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História Sete Meses (SasuHina) - Sexta Fase - Capítulo II


Escrita por: Ewellein-

Notas do Autor


Boa noite <3
Gente, eu quase não postei, viu
Na real, achei que já estava muito tarde pra postar, mas imagino que não tenha problema pra vocês, certo?!
Sentiram saudades? <33 hahaha
Eu continuo na minha maratona pra responder todos os coments e a grande maioria da SM já foi respondida <3
Faltam os das outras fanfics <3 Mas consigo nessa semana, certeza <3

Demorei horrores pra corrigir esse capítulo, que misturou com o jogo do Flamengo, que misturou com meu churrasco que chegou, enfim hauahaaha Perdoa a demora!

No mais, eu me diverti com esse capítulo haha E espero que seja do agrado de vocês <3

-- Muito obrigada pelos 1448 favoritos <333 Somos quase 1500 e pelos 60 comentários do anterior <33333
-- Pra quem quiser me mandar o contato pra whatsapp, me mandem por mensagem privada e não se esqueçam do código de área <3

Boa leitura <3

Capítulo 34 - Sexta Fase - Capítulo II


Fanfic / Fanfiction Sete Meses (SasuHina) - Sexta Fase - Capítulo II

Ela pulou da mesa ainda sentindo as pernas bambas e com aquela sensação gostosa de relaxamento do ápice. Nunca tinha experimentado aquilo e, com certeza, com ele dentro seria ainda melhor.

Mordeu o lábio inferior e, internamente, o seu subconsciente se perguntou sobre quando seria a próxima. Estranhamente, se sentia ansiosa por ela.
 

SETE MESES

SEXTA FASE

II

 

Setembro ~ 6° Mês

— Sasuke… — Como um gatinho ronronante, a moça o chamou ao passo que era arrastada pela rua, por ele. — Vamos com calma… — Respirou fundo. — Devagar…

— Mais devagar ainda?! — A resposta atravessada surgiu num resmungo rápido e potente. — O que você é?! Uma lesma?!

Não demorou para que um bico se formasse nos lábios delicados da mulher que, por dentro, achava graça daquilo. Como alguém conseguia ser tão mal-humorado?!

— Claro que não. — Ela negou o óbvio. — Mas todos estão olhando… — comentou, incomodada, diferente do ouvinte que dava de ombros, inexpressivo. — Você me arrasta como se eu fosse uma criança…

— Há duas delas aí dentro, na sua barriga. — O ex-nukenin rebateu e um sorriso contido, quase imperceptível, se desenhou no seu rosto. — Tsc! — Do nada, ele voltou a olhar para frente depois de estalar a língua em desgosto. — Eu preciso voltar ao prédio principal. — Os dedos enfaixados da mão livre foram às pálpebras em uma curta massagem. — Maldito Kakashi!

Para Hinata, foi inevitável não rir daquele grunhido descontente e bravinho. Era praticamente impossível não se divertir — o que não deixava de ser bem curioso — com o temperamento que ele possuía. O seu marido claramente não tinha a menor paciência com as coisas que considerava bobas, não tinha tato algum para lidar com desconhecidos, mas aqueles eram só detalhes.

Afinal de contas, não lhe restavam dúvidas sobre a índole do Uchiha. Era fato que se tratava de um bom marido, que tinha superado as suas expectativas, de novo.

— Qual é a graça? — O arquear da sobrancelha dele arrancou uma nova gargalhada da kunoichi. — O que é tão divertido, Hinata?

Ela procurou se conter diante daquela indagação irritada.

— O seu humor terrível… — explicou e ele franziu o cenho ainda mais, sério. — Esqueça, esqueça!

As mãos foram espalmadas no ar em sinal de rendição e o guarda-costas do Hokage, depois de agarrá-la pelo pulso outra vez, voltou a arrastá-la pela rua movimentada.

Conforme o vento soprava contra os dois, a ninja observava, às costas do moreno, os cabelos escuros e grandinhos se espalhando pelo rosto pálido e bonito além de fazer o trabalho esconder a nuca masculina. Ela comprimiu os lábios, certa de que aquela Hinata — a que não se lembrava de nada — reconhecia o quão maravilhoso aquele homem era, e ranzinza também.

