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História Sete Meses (SasuHina) - Primeira Fase - Capítulo III


Escrita por: Ewellein-

Notas do Autor


[13/09/2021]

Oioioie <3
Mesmo que a atualização tenha ocorrido no sábado, eu consegui arrumar esse capítulo rápido, então já estou trazendo pra vocês.
Até porque, como essa fanfic é bem grande, eu quero que as partes boas cheguem logo hahahaha Enfim, sabem como é, né hahahaha
Eu tô muito contente com o carinho que vocês estão demonstrando por essa história <3 Muito obrigada, de verdade <3
Espero que, ao longo das atualizações, vocês continuem apreciando o desenvolvimento, mesmo sendo lento <3
Afinal, sentimentos não nascem do nada, né <3

-- A atualização dessa fanfic deve ocorrer de 15 em 15 dias, mas tô tentando postar semanalmente. Como esse capítulo saiu mais rápido, é possível que só seja atualizada para o final da semana que vem.
-- Me faça feliz <3 Deixe o seu comentário <3
-- Muuuito obrigada pelos quase 65 comentários e 169 favoritos <3 Vocês são demais <3
-- Agora a coisa vai começar <3
-- Se você gostou da história, adiciona na tua biblioteca ou lista de leitura <3 (Ou pode seguir o meu perfil) Só assim, tu vai receber notificação de atualização. Só adicionar nos favoritos não funciona mais como antigamente e.e

Espero que gostem <3
Até as notas finais <3

Capítulo 4 - Primeira Fase - Capítulo III


Fanfic / Fanfiction Sete Meses (SasuHina) - Primeira Fase - Capítulo III

O tom grave destruiu a calmaria antes existente na sala e assustou a herdeira, que largou as folhas de imediato e descansou a mão no peito agitado pelo chamado repentino. Sem entender, a moça levou as pérolas na direção daquela presença intimidadora. 

— Uchi… Uchiha-san…? 
 

SETE MESES 

PRIMEIRA FASE 

III 
 

Espantada, Hinata o encarava ao mesmo tempo que Sasuke a analisava à distância. Ele simplesmente havia invadido uma área proibida e se mantinha ali, plantado à sua porta. 

— Bem… — Incerta, a kunoichi se viu sem palavras. — Não fique parado aí. — Indiretamente ela o convidava e ele entendeu isso. — Até o final da semana essa sala ainda me pertence… — Um sorriso triste riscou o seu rosto. — Entre. 

Com a devida autorização — não que precisasse dela —, o Uchiha adentrou o consultório enquanto a Hyuuga voltava a empilhar os documentos bagunçados. Naquele instante, a moça se perguntava sobre o paradeiro da recepcionista, já que ninguém tinha a avisado sobre a presença do colega de academia. 

Focada em espantar aquelas indagações repentinas, a morena balançou a cabeça e por mais que tentasse ser discreta, as suas ações foram percebidas pelo visitante. De pé, ele deu mais alguns passos até a mulher que, sentada, pôde ter uma visão privilegiada do ex-nukenin. 

Intencionado a compreender o que ela tanto olhava, ele a mirou e apesar de não ser intencional, a jovem notou que aquela íris escura dele, a única visível, contrastava muito bem com os negros cabelos arrepiados e o seu tom de pele naturalmente pálido. Também não era o seu objetivo perceber, mas Sasuke era alto
 

Bem alto.

 

Outra vez a cabeça se moveu afastando aquele conjunto de informações que não lhe pertenciam e, como um presente dos céus, as lembranças da pequena Ayase conquistaram o seu coração. 

— Bom, eu gostaria de agradecê-lo. — Interrogativo, o ex-patife a olhou com um “prossiga” exposto no seu semblante. — Ayase-chan… Me contaram que foi você quem a socorreu. — Ela se levantou da cadeira, juntou os braços ao corpo e se curvou, grata. — Muito obrigada. — Ao ver de Sasuke aquilo era surreal. Hinata contava com uma patente tão importante que jamais pensou em vê-la agindo de forma tão simples. — Se hoje Ayase-chan luta para sobreviver foi graças a sua ajuda, Uchiha-san. 

— Levante a cabeça, Hyuuga. — ordenou. — Não é para tanto. — Visivelmente incomodado, ele buscou diminuir o próprio feito. 

— Claro que é. — A figura menor ergueu o olhar e, obstinada, voltou a enfrentá-lo: — É uma vida que você salvou. — expôs mais a fundo. — Isso é uma grande coisa. 

— Eu só a trouxe. — rebateu, deixando nas entrelinhas que não tinha nada com aquilo. 
 

