1. Spirit Fanfics >
  2. Seu Pecado >
  3. XVI - Depois de pecar.

História Seu Pecado - XVI - Depois de pecar.


Escrita por: JulisBW_

Notas do Autor


Bom gente, primeiramente desculpa <3 Eu acabei me empolgando muito com minha nova fic, para quem quiser favoritar lá, o nome é Hollywoodiana.
E acabei esquecendo um pouco de Seu Pecado, mas não se preocupe, não pretendo abandonar essa aqui, ainda temos muito história para desenvolver, vamos continuar.
Entao, eu quero agradecer a todas meninas que favoritaram, comentaram e leram a minha fic, em especial quero agradecer a Jaíne Gomes por sempre indicar a minha fic lá no grupo do face <3

Capítulo 16 - XVI - Depois de pecar.


Fanfic / Fanfiction Seu Pecado - XVI - Depois de pecar.

Sasuke acordou primeiro, tinha ajustado seu despertador para as 5 da manhã depois de mandar para mensagem para mãe dizendo que só buscaria o filho no outro dia, com cuidado para não acordar Sakura ele se mexeu, e voltou a encarar a mulher, que dormia pacificamente de bruços com o rosto virado para ele com um pequeno sorriso no rosto, o moreno passeava os olhos pelo corpo dela, coberto apenas por um fino edredom, com as costas praticamente toda exposta, ele não queria sair dali, podia ficar observado Sakura até perder os sentidos, mas tinha medo de que ela estivesse arrependida do que fizeram, e que ficassem com raiva dele, reuniu forças e se levantou, ainda estava nu, e tratou de se vestir rapidamente para evitar problemas, pegou suas roupas espalhadas pelo quarto, e começou a vesti-las, saiu do quarto de fininho, e foi até o da filha, sabia que seria arriscado se a menina acordasse e visse que ele ainda estava ali, mas não podia sair sem se despedir da menina.

Sakura acordou como que por coincidência no momento que Sasuke saiu do quarto, passou a mão pelo colchão e seu coração disparou, ele não estava ali, olhou para o chão e não viu as roupas do moreno, a respiração começou a ficar errônea, e ela sentiu-se presa em uma situação de cinco anos atrás, a raiva começou a subir, ele não poderia tê-la deixado de novo, era paranoia, não, eles tinham uma filha, ele não podia simplesmente ter ido embora de novo, levantou-se abruptamente e percebeu que estava nua, pegou um dos seus robes atrás da porta do quarto e saiu em procura dele, mas assim que saiu, seu corpo entrou em contato com o dele, e imediatamente bateu seus punhos com o peito dele, e deixou lágrimas singelas.

- Não faça isso. – Ela disse, falando alto demais, passou a mão pelos cabelos em sinal de alívio.

- O que? – Sasuke a olhou confuso, não estava entendendo nada da reação dela.

- Não faça amor comigo e suma do outro dia, não faça mais isso. – Ela o olhou furiosa. – Eu pensei que você tinha ido embora, pensei estar presa naquela merda de dia de novo.

- Ei, Ei, Sakura, eu estou aqui. Não vou a lugar algum. – Sasuke era um pouco mais alto que Sakura, então ele se abaixou até ficar à altura dos olhos dela, a centímetros dos lábios dela. – Eu te prometi, que não ia te deixar nunca mais não foi? – Ele disse, e logo então a mulher à sua frente suspirou, como se agora pudesse fazer isso, ele aproveitou e depositou um selinho suave nos lábios da mulher.

E só então Sakura tomou consciência que seu surto foi meio sem fundamentos, aquilo tinha sido sexo, mas ela mesma acabou de admitir que tinha sido amor, droga Sakura, pare de ser estúpida pensou a mulher.

- Tudo bem, agora pode ir embora. – Ela proferiu, Sasuke depositou um beijo na testa da mulher, e seguiu pelo seu caminho, ao sair da casa, deu de cara com Karin parada na porta do apartamento em frente, ainda de camisola, com um olhar bem suspeito.

- Eu não vou contar para ninguém. – Sasuke estava claramente com cara de pós-sexo, as roupas amarrotadas, o cabelo bagunçado, tudo indicava que a noite dele não tinha sido das mais calmas, e Karin era excelente em notar esse tipo de coisa, mas esse assunto, ela trataria com Sakura.