Durante aqueles dias, pôde compreender que, para lidar com o rapaz, era preciso ler e entender as entrelinhas. Felizmente o seu interior já estava tão adaptado aos códigos do companheiro que decifrá-los era quase que automático. Lia as carrancas dele, os olhares tortos e os recados indiretos — ou diretos até demais — com extrema naturalidade.

Aliás, apreciava um outro detalhe dele: o quão protetor o seu cônjuge poderia ser.

Esse era um dos pontos mais fortes que o ex-patife possuía. Ele era extremamente responsável, cuidadoso e amoroso do jeito dele, claro. Sem dúvidas, o seu parceiro era um ser humano incrível, por mais que parecesse um idoso de noventa anos em alguns momentos — quase todos.

— Oh! — Os passos da ninja cessaram, obrigando o jovem a cessar os próprios. — Vamos entrar lá! — O dedo indicou ao mercado do centro, o mais popular e chamativo de Konoha.

Por conta do silêncio mórbido, a herdeira buscou pelo rosto do seu acompanhante, se surpreendendo com o semblante dele ainda mais carrancudo do que já estava. Com certeza aquelas eram novas descobertas! Sasuke detestava mercados e conseguia a proeza de piorar a carranca que ostentava.

— Não. — Viu a boca linda da sua mulher se abrir e antes que ela argumentasse, concluiu: — Não mesmo.

— Mas Sasuke… — As mãos uniram-se frente ao corpo e ela o olhou, pedinte. — Eu queria…

— Hinata, eu preciso… — O Uchiha parou à medida que a gravidez da sua mulher invadia a sua mente, esfregando na sua cara a possibilidade gigantesca daquilo ser um desejo dos seus filhos e dela também. Suspirou. — O que você quer comprar? Ou eles… Não sei.

Um sorriso bonito e um tanto infantil apareceu no rosto alvo dela, que se viu vitoriosa.

— Doce! — Agora as mãos se esfregaram em uma clara ansiedade. — Muitos doces!

— Doces… — Processando aquela informação, o rapaz repetiu a palavra da herdeira e as têmporas voltaram a ser massageadas pelos seus dígitos. — Só doce?

— Pensei em alguns salgadinhos também. — Mesmo consciente de que seria julgada, ela continuou: — Estou com vontade de comê-los…

O moreno ficou quieto por poucos segundos.

— Nós acabamos de almoçar. — murmurou. Não era por mal, só não estava adaptado àquele apetite dela… Aliás, seria possível que a sua esposa explodisse junto dos seus bebês?!

— Eu sei, mas não consigo controlar a fome que sinto… — Uma demora ocorreu. — São dois…

— Tsc.

Por favor… — As pérolas brilharam. — Só um docinho de feijão, então… — Ela engoliu saliva, criando forças para a hora do xeque mate.Querido…

Tsc! — Expondo um sorriso arteiro, Hinata se virou para o marido que, no fim, diante de tudo aquilo, se permitiu livrar-se daquela armadura antes tão firme e imponente que o protegia de tudo e todos. Com um sorriso pequeno, miúdo e sexy, ele entendeu que a sua mulher tinha aprendido — outra vez — a lidar com ele direitinho. — Vem. — A mão esquerda foi estendida a ela. — Vamos, Hina.

A médica se agarrou no companheiro sem qualquer hesitação e os dois, juntos, invadiram o mercado. Na cabeça de Sasuke, a situação já estava tão ruim que nada seria capaz de piorá-la ainda mais, contudo, ele percebeu que não era bem assim, uma vez que aquele dia contava com as melhores e mais esperadas ofertas da semana.

Em meio àquele formigueiro de gente aglomerada, o ex-traidor olhou de um lado ao outro e até cogitou queimar uma parte do estabelecimento visando apenas assustar os civis e fazê-los ir embora, todavia decidiu que seria melhor usar o teleporte e deixar os docinhos de Hinata para uma outra ocasião.

Tateou o primeiro pulso que encontrou ao seu lado e percebeu que aquele era um tanto diferente do da sua parceira. Um tanto desgostoso, ele procurou pela dona dele e encontrou uma senhora baixinha o encarando de baixo, com um sorriso aberto e simpático.

Ele se desvencilhou daquela que nem conhecia antes de balançar a cabeça em total negação e andar sem rumo atrás da médica que, provavelmente, estaria perdida no corredor de guloseimas. Ali, Uchiha Sasuke reconheceu que, se arrependimento matasse, certamente já não existiria mais nada dele enterrado.

