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História Seth e Eve - Um quase beijo e muita bebedeira


Escrita por: paty_melo26

Notas do Autor


Cap curtinho.

Capítulo 25 - Um quase beijo e muita bebedeira


SETH

 

Existem muitos motivos para o coração de uma pessoa estar batendo descontroladamente no peito, atividades físicas intensas, excesso de estresse, problemas cardíacos, no meu caso ele está assim porque estou parado no meio de uma calçada de frente para a garota que tem invadido meus pensamentos a cada minuto que passa, e estou segurando seu rosto com as duas mãos olhando diretamente seus lindos olhos surpresos com meu ato.

A expectativa de poder beijar seus lábios me consome a cada segundo que passa. Nunca me senti tão ansioso por querer beijar uma garota.

Eve desvia seus olhos dos meus e encara meus lábios.

Engulo seco.

Aproximo meu rosto do dela e...

- VOCÊ NÃO ME PEGA SEU BOBÃO. – duas crianças passam correndo pela gente gritando, fazendo com que nos afastemos um do outro assustados pela súbita aparição.

Encaro as crianças já longe que ainda estão brincando e suspiro. Minha atenção volta-se para Eve que agora tem um olhar estranho.

Merda! Eu posso ter avançado demais com ela, então decido me desculpar.

- Eve me desculpa? Eu...

Sou interrompido pela voz do pai dela que a chama pelo nome. Ele está parado em frente á casa e com os braços cruzados sobre o peito, mas sua atenção está toda em mim.

Merda dupla!

Ela fecha os olhos por um instante e depois os abre olhando diretamente para mim e sorri.

- Bem... parece que agora vou ter que ir para dentro de casa. Meu pai ainda acha que eu não estou totalmente recuperada, então...

Na verdade, o que ela não está dizendo é que seu pai não se sente nada confortável comigo por perto rondando a sua única filha que recentemente foi atacada pelo ex. O que quer dizer é que tão cedo ele confiará em outro cara novamente se aproximando dela, no caso eu. Mesmo que minhas intenções sejam a das melhores possíveis.

Não o julgo e nem culpo, ele tem as suas razões.

Sorrio para ela e coço minha nuca.

- Vai lá. A gente se fala depois. – digo.

- Ok. – fico olhando ela se afastar e penso na besteira que quase fiz.

Eu poderia ter destruído nossa amizade, e por agora estou agradecido que aquelas duas crianças tenham aparecido, porque talvez neste momento eu estaria xingando-me depois que ela me rejeitasse. Assim acredito.

A última vez que estive tão ligado em uma garota, tinha dezesseis anos e Irina era a aluna nova da minha escola. Lembro-me de quando a chamei para o baile. Eu suava por todos os lados e minhas mãos tremiam enquanto segurava aquele maldito cartaz que meu amigo obrigou-me levar para fazer o pedido.

Kent costumava dizer que as garotas amavam quando o pedido era feito em público e com um cartaz cheio de corações. E para o pedido ficar mais romântico, eu teria que levar um buquê de flores, de preferência rosas vermelhas que simbolizam o amor.

Fiz tudo o que ele disse, pois fazia meses que eu estava interessado nela, mas no momento em que fui entregar as flores um cara do último ano apareceu ao lado dela e pôs o braço no ombro dela e me mandou correr para outra garota porque aquela já tinha acompanhante.

Durante toda a semana fiquei ouvindo piadinhas ao meu respeito, e nunca mais fiz algo do tipo ou tive vontade de fazer de novo. E quanto ao meu amigo, dei-lhe um soco em seu rosto e nunca mais falei com ele. Seu pai o tirou da escola e o proibiu de me ver.

Acho que depois dessa decepção aprendi á não me apaixonar de novo ao ponto de fazer o que fiz, só que isso foi antes de conhecer mais a Eve, e agora eu sinto a mesma vontade que senti anos atrás. Gostaria de fazer um cartaz grande com um pedido de namoro e com um lindo buquê de flores vermelhas.

Bem clichê. Mas não dá para não pensar no assunto.

Quando chego á casa de Mike e vejo que todos já estão aqui. Jordan é o primeiro a me ver chegar e acena com a cabeça para mim. Passo por ele e vou para a cozinha que é onde Mike está.

Eu vim apenas para lhe dizer que não ficarei para a festa.

Encontro-o fazendo uma disputa de quem vira mais shots de tequila em um minuto. Faço careta ao vê-lo virar quase seis, mas ele perde para Noah que solta um urro depois de virar sete shots. Meu amigo balança a cabeça e sorri.

- Seu filho da puta cachaceiro. – todos riem.

- É você que não sabe beber, idiota. – Noah caçoa.

Me aproximo deles e bato nas costas dos dois.

- Hey seus cuzões. – falo me metendo no meio de todos.

Mike me dá seu típico cumprimento de mãos enquanto os outros caras apenas falam “Oi” sonoramente. Meia hora depois e dois copos de algo muito forte estamos todos gritando quando mais uma vez o time para quem torcemos faz mais uma cesta de três nos dando uma vantagem de quinze pontos á mais.

Meu celular vibra mais uma vez no bolso e sorrio, estou trocando mensagens com Eve.

Você está dirigindo, então não deveria estar bebendo.

Provavelmente irei dormir por aqui com os rapazes. Então...

Bem, neste caso eu me sinto mais aliviada sabendo que não irá causar um acidente por aí.

- Cara! Você não para de sorrir para esse seu maldito telefone. – Mike reclama e toma o aparelho da minha mão. Tento pegar dele, mas o idiota é mais rápido e pula para longe digitando alguma coisa nele.

- Porra Mike, não faz isso. – digo puxando o telefone da mão dele.

Tarde demais, ele enviou uma mensagem para Eve e ainda tirou uma maldita foto de si mesmo de frente para a televisão.

Foi mal Eve, mas estou confiscando o celular dele agora. Estamos assistindo um jogo.

Eu soco o braço dele que ri.

- Ops! – diz se jogando no sofá.

- Você é um pé no saco, Mike. – digo colocando o aparelho no bolso.

Ele encara seu pé e mexe os dedos.

- Um pé muito lindo, por sinal.

Sorrio de sua piada e me jogo no sofá ao seu lado.

- É melhor você me compensar, se não vou te cobrir de porrada. – ele assente e pega a garrafa de sei lá o que e enche meu copo.

- Beba. Hoje não quero ver ninguém sóbrio depois das oito da noite. – diz.

E foi a pior escolha que fiz.

 

***-----***

 

No dia seguinte enfrentei uma ressaca horrível. Todos levamos bronca do técnico, ele nos fez ficar por pelo menos meia hora de baixo do chuveiro tomando banho de água fria enquanto gritava para nós sobre não beber em dias de treino.

No final do treino fomos todos embora com vontade de nunca mais beber.

Em casa não encontrei ninguém, então segui para o meu quarto, estou realmente precisando dormir.



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