A rosada não conseguiu mais voltar a dormir depois que o Uchiha saiu, ficou rolando na cama, perdida em seus pensamentos, estava condenando a si, pela atitude que teve, se entregou para Sasuke novamente, não, se entregar era uma sentença muito forte, mas ela definitivamente não tinha o seu autocontrole de sempre quando resolver transar com o moreno, e amar ter feito isso.

- Como é possível que você bagunce tanto a minha cabeça? – A mulher que estava com a cabeça no fim da cama, praticamente fora dessa, murmurou olhando para o teto, e foi assim que percebeu a presença de um serzinho na frecha entre aberta da porta do seu quarto.

- Mamãe. – Ela coçava os olhinhos, e demonstrava ainda estar praticamente bêbada de sono, com o coelho de pelúcia em uma das mãos arrastando no chão.

Sakura se virou, e deitou-se de bruços sobre a cama, ficou encarando a menina que em passos lentos alcançou os braços da mãe, que a pegou em um abraço amoroso. – Bom Dia meu amor.

- Eu não consegui dormir direito, ouvi uns barulhos estranhos ontem. – Ela proferiu com a manha estampada da voz, e Sakura corou no mesmo segundo, com os olhos arregalados em pânico, o prazer que a consumiu na noite anterior a fez esquecer quase que completamente da criança no quarto no fim do corredor, por sorte, a pequena tinha um sono pesado, e o máximo que podia ter acontecido, foi ela ouvir os mínimos barulhos.

- Deve ter sido alguma janela aberta rangendo, eu vou dar uma olhada nelas hoje, tudo bem? – A menina acenou positivamente, e se aconchegou no colo da mãe, e voltou a dormir, como hoje era sábado, a pequena aproveita para dormir o máximo que podia, mas Sakura sabia que não conseguiria fazer o mesmo.

Ainda era cedo, até demais, o relógio marcava quinze para as seis da manhã, acomodou sua filha no meio da cama, a rodeou de travesseiros para que não corresse o risco de cair, e saiu para varanda, fazer exercícios seria uma ótima maneira para se distrair.

Foi tomada por emoções aos poucos, corrompida pelas lembranças que trancou em seu coração por tanto tempo, era difícil para seu coração aceitar que aquilo era real, e não mais um dos seus sonhos, porque Sakura sonhou, e como sonhou. Ela imaginou de todas as maneiras possíveis que ele descobriria sobre a menina e que viria ao seu encontro, que iria acha-la não importa onde estivessem, chorou todas as noites por três meses depois do nascimento de Sarada, ela jamais teve com quem dividir o fardo no meio da noite, não brigaram por quem seria a vez de acudi-la quando ela acordasse as duas da manhã chorando, querendo o colo de um deles.

Sakura se apoiou, com tudo que tinha naquele pequeno ser que foi a fonte de toda a sua alegria por muito tempo, e agora, ele, com todo aquele jeito marrento e protetor, invadiu tudo novamente, como um furação, um tsunami, devastando todo o muro que ela tinha construído ao redor de si, para se proteger, e ele agiu como se não fosse nada. E ela queria, não permitiria que seu orgulho fosse tratado como lixo novamente, e não deveria mais a garota apaixonada.

Karin entrou no apartamento com um donut na mão, na verdade, com uma caixa deles, e Sakura a olhou curiosa: - Onde achou donuts as seis da manhã? – Disse rindo, largando a barra que usava para fazer exercícios.

- Eu pedi para o Kakashi comprar hoje as quatro, tive um desejo, e não consegui me controlar, mas ele só chegou agora.

- Você conseguiu acordar meu irmão as quatro da manhã e o fez sair em uma cidade que ele não conhece por Donuts? – Karin mordeu os lábios contendo a risada.

- Uhum, eu tive um desejo, não queria que o meu filho nascesse com cara de Donut, você não teve desejos quando estava grávida da Sarada? – Ela perguntou e no mesmo instante se arrependeu. – Ah, eu esqueci, desculpa.

- Tudo bem, eu tive sim, mas sempre em horários normais, e era Ino que me acudia. – Comentou, e se voltou para cozinha, pegou uma garrafa de água e uma de suco, ofereceu o liquido vermelho para a cunhada.

