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História Seu olhar - Prólogo


Escrita por: contosdajeh

Notas do Autor


Olá babys,
Sou nova aqui e estava com uma ideia de tentar escrever algo um pouco diferente, então vamos tentar...
Prometo atualizar todos/quase os dias, viu?
Espero que gostem!

(Se alguém quiser me doar uma capa eu serei uma pessoa muito feliz) hahaha

Boa leitura! Beijos da Jéh

Capítulo 1 - Prólogo


Boston, Massachusetts.

2017.

Mais um dia de trabalho. Mais um dia de eventos, fotos desnecessárias, entrevistas e uma tonelada de pessoas atrás de mim.

Você deve estar se perguntando, afinal, quem sou eu?

Para os que não me conhecem, me chamo Regina. Regina Mills. Já faz um tempo que meu nome tornou-se conhecido em diversos cantos por aí, mesmo eu ainda não tendo me acostumado totalmente com isso.

Nasci em uma cidadezinha no interior do Maine, chamada StoryBrooke. Morei lá durante muito tempo, até resolver me mudar para Vancouver. Fiz faculdade de cinema, cursos de teatro e desde então encontrei meu caminho. Passei alguns anos de minha vida lá, onde tive minha ascenção na carreira. Depois disso, disposta a tentar ter uma vida menos agitada me mudei para Boston, onde permaneço até hoje. É bom viver aqui. Continuo com meus papeis na TV e ainda fundei uma empresa jornalistica: a “The Mills Plataform”. Então tempo é algo que praticamente não tenho.

E bom, paciência muito menos. Afinal, foram longos anos de trabalhos até aqui, o que me acarretou em um cansaço interminável.

A fama é algo bom, não posso negar. Mas ela tem alguns lados que me permitem questionar isso. No começo, em busca do meu sonho de ser atriz, pensei que tudo seria fácil e que era besteira todo esse papo de falta de privacidade tão mencionada pelos artistas. Mergulhei de cabeça. Era meu sonho! Tudo estava se realizando da melhor maneira e estava perfeito! Não sei dizer em que momento tudo isso se perdeu. Talvez seja pelo tempo.... Ah, esse pode ser prejudicial em qualquer carreira. Você fica esgotada sem ao menos perceber ele passar.

Não estou dizendo que não amo o que faço, longe disso. Atuar é o que me motiva e me faz enxergar a vida de outra maneira. Foi na frente das câmeras que eu me encontrei, encontrei meu caminho e meu futuro. Foi depois do primeiro teste, da primeira cena, que tudo começou a criar sentido. Eu só acho que estou cansada. É difícil aguentar a tudo sozinha.... Sim, sozinha. Eu, no auge dos meus 38 anos, sozinha. Sem marido, filhos e família por perto. Nunca fui casada. Teve um tempo que até comecei a pensar nisso, mas depois vi que era besteira, que não me encaixava e que ninguém se encaixava na minha vida também. Eu me acostumei. Sou feliz assim. Sem ninguém. Pelo menos eu tento acreditar nisso. Mas certamente não seria um homem o meu final feliz...

Bom, acho que a parte dos "filhos" eu nem preciso explicar. Sem alguém do meu lado, sem amor, eu nem fui capaz de pensar a respeito. Além do mais, nunca me dei bem com crianças. Prossegue....

Minha família continua morando em StoryBrooke. Minha mãe Cora e minha irmã Zelena.

Meu pai, Henry Mills, faleceu a 5 anos atrás... Sinto falta de ter minha família por perto, ainda demais depois da morte de meu pai. Mas eu precisei me afastar. Foi a única maneira que encontrei de me manter forte. Ou pelo menos esconder minhas fraquezas.... É o que costumo fazer.

Não sou covarde, apenas não admito ter qualquer sentimento que fuja do meu controle. Eu preciso e tenho sempre tudo em minhas mãos, sob meu poder. Ninguém nunca ousou ir contra isso.

E sempre será assim.

Eu já fui uma pessoa melhor, não que agora eu não seja, mas preciso admitir que depois de mais de 15 anos de carreira eu estou sem um pingo de paciência pra nada. Principalmente pra aguentar gente chata tentando pegar carona na minha fama. É esse o único motivo de alguém querer se aproximar de uma pessoa tão fria como eu, certo?

Eu realmente pensava assim.

Mas a vida resolveu me mostrar o contrário...

**

Depois de um dia intenso de trabalho no set de filmagens, finalmente me permito descansar. Ou pelo menos tentar...

Tento dormir, mas quando percebo já está amanhecendo e ainda estou virando de um lado pro outro na cama tentando afastar todos os pensamentos e conseguir ter pelo menos alguns minutos de sono. Mas em vez disso, aqui estou eu pensando em tudo que aconteceu na minha vida nesses últimos anos.

Cada dor, cada sentimento, cada angústia.

Eu realmente me perguntava quando chegaria a minha vez de ser feliz...

 

O toque do meu celular me desperta de meus devaneios. Agora são 07:30 da manhã. Hora de começar o dia.

A certeza de uma longa noite mal dormida está estampada em minha face.

Preciso dar um jeito nisso! - Pensei.

