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História Sete Pecados Capitais - KakaSaku - Inveja


Escrita por: aviila e projetoharuno

Notas do Autor


Boooa noite amorxxxxxx! Olha quem conseguiu aparecer por aqui hehehe
Quem me acompanha no insta, sabe o motivo da minha ausência e eu até fiz um jornalzinho explicando… De qualquer forma, consegui um tempinho pra dar as caras por aqui ☺️☺️☺️
Bom, esse é o penúltimo capítulo dessa short que tem todo o meu carinho. Eu espero que gostem desse cap e até mais (vou tentar dar as caras até segunda)

ps: quero agradecer a @Cap1tu pela betagem do cap e a @ohannasan pela avaliação 🧡
ps: juro que vou tomar vergonha na cara pra arranjar tempo e responder todos comentários, vocês são incríveis 💕
ps: esse capítulo tem referência a trilogia Feita de Fumaça e Osso, especificamente o segundo livro: Dias de Sangue e Estrelas.

Capítulo 6 - Inveja


“A inveja é desejar atributos, status, posse e habilidades de outra pessoa.”

 

— Não deveria pronunciar o nome do chefe tão intimamente. — Uma voz estranha invade o cômodo e quebra o silêncio. 

Viro-me para trás e encontro uma mulher de pele branca, cabelos pretos e olhos perolados. “Que mulher linda, nossa senhora!”

— Hina, você chegou mais cedo. — Ino corre em sua direção. — Jurei que chegaria só à noite. 

— O Chefe me liberou mais cedo. 

“Que beleza invejável, que elegância impecável.” Vejo-a se aproximar da mesa.

— Essa é a Sakura. — Ino aponta para mim.

— Já vi a ficha dela. — Senta-se na cadeira que está vazia. — Como estão os preparativos para o baile de fantasia? Antes de subir, perguntei para Sasuke e ele disse que não sabia. Inclusive, ele está espumando ódio por estar enjaulado mais uma vez.

— A culpa é toda dele, ele sabia das regras que tínhamos dessa vez e, mesmo assim, ousou quebrá-las.

— A propósito, me chamo Hinata. — Olha-me com um sorriso nos lábios. — Você é muito bonita e faz jus a escolha do senhor. 

— Escolha? Senhor? — digo confusa.

— Se apresente corretamente. — Shikamaru se pronuncia.

— Quais os pecados você ainda não viu? 

— Inveja e luxúria. — As palavras saem da minha boca.

— Ótimo, a Luxúria não chegou ainda, mas a Inveja está aqui. — Abre um sorriso. — Sou a responsável por fazer as pessoas sentirem inveja de algo ou a necessidade de ter aquilo que o outro tem. Por exemplo, nesse exato momento, você está sentindo inveja da minha beleza e elegância. Isso só é possível por você já ter este sentimento, mas acredito que já te explicaram isso. 

— Inveja?? —  falo envergonhada.

— Não se deixe levar por esse rostinho angelical da Hina  — Ino diz.

— Sim — a moça dos olhos perolados sorri —, apesar desse rostinho inocente, eu amo ver a discórdia que causo. Me satisfaz ver as injustiças, fofocas, rivalidades e mentiras que vocês contam, fora os crimes que alguns cometem. Isso me satisfaz de um jeito sem igual.

O sorriso que está em seus lábios, faz-me lembrar de Leonard e da explicação sobre este pecado.

 

FLASHBACK ON

— É importante sabermos o que é a inveja para que consigamos ficar livres desse sentimento tão pequeno e mesquinho, precisamos nos concentrar mais em nosso mundo interior. O segredo está em olhar menos para fora e evitar nos compararmos aos outros o tempo todo. — Leonard escreve algo na lousa. — Precisamos saber que a Inveja anda junto com a Soberba e a Avareza. A avareza, porque o ser humano quer acumular mais e mais para equiparar-se ao outro e Soberba por ficarmos abismados com o fato de o outro poder ter o que queremos. — Leonard apoia-se na beirada da mesa. — Alguém já ouviu falar da Invidia? A deusa romana da inveja? — O auditório está em silêncio. — Vamos lá; por onde essa deusa passa, as flores e plantações secam, envenenando tudo o que é bom. Ou seja, a inveja é um vício constrangedor e atormentador, ela começa por invadir todos os pensamentos e, na sequência, domina as atitudes da pessoa. Ela foi o primeiro pecado cometido pelo demônio e também o qual motivou o primeiro assassinato. — Volta a caminhar pelo auditório. — Até mesmo na literatura infantil, a inveja é o centro das tramas. Alguém pode citar algum exemplo?

