1. Spirit Fanfics >
  2. Seu Pecado >
  3. XII - Fugindo ou Assumindo os pecados?

História Seu Pecado - XII - Fugindo ou Assumindo os pecados?


Escrita por: JulisBW_

Notas do Autor


Oi galera, então, HOJE TEMOS A RESOLUÇÃO DO CASO DA INO, E O pós Sasusaku também né, temos que manter o ritmo. Teremos algumas surpresas essa semana, acabei de me livrar da faculdade, passada em todas as matérias, amém obrigada. E agora, focar nas fics <3

Capítulo 12 - XII - Fugindo ou Assumindo os pecados?


Fanfic / Fanfiction Seu Pecado - XII - Fugindo ou Assumindo os pecados?

Sakura acordou lentamente, sentiu os raios simplórios de sol entrarem pela pequena brecha na cortina, não lembrara de tê-la fechada na noite passada, sentiu seu corpo pesado, e um calor incomum em sua mão direita, ainda não tinha aberto os olhos, mas aquele perfume próximo ao seu corpo, era impossível de não ser reconhecido, levemente moveu sua mão e finalmente mirou seus orbes esmeraldas para o homem adormecido ao seu lado. Sasuke sorria com a filha deitada contra seu peito, e o seu pequeno agarrado na irmã de uma maneira possessiva, era a imagem de uma família perfeita, e ali sozinha Sakura se permitiu sorrir com a ideia.

- Por que as coisas não podiam ter sido assim tão simples? – Ela bufou baixinho, e ameaçou se levantar, mas ele se mexeu a assustando. Sasuke estava acordado, e seus olhos a miravam impiedosamente.

Eles não falaram nada, apenas ficaram se encarando, Sakura sabia que ao pronunciar da primeira palavra, tudo iria por água a baixo, a ilusão da família perfeita, a quietude de ter sua filha sorrindo ao lado do pai, e mais um pequeninho para completar toda a sua felicidade.

Não podia se dizer apegada ao menino ainda, mas já sentiu um enorme carinho por ele, ao saber que ele não era filho biológico de Sasuke, confessou para si mesma que se sentiu aliviada, saber que ele tinha um filho com outra seria mais uma dor para suportar, e ela definitivamente não queria isso. Talvez com o tempo, Deisuke ocupasse em seu coração um espaço parecido com de Sarada. Mas ela sentiu seus devaneios serem interrompidos, pelo olhar de Sasuke que queimava sobre ela, era apavorante o tanto que apenas aquilo conseguia mexer com ela.

A fresta entre as cortinas começava a permitir que ainda mais sol entrasse no quarto, e a luz atingiu o rosto de Sakura, o que deixou o homem ainda mais maravilhado com a cena, faziam cinco anos que ele não via Sakura ao acordar, lembrou da primeira que acordou ao seu lado, em como o contraste da pele alva dela com aqueles olhos verdes e cabelos rosas a tornavam linda de qualquer maneira, e em qualquer lugar, e lá estava ela, exatamente igual, mas ainda assim diferente, porém provocando as mesmas reações.

Sakura corou ao sentir aquele olhar sobre ela, sabia que no fundo, todos os sentimentos deles estavam bagunçados e que seriam capazes de estragar aquela estranha relação deles, ela ainda o amava com todas suas forças, mas perdoa-lo estava fora de cogitação, era desumano para com ela, aceitar tudo que ele tinha feito. Sasuke sabia que teria que batalhar arduamente para conseguir o lugar que ele queria com Sakura, ele não a merecia, definitivamente não merecia perdão, mas não significava que iria desistir, iria lutar com todas as suas forças, porque Sakura valia cada gota do seu esforço, e ao encara-la corada mesmo depois de todo esse tempo, soube ainda mais, o quanto seu coração jamais pertenceria a outra, se não ela.

- Quer que eu vá embora? – Ele falou baixinho, para não acordar os filhos.

Ela acenou negativamente, e com vergonha. – Sarada vai estranhar. – Disse a mulher, enquanto se preparava para levantar, ajeitou o pequeno menino na sua frente, e saiu da cama, ela tentou não olhar para ele, mas foi inevitável, o homem que a cinco segundos atrás estava deitado, se portou atrás dela, e ela pode sentir completamente o calor que ele emanava. – Sakura. – Ele sussurrou seu nome, e a rosada sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo, mas ela conseguia rapidamente recobrar seus sentidos, e o respondeu.

