Passos longos e rápidos ecoavam pelo grande corredor do castelo de Beijita.
-Kaka, sei que está aqui. Posso sentir seu KI.- Chichi avisou rodando os olhos pela área de lazer real, procurando pelo seu general.
-Estou aqui.- Ele disse em um tom triste e chateado, aparecendo para sua princesa.
-Kaka... não foi minha intenção te magoar. É que eu nunca estive preparada para um compromisso maior, entende ?Eu não tinha a mínima ideia de como era ser vinculada a alguém, e agora eu sei. Eu só tinha minha vidinha chata, ninguém me atraía, até você aparecer... e reivindicar meu coração. Quando estou com você, é totalmente diferente de tudo que passei... Nós não estávamos simplesmente transando, ou fazendo um ato carnal pra dar prazer... estávamos nos amando. E eu nunca tinha transado com alguém com amor... E acho que é só você que me proporciona esses momentos de puro amor, estamos vinculados agora. Não há nada que me faria mais feliz em estar só com você. E não há motivos para esconder nosso vinculo.
Ele ainda estava desconfiado, mesmo com as palavras lindas de Chichi.
-Eu te amo.- Ela disse num sopro, baixando os olhos.
O general Sayajin abriu um sorriso de orelha a orelha e a abraçou, acariciando a garganta dela com seu nariz, ao mesmo tempo inalando o aroma delicioso de sua princesa.
-Então podemos contar a todos da sua paixão platônica por mim?- Ele perguntou debochado.
Ela deu um “leve” soco no ombro de Kakarotto. Pode ter sido leve para ela, mas realmente tinha doído nele.
-Aiiih...
-Ah pronto, foi só um soquinho.
-Acho que você tem treinado muito e perdeu a noção da sua força.
-Eu não perdi a noção da minha força.
-É mesmo? Isso era um soco de brincadeira, e de repente parece que estamos lutando.
Ela riu.
-Chi, é sério, Sinto seu KI mais forte.
-Você está brincando, né? Eu nem tenho treinado de verdade, só ajudei a Bulma.
-Então você foi agraciada com poderes misteriosos pelos deuses.
Eles riram juntos e saíram abraçados.
...
Bulma entrou na sala de treino, como de costume para lutar com Chichi.
A princesa já estava lá, se aquecendo.
-Alguém está empolgada hoje!
-Você acha?
-Essa empolgação toda tem haver com o jantar especial que você preparou hoje?
-SIM.- Ela gritou sorrindo como se tivesse comido a coisa mais deliciosa que provara.
-Aii... me conte, Chi, por favor... vou morrer de curiosidade.
-Então prepare a cova. Você só irá saber junto dos outros.
Bulma suspirou chateada. Sabia que a amiga era irredutível com assuntos que mantinha em segredo.
-Tudo bem. O que teremos para o treino de hoje?
-Hoje eu acordei com uma vontade enorme de lutar até meu corpo se cansar.
-Chi... Você sabe que irá me matar se usar todas as suas forças para lutar comigo, não é?
-Mas é claro que sei, não diga que sou idiota.
-Não foi o que eu disse, Chi.
-Ótimo, então fique em posição para lutarmos logo.
Bulma deu alguns passos para trás, afastou as pernas e ergueu os punhos.
-Eu não irei usar todas as minhas forças com você, mas quero que use as suas comigo.
-Quer me testar?
-Terei a honra de lutar com a grande e gloriosa rainha de Bejita?
-Vai se foder, Chi.
Bulma brincou e Chichi a atacou velozmente.
A rainha de Beijita se defendeu do chute da princesa com seu braço, aproveitando a situação para aplicar uma rasteira na sua amiga.
Chichi caiu e Bulma riu, mas logo Chichi se pôs de pé, e num momento de distração de Bulma, conseguiu dar-lhe um soco, que a fez parar do outro lado da sala de treino.
-Chi... calma.
-Bulma, não peça calma a seus adversários em uma luta, eles não darão a você.
