se desenhou nos seus lábios depois que depositou um beijo amoroso na franja azulada e suada e, após menear a cabeça à equipe presente, sumiu diante dos olhos de todos. Reapareceu na porta do hotel, onde dispensou toda e qualquer ajuda que lhe foi oferecida e seguiu ao quarto.

Com cuidado, a depositou sobre a cama macia e retirou a capa que vestia, jogando-a pelo chão. Acomodou-se ao lado da mulher e a puxou para si, colocando-a de frente e a protegendo com os seus braços. Os dedos emaranharam-se pelos fios azulados em uma carícia sutil e ele voltou a sorrir mais uma vez, já fechando os olhos e murmurando para si o que já sabia há tempos.

— Eu realmente amo você, Hina.

Se ele tivesse voltado a olhá-la, certamente teria visto as bochechas dela em chamas.

 

Continua...


Notas Finais


Oii <3

E essa Hinatinha poderosaaaaa? Que mulher <333
Sasuke não fica atrás <3 Que suporte e marido maravilhoso <3333

Espero que esse capítulo tenha sido do agrado de vocês <33333
E mais uma vez, se verem por aí a Sete Meses ou alguma história que seja plágio de enredo ou plágio de trechos mesmo, não hesite em falar comigo <3

O que a quinta fase trará para nós? :xxxxxx
Mistério :xxxx

Beijão e comentem <333
Quero ver todo mundo comentando u.u UAHAUHAUAHA
O bloco dos animados, dos sumidos, dos fantasminhas HUAHAUA TODO MUNDO HEEEIN <3333
Amo vocês <3333
Beijão <3333

LINK SETE MESES WATTPAD: https://www.wattpad.com/story/176052735-sete-meses-sasuhina
LINK DOCES CUIDADOS REESCRITA: https://www.spiritfanfiction.com/historia/doces-cuidados-sasuhina--reescrita-15643840


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