- Eu não quero que vá embora, mas não significa que te quero perto de mim. – Sakura respirou fundo antes de falar isso, soou fria e distante, e o fora o suficiente para o Uchiha se afastar. – Acorde a Sarada, ela tem que ir para escola. Pode deixar o Deisuke dormindo, só pretendo ir a empresa mais tarde. – Ela pegou uma toalha no armário, junto com algumas peças de roupa e entrou no banheiro.

Sasuke se espantou com aquilo, mas depois de alguns minutos recobrou a noção da atitude dela, e se prontificou a fazer o que ela pediu, não deixaria o filho ali, hoje teria que o matriculas em alguma escola, pediria a Sakura para explicar onde ficava a escola de Sarada, e apesar de ser já o meio do semestre, imaginava que conseguiria uma vaga fácil.

Ele gentilmente sentou do lado da cama, e acariciou os cabelos da filha, e fez gentis movimentos na barriga dela, e a menina manhosamente abriu os olhinhos, arrancando um sorriso babão do pai, que se encantava cada dia mais por aquele pequeno ser.

- Bom Dia Papai. – Ela disse, e envolveu o pai em um abraço carinhoso.

- Bom dia minha princesa, sua mãe disse que você tem que se arrumar para ir à escola. – Ele deu um beijo da ponta do nariz da menina que sorriu em resposta.

- Tudo bem papai, mas você e a mamãe estão namorando? – A menina foi direto ao ponto, o que deu um susto em Sasuke. – Você já disse a ela que a amava, você me disse ontem que amava a mamãe. – Ela começou a jogar frases contra ele, que estava cada vez mais acuado e sem saber com reagir.

- Mas o papai também disse que é complicado, eu só fiquei aqui porque o seu irmãozinho aqui, dormiu, e fiquei com dó de acorda-lo. – Tentou explicar, enquanto apertava o filho para ver se ele acordava e tirava a atenção da menina, para o tira-lo daquela enrascada.

Sarada que se jogou do pequeno para acorda-lo – Deisuke acorda, acorda. – Ela falava no ouvido do irmão, e o menino todo dengoso se virou para o outro lado.

- Ele é esperto, mas eu sou mais. – Sarada comentou vitoriosa, e começou a fazer cocegas no menino que rapidamente começou a se contorcer na cama, e ambos riam um uníssono, pois Sasuke começou a fazer o mesmo com a filha, que logo se deu por vencida. – Para papai, para. – Ela ria, e Sasuke se divertia com a cena.

Deisuke já estava elétrico do outro lado da cama. – Papai, o que estamos fazendo aqui? – Ele perguntou curioso, afinal de contas, fora trazido dormindo, e ficaram ali até amanhecer, e o menino olhava para todos os lados procurando algo familiar.

- Não estamos na vovó. – Ele disse, e Sasuke riu, mas ele via a irmã ao seu lado, e ficou ainda mais confuso.

- Você está na minha casa, bobinho, você dormiu e o papai ficou aqui. – Sarada pronunciou soando bem inteligente, e Sasuke encarava bobo a interação dos filhos.

- Isso mesmo filhota, o papai teve que dormir na casa da Sarada, porque você dormiu bem à vontade na cama da mamãe da sua irmã, e eu fiquei com dó de te acordar. – Sasuke explicou ao menino que o encarava atentamente, e ele sorriu em resposta.

Nesse meio tempo, Sakura saiu do banho trajando uma roupa simples, uma calça jeans preta praticamente colada ao seu corpo e uma blusa social rosa, Sasuke passeou o olhar inteiro por seu corpo ao vê-la saindo do banheiro com uma cara de brava.

- Sarada, você ainda não foi se arrumar? Vai se atrasar. – Sakura disse e a menina saiu rapidamente do quarto em direção ao dela. – Eu disse que podia deixa-lo dormindo, estava tão fofo. – Sakura se aproximou do menino, e o beijou suavemente na testa.