E ela foi capaz de decifrá-las como ninguém.
 

Hinata entendeu perfeitamente o que ele quis dizer e tornou a abrir a boca, focada em argumentar. Tal gesto o fez perceber que, além de observadora e atenta, a Hyuuga também era um verdadeiro pé no saco

— Ayase-chan não teria chances se você não tivesse agido. — Decidida, a ninja disse, não lembrando em nada a garotinha tímida do passado. 

— Que seja. — Vencido pela chatice, ele murmurou sem paciência conforme assistia o sorriso satisfeito da kunoichi, que voltava a se acomodar na cadeira. 

— E então? Do que precisa? — Ela permitiu a primeira abertura para que ele falasse o real motivo de estar presente. 

— De outro frasco. — Sem desvio, foi franco. 

— Outro frasco…? — Dando ao Uchiha a certeza de que não era tão monga quanto parecia, ela estranhou o pedido. — Mas… — Ele ergueu a sobrancelha esperando pelo que viria. — Creio que não tenha consumido tudo aquilo… — Mentalmente completou: “Caso contrário, já estaria morto”. 

— Mesmo assim. 

Querendo desvendar a expressão insossa do moreno, a jovem se manteve a fitá-lo em silêncio com a desconfiança visível em suas íris claras e irritantes, para ele. Ela estreitou os olhos e Sasuke, como um ser superior e a personificação da própria arrogância, a retribuiu à altura. Se alguém seria intimidado ali, não seria ele. 

Após aqueles poucos segundos de troca, Hinata suspirou em desistência. De fato, a estratégia usada com as crianças jamais funcionaria em alguém cascudo como ele. 

— Me diga a verdade… — insistiu outra vez. — Por que quer outro? 

— Não vejo onde isso lhe interesse, Hyuuga. — Ríspido, parecia um “não se meta” e era exatamente essa a ideia. 

Diante daquilo, ela respirou fundo. 

— Caso não tenha notado, eu sou a médica aqui, Uchiha. — Pediu forças aos céus. — Não quero e nem serei a responsável pela sua morte precoce. 

— Tsc. — Hinata enfática e direta? Temos um avanço. — Quero uma reserva. 

— Uma reserva? — repetiu interrogativa. 

— Se eu perder um durante a batalha… 

— Terá o outro. — A kunoichi concluiu em voz alta e o acompanhante assentiu. — Poderia ter dito desde o início. 

Mediante àquele ar de reprovação dela, Sasuke se enxergou como uma criança levando esporro. Surpreendentemente aquilo não foi o suficiente para irritá-lo, afinal não existiam muitos capazes de falar com ele daquele jeito e ver que a princesinha não se intimidava era interessante. 

Assistiu-a lhe dar as costas e explorar uma das várias gavetas atrás do frasco. Ela não tardou a encontrá-lo e a trazê-lo ao seu alcance. 

— Qualquer efeito colateral, venha falar comigo. 

Era inútil, a Hyuuga sabia, mas fazia a sua parte mesmo que fosse impossível convencê-lo a seguir uma prescrição médic… 

— Ok. 

Ela piscou uma, duas, três vezes. 

— Hã? — A sua estranheza era óbvia naquele som. — Você? Aceitando indicação? 

— Caso não tenha notado, eu não sou o médico aqui, Hyuuga. 

A invertida de Sasuke veio com um desdém evidente, acompanhado por um sorrisinho de canto minúsculo e charmoso. De certa forma, aquilo fez com que a morena se flagrasse rindo daquele péssimo humor e sendo totalmente ignorada pelo Uchiha, que se deslocou para fora do consultório. 

Já na recepção, o homem meneou a cabeça em uma despedida simples e a herdeira o correspondeu igualmente conforme se apoiava no balcão. As íris claras analisavam aquela silhueta misteriosa que abandonava o hospital a passos vagarosos até que sumisse da sua vista. 

Voltando ao agora, a doutora se espreguiçou e reconheceu o ar suspeito existente no olhar da outra funcionária. Pelo jeito, ela e ele seriam o assunto dos próximos dias. 

— Estou indo, Hange-san. — comunicou sem se importar com a possibilidade de fofocas. — Um bom fim de turno.

Caminhando à saída, Hinata chegou à conclusão de que tal desconfiança era mesmo plausível. Ironicamente ela estava indo embora após a partida do Uchiha e aquela era a segunda vez que ele ia ao hospital para vê-la. No mínimo estranho e inesperado. 

Pisando na parte de fora, a shinobi aproveitou da brisa quente que a tocava no rosto. Suspirou frustrada com o misto de tristeza e nostalgia que se apoderava do seu coração. O hospital havia sido a sua vida nos últimos anos e abandoná-lo daquela maneira doía. 

