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História Sétimo Andar - Você queria que essas brincadeiras fossem de verdade?


Escrita por: temarismille

Notas do Autor


Hey, guys! Semana passada eu não apareci porque a minha vida virou pelo avesso real. Larguei meu emprego e comecei um novo curso na faculdade então................ estava muito tenso hehe, maaaaaaas pelo menos deu tudo certo, né?

Queria agradecer os quase 100 favoritoooooos! tô muito muito feliz. E por todos os comentários!

Mais um capítulo lindo e espero que gostem!
Boa leitura!

Capítulo 11 - Você queria que essas brincadeiras fossem de verdade?


Eu me sentia um psicopata ao ficar olhando Sasuke dormir, faziam mais de duas horas que eu havia acordado e ele estava ao meu lado da cama com um rosto calmo e delicado, gostaria de ficar vendo-o dormir assim por muito tempo. 

Desde que ele voltou para o carro depois da visita que ele havia feito ao seu irmão, ele não parou de chorar nem por um segundo, não quis deixá-lo sozinho, então insisti para que ele pudesse dormir no meu apartamento, o rapaz não teve como relutar, não conseguia parar de chorar, então foi muito fácil de convencê-lo. 

Fiz Sasuke dormir nos meus braços. Foi a única maneira que eu consegui fazê-lo respirar com mais calma. Por algum motivo, meu coração ficou em pedaços ao ver aquele cara arrogante que eu conheci tão frágil. 

Tenho certeza que ele deve estar se odiando nesse momento. 

Bateram na porta duas vezes e logo vi Shikamaru com os cabelos negros arrepiados presos em um rabo de cavalo. Agora, ele estava inventando de deixar um cavanhaque crescer. Estava ficando simplesmente horrível. 

Seus olhos preocupados percorreram o espaço até que ele se fixou em nós dois deitados na cama. 

- Eu fiz café e Temari comprou pão. Acorde o Sasuke, faz muito tempo que ele não come. 

O rapaz não esperou pela a minha reposta e fechou a porta. Ele estava sério desde que eu confessei que havia mentido sobre o que tinha acontecido com o moreno. Shikamaru aceitou me ajudar, mas deixou bem claro que não apoiava no tipo de situação que eu estava querendo me meter. Entendo a sua opinião, mas parecia que o universo não queria que eu fugisse dessa responsabilidade que eu arranjei.  

Com muita delicadeza, eu tentei acordá-lo, mas ele apenas murmurava e virava para o outro lado. Esse menino era teimoso até enquanto dormia. 

Desisti de tentar acordá-lo. 

Sai de baixo dos meus lençóis e fui em direção a mesa de jantar. Temari estava de pijamas. Dei um bom dia e me servi sentando-me a mesa junto a eles. 

- Como ele está? - Temari perguntou visivelmente preocupada. 

- Não sei, ele chorou muito noite passada e dormiu. Realmente não sei. 

- Você deveria chamar a Hina para olhar o ferimento dele. Estava muito feio. - Shikamaru comentou. 

Eu sabia que apesar de tudo, Shikamaru iria nos ajudar em qualquer coisa, por mais que ele não concordasse. Era inerente a sua personalidade se preocupar com os outros. Ele apenas fingia desinteresse, mas dentro dele ficava borbulhando todo o sentimento de proteção. 

Mandei uma mensagem para Hinata. 

Ela me respondeu dizendo que assim que saísse do seu plantão passava por aqui. 

Tentei ser o mais sucinto possível. 

Peguei um café e um pão. 

O casal me olhou arqueando a sobrancelha como se quisessem brincar com a minha cara, eu simplesmente ignorei a presença deles ali. Voltei para o meu quarto e me agachei ao lado da cama. E aproximei a xícara de café próximo ao nariz do moreno. 

Ele começou a sentir o cheiro forte e percebi que começou a acordar. 

Ri internamente quando eu percebi que Sasuke babava. 

Aquele rapaz era realmente muito fofo. 

Seus olhos se abriram, aqueles olhos negros profundos estavam inchados e com olheiras roxeadas, mas ele sorriu ao me ver ao seu lado. Ah, que homem lindo. 

Se controle, Uzumaki! Se controle! 

- Café na cama? Você é muito romântico, Naruto. 

Eu ri do rapaz. 

- Você tem cara de quem se apaixona logo depois da primeira transa e leva café da manhã na cama para a pessoa - ele continuou. 