- Eu preciso leva-lo para minha mãe hoje, vou matricula-lo em alguma escola, pesquisei algumas, mas queria saber é onde a Sarada estuda, ouvi o Naruto comentando que quer colocar o Boruto lá.

- É uma ótima escola, mas tem altos padrões, é cheia de restrições para entrar, eu mesma quase não consegui por ser mãe solteira, mas o Sasori me ajudou. – Sasuke trincou o maxilar ao ouvir aquele nome, não sabia porque, na verdade sabia, detestava saber que alguém ocupou o lugar que ele queria por tanto tempo.

- Hum, e onde está esse Sasori agora? – Perguntou ríspido e Sakura o olhou friamente, com uma cara incrédula.

- Não é da sua conta. – Ela disse se ajeitando e saindo do quarto, deixando os dois ali pasmos.

- Deisuke, fique aqui, daqui a pouco nós vamos para casa da sua avó. – Ele disse ao filho que o fitou meio desentendido, mas assentiu.

Sasuke saiu do quarto e seguiu a rosada que estava na cozinha começando a preparar algo que ele supôs ser o café da manhã.

- Sakura, eu acho que tenho o direito de saber quem é o homem na sua... na vida da minha filha. – Ele disse com tom sério.

- NOSSA filha. – Sakura cuspiu, mas ainda assim não se desconcentrando do que fazia. – Ele esteve na vida da Sarada desde que ela nasceu, acredite em mim, se ele fizesse algo que ela desgostasse, já seria carta fora do baralho.

- Tudo bem, então, eu só quero saber quem é ele, acho que tenho esse direito não? – Ele tentou se manter calmo, mas aquela Sakura respondona e ignorante não era o seu tipo favorito de personalidade da rosada.

- E porque você acha que tem esse direito?  Porque nos beijamos duas vezes? Você esteve fora da minha vida tempo demais para ter direito a qualquer coisa sobre mim. – Sakura o respondeu novamente, e ainda concentrada no preparo do café da manhã. – Sarada, já está pronta? – Gritou ignorando um Sasuke completamente puto e bufante na sua frente.

- Sakura pelo amor de Deus, seja razoável, eu só quero saber quem merda é esse cara. – Sasuke explodiu e ela permaneceu estupidamente calma.

- NÃO. O que você quer entrar na minha vida, quer saber quem é o cara que eu namorei, porque quer ter controle sobre mim novamente, e eu não vou deixar – Sakura praguejou – E você pode fazer o favor de não falar essas palavras perto da minha filha, ela pode escutar e querer repetir, e não é você que tem que lidar com as consequências.

- Isso, continua agindo como se eu estivesse a parte de tudo, como se eu não estivesse tentando. – Sasuke jogava as mãos para o alto em frustação, não conseguia esconder sua raiva.

- Sasuke, eu quero que você seja o pai da Sarada, apenas isso. Eu não preciso de você, eu não preciso de um homem como você na minha vida de novo, não preciso de você bagunçando os meus sentimentos, ou qualquer coisa. Eu só preciso que você seja o pai dela, porque ela precisa disso, não eu. Se dependesse de mim, sabe que nem a conheceria. Mas eu amo a minha filha, mais do que já amei você, e a minha prioridade, é a felicidade dela, e se isso te inclui, eu vou te engolir. – Dessa vez, ela não mediu esforços, não mediu palavras, não poliu seus sentimentos, e apenas jogou a verdade na cara dele.

- E quanto ao que eu preciso? Você me escondeu uma criança, e segundo suas próprias palavras a manteria escondida. Eu preciso recuperar o tempo perdido, eu preciso recuperar você, porque querendo ou não Sakura Haruno, ainda somos partes importantes na vida um do outro, não minta para si mesma achando que conseguirá que eu seja apenas parte da vida de Sarada, porque eu serei parte da sua também, eu não vou desistir de lutar por você. – Ele finalizou tudo que ela tinha falado.

