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História Seu olhar - Confusão


Escrita por: contosdajeh

Notas do Autor


Oiiii, voltei com mais um

Espero que gostem!

Beijinhos :)

Capítulo 4 - Confusão


- Eu não estou acreditando nisso! – Digo, já nervosa. - Está me perseguindo por acaso? – Tudo que eu menos queria era esbarrar com essa mulher novamente e agora estamos aqui frente à frente.

- Eu te perseguindo? Quem bateu no meu carro foi você! – Responde e a olho com fúria. Além de abusada é mal educada!

- Não me culpe pela irresponsabilidade de meu motorista! – Rebato.

- Eu peço desculpas, dona Regina, eu realmente não...

- Quieto, Sidney! Já fez o bastante, não? Me aguarde no carro que eu resolvo aqui. – Ele me olha e permanece no mesmo lugar

Vai! - Digo mais alto.

- Sim, senhora. – Responde e sai em direção ao carro.

 

Ficamos sozinhas ali. Frente à frente.

Volto meu olhar a ela e percebo que estava me observando, desviando o olhar logo em seguida.

- Está com medo de me olhar? – Percebo que ela fica ainda mais vermelha.

- Não. Eu só não estou querendo ser mal tratada novamente. – Fala e sinto uma certa mágoa em suas palavras.

Então ela me olha e me perco naquela imensidão verde.

O que eram aqueles olhos tão expressivos? Por algum motivo eles me atraíam...

Ficamos nos encarando por algum tempo. Tempo até demais.

Acabo me permito observar os traços dela... Tão desenhados, a pele branquinha, o cabelo perfeitamente bagunçado, os lábios finos e aqueles olhos verdes penetrantes...

Não havia reparado hoje mais cedo em todos esses detalhes, mas ela era realmente linda.

Vamos Regina, para de encarar essa atrevida e resolve isso de uma vez. – Minha mente grita, me fazendo parar de encará-la.

- Então senhorita, como já disse, pode entrar em contato comigo para conversarmos sobre o valor. Não há problema algum – Digo tentando afastar aqueles pensamentos.

- O problema é que preciso buscar meu filho na escola e já estou atrasada! Não vou conseguir chegar a tempo de ônibus – Responde, me encarando em seguida.

Eu estava furiosa, mas bastava ela me olhar que tudo parecia se esvair de mim.

Eu não sabia o que estava acontecendo, mas algo dentro de mim me fazia querer ser um pouco mais gentil com aquela moça.

⁃ Como você se chama?– pergunto em um súbito momento de calma.

⁃ Emma. Emma Swan - diz um pouco receosa.

⁃ Me chamo Regina Mills ⁃ Tento esboçar um meio sorriso, mas acaba saindo sério demais.

- Eu sei quem você é - Responde rapidamente e sinto um certo tom de ironia em sua voz

⁃ Ah, sim... Ok. - Me sinto um pouco desconcertada com seu comentário. Ora, eu desconcertada? O que está havendo? - Então senhorita Swan, eu posso lhe ajudar. Posso pedir para que um táxi a leve até a escola de seu filho... – Digo olhando para seu carro à frente.

⁃ Eu agradeço Senhora Mills, mas não preciso da sua pena. - Diz com desdém e sinto seus olhos me encararem de uma maneira diferente.

Mas por que ela estava dizendo aquilo?

Eu não estava sentindo pena. Não!

Eu só estava tentando ajudar.

Nem sei por qual motivo, afinal, eu nem precisava estar ali. Mas senti vontade de ajuda-la, já que de certa forma “causei” este pequeno acidente.

Eu jamais me daria ao trabalho de ajudar uma desconhecida, mas estava sentindo necessidade disso e nem ao menos entendia o motivo.

Eu estava sendo gentil, ou pelo menos tentando... Por que as pessoas não sabem reconhecer isso?

Eu devia sair dali e esquecer completamente o que aconteceu hoje, mas meus movimentos pareciam não querer me obedecer.

Fico a olhando perdida em pensamentos, sem saber o que lhe responder...

⁃ Foi o que imaginei. – Se manifesta, mas sua voz sai num tom um pouco mais baixo - Não se preocupe quanto ao valor do concerto, eu darei um jeito. - Solta de forma segura e segue até seu carro, direcionando o mesmo até o canto da avenida, já que o mesmo estava um pouco torto na pista, atrapalhando o pequeno trânsito.

Quando ela desce resolvo me aproximar e tentar explicar novamente, mas percebo que está falando ao celular.

- Não Ruby, não se preocupe - Eu já estou chegando! - Só ligue para que o guincho venha retirar o carro - Ok - Beijos. – Encerra a chamada e solta um longo suspiro.

Fico ali esperando ela retornar, mas ao invés disso ela segue andando à frente, atravessando a rua em seguida.