- Eu sou do tipo de pessoa que só transa depois que está apaixonado, estou em um nível superior de romantismo. 

Ele gargalhou com o meu comentário. Não foi para ser engraçado, era a mais pura realidade, mas eu não quebrei aquele clima descontraído que havia sido criado. Preferia mil vezes ver Sasuke rindo da minha cara a vê-lo entrar em uma melancolia profunda. 

Tinham tantas coisas que eu queria perguntar a ele, mas não queria deixá-lo mais triste. Então, apenas o deixei em paz. 

- Você está melhor? – Perguntei enquanto ele bebia o seu café. 

- Naruto, você já ouviu sobre uma teoria de como ser feliz de verdade? 

Eu apenas balancei a cabeça negando. 

- Dizem que quando você é extremamente grato e expressa essa gratidão te faz ser feliz de verdade. 

Eu estava tentando entender o que ele queria me dizer. Mas eu não conseguia entender coisas subjetivas. 

- Você não está entendendo nada, não é? – Ele deu uma risada graciosa. – Eu estou muito grato pelo o que você e o Shikamaru fizeram por mim, mesmo vocês não sabendo da história verdadeira por trás. 

Eu não consegui responder nada, apenas segurei a sua mão que estava livre. Eu não entendia o que estava acontecendo comigo. Meu coração estava tão quente. Sua pele era tão macia. 

- Alguém pediu uma consulta? 

Hinata estava próxima a porta aberta um pouco envergonhada, acho que ela sentiu que estava atrapalhando. Nossas mãos se soltaram rapidamente assim como eu, Sasuke corou. 

- Hina! Que bom você chegou. Você precisa analisar esse ferimento desse rapaz. 

- E o que aconteceu com você, Sasuke? 

- Ah, - Ele repensou várias vezes antes de falar. – Foi um ferimento a bala, mas já fui tratado. Só que eu tive um pequeno contratempo e acabei forçando demais. 

Hinata tentou não aparentar assustada enquanto ela o ouvia. Mil coisas se passaram pela a sua cabeça, mas como uma boa profissional, manteve a postura e não fez muitos questionamentos. Ela colocou suas luvas e tirou o curativo improvisado que eu e Shikamaru fizemos ontem. Pegou um pouco de gaze e começou a limpar o ferimento. 

- Os pontos se romperam. -Ela falou. - Sasuke, eu não tenho nada para a sua dor, você consegue aguentar, ou prefere ir a um hospital? 

- Eu suporto, Hinata. Mas tudo menos hospital. 

- Vou ter que esterilizar algumas coisas, volto logo. Naru, você pode me acompanhar? 

Eu olhei para Sasuke como se pedisse permissão para eu poder me retirar do recinto e ele apenas assentiu. 

Segui os passos de Hinata até que ela parasse no meio do corredor. 

- Naruto, o que era aquilo? Um ferimento a bala? Ele devia estar internado! Vocês têm o que na cabeça?! 

- Ai, Hina. É uma longa história! - Falei um pouco preocupado. - Ele não pode ir para nenhum hospital, ok? Você pode nos ajudar? Se não puder, sou capaz de chamar até a Sakura para conseguir cuidar da perna desse menino. 

- Melhor não, se ela perceber toda essa tensão sexual entre vocês dois é capaz de ela envenenar esse rapaz. 

Tensão sexual? Eu me assustei, mas continuei em silêncio, desviando o olhar. 

- Naruto, não me venha com essa cara de assustado, já chegou mais do que na hora de vocês admitirem que estão a fim um do outro. 

- Você está louca, Hina. 

- Não vou discutir. Melhor eu começar a esterilizar o meu material. 

Aquela moça dos cabelos azulados me deu as costas e foi em direção a cozinha. Eu tinha que arranjar uma maneira de agradecer aquela moça depois. Eu tinha conhecimento que ela estava fazendo aquilo por mim, Hinata nunca atenderia uma pessoa em um estado daquele sem estar com todo o material e cuidado necessário se não fosse caso de vida ou morte. 

Obrigado, Deus pelo os meus amigos maravilhosos. 

- Ela ainda vai cuidar de mim? 

- Claro, ela só ficou preocupada... 

- Faz sentido. 

Não demorou muito e a Hinata voltou. Ela colocou novamente as suas luvas e começou a cortar os fios que ainda estavam presos a sua pele. Sasuke engolia a seco já prevendo a sua dor. 

- Agora vai começar a doer. 

