Escrita por: Nickstel
[19:23PM]
[Casa dos Lee – Terceira Geração]
[Quarto]
- Para de tremer Lee Jeno! – Disse a fadinha impaciente.
- Eu não consigo Chenle, estou nervoso! – Já estava quase na hora de eu ir até a casa do Huang e eu estava muito nervoso.
- Imagina se sua mãe estivesse aqui, você estaria ferrado! – Afirmou Chenle mordendo a uva que eu havia lhe dado a poucos minutos atrás.
O que mais que irritava é que ele não estava errado. Se minha mãe estivesse aqui e me visse no estado que estou ela já está gritando coisas como: “Ajeita a postura seu idiota”, “Treme tanto que nem parece que é homem” ou “O que eu fiz de errado pra merecer algo assim?”.
Mamãe não era lá flor que se cheire.
- Não fale isso! Mamãe consegue ouvir o nome dela a quilômetros de distância, daqui a pouco ela vai aparecer aqui na porta de casa.
- Ridículo Jeno, ridículo! Você nos auge dos 25 anos tendo medo da própria mãe. – Estalou a língua
- Você não tem noção do quando que ela consegue ser assustadora quando quer.
[19:40PM]
[Casa dos Lee – Terceira Geração]
[Garagem]
- Chenle, você não pode ir comigo! – Disse tentando convencê-lo a voltar para dentro de casa.
- O que você desejou para a lua mesmo? – Perguntou.
- Desejei que ela me ajudasse a conquistar o Renjun .
- E quem fez você ligar pra ele e chamá-lo pra sair?
- Você. – Suspirei.
- Então eu tenho que ir! – Insistiu.
- Promete ficar quietinho dentro da bolsa sem fazer besteira?
- Limpou a bolsa? – Assenti – Colocou um pote com biscoitinho? – Assenti novamente – Colocou minhas uvinhas também?
- Eu coloquei tudo chenle! Coloquei as uvas, os biscoitos, a toalhinha, o lencinho com cheirinho e o chaveirinho de almofada!
- E se eu quiser fazer xixi? – Respirei fundo juntando toda a paciência do mundo.
- Você da três batidinhas na bolsa e eu peço pra ir ao banheiro.
- Ótimo! Agora podemos ir. – Disse e voou até o banco do passageiro sentando ali.
- É pra você ficar dentro da bolsa chenle!
- Ele ainda não está aqui! – Teimou e eu apenas suspirei, não queria discutir com ele novamente. Afivelei o sinto nele – Eu não queria que por algum acidente ele acabasse dando de cara com o vidro – e dei partida no carro rumo a casa do Renjun.
[20:15PM]
[Casa dos Huang – Terceira Geração]
[Entrada]
Assim que cheguei em frente e casa do Renjun buzinei e coloquei chenle dentro da bolsa. Era uma casa não muito grande mas nem tão pequena. Ela tinha uma aparência rústica e a palheta de cores da área externa que se intercalava entre cinza e marrom trazia um ar chique a residência.
Em poucos minutos depois que eu buzinei ele saiu da casa vindo na minha direção. Eu, como um bom cavalheiro, sai de dentro do carro para recebê-lo.
- Olá senhor Lee. – Disse assim que se aproximou sorrindo de maneira radiante.
- Por favor Renjun, me chame apenas de Jeno está noite. – Disse sorrindo.
- Okay, Jeno – Riu – Já podemos ir?
- Claro! – Andei até o outro lado do carro sendo seguido pelo Huang e abri a porta para que ele pudesse entrar.
- Obrigada senhor cavalheiro. – Sorriu entrando no carro e eu apenas ri do seu comentário. Andei até o banco do motorista entrando no carro e logo em seguida dando a partida.
A viagem seguia silenciosa e eu pude parar para analisar o quando ele estava lindo. Ele vestia uma calça jeans skinny preta com um rasgo nos joelhos, uma blusa de manga longa marrom escura, um casaco sobretudo bege e em seus pés uma linda bota coturno de couro preta. Os pequenos detalhes como as pulseiras de ouro finas em seu pulso, os brincos delicados de diamentes, o colar com um pingente de coração banhado em ouro branco, os anéis de ouro nos dedos e a bolsa de ombro preta com a logo da Chanel o deixavam ainda mais lindo e delicado. A maquiagem que passará era simples e lhe dava um maior realce, o que mais que chamou atenção foi o gloss que deixava seus lábios tão brilhosos e atraentes.
As vezes era engraçado olhar para ele e ver que todas as suas roupas e acessórios – Sem exceção – eram de marca. A cada peça que eu olhasse tinha a logo de uma marca famosa! Seja Gucci, Chanel, Prada, Dior, Dolce e Gabbana, Louis Vuitton, Armani, Versace e diversas outras que eu nem consigo contar nos dedos.