~ x ~

— Hinata, nunca mais me faça entrar num lugar assim. — Com a capa amassada e uma cara de poucos amigos, o Uchiha prosseguiu: — Se eu não te encontro, você teria se perdido lá dentro! — Escutou uma risadinha travessa dela. — Está rindo de quê?

— Da sua carranca assustadora! — Ela exclamou e logo mordeu um pedaço do doce que carregava. — Quer um pouco…? Talvez melhore o seu humor. — A guloseima foi estendida ao jovem, que fez uma careta automática.

— Não gosto de doces.

— Mas esse não é tão doce. — A ninja argumentou e ele arqueou a sobrancelha em uma resposta direta e muda. — Ok, você não gosta. — O ex-patife assentiu e voltou a olhar para frente, intencionado a seguir o seu caminho. — Sabe, Sasuke… — Ela o alcançou e se posicionou ao seu lado. — Você é tão novo, mas parece um senhor de idade.

Ainda emburrado, Sasuke a mirou, embora não parecesse exatamente bravo, mas curioso quanto à audácia feminina.

— Ofensa gratuita? — A sobrancelha subiu o máximo que pôde.

— Nada disso! — Graças a pergunta trombuda vinda dele, ela gargalhou e corrigiu: — Diversão gratuita.

— Hm.

Pelo silêncio dele, a kunoichi soube que havia algo escondido e a idéia de tê-lo machucado a atingiu com dureza.

— Sasuke…? O que foi? — Ela se aproximou e a sua mão delicada o segurou pelo braço enfaixado de maneira carinhosa. — Eu não quis te ofend… — Ele balançou a cabeça, negativo.

— Não é a primeira vez que você me chama assim, Hinata. — contou, depois da jovem se calar. — Muito menos a primeira que você ri do meu humor.

— Ah… — Por alguns segundos, a líder Hyuuga não soube o que dizer, mas se viu aliviada pela narração. Mordeu o lábio, hesitante. — Isso te traz nostalgia?

Ela abriu um sorriso enquanto as suas bochechas adquiriram um rubor pra lá de suspeito. Conhecendo-o como acreditava conhecer, o seu marido com toda certeza seria do contra e não assumiria aquela hipótese, contudo, diferente disso, ele a surpreendeu.

— Sim, traz boas lembranças. — Viu as pérolas se arregalarem em surpresa. — E divertidas, como você mesma diz. — completou. Pelo jeito, a sua mulher não esperava por uma confissão. Orgulhoso, sorriu miúdo e de lado. — Eu carrego. — Num convite indireto, ele estendeu as mãos após indicar as sacolas. — Me dê.

— Não precisa. — Recuperada do baque recente que havia lhe tocado fundo, ela sorriu, gentil. — Você já está carregando algumas.

— Anda logo, Hinata. — Um resmungo impaciente soou do moreno. — Me dê todas… — Não demorou para que um sorriso ladino surgisse, iluminando o rosto pálido. — Agora eu tenho os dois…

Referências, foi o que pensou. Provavelmente ela não o entenderia, mas ele faria questão de explicá-la — e mostrá-la — quando fosse questionado.

Os dois…? — Hinata entregou as compras ao cônjuge, que seguiu a passos lentos à espera dela.

Naquele instante, assistindo as costas do Uchiha e o balançar da capa escura, a shinobi buscou qualquer explicação para aquele complemento, todavia, foi quando a moça observou a mão enfaixada carregando, sem dificuldade, algumas das várias sacolas, algo na sua mente martelou incessantemente.

Ela se viu envolta em uma ternura gigantesca e, diante das cenas que se apresentavam na sua cabeça, a herdeira reconheceu que aquilo era completamente diferente das outras vezes em que havia assistido as memórias de Sasuke… Porque aquelas — sim, aquelas que faziam o seu coração acelerar de forma absurda — eram as suas memórias… As suas preciosas recordações.

Repentinamente os seus passos diminuíram e Sasuke voltou a olhá-la sem compreender o que acontecia. Ele se assustou, uma vez que a Uchiha tinha os olhos bem abertos, fixos em um ponto aleatório e ostentava as pérolas encharcadas que, pelo jeito, transbordariam em breve.