— A Branca de Neve tem sua morte encomendada porque é bela — falo ao levantar-me rapidamente. — E a Cinderela é invejada desde antes do grande baile.

— Corretíssimo, senhorita Haruno. — Abro um sorriso e volto a me sentar. — Também podemos citar Dante Alighieri e a Divina Comédia. No purgatório de Dante, os invejosos são condenados a vagar tendo os olhos costurados com arame. No segundo canto, o poeta italiano define esse pecado como “Amor pelos próprios bens, pervertido ao desejo de se privar outros dos seus.” — Leonard volta a apoiar-se na beirada da mesa. — Na Hélade, precisamente em Atenas, os cidadãos eram chamados secretamente e ordenados a escreverem o nome de uma pessoa que gostariam que fosse expulsa da cidade e aqui novamente está a Inveja, o mal secreto e o pior dos pecados capitais.

FLASHBACK OFF

 

— Você não tem vergonha? Digo, toda fofoca e inveja que causa… — As palavras saem de minha boca e olho para a mulher de olhos perolados. — Tantas desgraças aconteceram por sua causa, como pode se orgulhar disso?

A moça chamada Hinata abre um sorriso e corro meu olhar pela mesa. Ino está olhando para sua xícara, Shikamaru está com o rosto apoiado em sua mão direita e Gaara continua com aquela cara de mal.

— Querida, já aviso que não sou tão paciente quanto Gaara. — A voz da mulher faz com que meu olhar volte para ela. — Muito menos reclamaria de voltar para a jaula. Então, não venha com sermões. — Olha-me e percebo que algumas veias saltam ao lado de seus olhos. — Sou bem mais antiga do que pensa; estive em todos os lugares onde minha presença foi exigida e sei exatamente o que aconteceu. — Seus olhos voltam ao normal. — Te contarei um segredo: o castigo da humanidade é carregar eternamente a culpa de seus atos. Agora me diga, já se perguntou qual o seu fardo, Sakura? 

— Do que… 

— Hina, precisamos arrumar as coisas para o baile. — Ino me interrompe.

— Estou conversando com a nossa convidada, depois vemos isso. Me responda Sakura, de que linhagem você veio? 

— Eu não estou entendendo…

— Já se perguntou o motivo de Lilith ser a primeira mulher?

— Por que está falando de Lilith? — questiono ainda confusa. 

— Já se perguntou o motivo dela rebelar-se? Já se perguntou o porquê de ser a escolhida? 

— Hinata, melhor parar por aí. — A voz de Naruto ecoa pela sala e o vejo parado ao lado da Inveja. 

— Olá, querido. — Um sorriso cínico aparece em seus lábios. — Parar com o quê? Não estou fazendo nada demais. — Olha-me. — Não é, Sakura? — Nada consigo responder. — Estou contando algumas coisas interessantes para nossa convidada. Ah, eu ouvi que está fazendo uma pesquisa sobre os pecados capitais, não é? — Oscilo positivamente. — Na biblioteca você encontrará livros interessantes, acredito que Shikamaru já te falou. Te indico duas coisas, a primeira é para a sua tese. — Volta o olhar para a mesa. — Procure o livro Dias de Sangue e Estrelas, lá você encontrará sobre o alinhamento dos planetas e a Lua de Sangue. 

— Interessante, obrigada! — digo. — E qual a outra coisa?

— Ah — volta a me olhar com um sorriso —, procure sobre “A mulher escarlate”.

— Hinata… — Dessa vez é Gaara quem pronuncia seu nome.  — O chefe…

— Qual o motivo de procurar sobre a deusa grega Hécate? — Corto o que Gaara estava dizendo.

— Oh, conhece Hécate? — Hinata me olha surpresa e confirmo. — Realmente é inteligente, mas mesmo assim, aconselho-te a pesquisar. Tem coisas que…

— Hinata, chega! — Naruto bate a mão na mesa. — Estamos encrencados demais, então pare! As regras precisam ser seguidas, caso não, vocês sabem. 