- É impressão minha ou hoje vai chover? – Karin comentou enquanto encarava a varanda onde Sakura antes se encontrava.

- Vai ser um belo de sábado de chuva em Nova York, vou aproveitar e ficar em casa o dia inteiro curtindo minha princesa e vocês. – Sakura amava a chuva, amava ficar debaixo das cobertas com uma xicara de café, biscoitos caseiros vendo filmes de animações com sua filha, sempre que chovia, ela tentava fazer isso com a menina, e mal podia esperar por aquilo, desde a confusão com Sasuke e agora seus pais e irmão, tudo tinha sido bem movimentado.

- Falando em princesa, onde ela está? – Karin perguntou curiosa. – Quero apertar aquelas bochechas.

- Está na minha cama, dormindo feito um anjo. – Sakura respondeu, e Karin imediatamente cuspiu o suco que estava marinando em sua boca, praticamente na cara de Sakura.

- Onde você transou com o Sasuke se a filha de vocês estava no quarto? – Ela só faltou gritar alto o suficiente para contar ao prédio inteiro, a rosada arregalou os olhos em resposta, confusa em como ela sabia, e assustada também.

- SHIU. – Gritou para a amiga. – Como você sabe? – Ela sussurrou quase sem voz.

- Por favor, eu já notei o clima entre vocês ontem no jantar, e o fato de eu dar de cara com ele no corredor, completamente bagunçado, com aquela cara pós coito que só homem tem. – Sakura achava a palavra coito tão horrível que fez uma cara de desgosto para a ruiva, que apenas riu, era óbvio que ela tinha visto Sasuke, alguém tinha que ver, ela não poderia ter feito aquilo sem que ninguém soubesse, apesar de que estava louca para ligar para Ino e contar tudo, e para Hinata também, sentiu-se como uma adolescente que acabara de transar com o garoto que gostava e precisava contar para as melhores amigas – Como foi? É a primeira vez que vocês fazem depois que ele voltou? Se acertaram? Quer fazer de novo? – A ruiva a bombardeou de perguntas, e a mulher que começou a preparar uma vitamina para sua filha sentiu-se animada, queria compartilhar aquilo com alguém, e diante de si, estava sua cunhada e mais nova confidente.

- Ai Karin, foi tão bom, nossa, eu transei com outros caras depois dele, mas com ele é tudo tão diferente, cheio de paixão, é um intensidade, não é só sexo, é sexo...-

- Com sentimentos, mas isso é obvio Sakura, você é louca por ele. – Karin completou e ela semicerrou os olhos em desdém.

- Eu não sou louca por ele, mas confesso que UAU, dormir com qualquer outra cara versus dormir com Sasuke. – Sakura imitou o gesto de uma balança, e pegou um donut da caixinha da amiga. – Então, sim, é a primeira vez desde que ele voltou, não nos acertamos, combinamos que seria só sexo, nada mais, apesar de hoje de manhã eu surtei quando ele saiu sem me avisar. – A rosada começou a entonar uma triste na voz.

- Lembrou de quando ele te largou? – Sakura acenou positivamente.

- Não é fácil, ele é o pai da minha filha, foi o amor da minha vida, cada vez que eu vejo ele, eu me sinto como aquela garota de 18 anos que esbarrou com ele na faculdade, Sasuke não foi fácil de conquistar, não foi fácil de manter, e foi pior ainda para esquecer, acho que se eu não tivesse aquele pedaço de gente que me lembrava dele todos os dias, eu não teria conseguido. Karin, eu o amo, com tudo que tenho, não posso dizer que não, o amo como nunca amei ninguém. Mas ele largou, covardemente, me largou grávida, mesmo sem saber, mas ele não veio atrás de mim, e isso é o que me doí. – Sakura sentiu sua voz entalar na garganta, mas tinha que desabafar. – Eu já disse isso a ele, mas não é o fato dele ter me largado em si que doí, e sim, ele não ter vindo atrás de mim, não procurou saber de mim, mesmo depois que a “esposa” dele morreu, mesmo depois que o pai dele entrou em coma e já não era mais uma ameaça, ele não veio atrás de mim.

- E agora ele volta, e destrói toda a autoconfiança que eu lutei em cinco anos para conseguir, toda essa resistência, esse coração frio que demonstrava para o Sasori, eu não mostro para ele, com ele é tudo quente, é tudo cheio de vida, eu me sinto viva como não me sinta a tanto tempo, me sinto completa. Mas a ideia de perdoá-la ainda me dá ânsia, porque ele ainda me tem ao ponto de poder me destruir se ele quiser ir embora.