Eu vi a agulha furando a epiderme do moreno. E automaticamente ele segurou a minha mão com força. Queria muito poder fazer a sua dor parar, mas a única coisa que eu poderia fazer era dar o meu apoio. Ainda bem que Hinata era uma enfermeira muito ágil e rapidamente ela já havia saturado tudo. 

- Desculpe, Sasuke, é o máximo que eu consegui fazer. E a cicatriz vai ficar horrível. 

- Não tem problema. Vai me fazer lembrar do dia que vocês foram muito incríveis comigo. 

Aquela frase nos fez sorrir. De alguma maneira, eu sentia que toda aquela coisa sombria que Sasuke carregada tinha ido embora. Ele parecia menos obscuro e eu podia acreditar que ele havia começado a brilhar. 

Talvez fosse o sol forte na sua pele branca, bem estilo Edward Cullen, mas eu podia sentir uma áurea mais alegre vindo a partir dele. 

- Eu estou indo dormir, depois de um plantão e mais isso, preciso de um descanso. Sasuke, vou ter que te visitar durante alguns dias para saber se está cicatrizando perfeitamente. 

- Obrigado, Hinata. 

A moça saiu do quarto e permaneceu eu e ele ainda ali. 

- Acho que vou indo para o meu apartamento... 

- Você não é nem louco, Sasuke. Você mora sozinho, como vai se cuidar? 

- Eu posso fazer nada, Naruto. – Ele disse um pouco triste. – Eu sou sozinho. 

- Eu já disse que você não precisa ser mais. Eu estou com você. Pode ficar conosco até você melhorar. 

- Mas eu seria de um enorme incômodo. 

- Prometo a você que não será. 

Sasuke sorriu de canto e voltou com aquela expressão vitoriosa que ele adorava estampar no seu rosto. 

- Você tá doido para tirar uma casquinha minha enquanto eu durmo, não é? 

- Eu te odeio, Sasuke. 

Ele apenas riu, tirando a expressão nojenta do seu rosto.  

- Ei, Naruto, você vai ficar aí sentado no chão mesmo? 

- Aparentemente, quem quer tirar uma casquinha de quem é você, hein, Sasuke. 

- Eu nunca disse que não queria. 

Ele enlargueceu um sorriso e eu corei. O rapaz falou com tanta segurança que eu fiquei profundamente constrangido. Daquela vez, não parecia com as suas brincadeiras, era como se ele tivesse mesmo falando sério, mas respirei fundo e fingi que entendi como uma piada e ri.  

Meu estômago estava revirado naquele momento, mas mesmo assim, eu me levantei, deitando-me próximo a ele na cama. O rapaz iria dormir ali comigo, pelo menos por alguns dias, eu não poderia simplesmente fugir. Eu tinha que enfrentar isso que estava me consumindo por dentro.  

Ele se virou olhando para mim, mas eu evitei manter contato. Não queria demonstrar nada através dos meus olhos. Eu lembro que Sakura comentava que eu não conseguia esconder nada dela, afinal meus olhos azuis sempre entregavam o que eu gostaria de expressar, não importasse o que fosse. 

- Naruto, - Ele esperou que eu virasse para ele. – Eu gostaria muito de explicar o que aconteceu comigo de verdade, mas eu não tenho forças para isso, pelo menos não agora. Mas não se preocupe, eu nunca tentei me matar. Apesar de ser muito difícil de sobreviver, eu nunca faria isso comigo. E outra coisa, Itachi é inocente, eu daria minha vida para provar isso. 

- Eu confio em você, Sasuke, não se preocupe com isso. 

Seus olhos começaram a lacrimejar. 

- Por que? Você nem me conhece direito. 

- Eu não preciso conhecer, eu sinto que eu posso confiar em você. E eu... 

O rapaz não deixou que eu terminasse a minha frase. Sasuke fechou seus olhos e seus lábios se encostaram nos meus. De uma forma rápida e quente. A sua boca era tão macia e aconchegante. Logo de primeira me assustei, fiquei muito corado e sem palavras. 

Ele sorriu ao ver minha expressão. 

- Obrigado por tudo, Naruto. 

O rapaz não esperou que eu falasse algo, apenas se aconchegou melhor na cama e fechou os seus olhos. Fiquei na dúvida se foi uma tentativa de dormir ou de me enlouquecer. 

 

-x- 

 

- Ele te deu um selinho? – Temari gritou. 