Olho para Naruto e percebo que aquela áurea laranja está por sua volta, me arrepio e alguns segundos depois, Hinata se levanta.

— Vamos Ino, Naruto estragou minha diversão. — Ela olha para ele. — Isso não fica assim, querido! — E sai.

Após alguns minutos prestando atenção no pequeno copo que está em minha frente, levanto-me decidida a encontrar a biblioteca da casa.

— Você disse que a biblioteca fica no último andar, não é? — Coloco a cadeira no lugar e olho para Shikamaru.

Ele nada diz e só balança a cabeça confirmando; abro um sorriso e saio dali. O hotel que estava era extremamente grande e por isso tinha que prestar muita atenção nos corredores ou poderia me perder a qualquer momento. “Deveria ter perguntado o caminho, apesar de que se é no último andar, é só subir as escadas”.

Passo pelos corredores e avisto as escadas, começo a subir e percebo que alguns quadros vão aparecendo. O contexto deles são estranhos, as pinturas são chamativas, mas causam uma sensação de medo e pavor. 

— Como eu não vi isso antes? — sussurro para mim mesma.  

Ignoro qualquer pensamento estranho que possa me invadir e continuo subindo; a cada degrau, uma sensação “estranha” percorre as células de meu corpo. Avisto o último degrau e assim que coloco meu pé nele, um corredor com uma porta de madeira aparece no campo de minha visão.

Essa ala da casa era um pouco mais sombria, não tinha tanta claridade e um pequeno calafrio eriçou os pelos de meu braço. Passo minhas mãos por eles e continuo caminhando em direção à porta. Eu precisava saber mais sobre todas essas coisas que rondava meus pensamentos e, a cada passo que dava, tinha mais certeza que estava no caminho certo.

Paro em frente à grande porta e sinto meu coração acelerar, coloco a mão na maçaneta e giro.

— Vamos lá, é só uma biblioteca — falo para mim mesma e adentro no local. 

A biblioteca é enorme e me surpreendo com a quantidade de livros que havia. “É impossível contabilizar”, paro no centro do ambiente e giro meu corpo deslumbrada.

— Isso é magia… — Uma felicidade me domina.

Livros sempre foram meu refúgio e estar em um ambiente como esse… 

— Vamos ao trabalho. — Sorrio e corro em direção à primeira estante que me chama atenção.

 

(...)

Algumas horas depois

Já havia se passado horas desde quando entrei no cômodo, estava folheando o oitavo livro e uma vez ou outra, parava para admirar o ambiente em que estava. Levanto-me da poltrona em que estava e vou em direção à estante que está próxima a pequena janela, paro e analiso cada livro que está ali. Passo meus dedos pelas capas e paro em um com uma estrela, retiro e analiso cada detalhe.

A capa era preta e tinha alguns detalhes de pequenas estrelas pratas que ao refletir com a luz ficavam vermelhas, abri-o e no rodapé da primeira página estava escrito: “Dias de Sangue e Estrelas”.

— Uou! — falo surpresa. — É o livro que aquela mulher disse. — Minha voz sai um pouco empolgada.

Volto para onde estava e sento-me; viro a página e me deparo com uma pena e a seguinte frase: 

“Era uma vez, uma “humana” e um demônio segurando um osso da sorte, que, ao ser partido, dividiu o mundo em dois.”

Bem no finzinho da página, mais algumas palavras estão escritas e é preciso aproximar bem meu rosto para lê-las.

— Somente se aliando ao Lobo Branco será capaz de compensar seu povo pelos erros que a humanidade cometeu. — Algo dentro de mim se remexe.

Folheio mais algumas páginas e encontro sete folhas vazias, na oitava, novamente uma pena preta desenhada e as seguintes palavras:

“Era uma vez, sete tentações que desceram até o submundo e jamais saíram de lá.”

Engulo em seco e uma corrente de ar passa por mim, arrepiando mais uma vez meus pelos. Ignoro qualquer sensação e continuo folheando o livro.

“Era uma vez, uma “humana” e um demônio que se apaixonaram e deram início ao alinhamento dos planetas…

Início do eclipse da Lua de Sangue, início de uma história que não acabou nada bem.”


Notas Finais


E ai, gostaram? Espero que sim e até mais 💕

ps: me sigam no insta de autora: aviilautora


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