- Você está lindo. – Disse olhando-o assim que paramos em um sinal vermelho.
- Obrigada – Respondeu sorrindo sem graça – Você também está lindo.
Bem, eu não havia feito questão de me arrumar até os mínimos detalhes como ele fez. Eu apenas coloquei um terno e tentei ficar o mais apresentável possível fazendo coisas simples como arrumar o cabelo e colocar um dos meus melhores relógios de pulso.
- Gosta de comida japonesa Renjun?
- Gosto sim, é um dos tipos de comida estrangeiras que eu mais gosto.
- Ótimo, pois nós iremos em um restaurante japonês.
- Qual deles? Existem varios aqui em Seul.
- Masa.
- Sério? – Me olhou incrédulo.
- Claro!
- Agendar uma mesa nesse restaurante é uma das coisas mais difíceis do mundo Jeno! Como você conseguiu?
- Eu tenho meus truques. – Pisquei para ele voltando minha atenção para a estrada.
[20:37PM]
[Restaurante Masa – Comida Japonesa tradicional]
[Entrada]
A entrada do restaurante era chique e convidativa. Haviam diversas pessoas na frente do restaurante esperando sua chance de conseguir uma mesa.
Parei o carro na frente do restaurante saindo do carro indo até o outro lado para abrir a porta para o Huang.
- Você nunca irá perder a chance de ser um cavalheiro não é? – Disse rindo e saindo do carro.
- Claro que não. – Ri e fechei a porta do carro entregando a chave ao manobrista que logo levou ao carro até o estacionamento. – Vamos? – Perguntei olhando-o
- Vamos! – Assentiu sorrindo.
Passei o braço pelo seu ombro puxando-o para perto e entramos no restaurante indo em direção a recepção.
- Pois não? – Disse a recepcionista deixando de lado a papelada que olhava e olhando na nossa direção.
- Meu nome é Lee Jeno, eu fiz uma reserva de uma mesa para dois a algumas horas.
- Senhor Lee, peço perdão, nós não reservamos mesas para o mesm-
- Olhe a tabela de reservas antes de me questionar senhorita! – Interrompi a recepcionista de forma grosseira. Eu realmente não tinha paciência para esse tipo de trabalhador.
A recepcionista me olhou de forma assustada pela grosseria e logo pegou a lista de reservas sem me questionar.
- O senhor é Lee Jeno filho de Lee Minji e Lee Jonghyun? – Perguntou receosa e eu Assenti. – Oh céus, mil perdões senhor Lee! – Disse de forma desesperada
Meus pais eram pessoas renomadas e importantes. Minha mãe, Lee Minji, é a dona de uma grande marca de cosméticos chamada Lancôme. É uma marca conhecida mundialmente e ficou no top dois das marcas de cosméticos mais poderosas de 2019. Meu pai, Lee Jonghyun, é o dono da empresa na qual eu e o Renjun trabalhamos, a JeyBullet Entertaiment. Atualmente a empresa está sendo administrada pelo irmão de meu pai, Kim Jongdae. Meu tio é o braço direito de meu pai, uma das pessoas na qual ele mais confia no mundo e ele também é uma pessoa incrível, apesar de ser extremamente rígido com horário.
- Tudo bem, só espero que você comece a fazer melhor seu trabalho para que não cometa novamente a mesmo situação inconveniente com outra pessoa. – Disse de forma séria.
- Prometo que não irá se repetir. – Disse se curvando levemente. – Choi Youngjae, compareça à recepção por favor. – Disse no walkie-talkie e logo um garçom compareceu na recepção.
- Pois não Nayeon?
- Acompanhe o senhor Lee e seu acompanhante até a mesa 17 perto da Janela na área vip. – Mandou e o garçom assentiu.
- Sigam-me. – Disse saindo andando e nós o seguimos.
- Jeno. – Sussurrou Renjun baixinho.
- Diga. – Respondi no mesmo tom.
- Como você conseguiu uma mesa na área vip desse restaurante?
- Já disse, tenho meus truques. – Disse e ele concordou.
- Aqui está sua mesa Senhor. – Disse o garçom – O que deseja pedir para iniciar sua estadia no restaurante?
- Quer um vinho? – Perguntei baixinho para que apenas o Renjun escutasse e ele assentiu. – Quero um Domaine de La Romanée-Conti 1945 e duas taças por favor.
- Okay. – Disse o garçom se curvando e retirando-se do local.
- Sente-se. – Disse puxando a cadeira para ele.
- Obrigada. – Disse sentando-se e logo eu me sentei também. – Eu acho que você é o cara mais cavalheiro que eu já sai.
- Espero que isso seja bom.
- É ótimo! Eu lembro até hoje do encontro que eu tive um um amigo do meu irmão, ele me levou num fast-food e eu ainda tive que pagar a conta toda sozinho. – Disse rindo.