A azulada se levantou e lançou uma esfera de energia, porém Chichi a desviou, voltando para Bulma, fazendo-a se jogar para longe dela.
Juntando suas forças, Bulma lhe lançou um sorriso convencido.
-Você está muito confiante para quem está pedindo calma.
-Acho que me machuquei.
Chichi baixou os punhos na mesma hora, correndo na direção da amiga que estava de pé.
-Onde está sentindo dor? Nos braços? Na cabeça? Onde?
Bulma mostrou a mão direita para ela.
-O que?
Bulma fechou sua mão em punho e deu um soco certeiro no olho direito de Chichi.
Chichi não teve reação alguma, a não ser por a mão no olho e morder o lábio inferior para conseguir aguentar a dor.
Quando Bulma percebeu que havia machucado sua amiga, sua preocupação subiu, desesperando-a.
Ela tirou a mão de Chichi do olho em que foi acertado e reprimiu a vontade de gritar em desespero um pedido de desculpas.
-Chi... me desculpe, mas...
-Mas o que?
-Seu olho está roxo.
-O QUÊ?
...
Chichi reprimia sua vontade de arrancar aquela pequena lanterna das mãos da Dra Briefs, enquanto ela examinava o olho ferido de Chichi.
Ela finalmente desligou a pequena lanterna, para o alívio de Chichi.
-Bem, não foi nada grave. É apenas um olho roxo. Nada com que se preocupar.
-Nada com que se preocupar? Meu olho está da cor do meu uniforme.
-Princesa, mesmo sendo uma dos Sayajins mais fortes de Beijita, isso não te deixa totalmente imune a pequenos ferimentos como esse.
-Mas tinha que ser hoje? Logo hoje?- Chichi escondia seu rosto entre a palma de suas mãos.
-Ei, relaxe, eu te dei um acessório para o seu uniforme. Só que na sua cara.- Bulma disse.
-Você não é a melhor pessoa para dar conselhos, Bulma.- Chichi disse entediada.
-Mas eu sou a melhor pessoa para deixar um olho roxo na princesa de Beijita, e ainda sair ilesa.
-É, você tem sorte.
As duas saíram da ala médica, sendo que Dezoito viu elas e se aproximou, se assustando ao ver o olho roxo na princesa.
-O que...
-Não pergunte, Dezoito. Vamos fingir que não tem nada na minha cara.
-Ah, Chi, por que você não medita? Faz bem para o stress e melhora o seu revés.- Bulma disse debochadamente.
-Quem sabe eu deveria melhorar meu revés, na sua cara.
Chichi respondeu engraçada, mas ao mesmo tempo com raiva.
-Anh... Bem, vim avisa-las de que o jantar será servido logo, então acho melhor as senhoras se apressarem.
-Claro, Dezoito. Já falou com o Dezessete?
-Sim, ele já saiu do “covil” dele e estará na mesa de jantar logo.
-Até o Dezessete foi convidado? Puxa, será uma bomba esse jantar, hein?!- Bulma piscou para Chichi.
Chichi revirou os olhos e deixou as duas sozinhas, indo até seu quarto, se deparando com Kakarotto deitado em sua cama.
-O que aconteceu com seu olho?
-Levei um soco da Bulma no meio do treino.
-Parece que não foi só você que foi agraciada com poderes misteriosos dos deuses.
Eles riram.
-O que faz aqui? É quase a hora do jantar.
-Eu queria te ver antes. Estou nervoso.
-Nervoso? Com o quê?
-Nunca estive em um juntar para falar que estou vinculado a alguém.
-Nem eu.
O Nervosismo de Kakarotto foi substituído por uma leve gargalhada.
Chichi deu uma risada e se sentou em sua cama.
-Olhe o que eu aprendi.
Kakarotto puxou uma cereja de seu bolso e mostrou para ela.
-Uma cereja, e daí?
Ele levou a cereja a boca e enfiou ela até com o pequeno cabinho dela.
Chichi contorceu o nariz com o ato de seu companheiro.