- E se ele não for embora? E se ele quiser ficar com você, com a família dele? Acho que alguém já deve ter dito isso para você, mas e se ele não veio porque não achou que te merecia, porque Sakura, ele não te merece, você é melhor que ele, você criou sozinha uma menina linda e inteligente, ele também criou um menino, mas ele é homem, parte do trabalho foi de babás. Mas ele está aqui agora, então, eu sei que é difícil, e que seu coração tem medo, porém, não pode deixar ele escapar Sakura, ele não foi o amor da sua vida, ele é, e não é todo mundo que consegue ter isso. – Karin discursou, e o assunto acabou por ali pois Sarada entrou na sala, já animada.

- Mamãe, mamãe. – A menina correu até o banco especialmente feito para ela, e sentou diante do balcão perto da tia.

- Tia Karin, isso são donuts? Mamãe posso comer um? – Ela pediu de uma maneira tão fofa, que a rosada quase se sentiu mal em não deixar.

- São sim meu anjo. – Disse a ruiva, beijando a menina.

- Primeiro você toma a sua vitamina, se não estiver cheia, eu deixo. Se estiver, eu guardo um para você comer mais tarde. – A rosada disse, e o sorriso da menina se abriu. – Já escovou os dentes?

- Já mamãe. – Disse confiante. – Mamãe, você pode ligar para o papai e dizer que ele esquecer o cinto dele ali na sala.

A menina comentou inocentemente e Karin se desatou a rir, enquanto a rosada virou um tomate de tão vermelha que ficou, ela correu até o canto da sala onde o cinto da calça de Sasuke estava, nem lembrava de como aquilo tinha vindo parar ali, sequer lembrava dele estar usando um cinto.

-  Eu vou ligar para ele. – Sakura retrucou para a menina.

- Pergunte a hora que vamos sair hoje. – Ela disse e a mãe a olhou confusa.

- Vocês vão sair? Ele não falou nada comigo. – Respondeu a mulher, encarando a pequena.

- Nós vamos sair, papai disse nós quatro vamos sair hoje. – Sarada comentou animada, e a rosada ainda sem entender.

- Quando ele disse isso?

- Quando ele me colocou para dormir.

- Bom, ele não me disse nada, mas eu vou conversar com ele, você não prefere ficar com casa assistindo um filme, vai chover hoje. – A menina torceu o nariz com a ideia, não queria ficar em casa, mas gostava da sua tradição de sempre que chovia, mas ela queria sair com os pais, juntos dessa vez.

- Não, mamãe, podemos fazer isso na próxima chuva. – Ela disse, arrancando um sorriso bobo da mulher.

- Então na próxima chuva nós fazemos, posso chamar mais pessoas para esse nosso passeio, podemos ir no shopping comprar o enxoval do seu priminho, o que acha?

- O que é um enxoval? – A menina parou de beber o liquido posto em um copo pela mãe, e toda melada perguntou para as mulheres.

- São as roupinhas do seu priminho, os brinquedos, o berço. – Karin explicou. – Mas ainda não sabemos o sexo, como vamos comprar?

- Ah amiga, compra as coisas neutras, compra rosa, azul, amarelo, deixa seu filho ou filha decidir que cor ele gosta, o enxoval dela foi todo colorido, parecia um arco íris, o quarto no antigo apartamento que eu dividia com a Ino era uma floresta, uma pista de corrida, um castelo de princesas e uma de super-heróis, cada parede tinha um desenho diferente. – Sakura explicou para amiga, que pareceu empolgada com a ideia.

- Mas nem sabemos onde vamos morar ainda, Kakashi disse que gostaria de vir para os EUA, mas eu não sei se consigo ficar longe dos meus pais, principalmente quando o bebê nascer.

- Falando por experiência própria, eu me tornei bem mais independente sem os meus pais ao meu lado me dizendo com criar minha filha, claro que foi difícil aprender as coisas sozinha, mas eu tinha a Ino, e você tem o Kakashi, e claro, aqui você tem a mim, a Hinata também, e olha que ela já passou por isso duas vezes, não sei como ela conseguiu, mas conseguiu.