- Que cara idiota. – Ri junto. – Não se preocupe, enquanto estiver saindo comigo não irá precisar se preocupar com a qualidade do restaurante ou com a conta.
- Você vai pagar a conta do restaurante Jeno? – Perguntou aparentemente chocado.
- Mais é claro!
- Tem certeza? Esse restaurante é caro e você já fez o esforço de reservar a mesa, se quiser eu posso ajudar com a conta. – Se ofereceu.
- Claro que não! Eu te chamei para sair, eu pago! – Aleguei.
- Com licença senhores. – Disse o garçom chegando junto à mesa e mostrando-me cinco tipos de garrafas do vinho que pedi.
- Tinto? – Perguntei baixinho para Renjun e ele confirmou. – O vinho tinto por favor. – Disse e o garçom puxou a garrafa de dentro do balde de gelo abrindo-a com o saca rolhas e nos servindo.
- Obrigada...Senhor Choi. – Disse lendo o crachá que estava preso em seu uniforme.
- Não a de que Senhor Lee. – Disse colocando a garrafa do vinho no gelo novamente e colocando o balde no carrinho de apoio que ficava ao lado da nossa mesa. – Logo o chefe Masa Takayama vira para atende-los para uma das sessões especiais dos pratos do nosso restaurante.
- Okay, já pode se retirar senhor Choi. – Disse e o garçom se curvou retirando-se.
- Jeno. – Me chamou Renjun.
- Diga. – O olhei.
- Masa Takayama não é o dono do restaurante?
- Sim. – Respondi dando os ombros.
- E é ele que irá nos atender? – Me olhou incrédulo. Acho que ele não entendeu o nível das minhas capacidades.
- Sim, ele será nosso chefe da noite.
- Como você conseguiu que Masa Takayama, o DONO do restaurante, fosse nosso chefe da noite? – Perguntou dando ênfase na palavra “Dono”.
- Acho que você ainda não entendeu o nível das minhas capacidades. – Disse rindo.
- Eu nunca tive um encontro desse nível. – Disse baixinho, provavelmente para que eu não ouvisse, mas eu consegui ouvir.
- Não? Pois deveria. Isso é o mínimo que um menino como você merece. – Disse ajeitando a postura.
- Claro que não. – Riu sem graça.
- Claro que sim. – Teimei. – Você se esforça tanto para ficar apresentável em seus encontros, sempre usando suas roupas e acessórios de marca mas nunca foi levado a um restaurante no seu nível. E bem, o que eu estou fazendo hoje não é nem o mínimo do que merece.
- Eu...eu nem sei o que dizer Jeno. – Disse e suas bochechas tomaram um tom rosado. – Obrigada.
- Não me agradeça. – Sorri para ele que Sorriu de volta.
[23:54PM]
[Restaurante Masa – Comida Japonesa Tradicional]
[Entrada]
Saímos do restaurante e logo o manobrista apareceu com meu carro entregando-me a chave e retirando-se.
Abri a porta do banco do passageiro para que o Huang pudesse entrar.
- Acho que vou demorar para me acostumar com esse seu jeito. – Riu entrando no carro.
- Pois comece a se acostumar pois ele vai acontecer frequentemente. – Disse entrando no banco do motorista dando partida no carro.
[00:23PM]
[Casa dos Huang – Terceira Geração]
[Entrada]
- Bem, está entregue. – Disse assim que estacionei na frente da casa dele.
- Obrigada Jeno.
- Obrigada pelo que?
- Por tudo! Por ter feito o esforço de reservar uma mesa na área vip de um dos melhores restaurantes de comida japonesa, por ter feito o dono do restaurante nosso chefe da noite, pelo vinho, pelas palavras e por todo o resto.
- Não precisa me agradecer, eu já te disse, isso é o mínimo que você merece. – Sorri.
- Bem, boa noite Jeno. – Disse me dando um beijo na bochecha e saindo do carro. – Até amanhã. – Acenou com a mão e entrou dentro de casa.
- Tá podendo em neninho. – A vozinha fina ecoou pelo carro. Olhei para bolsa e lá estava chenle com as mãos apoiadas no zíper da bolsa me olhando com uma cara maliciosa.
- Quieto Chenle! – Disse dando partida no carro. – Obrigada por ter passado o encontro dentro da bolsa sem pedir para sair.
- Não precisa me agradecer, mas se eu soubesse que tinha tanto dinheiro teria pedido uvas mais caras.
- Fada abusada! – Disse dando um peteleco na sua testa.
- Aí! Seu maluco! – Disse voando para fora da bolsa e mordendo meu dedo anelar.
- Chenle! – Gritei indignado.
- Você que começou.
Eu odeio muito essa fada.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.