Ei, Hinata. — Sem se importar se os seus itens se quebrariam ou não, o ex-patife deixou que as sacolas fossem ao chão e correu ao encontro dela a fim de acudi-la, perante quem quisesse ver. — Hinata! — A voz rouca exclamou o nome da companheira com uma força enorme e uma preocupação explícita, o que a fez sorrir, ainda que agora as lágrimas manchassem o seu rosto alvo. — Hina, olhe para mim! — As mãos ásperas tocaram-na, trazendo-a mais para perto. — O que aconteceu?

— Eu… — Ela soluçou e as mãos trêmulas abraçaram o corpo masculino. — Eu sou muito sortuda mesmo… — O ninja franziu o cenho.

Com o coração quente e cheio de amor, Hinata buscou reviver mais uma vez aquela sua recordação tão especial.

Sasuke estava lá, lindo, lhe oferecendo ajuda com as sacolas — mesmo que não contasse com o braço esquerdo — e ela recusava com veemência. Era óbvio que o implante dele tinha dedo dela, uma vez que, nas suas lembranças, ela parecia querer convencê-lo de algo, que ele também recusava com veemência. No fim, ela entregava ao rapaz uma sacola ridícula de leve e ele ficava muito irritado.

Sentindo-se um pouco mais completa, a kunoichi apertou o tecido da capa dele nas mãos e apoiou o rosto no ombro largo do seu companheiro, enquanto ele apenas a retribuía aquele abraço sem entender nada. Mas ela o diria… Ela diria, sim.

Naquela época você não o tinha mesmo… — Com a voz trêmula, a moça sussurrou à medida que tomava uma pequena distância dele e secava os olhos com as costas das mãos. — Dessa vez, eu não vou te passar só tomates e um pacotinho de arroz, querido…

Os olhos dele, antes tão pequeninos, se abriram e a sua boca fina formou um “o” perfeito. Pela proximidade em que estavam, se a rua não fosse tão barulhenta, provavelmente Hinata poderia ouvir os seus batimentos cardíacos acelerados.

Você… — E foi a vez dele travar.

— Sim… — Um novo sorriso apareceu nos seus lábios e o seu cônjuge, de súbito, voltou a abraçá-la forte, fazendo-a sumir por debaixo daquela capa gigante. — Eu… Eu só me lembrei dessa parte…

Já está bom. — Ele fez uma pausa rápida, certo de que as suas palavras seriam o necessário para encorajá-la. — É o suficiente por agora, Hina.

A morena lhe sorriu em concordância ao mesmo tempo que as suas íris claras seguiram ao braço enfaixado, analisando-o. Acompanhando o olhar dela, o ex-traidor cogitou que a curiosidade da sua mulher estava lá em cima.

— Sa… Sasuke…

Não era preciso completar. Ele sabia o que ela perguntaria.

Você. — Por alguns segundos, a jovem matutou o que o rapaz queria dizer com aquilo, então o Uchiha resolveu finalizar: — Eu aceitei por você.

— Por mim? — Chocada, a boca dela criou um vão. — O implante? Por mim?!

Por você. — Um sorriso de canto apareceu e ela se viu corada ao extremo quando o dedo indicador dele fez um rastro pelas suas bochechas e ajeitou uma das mechas azuladas atrás da orelha feminina. — Só por você… Hina.

~ x ~

Também naquele início de semana, Sasuke retornava às suas funções no prédio do Hokage e Hinata, ao hospital. Haviam apenas guardado as compras e cumprimentado Kou, que varria algumas partes do distrito. O Uchiha deixou a esposa na porta do centro médico e, após vê-la entrar acompanhada por Sakura — que parecia muito animada em revê-la no ambiente de trabalho —, ele fez uso do teleporte.

Na sua volta, a herdeira Hyuuga não pensou que seria tão bem recepcionada, mas foi o que aconteceu. Descobriu lá mesmo que a sua amiga rosada tinha avisado sobre o seu retorno aos seus colegas de time e à sua irmã caçula, que foram para o consultório da moça e armaram uma comemoração simples pela sua melhora.

Todos se juntaram no cômodo pequenino e a médica resolveu que tiraria aquele dia para analisar as mudanças do lugar, já que a sua última recordação envolvendo o hospital era de seis meses atrás, logo muitas coisas provavelmente estariam diferentes.

Sentada à mesa, a ninja se divertia com a conversa entre amigos que, pelo jeito, há muito não acontecia. Hanabi permanecia ao seu lado, quase sentada sobre a mesa, e Akamaru, deitado aos seus pés, se mostrava imensamente feliz por ver que a herdeira o reconhecia.