- Teria vindo aos Estados Unidos atrás de mim se não fosse a fusão? Teria conhecido a Sarada? Ia lutar por mim? Porque eu não vi você levantando um dedo nos últimos cinco anos.  A sua vida estava bem confortável do Japão para se preocupar comigo, você era orgulhoso demais para vir atrás de mim, porque não veio quando Konan morreu? VOCÊ TEVE CINCO ANOS PARA LUTAR POR MIM, VOCÊ PODERIA TER VINDO. – Ela respirou fundo, tinha gritado e não pretendia fazer isso, jogou a faca no balcão. – Mas você só veio quando lhe caiu bem, quando a sua empresa faliu e você precisou de mim, se fosse só pela sua força de vontade, Sarada ainda não teria um pai. -  Sakura tinha aquilo entalado na garganta há muito tempo, e sentiu um alivio em tirar.

- Você não pode estar sinceramente me culpando por não ter corrido atrás de uma filha que eu não sabia existir, você fugiu de mim Sakura, você tirou a Sarada de mim, e eu nem sequer a tive.

- Eu não fugi, você me expulsou, o seu pai me ameaçou, tudo colidiu em menos de 24 horas, eu não tive escolha, eu não estou te culpando por não ter corrido atrás da filha que você não sabia que tinha, e sim por não ter vindo atrás da mulher que dizia amar, e que aparentemente ainda diz. – Sasuke arregalou os olhos, ela o tinha ouvido no banheiro, sentiu seu peito arder, mas dessa vez não era ódio que o consumia e sim culpa – Não minta assim para nossa filha, eu aguento as suas mentiras, ela não.

Ele estava pronto para responder, mas a pequena vozinha de sua filha o interrompeu. – Papai, mamãe, vocês estão brigando? – Ela perguntou, enquanto ajeitava a mochila em suas costas e olhava atentamente para seus pais.

- Não meu amor, só resolvendo um mal-entendido. – Sakura respondeu, e logo viu um sorriso brotar no rosto da filha, ela pretendia falar mais alguma coisa, mas seu telefone tocando a interrompeu, o pegou sobre a mesa e viu que a ligação vinha de sua mãe, lembrou da mensagem de sua secretária e que o horário não batia com o pedido, mas ainda assim atendeu.

- Oi mãe. – Ela respondeu carinhosa.

- Oi filha, como estão as minhas duas princesas? – Dona Mebuki perguntou gentilmente.

- Estamos bem, na medida do possível. – Sakura olhou o horário e viu que teria que desligar rapidamente, pois tinha que levar a filha da escola.

- Seu irmão voltou. – Mas sua ideia foi por água a baixo ao ouvir a mãe pronunciar aquilo, e pensou rapidamente em uma solução.

Sasuke estava ajeitando o sapato da filha que estava sentada no sofá brincando com Deisuke.

Ela tapou o microfone do telefone e chamou por ele – Sasuke. – Ele não ouviu da primeira vez, e ela acabou largando o microfone e o chamando mais uma vez.

- Sasuke. – Ele se virou de imediato ao ouvir, e ela bufou. – Pode levar a Sarada na escola, tem o enderenço no fundo da agenda dela, fica só a duas quadras daqui, e se quiser falar com a diretora sobre o Deisuke, diga que eu te mandei, aproveite se apresente para professora dela, para que se algum dia tiver que ir busca-la, não haja problemas.

Ele ouviu atentamente e seguiu seu caminho, pegou as duas crianças, ambos beijaram Sakura na bochecha, e ele apenas saiu sem encara-la, deixando- a sozinha no apartamento.

- Sasuke? O que esse bastardo está fazendo aí? Sakura, pode me explicar o que está acontecendo? – Ela perguntou parecendo bastante irritada, e só então Sakura se deu conta da merda que fez ao tirar a mão do microfone.

- Mãe, é uma longa história, mas você pode esperar para eu te contar depois que você me contar sobre o meu irmão, como assim ele voltou?  Já tem oito anos que ele se mandou.

- Espero uma bela explicação mocinha, e sim, seu irmão voltou, casado. – Mebuki pronunciou com desdém.

- Casado? – Sakura fez uma cara de impressionada, quem diria Kakashi Haruno, casado. – E por que ele voltou? – Sakura sabia do espirito aventureiro de seu irmão, da independência que ele tanto prezava e em quanto ela se magoava toda vez que ele viajava, mas dessa vez, fora diferente, depois da briga com a mãe, Kakashi saiu pelo mundo cortando laços completos com a família, inclusive com ela, que o amava tanto.