— Uma pena. — murmurou para si, solitária. 

— Hm. 

As pérolas se arregalaram e a ninja seguiu aquele som indecifrável e conhecido. O resultado foi a cabeleira escura e o par de olhos intrigantes fixos nela. Sasuke se mantinha escorado na parede de concreto na sua habitual pose sem expressão

Surpresa, Hinata se encolheu sem compreender o que o levava a ainda estar ali. 

— Pensei que já tivesse ido. 

— Ainda não. — O rapaz retomou a postura e demonstrou que a acompanharia. 

— É, eu percebi… — O olhar seco dele a obrigou a se arrepender de ter dito aquilo. — Bom, é que você está aqui… 

Ele revirou os olhos numa clara mensagem: quanto mais tentasse consertar, pior ficaria, e a herdeira, consciente de que Sasuke era insuportável quando queria, optou pelo silêncio e prosseguiu com o seu percurso largando-o para trás.

Entretanto, durante o seu trajeto, era fácil identificar o caminhar lento dele às suas costas, o que só lhe dava a confirmação de que era ela quem ele esperava. Mas por qual motivo? 

— Não é normal ter a sua companhia, Uchiha-san. 

Ela jogou aquela constatação esperando que ele lesse o recado armazenado nas entrelinhas, e ele o leu. A Hyuuga queria fazê-lo abrir o bico e explicar o que ainda fazia ali, atrás dela. E ele explicaria sem rodeios… Ia direto ao ponto. 

— Como ficou a sua situação? 

A caminhada da médica diminuiu no aguardo do parceiro de vila que, ao passar ao lado dela com aquela postura imponente, lhe lançou um olhar óbvio de que deveria acompanhá-lo. Inevitavelmente Hyuuga Hinata e Uchiha Sasuke se transformaram no centro das atenções.

Eram os dois Herdeiros de Peso juntos. 

— Na mesma. — Ela cruzou os braços, desconfortável. — Não há o que eu possa fazer. 

— Encare o Hiashi. — Mesmo que olhasse para frente, sugeriu. 

— Ah… — Ela não soube o que responder por alguns segundos. — Não posso fazer isso… — O sobrevivente ao massacre a encarou com descrença e a jovem detalhou: — Se eu não o fizer, otousan atingirá o outro lado... Será Hanabi quem o fará. — Ele arqueou a sobrancelha. — Não posso permitir que a Hana passe por isso, entende? Essa provação é minha como herdeira e irmã mais velha, Uchiha-san. — Ao voltar a fitá-lo, pôde encontrar o olhar dele compenetrado e a decifrando. — É o meu sacrifício.

Um turbilhão invadiu a mente do ex-nukenin e foi inevitável não compará-la com Itachi quando constatou que ela sacrificaria a própria vida, visando proteger a caçula de ter aquele destino cruel. Inúmeras dúvidas adentraram a sua consciência e o protetor do Hokage só retornou ao presente ao ouvi-la, tímida e gentil. 

— Otousan afirmou que esse tal Toneri será um bom marido e eu gostaria de acreditar nisso, pena que não consigo. — Um sorriso pequeno apareceu enquanto Sasuke, preso nela, a analisava. — Agradeço pela sua companhia e pela sua preocupação… — Numa discordância imediata, o semblante do moreno se fechou e a shinobi correu para corrigir: — ou curiosidade…! Bom… Preciso ir. 

Mesmo que os seus caminhos fossem idênticos, uma vez que o distrito Uchiha ficava depois do clã Hyuuga, a futura líder se curvou brevemente em uma despedida e seguiu sozinha. Não tardou para que Sasuke voltasse ao encalço da morena, que o esperou pela segunda vez. 

Distraída com a sua nova companhia, Hinata nem ao menos percebeu a presença de Hiashi que, de braços cruzados, se mostrava furioso. 

— Hinata! — O grito estrondoso atraiu olhares. — Até quando terei de repetir?! Eu não quero ver você perto desse patife! 

Estática, todos os seus músculos se enrijeceram e, no meio daquele momento delicado, a jovem só conseguia escutar o som dos passos apressados do Uchiha que se aproximava mais. Ele estava tentado a não ignorar Hiashi e não o ignoraria. Aquele homem lhe acendia a vontade de aceitar aquela loucura somente para vê-lo passar raiva. 

Arrogante, o antigo desertor se posicionou ao lado da herdeira, atitude que não era nada normal vinda dele, e se virou para o pai dela seguro, muito seguro, de que as coisas seriam diferentes. Não seria hostilizado de novo. Não agora. E nem ela, ela também não. 