No mesmo instante, eu pedi para ela poder baixar o tom. A porta do quarto estava aberta, do jeito que Sasuke tinha uma boa audição, era capaz de escutar aquela loira gritando. Ela se entreolhou com o seu namorado e eles estamparam um sorriso. A vontade era de socar a cara daqueles dois.  

- Sim e o que aconteceu depois? – Temari perguntou. 

- Ah, ele foi dormir e passou o resto dia daquela maneira. Acho que o remédio que compramos o deixou meio sonolento. 

- Eu disse desde o começo que ele estava dando em cima de você. 

- Não me pira, Shikamaru. Ele transa com os amigos dele, acho que o selinho foi para poder firmar a nossa amizade. 

Os dois começaram a rir. Não sei porque eu ainda ia atrás de conseguir conselhos com eles dois. 

- Naruto, você deve estar enlouquecendo e eu amaria brincar ainda mais com você, mas tenho que ir.  

A loira deu um beijo no meu rosto como despedida. 

- Vamos? – Ela falou para o seu namorado. 

Os dois saíram juntos. 

Era extremamente cedo, Temari tinha que passar em casa antes de ir para o seu trabalho e Shikamaru iria prestar algum tipo de consultoria no sistema novo que eles estavam implantando. 

Eu tinha que começar a me arrumar para ir trabalhar. Contudo, eu não conseguia parar de pensar naqueles lábios quentes nos meus. Maldito Uchiha. 

- Naruto! – Eu o ouvi gritando dentro do quarto. 

Eu fui correndo assustado. Mas ele estava bem. 

- Eu preciso tomar banho. – Ele tentou falar com tranquilidade, mas percebi que ele estava muito envergonhado com a situação. – Você me ajuda? 

Foi minha vez de ficar constrangido com a situação. 

Puta que pariu. 

Eu não tinha o que dizer. Apenas dei de ombros e o ajudei a levantar da cama. Coloquei todo o seu peso em cima do meu corpo. Seu braço se empendurava no meu pescoço e meu braço segurava a sua cintura. Era muito estranho estar tão próximo de Sasuke daquele jeito depois do selinho que ele havia me dado. Ele poderia facilitar as coisas, mas não complicar, não é? 

Levei-o até o banheiro. E eu tinha uma ótima ideia. O coloquei em cima do vaso sanitário e fui atrás de um banco. Coloquei de baixo do chuveiro e bingo! Ele poderia tomar banho sozinho. 

- Você não quer me dar um banho, Uzumaki? 

Eu o olhei com desdém, fingindo que estava tudo ok dentro de mim. Mas na verdade meu corpo estava borbulhando por dentro. 

- Você é um rapaz independente. Consegue fazer isso sozinho. 

Ele suspirou e revirou seus olhos. O que ele estava pretendo com aquilo tudo, eu não sabia, mas eu não podia entrar na onda dele. 

- Vamos, vou te ajudar a sentar. 

- Normalmente, eu prefiro que as pessoas sentem em mim, Naruto. Se quiser, meu colo é todo seu. 

- Quer ir sozinho, garanhão? Se continuar com isso, te deixo aí fedorento. 

- Eu amo quando você pega ar, Naruto. – Ele ria. 

Revirei meus olhos e puxei o rapaz para dentro do box. Ajustei no banco e deixei todos os produtos próximo a ele. O rapaz, não esperou que eu saísse e tirou sua blusa. Foi inevitável não olhar. Ele tinha realmente um corpo muito bem definido, mas tinham alguns machucados antigos que não haviam sarado de forma perfeita. Eu fico me perguntando pelo o que ele passou esse tempo sozinho. 

- Quando terminar, grita que eu venho te ajudar a te colocar na cama de novo. 

Sasuke não conseguia nem ao menos tomar um mero banho, como ele conseguiria sobreviver ao ficar sozinho? Peguei meu celular e mandei uma mensagem para meu chefe, informando que eu tive alguns problemas pessoais e que não iria poder comparecer ao expediente de hoje. Esperava do fundo do meu coração que ele entendesse. 

Fiquei esperando por alguns minutos Sasuke terminar o seu banho escorado na porta. Eu estava ansioso, meio nervoso até. Eu iria passar um dia inteiro ao lado dele. Depois daquele selinho tudo o que se passava na minha cabeça virou pelo avesso. 