- Essa mulher mudou o seu irmão, de uma maneira que estou surpresa, ela agora trabalha em uma empresa de fotografia, virou publicitário e ela está gravida. Eu fiquei chocada, não queria mais um neto tão cedo, mas o choque foi dele ao saber que eu já tinha um neto. – Sakura riu, imaginou o quão surpreso ele deve ter ficado, mas ficou com raiva em seguida, afinal de contas era culpa dele por não ter mantido contato.

- A culpa foi dele. – Disse a mulher fria. – Parece que estou cercada por homens que somem e voltam do nada querendo perdão. – Sakura sentiu a própria ironia no tom de voz, dois dos quatro homens que mais amava na vida a largaram, e agora voltaram de uma vez só, era muito para seu frágil coração.

- Bom, a notícia não é só essa, liguei para avisar que vamos para os Estados Unidos na semana que vem, soube que o Naruto se mudou para aí, é por isso que o traste está aí também?  Sakura minha filha, ele tem um filho com outra, não ignore isso, sei que sua pequena deve estar eufórica, mas não se esqueça de tudo que ele fez.

- Não vou me esquecer mãe, obrigada por lembrar, e sobre o filho dele, bem, digamos que temos muito para conversar, te explicarei tudo quando chegar aqui, quer que eu alugue algum apartamento no Airbnb para vocês? Espere aí, o Kakashi vem com vocês? – Sakura sentiu-se aflita, queria e não queria ver o irmão.

- Claro que vai, ele já recebeu bronca por uma vida inteira, minhas e do seu pai, e fora que você vai adorar a mulher dele, e sim, pode reservar uma casa, talvez até alugue uma para eles, pretendem ficar mais tempo do que nós. – A rosada ficou indecisa com a notícia, não sabia se ficava feliz com aquilo ao não, mas decidiu que não se preocuparia com aquilo, pelo menos não hoje.

- Tudo bem, mãe. Nos vemos semana que vem, eu te amo, mande um beijo para o papai. – Ela desligou o telefone, e sentiu seu coração palpitar um pouco, fazia muito tempo que não via Kakashi, será que ele gostaria da sua filha, e dela, o que acharia das decisões, mas se bem, que ele não está em posição de julgá-la, mas mesmo assim, sentiu-se preocupada.

Hoje era um grande dia para Sakura, fecharia um dos maiores casos da história de Nova Iorque, uma grande empresa de mineração versus uma ambientalista, ela defenderia o segundo lado, enfrentaria um dos seus maiores rivais na cidade, Toneri, um homem completamente detestável, que sempre dava em cima dela e de qualquer uma na verdade, mas nunca aceitava a derrota em um caso, jogando sujo até em alguns casos.

A sessão começaria as duas da tarde, mas ainda teria que fechar a papelada, então decidiu dar uma passadinha na empresa, tentou ligar para Ino no caminho, mas sem resposta, algumas horas depois fora respondida com uma pequena mensagem de texto que ela sabia muito bem o que significava, mas não poderia sair no meio da sessão.

Enquanto isso na casa do Ino.

Hoje era o dia, ia contar toda a verdade para Sai, já tinha se passado quase uma semana desde a maior burrada que cometera na vida, sentia-se horrível cada vez que pensava naquilo, sabia que perderia Sai, que ele não a perdoaria, e ela provavelmente não mereceria seu perdão, tinha caído do pecado da carne, o que sentiu por Gaara sempre fora intenso demais, tudo com ele sempre foi assim, mas aprendeu que amar podia ser diferente, foram apenas 3 meses com o moreno, mas seu coração já palpitava por ele como nunca, conseguia corar violentamente com os elogios sem pudor, e maneira como ele era sempre sincero sobre tudo, mesmo sem se importar com quem ia machucar.