Saio da cama direto para o banheiro, ligo a banheira e me despido enquanto espero encher. Olho no espelho apenas para constatar o que eu já sabia: estou péssima!

Mas nada que um bom banho relaxante e alguns truques de maquiagem não disfarcem...

 O dia vai ser longo, vamos lá, Regina!

Enquanto estou na banheira me permito pensar em todos os compromissos que tenho hoje: Fotos para uma campanha publicitária, evento beneficente no final da tarde e uma entrevista a um site de fofocas - Urgh. Reviro os olhos ao lembrar desse último.

Nota mental: preciso de uma assessora urgente!

**

Depois do banho, Regina desceu as escadas e foi para a cozinha preparar seu café da manhã. Era segunda-feira, sua empregada só chegaria mais tarde, então não se importou em ela mesma o fazer. Pode ter se tornado uma pessoa amargurada com o tempo, mas apesar de tudo a fama e o dinheiro nunca lhe subiram a cabeça.

Ainda de roupão, fez seu desjejum e subiu para se vestir.

Optou por uma calça jeans de lavagem clara com alguns rasgos espalhados pela perna, uma camiseta preta básica, jaqueta cinza e seus inseparáveis saltos. Estava pronta para começar o dia.

Desdeu as escadas e foi ao encontro de Sidney, seu motorista. O mesmo já lhe esperava para leva-la à empresa. Entrou no carro e seguiram até lá.

**

Longe dali, Emma Swan, uma garota loira de olhos verdes claros nos seus mais belos 23 anos acabava de despertar.

Estava desempregada a 7 meses, então, se dava o luxo de dormir até um pouco mais tarde.

Especificamente hoje, teria um longo dia pela frente...

Durante a manhã sairia pelas ruas de Boston à procura de um emprego. Precisava urgentemente voltar a trabalhar.

Swan era formada em jornalismo e já trabalhou em diversas áreas durante os últimos anos, mas nunca achou um emprego onde ela se encontrasse e tivesse a certeza que era isso que queria para sua vida. Mas isso não a fez desistir de tentar.

Após isso buscaria seu filho Henry na escola. O garoto, fruto de uma relação mal desenvolvida do passado estava hoje com 7 anos de idade. Nunca foi casada, mas morou com o Neal, pai de Henry, por 5 anos. Entrou nesse relacionamento muito nova e até hoje se culpava por isso.

Neal nunca fora um homem descente e amoroso. Longe disso. Mas ela aguentava a tudo por amá-lo. Ou pelo menos fingia acreditar nisso...

A relação foi conturbada, foram anos difíceis, mas ela tem plena certeza que seria capaz de se submeter a tudo isso novamente, pois foi dessa relação que nasceu seu bem mais precioso, seu tão amado filho.

Neal morreu a 2 anos atrás. O garoto, no fundo, nem sente falta do pai. Henry é muito esperto, sempre soube o quanto Neal fazia mal a sua mãe. Agora eram só eles. E a vida deles era ótima! Mesmo Swan desempregada nunca deixou faltar nada em casa, e amor, ah.... amor sempre teve de sobra.

Bom dia meu garoto! - Falo calmamente enquanto deposito um beijo casto em sua testa.

Bom dia mamãe! - Henry vai abrindo os olhinhos devagar enquanto me puxa pra cama, na esperança de conseguir descansar mais uns 5 minutinhos.

- Ei, nada disso! Levanta já daí ou vou ser obrigada a tomar medidas drásticas garoto!- tento parecer brava.

 ⁃ Não não não mãeeee.... -Mal deixo ele terminar de falar e já começo a enche-lo de cócegas. ⁃ Mãe, par-a AAAAA - Henry solta uma gargalhada gostosa e vou deixando o mesmo levantar, em um segundo ele já está trancado no banheiro.

Sempre funciona - penso sorrindo.

Dou uma arruma em sua cama e vou para a cozinha comer alguma coisa. Estou terminando o café da manhã quando Henry desce as escadas apressado, já de uniforme e com sua mochila nas costas.

Moramos a cerca de 1 ano em um apartamento próximo a área central de Boston. O aluguel é um pouco mais caro, mas me permite economizar na gasolina por ser apenas a algumas quadras da escola de Henry.

 ⁃ Garoto, pega seu pão e vamos para não nos atrasarmos. Você demorou muito nesse banho, eu hein!

 ⁃ Ta bom mãe. - Pega seu pão e vai saindo de casa.

 

O caminho até a escola é tranquilo, por sorte o trânsito estava fluindo normalmente nessa manhã. Estaciono minha máquina automobilística, meu tão amado fusca amarelo em frente ao portão do colégio e aceno para Ruby. Ruby é a professora de Henry, uma morena alta, corpo atlético e cabelos longos com mechas vermelhas nas pontas. Apesar de louca, é uma ótima professora e ótima amiga. Desde que matriculei meu pequeno aqui nos demos muito bem e cultivamos uma amizade até hoje.

 ⁃ Tchau mãe! - Saio de meus devaneios com meu filho me dando um beijo rápido no rosto e correndo em direção a entrada.

Tchau garoto! Comporte-se! - Grito da janela do carro. Saio e resolvo deixar o carro em uma lanchonete próxima dali.



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