De vez em quando, eu lembrava daquela cena. Seus olhos negros se fechando e se aproximando. Foi tão rápido, mas na minha mente passava em câmera lenta. Conseguia até pausar pra poder analisar aquele rosto perfeito. 

Ele de fato queria me enlouquecer. 

Em se tratando de relacionamentos novos, eu era péssimo. Poderia colocar Sakura como exemplo, depois de sete anos de namoro, ela colocou chifre em mim. E em seguida, Sai. Depois que ele me deu um oi eu já estava me agarrando pelos cantos com um rapaz que estuda comigo. Até o ponto que eu não saberia lidar. 

Enquanto isso, segui recebendo várias notificações do Tinder. Com certeza, Kiba havia pegado meu celular e deu match em meio mundo de gente. E pra mim, apareciam vários foguinhos. E tenho que admitir, era uma pessoa mais bonita que a outra. Kiba tinha mesmo um bom gosto. 

E para fechar com chave de ouro: estou parado pensando sobre mil porquês para um rapaz ter me dado um selinho. Eu me sentia muito com 10 anos de idade. Selinho não era nem beijo. 

Provavelmente, Sasuke deve ter rido de mim em seus sonhos e eu estou aqui tentando entender o que aquilo significava. 

- Terminei! – Gritou. 

Pelo menos, daquela vez, Sasuke tinha sido prudente e ele havia se coberto com uma toalha que eu havia deixado para ele. Eu não saberia o que fazer se ele estivesse completamente pelado. 

- Se decepcionou? Queria me ver com algo a menos? 

Não correspondi a brincadeira. Fiquei fazendo cara de paisagem. 

Joguei as roupas que eu havia pegado no seu apartamento na noite anterior e entreguei ao rapaz e fiquei de costas esperando que ele se vestisse. - Você vai trabalhar que horas, Naruto? 

- Hoje eu não vou. Decidi te ajudar. Já avisei para o meu chefe. 

- Tem certeza? Não quero te prejudicar. - Ele falou um pouco triste. 

- Relaxa, eu sei onde o sapato aperta. 

O moreno conseguiu um lugar confortável para ficar deitado. 

Eu fui me retirando do quarto, sem dizer ou explicar nada para Sasuke. De alguma maneira, eu não estava confortável de estar apenas com ele naquele pequeno espaço. 

- Naruto, eu estou te incomodando? Eu posso ir para o meu apartamento sem nenhum problema. 

Eu ainda de costas, balancei a cabeça negativamente. Ele em si, não estava me incomodando. Só não conseguia para de pensar no que ele havia feito ou sobre suas intenções. 

- O que foi, então? – Ele parecia estar angustiado. – Você está estranho. 

Virei-me para ele. Sasuke aparentava mesmo estar preocupado com a situação, era de se esperar, afinal ele estava ali de favor, enquanto eu o ajudava. Ele com certeza não queria ser um estorvo, muito menos fazer com que eu me sentisse de uma maneira esquisita. Mas por que ele me tratava daquela maneira? 

- Não é nada, apenas não estou acostumado com esses tipos de brincadeiras que você faz. 

- Quais tipos de brincadeiras, Naruto? 

- Essas coisas de fingir que dá em cima de mim, ou simplesmente me dar um selinho. Só não estou acostumado. 

- Você queria que essas brincadeiras fossem de verdade? 

Sua expressão era séria. Não conseguia distinguir o que ele queria dizer com aquela pergunta. E eu simplesmente congelei. Queria fugir pra o lugar mais longe o possível agora, queria muito mesmo. 

Que tipo de pergunta era aquela? 

- Dependendo da resposta, vai mudar algo? 

- Com certeza. - Ele falou firme. 

Eu não sabia o que responder. Meu deus. O que seria diferente? O rapaz iria se afastar de mim? 

- Sasuke, eu... 

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa a ele, meu celular tocou. A foto de um velhote de cabelos longos e brancos com um sorriso largo apareceu na tela. Era Jiraya quem estava me ligando e ele quase nunca me ligava, eu não podia simplesmente recusar a chamada e continuar aquela conversa desagradável que eu estava tendo com o moreno. 

- É Jiraya, eu preciso atender. 


Notas Finais


E ai? Gostaram?

Pessoas, vou demorar um pouco para poder postar, pois estou reescrevendo (mudando muita coisa mesmo) os próximos capítulos, então tenham paciência comigo, ta bem?
E vocês já sabem, né? twitter: @lorenafalb

Espero que vocês tenham gostado e até o próximo capítulo!


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