— O grande Hyuuga Hiashi vai ladrar sem morder até quando? — O atrevimento se concretizou no tom grave e Hinata se viu desesperada. Sem dúvidas era uma nova guerra ninja se formando. 

O patriarca cerrou os punhos e o guarda-costas do Hokage continuou a mirá-lo petulante, se sustentando próximo da ninja que o encarava embasbacada por culpa da sua audácia. Por sua vez, Hiashi não gostou nada daquela cena. 
 

O que Sasuke fazia tão perto da sua filha? 

Eles eram amigos? Tinham contato? 

Desde quando? 
 

Engolindo tudo aquilo, o mais velho lançou à primogênita um olhar de desgosto e logo tornou a desafiar o patife. 

— Você é um perigo para a vila! — exclamou em cólera. — É um perigo para todos nós! 

— Lide com isso. — Não negou e nem negaria. Se enxergava mesmo como uma ameaça para Hiashi e era bom que o velho se cuidasse. Se fosse em outro período, já teria dado cabo daquele maldito como fizera com Danzou. 

— Abusado! Metido como a corja Uchiha! — Os olhos da morena se esbugalharam, incrédulos. — Deveria estar morto! Essa vila é composta por pessoas decentes! — grunhiu. — Você não se encaixa aqui! 

— Decentes? — Um sorriso irônico e miúdo surgiu nos lábios do atingido e a médica, pela segunda vez, pôde contemplá-lo tão de perto. Sasuke era mesmo um rapaz bonito e fazia todo o sentido as mulheres se derreterem por ele. — Obriga a filha a entrar num noivado forçado e quer falar de decência? — cuspiu como se tais palavras lhe deixassem um gosto ruim na boca. — Isso é decência, Hiashi?

O líder Hyuuga encarou a sua sucessora sem crer que o patife era tão íntimo ao ponto de ela compartilhar tal notícia com ele. 

— Uchiha-san, por favor… — Temendo um problema de verdade, afinal as veias do seu pai já apareciam ao redor dos olhos, Hinata decidiu falar diretamente com o moreno. — Por favor. 

— Se não vai acrescentar, não se intrometa! — rosnou com rispidez. — Estou fazendo o que você deveria fazer. 

O coração confuso e ao mesmo tempo tão grato saltou no peito. Ele…? Era sério? Sasuke tinha tomado as suas dores? Ou aquilo era um jogo de ego idiota? Ah, com certeza. Aquele ali era muito orgulhoso e deveria estar engasgado com o seu pai há algum tempo… Por isso, sim. Tinha nexo. 

— Estou de mãos atadas, Uchiha-san. — Com a voz embargada, ela revelou: — A data foi marcada e tudo está pronto… O meu noivo me espera. — Por mais que não fosse intencional, aquilo soou como um pedido de socorro. — Vamos, otousan.

Ela puxou o pai pelo braço à medida que o escutava. 

— Desde quando? Desde quando você tem contato com esse traidor? — Aos berros quis saber. — Você não cansa de me envergonhar? — Uma pausa breve aconteceu. — Faz quanto tempo que esse maldito Uchiha vem se aproximando de você, Hi… 

— Hyuuga. 

A voz rouca agora tão familiar a chamou e as pernas femininas bambearam sem que ela entendesse o motivo. O seu olhar buscou pelo ex-nukenin que vinha lentamente na sua direção. Ele sabia, tinha consciência do quanto ia se arrepender, mas não poderia deixar tal oportunidade passar. Era mais forte do que ele.

O mundo dava voltas e a lei do retorno estava bem ali, batendo à porta, e Hyuuga Hiashi pagaria com juros e correção. 

 Eu tenho uma proposta. 
 

Continua... 


Notas Finais


Aposto que todo mundo achou que o Sasuke estava indo falar com ela já pra propor algo, né
Mas ele é difícil, gente hahaha
Na real, a minha intenção foi criar uma série de circunstâncias que o levaram àquilo.
Como vocês sabem, o Sasuke não é um cara fácil de se lidar, então ele não aceitaria algo assim tão rápido.
Sem contar que a visita dele, ele tinha ido apenas pra verificar, avaliar tudo, como um bom estrategista que nós sabemos que ele é. Boom, agora a coisa vai começar a andar e tá se encaminhando pra uma das partes que eu mais gosto <3
Logo vocês vão entender qual é <3

Beijos e comenteeem!
Faça a tia aqui feliz, por favor <3
Quero muito saber o que vocês acharam <3
Beijos e até a próxima atualização (que muito provavelmente acontecerá no sábado que vem) <3


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