Aquela louca iria até o colégio a pé?

**

- Sidney! – Chamo e o mesmo me olha, um pouco receoso. - Ligue para o salão e diga que não irei conseguir estar lá para meu horário.

- Sim senhora.

Pego minha bolsa no banco traseiro do carro e saio andando atrás daquela loira abusada.

 

Eu nem ao menos sei por que estou fazendo isso, mas me senti mal por deixa-la pensar que estivesse sentindo pena.

Eu não me importo com as pessoas e nem com o que elas pensam a meu respeito, mas eu não queria que a senhorita Swan pensasse de tal maneira.

Por que? Eu não faço a mínima ideia.

 

Perdida em meus pensamentos sigo andando até o colégio mais próximo dali, certamente era onde ela estaria...

Paro e dou uma olhada no portão e a vejo com uma mulher de cabelos escuros com as pontas vermelhas e um pequeno garoto ao lado. Deveria ser a professora do menino, já que estava portando um jaleco branco em mãos.

Resolvo esperar por ali até sua saída.

Checo rapidamente o celular, ainda teria que ir em casa me arrumar para o evento beneficente, já que não fui até o salão.

Tudo por causa dessa mulher...

Afinal, o que estava acontecendo comigo? Eu não conseguia me reconhecer.

 

- O que está fazendo aqui? – Ergo meu olhar até a dona da voz e percebo que a mesma me encara séria.

 

-Senhorita Swan, creio que houve um mal entendido... – Começo a falar mas logo a mesma me interrompe.

- Desculpe, mas não houve nenhum mal entendido, senhora. A não ser que a senhora não tenha conseguido entender quando eu disse que não preciso da sua pena. – Repete novamente as palavras que me deixaram tão mal.

Novamente fico sem saber o que responder.

Eu queria dizer que não era nada disso, que ela estava me julgando erroneamente, mas as palavras morriam antes mesmo de chegarem até minha boca.

Abaixo um pouco o olhar e só então percebo que o menino está ao seu lado, abraçado a uma de suas pernas.

O mesmo me olha um pouco confuso, certamente tentando entender o que acontecia ali.

 

- Quem é ela, mamãe? – Vejo ele perguntar baixinho.

- Não é ninguém, filho. Apenas uma desconhecida. Vamos – Diz segurando a sua mão.

Apenas uma desconhecida? Reviro os olhos.

- Swan, não seja infantil. Eu vim até aqui para falar com você, custa colaborar? – Tento amenizar.

- Perdeu o seu precioso tempo, então. – Diz ironicamente.

- Mamãe, deixa a moça falar, ela parece ser legal... – Diz o menino e eu fico surpresa.

Ele me achava mesmo legal?

- Vamos ao menos tentar conversar – Digo, recebendo um pequeno sorriso do menino.

Swan parece pensar um pouco até responder

- Certo. Mas só porque Henry pediu... – Ela diz olhando para ele que me olhava com um sorriso tímido, mas vitorioso nos lábios.

- Certo. Podemos tomar um café na lanchonete próximo à minha empresa. Devido à correria do meu dia acabei por ligar para meu motorista para que ele me levasse até meus destinos e deixei o carro no estacionamento da lanchonete. – Falei de uma vez, me arrependendo logo em seguida.

Lembro que foi na lanchonete que nos vimos pela primeira vez em uma situação não tão agradável e por ter pedido para que Sidney me levasse até o salão, o mesmo acabou batendo em seu carro.

Era muita coincidência para assimilar.

E talvez agora ela estivesse me culpando por tudo isso, à julgar pelo seu olhar...

- Ok – Responde e seguimos andando até a lanchonete, sem dizer mais nenhuma palavra.

 

Minha cabeça estava com tantos pensamentos que eu acredito ser incapaz de coloca-los em ordem naquele momento.

Sabe aqueles dias em que tudo dá errado e tudo que você mais quer é gritar até extravasar sua raiva ou simplesmente ficar sozinha apenas esperando o próximo?

Tudo que poderia acontecer de errado hoje, aconteceu. Mas por que eu sentia que também havia algo certo em meio a tudo aquilo?

Confusa. Eu estava completamente confusa.

Não conseguia parar de perguntar a mim mesma o motivo de eu estar ali, fazendo tudo aquilo.

Eu me perdia em perguntas que minha mente teimava em criar a cada instante, mas quando seus olhos encontravam os meus eu parecia achar todas as respostas.

Eles pareciam me dizer tantas coisas...

Tudo era estranho demais, fugindo completamente do meu controle.

Não... Isso não podia acontecer!

Olho para o lado e vejo os dois caminhando de mãos dadas, enquanto o menino apontava animado para algo que viu do outro lado da rua.

Eu precisava sair dali. Essa não era eu.


Notas Finais


Vejo vocês no próximo!

Fé no pai que logo o romance sai


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