Sakura havia se retirado com a promessa de que logo voltaria e Shino e Kiba se mantinham de pé, parados de frente para a jovem que ouvia as histórias vindas de um Inuzuka orgulhoso com os próprios feitos.

— Mas é isso! Eles não conseguiram bater de frente com o nosso combo infalível, não é, Akamaru?! — E o animal latiu em resposta, arrancando uma gargalhada convencida do rapaz. — Isso! — exclamou, besta. — Mas então, Hina-chan, como tem se sentido? — Ele a questionou, intencionado a mudar de assunto. — Eu não vim te ver antes porque o seu marido… — A nuca foi coçada. — Bom, o Sasuke não gosta muito de mim. — Desdenhoso e com o ego inflado, contou: — Me vê como uma ameaça.

— Oi? — A palavra “ameaça” não fazia o menor sentido para a Hyuuga. — Como assim?!

Uma gargalhada alta, vinda de Hanabi, preencheu o consultório.

— Se enxerga, Kiba! — Ela respirou, buscando se conter. — Até parece que o meu cunhadinho precisa disso!

— Hana! — Embora, no seu interior, a mais velha concordasse com a caçula, a kunoichi se viu na obrigação de repreendê-la.

— Ué, neechan, é a verdade. — O Inuzuka trincou os dentes, querendo esganá-la. — Com todo o respeito, Kiba, mas o meu cunhado é muita areia pra se preocupar com você… — Viu os braços dele se cruzarem. — Muita areia, muito homem e muito certeiro também, afinal…

Com os olhos arregalados, a Uchiha parecia não reconhecer a irmã mais nova. Deus! Hanabi era uma completa tarada!

— Não fale assim dele! — Ainda incrédula, a médica escondeu a boca aberta com as mãos. — Você anda reparando no meu marido, Hana?! — Os olhos se escancararam ainda mais. — Oh meu Deus…! Hana!

— Ih! Fui descoberta! — A caçula deu risada enquanto colocava lenha na fogueira. — Neechan, é impossível não reparar naquele homem… Ainda mais depois do dia que eu o vi sem camisa, quando fui te visitar e ele havia recém-saído do banho… Ah, mas você não se lembra…

— Vo… Você… — Uma gagueira sem fim começou. — Você… Você viu o Sasuke sem camisa?!

— Céus! Está morrendo de ciúmes dele, neechan! — Empolgada com a descoberta, Hanabi só faltava soltar fogos. — Pelo visto, mesmo com você sem memória, meu cunhado continua fazendo um bom trabalho. — sugestiva, a jovenzinha soltou aquela.

As cenas picantes envolvendo a cozinha retornaram à mente da Hyuuga e o seu rosto pegou fogo. Ainda que ela tentasse não cair naquela pilha, era impossível fazê-lo principalmente quando um dos gemidos roucos de Sasuke invadiram a sua cabeça.

— Por favor! Hana!

Envergonhada, a moça escondeu a face com as mãos pequeninas enquanto Shino, que a analisava, arqueou a sobrancelha e arrumou a armação dos óculos em total silêncio. Nisso, Hanabi só faltava rolar no chão do consultório em meio às gargalhadas e Kiba se mostrava descrente por identificar aquela vermelhidão suspeita no rosto da companheira de time.

Ciente de que já havia causado constrangimento demais, a caçula entendeu que era hora de mudar o foco da conversa e pular para um tema ainda mais importante: os seus sobrinhos.

— Tirando o meu cunhado, como estão as coisas, neechan? — Aquela pergunta fez a herdeira respirar aliviada. — Tem feito o acompanhamento certinho? Eu estou tão ansiosa!

— Sim… — Ela sussurrou, ainda tentando conter a própria timidez. — A Sakura-chan… Ela é a minha médica responsável… — Um sorriso pequeno se formou no rosto ruborizado. — Confesso que também não vejo a hora…

Tanto Hinata quanto Hanabi compreenderam que a mais velha falava sobre a barriguinha aparecendo, a sensação de ter os bebês crescendo lá dentro, os chutes, as compras que fariam do enxoval em breve e mais os inúmeros presentes que viriam com os meses de gestação. Tudo aquilo lhe soava tão gostoso.

— Acompanhamento? — Perdido, o Inuzuka quis saber.