Ele contorcia sua boca, parecia estar fazendo algo com a cereja dentro de sua boca, como se ela dançasse em sua boca.
O general abriu a boca e pôs a ponta da língua para fora, mostrando o pequeno cabinho da cereja diminuído em um nó.
-Nunca pensei que alguém poderia fazer isso.
Ele cuspiu o cabinho para longe.
-Só não entendo a necessidade de dar um nó num cabo de cereja com a língua.
-Você é tão inocente, Chi.
Assim que percebeu os motivos do general, suas bochechas ficaram da cor de cerejas, fazendo-o rir escandalosamente.
-Pare de rir.
-Ah, Chi, não diga que não gostou do meu showzinho.
-Sai do meu quarto e vá se lavar para o jantar.- Ela ordenou ainda rubra.
Ele se retirou do quarto rindo como se não houvesse amanhã.
...
-E então? Vai demorar muito para vocês contarem a novidade?- Vegeta perguntou a Kakarotto.
Todos estavam na sala do trono, como se houvesse uma festa, mas havia apenas os familiares e amigos próximos ali.
-É, vocês prometeram contar isso no jantar, já jantamos e vocês ainda não contaram.- Bulma cobrou.
-Calma... iremos contar agora.- Chichi disse adentrando a sala do trono.
-Onde estava?
-Socar alguns robôs. Eu sentia que minha força precisava ser liberada de alguma forma.
-Depois do jantar?
-Sim, claro.
-Vai gente, contem logo.- Bulma implorava desesperada para saber.
-Kakarotto e eu fizemos um vinculo.- Chichi disse de supetão, surpreendendo até Kakarotto.
-Vocês estão vinculados? Quando?- Tarble perguntou sentado no trono de Vegeta.
-Não sabemos, provavelmente quando estávamos na festa de Zen’oh.- Kakarotto disse tranquilo.
-QUE NOTICIA ESTUPENDA!- Bulma batia palminhas enquanto saltitava de felicidade.- Deixa eu ver a marca de vocês.
Eles afastaram o uniforme que cobria a marca no pescoço deles.
Bulma sorria admirada, quase chorava.
-Aaaahh... minha amiga está vinculada.- Bulma apertou Chichi em um abraço.
Dezoito se enfiou no meio do abraço das duas e parabenizou Chichi, logo depois de felicitar Kakarotto.
Dezessete felicitou Kakarotto e abraçou sua amiga logo depois do abraço delas.
...
Kakarotto retirou o uniforme de Chichi, descendo mordidas pelo pescoço, no entanto ao dar uma leve mordida no mamilo da princesa, ela deu um gemido de dor e o afastou.
-O que foi, Chi?- Ele perguntou preocupado. Ela nunca havia reclamado das leves mordidas em seus seios.
-N-nada.
-Diga a verdade...- Ele desceu seu olhar para os seios rosados dela e fez uma careta.- Chi, meu amor, seus mamilos estão inchados.
-Anh...
-Você se sente bem? Eu posso ficar longe deles se doer muito.
Ela negou com a cabeça.
Ele se deitou ao lado dela, observando todos os detalhes do rosto dela.
-Você está grávida, não é?- Ele perguntou calmo, ao mesmo tempo carinhoso.
Ela se virou para ele e se aconchegou no peito dele.
-E-eu acho que sim.
-Eu também acho. Quando eu disse que sentia seu KI forte, era mais que um KI alto. Eu sentia dois KIs.
Ela ficou calada.
-Isso deve explicar o fato de você querer lutar a toda hora, sua sensibilidade, sua fome colossal por mim...
Ela tentava enfiar ainda mais seu rosto no peito de Kakarotto, como se tentasse esconder seu rosto.
-Chi... esse filhote... será a melhor coisa que vai acontecer com a gente. Você verá.
Ele beijou a testa dela, tranquilizando-a.
E assim, eles passaram a noite abraçados, sentindo o calor que seus corpos transmitiam um ao outro.
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