Ela o perderia, mas seria inteiramente sua culpa, deixou se entregar por uma noite de luxúria e agora arcaria com as consequências, por pior que elas fossem

Pegou sua bolsa, saiu de casa, o apartamento do moreno não fica longe, então não achou necessário tirar o carro, seguiu seu caminho em passos quase torturantes de tão lentos, olhava para a sua volta, percebia cada detalhe, tentava pensar em voltar atrás, mas não dava mais, a culpa a estava consumindo, e ela não podia ser assim tão canalha, sentia seu corpo fraquejar a cada passo que dava, e quando finalmente se viu diante do prédio dele, olhou para o caminho que viera, queria desistir, talvez devesse, mandar uma mensagem, terminar tudo por telefone, mas ele merecia mais que aquilo. Porém não queria ouvir ou sentir o desprezo que ele sentiria dela depois de saber do que fez, a garota que sempre foi muito precipitada, já previa as reações dele, ensaiou no espelho toda a sua fala, mas sentia que quando o encarasse perderia todo e qualquer vestígio de coragem que pudesse ter, afinal de contas, ela o amava, e não queria perde-lo, mas talvez devesse ter pensado nisso antes

Entrou em passos firmes porém lentos, pegou o elevador, apertou o botão para 14º andar, e esperou que a caixa de metal cumprisse sua função, e assim o fez, mais rápido do que ela desejou, o estômago dela estava revirado, e ela sentia-se enjoada, como se aquilo fosse algo que fisicamente a iria machucar, o nervoso conseguia definitivamente a assustar, ficou diante da porta 14B, e ameaçou bater, colocou a mão próximo a porta fechada, iria bater, e não tocar a campainha, assim talvez ele demorasse mais para atender.

Afastou-se da porta, e caminhou pelo corredor, tentou lembrar da sua fala, do que deveria dizer, literalmente como um discurso ensaiado, mas sabia que nada seria assim, sabia que tudo iria por água a baixo assim que o visse, só não esperava do jeito que aconteceria

Ela tomou um último gole de coragem, e bateu firme na porta, que rapidamente foi aberta. Ino encarou um Sai confuso, sem camisa, mostrando completamente o físico não tão escultural, mas completamente desejável do seu branquelo, ele estava lindo. E ela precisou se concentrar novamente, pois seus sentidos já estavam bagunçados simplesmente pela presença dele, e pelo cheiro inebriante que só ele tinha

- O que está fazendo aqui? Disse que precisava de um tempo. – Ele falou firme.

- Eu sei, mas eu preciso te dizer uma coisa, mas me prometa que vai me deixar falar tudo, e não vai me interromper, porque eu vou sair por aquela porta, e você tanto pode como deve seguir a sua vida. – Ino já tinha adquirido um tom choroso

- Primeiro de tudo: Eu amo você, e... – Ela preparava-se emocionalmente para discursar.

- Ino, por favor, eu não quero ouvir isso agora. – Ele tentou interrompe-la, mas recebeu um shiu com os dedos vindo da garota

se sentou para ouvir.

- Eu amo você, e dizem que a gente só dar valor quando perde, então, eu te perdi. – Ela sorria falsamente, com os olhos marejados, e com a cabeça pendida, deixando seus longos cabelos tocando suas coxas.

- Ino você não me perdeu, eu só pedi um tempo. – Ele interrompeu mais uma vez.

- Deixe eu terminar, porra. – Ela gritou, e Sai se calou. – Eu transei com o Gaara. – Ela falou por vez, e respirou fundo, Sai arregalou os olhos, e fechou o punho de raiva. – Eu sei, você provavelmente me odeia, porque no fundo você tinha razão, eu acabo voltando para os braços dele, mas eu juro que foi involuntário, eu fui brigar com ele por se meter no nosso relacionamento, e eu sei QUE EU FUI UMA FRACA, UMA ESTÚPIDA, e que você não vai em perdoar, mas eu precisava te dizer isso. – Ino já não continha suas lágrimas, ele ameaçou se levantar, mas ela o impediu.