- Eu vou pensar nisso, Kakashi disse que semana que vem olharíamos algumas casas por aqui, quero conhecer minhas possibilidades antes de pensar nisso, mas a ideia de comprar algumas coisas hoje parece ótima, estou ficando enorme, preciso de algo para mim. – Ela disse lançando um olhar para Sakura, que sabia bem o que aquilo significava.

- Bem, então, Sarada, o que acha? – Sakura riu, e perguntou para sua filha.

- Podemos chamar a Tia Ino, e tia Hinata também, assim, eu posso brincar com o Boruto, enquanto vocês compram roupas.

- Eu acho uma ótima ideia, eu vou chamar todo mundo. – A mulher pegou o telefone e mandou mensagem para as amigas, e aproveitou para ligar para Sasuke, e confirmar todo o plano, afinal era ideia dele, que ela estava se metendo

Enquanto isso do outro lado da cidade.

Sasuke correu o máximo que lhe era permitido nas ruas de Nova York, Deisuke provavelmente já estaria chateado por ele não ter vindo busca-lo, mas o menino estava em boas mãos com a avó, a quem ele tanto adorava. Mas queria ser o primeiro a vê-lo hoje.

Seu dia tinha começado de uma maneira espetacular, tinha acordado ao lado da mulher da sua vida, pode dar uma espiada na sua menininha logo cedo, e agora iria ver seu campeão, aquilo estava bom demais para ser verdade. Porém, ele sabia que no fundo aquilo não duraria muito tempo, tinha uma grande notícia para quebrar para todo mundo, seria um choque inicialmente, mas ele tentaria, afinal de contas, era um dos seus maiores sonhos.

Ele chegou ao prédio da sua mãe, o porteiro já o reconheceu, subiu, e chegou ao andar da casa dela, seu menino provavelmente ainda estaria dormindo, mas sua mãe já deveria estar acordada, Mikoto era uma pessoa extremamente matinal, só não esperava dar de cara com a cena que viu assim que abriu a porta.

Sua mãe sendo encoxada por um homem de cabelos brancos, que mordia o pescoço dela de uma maneira que ele não estava preparado para ver, ou muito menos digerir as seis da manhã.. No mesmo instante que eles o viram, se afastaram constrangidos.

- Sasuke. – Ela falou sorrindo logo após, sem qualquer reação de pudor.

- Mãe, o que é isso? – Ele perguntou furioso.

- Esse é o Tobirama, meu namorado. – O homem que trajava apenas uma calça de moletom se aproximou para cumprimentar o futuro enteado, que mesmo sem entender bem, retribuiu o gesto.

- Prazer. – Sasuke ainda estava boquiaberto, e tentando tirar aquela imagem da mente.

- Onde está meu filho? – Foi o que soube falar após seu cérebro ser temporariamente bloqueado por aquela cena.

- No quarto de hóspedes.

- Vocês não fizeram o que eu acho que fizeram com meu filho no quarto ao lado? – Aquela foi a pergunta mais hipócrita que Sasuke poderia ter feito naquele momento.

- Não, meu filho, nós não fizemos nada, pelo contrário, Tobirama dormiu na sala, e eu no meu quarto. – Sasuke sentiu um alivio o percorrer, a ideia da sua mãe fazendo o que ele achou que ela tivesse feito não era exatamente a melhor de todas.

Ele seguiu pelo corredor, até chegar no quarto de hospedes, seu pequeno já estava sentando na cama, como se procurasse saber onde estava, o moreno o observou ainda parado na porta, era incrível como os traços de Konan eram evidentes no menino, e aos poucos os de Itachi começavam a surgir, como os traços ao lado do nariz que seu irmão tinha, podia dizer que era apenas mais uma herança de família que pulou uma geração, o tom negro dos cabelos do menino que cresciam cada vez mais, e a criança se recusava a cortar.

- Papai. – O menino gritou da cama já completamente acordado ao ver o homem na porta sorrido feito bobo para ele. – Onde você estava?

- O papai teve que ficar na casa da sua irmãzinha ontem, mas eu vim correndo antes de mesmo dela acordar para te ver. – O olhar tristonho dele ficou evidente, estava com ciúmes. – Oh filhão, não faz essa cara para o papai, foi só uma noite.