— Ah, ninguém te disse?! — A caçula fez um leve mistério antes de expor: — A neechan está grávida. — Um orgulho enorme tomou o seu ego. — O meu cunhado foi muito eficiente e fez dois herdeiros na neechan.

— Hã?! — Kiba abriu a boca. Ele claramente esperava por qualquer coisa, menos a gravidez da mulher. — É sério, Hina-chan?! Você está grávida?!

— Estou… — Ela confirmou à medida que Sakura invadia a sala.

A rosada lhe lançou um sorriso, roubando a atenção dos que estavam presentes no consultório.

— Desculpa interromper, Hina-chan, mas o Sasuke-kun está aí. — avisou antes de se escorar próxima da cama. — Precisei atender uma emergência e não pude participar… — choramingou. — Mas depois quero saber tudo!

— Pode deixar que eu te conto assim que a neechan for! — Hanabi enganchou o braço no da Haruno, que gargalhou.

— Hana… — A primogênita mordeu os lábios, aflita.

— Não direi nada além da verdade. — Ela gesticulou para que a irmã não se preocupasse. — Nada além dela.

A mais velha suspirou e, após se despedir dos amigos, seguiu à recepção. Obviamente Shino, Kiba e Akamaru vinham logo atrás. Sasuke, ao ver o Inuzuka, fechou o semblante de imediato, o que foi bem percebido por Karin que se mantinha ao balcão, atendendo os pacientes que chegavam.

O moreno se desencostou da parede e caminhou vagarosamente até a sua esposa, que vinha ao seu encontro. Ela lhe sorriu e por um momento o rapaz se esqueceu da presença do outro ali, junto dela.

Na realidade, Sasuke não enxergava ninguém além de Hinata… A sua Hinata. Por isso, ele se viu incapaz de se segurar, se inclinando sobre o corpo menor, capturando a nuca dela e roubando, da sua companheira, alguns beijos breves, mas deliciosos.

— Estou indo para o distrito. — sussurrou naquele tom rouco e irresistível, ainda com as bocas coladas. — Está liberada?

— Estou, sim. — Ela pausou brevemente apenas para colar-se na dele mais uma vez. — Recebi os meus amigos e a Hana aqui, ficamos conversando e a hora passou tão rápido.

— Hm. — Por trás da sua mulher, o shinobi reparou na pirralha e em Sakura, que acenavam à distância. Mesmo incomodado, ele as cumprimentou com um meneio de cabeça, fez o mesmo ao Aburame e, após ignorar o Inuzuka com sucesso e fazê-lo se morder de raiva, o Uchiha concluiu que a sua missão já estava feita. — Vamos para casa?

— Claro, vamos sim. — A herdeira se virou para se despedir dos que ficavam. — Nos vemos no aniversário do Hokage-sama.

Ela ameaçou seguir com o marido, porém Kiba se aproximou, a fim de impor a sua presença.

— Espera, Hina-chan, eu… — O pupilo de Kakashi franziu o cenho e o seu braço passou, sorrateiramente, pela cintura da esposa.

— Pode falar, Ki… — Antes que Hinata finalizasse, o teleporte já havia sido usado. — ba… — Tudo tinha sido tão inesperado que, quando pôde findar, a jovem já vislumbrava o grande distrito. — Mas… Mas Sasuke…?!

Já falou com ele demais por hoje.

Aos bufos, o Uchiha marchou à sua residência, deixando uma Hinata desconsertada para trás. Naquele instante, ela se recordou das palavras do amigo e, sozinha, se enxergou presa em um dilema interno.

De fato… Talvez ele realmente não gostasse de Kiba... mesmo?!

 

Continua…


Notas Finais


Química que se fala, né
HAHAHAHA
Eu não sei vocês, mas não consigo não sorrir com esses dois hahaa
Vejo neles uma química absurda <333

A Hinatinha ainda tá perdida. Pra ela, talvez, só talvez mesmo, o Kiba não seja bem vindo hauahaa
Imagina se não fosse hahahaa

Sasuke, como sempre, sutil como uma mula ahahahahahaha

Espero que vocês tenham se divertido e que tenha sido um capítulo bom <3
Beijão e até a próxima <3

~ Comentem <333 Quero saber o que vocês acharam <333
~ Doces Cuidados deve sair amanhã! Vou trabalhar pra isso <33
https://www.spiritfanfiction.com/historia/doces-cuidados-sasuhina--reescrita-15643840


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