- Não, eu preciso te dizer tudo, e isso que eu vou fazer. Quando eu te conheci, eu tinha acabado de sofrer um aborto espontâneo, eu estava grávida do Gaara, e ele me largou, e foi ai que você surgiu na minha vida, tão inocente, você não fazia ideia da merda que estava se metendo, da garota que estava interessado, mas eu deixei, porque eu gostava da sensação de estar com alguém novo, e foi interesseiro da minha parte, porque eu ainda estava apaixonada pelo idiota do Gaara, mesmo depois de tudo que ele fez, e eu sei, que não é desculpa, e não é isso que estou querendo dizer, mas eu precisava te dizer, pelo menos uma vez, que eu te amo, e que era com você que ia sempre escolher. Mas agora eu não tenho mais opção. – Ino finalizou o que ela soube que foram as palavras mais difíceis da sua vida..

- Por que eu que sinto que você não está me pedindo perdão? – Ele falou apenas isso, uma pergunta curta e grossa.

- Porque eu não mereço. – Ela o respondeu cabisbaixa.

- Ino, eu não te pedi um tempo, porque eu não tinha certeza só dos seus sentimentos, eu também tinha a minha parcela de dúvida, eu sou estranho, e ver uma garota como você se apaixonar por mim, não foi fácil de acreditar, então não posso dizer que fui sempre sincero com você. Eu também fiz merda, talvez seja por isso que eu não esteja tão surpreso com a sua atitude. É claro que você voltaria para o Gaara, você sempre volta, ele é um cachorro, e depois do que você me disse, tenho certeza, mas você o ama, e talvez ele tenha sido o homem da sua vida, mas eu queria esse lugar, EU QUERIA SER ESSE HOMEM ENTENDE? – Ele pronunciou, gritando contra ela, que apenas o encarava atônita.

- O que quer dizer com também fez merda? – Parecia que essa tinha sido a única coisa que ela tinha ouvido, e Sai riu.

- Eu dormi com outra, mas eu dormi com uma qualquer, com uma garota que eu encontrei em um bar, e que não significava nada para mim, mas você, você dormiu com o cara que poderia ser o pai do seu filho, com seu ex namorado, com o motivo pelo qual eu pedi esse tempo, você entende o meu lado. – Ino queria ter posição, queria brigar com ele, queria xinga-lo e bater nele, mas ela tinha feito pior, mas ela não tinha direito de sentir raiva, e só por isso, então ela gritou.

E seu grito foi agonizante, Sai a olhou atordoada, ela tinha sentado no sofá, colocado o rosto entre as mãos e gritado, tão alto que seus vizinhos provavelmente bateriam na sua porta querendo saber se ele tinha matado alguém, o moreno se aproximou dela, ambos tinham errado, mas eles sabiam qual foi o maior erro. O moreno sentou-se do lado da garota e esperou apenas.

- Se eu não tivesse ido dormir com Gaara, e tivesse vindo te contar isso, teria me contando sobre a garota? – Ino o encarou fria e sincera.

- Seu erro era previsível Ino, eu soube que tinha ido atrás dele no mesmo dia, só não sabia que tinha ido tão longe. – Disse irônico.

- Sai, eu estou me martirizando por ter feito isso, e você age como se dormir com uma qualquer não fosse nada. – Ela gritou, praticamente cuspindo isso sobre ele

- Mas você deveria estar se martirizando, o que você fez foi diferente. – Ele contra-atacou – Você transou com alguém pelo qual ainda tem sentimentos, eu peguei a primeira que vi quando estava bêbado por sua causa, é claro que estou me martirizando, eu posso não ter te dito com todas as letras mas, EU TAMBÉM AMO VOCÊ, Mas nesse momento, eu não quero olhar na sua cara, porque eu estou com raiva, e você provavelmente também está, e é por isso, que nos precisamos desse tempo, porque, eu não sei como me sentir mais, sei que ainda te quero, mas não sei se te perdoo. Agora, sai da minha casa. – Ele se levantou, e abriu a porta e ficou esperando ela se levantar.

Ino enxugou os lágrimas e saiu completamente devastada do apartamento, sabia que sairia assim, mas não exatamente pelos motivos que estava agora, mandou uma mensagem para Sakura, e voltou para seu apartamento e lá dentro se trancou com uma garrafa de tequila como amiga.


Notas Finais


UAU, E ESSA INO? Será que o fim de SaiIno, será que o Gaara ainda vai aparecer para dar merda? E quem diria Kakashi irmão da Sakura, viajei nessa, mas amo faze-lo com relações diferentes do anime.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...