- Você gosta mais da Sarada do que de mim. – Ele pigarreou manhoso.

- Mas é claro que não, eu amo os dois do mesmo jeito. – Sasuke tentou se explicar.

- Não me deixe papai. – Ele se jogou pescoço do homem, o envolveu em um abraço folgado, mas com muito carinho.

- Eu nunca vou te deixar. – Sasuke estava comovido, seu filho parecia realmente assustado com a ideia, o que o fez se arrepender por apenas um segundo do que fizera na noite passada, mas só por um segundo, mas aquela carência do seu filho iria dificultar um pouco os seus planos para os próximos dias.

- Hoje nós vamos sair com a sua irmã, e a mãe dela, o que acha? Vamos nos divertir um pouco. – O menino abriu um largo sorriso e seu rosto se iluminou com ideia.

- Podemos tomar sorvete? Podemos papai? – Ele começou a pular na cama, e Sasuke riu, ele ia de 0 a 100 em menos de segundos, e qualquer resquício de tristeza tinha sumido do corpo do menino.

- Claro que podemos, mas agora, vá escovar seus dentes, que sua avó está preparando alguma coisa gostosa para gente comer. – Ele disse, e o menino relutou um pouco, mas depois de algumas cocegas, ele cedeu, descendo da cama e seguindo para o banheiro, Deisuke sempre fora muito inteligente, e extremamente independente, desde cedo sempre quis aprender a fazer o máximo que podia sozinho, quis descer as escadas antes mesmo de saber andar direito, treinava com o pai todos os dias a ler, e escrever, e depois que entrou na escola essa mania só se amplificou, então escovar os dentes era uma tarefa comum para ele.

Enquanto isso, Sasuke aproveitou para pegar o telefone e ligar para Naruto, o amigo tinha que um dos primeiros a saber das novidades.

- Dobe, está ocupado? – Como o loiro atendeu no primeiro toque não imaginou que estivesse.

- Se por ocupado você quer dizer tentar fazer com que a sua filha de dois anos parar de fazer um escândalo, então sim, estou. – Ele comentou e riu, lembrou como Himawari era bem estridente logo cedo. – Mas espere um pouco, eu tenho uma solução, não desligue.

Alguns minutos depois Naruto volta ao telefone, dessa vez em um silêncio. – O que você fez com sua filha? – Sasuke perguntou curioso.

- Fácil, eu enchi a pia de água, e a coloquei dentro. – Himawari amava água, então, essa era uma das maneiras “fáceis” de acalma-la, mas não era uma das favoritas de Hinata. – Você tem cerca de cinco minutos até que ela se enjoe, e Hinata acorde querendo me matar por colocar a menina em água uma hora dessas.

- Ok, eu consegui a vaga no FBI. – Ele soltou de uma vez, e Naruto berrou feliz.

- Sério Teme? Sério mesmo? Nossa cara, eu estou tão feliz por você, bom, nem tanto, afinal de contas você vai largar a firma, mas é o seu sonho cara, sabe que estou do seu lado. – Naruto comentou, e aquilo acalmou um pouco o coração do moreno, apesar de que a única pessoa com realmente se preocupava provavelmente não aceitaria de bom grado.

- Obrigado, sabe, o salário não é lá essas coisas, mas é uma vaga de agente ainda, e não é como se eu estivesse precisando de dinheiro.

- E o Deisuke? Como vai fazer com ele? – Naruto perguntou, aquela não era uma resposta fácil.

- Eu consegui matricula-lo naquela escola que a Sarada estuda, e pela tarde, minha mãe vai ficar com ele, tenho que dizer que ela não gostou muito da ideia de ter um filho no FBI.

- É cara, você tem que entender que ela perdeu um filho, ver o outro arriscar a vida todos os dias não vai ser fácil. Mas e a Sakura, como ela aceitou?

- Ainda não contei, bom, ela vai querer me matar, principalmente depois de ontem a noite. – Esclareceu ele, e Naruto coçou a cabeça confuso, ele tinha presenciado a confusão, não via como aquilo afetaria Sasuke.

- Como assim?

- Nós dormimos juntos. – Sasuke confessou com um sorriso de orelha a orelha.

- Uau, você é tão burro. – Naruto respondeu, e o moreno se ofendeu.

- Como é?

- Você deve estar sorrindo pelas orelhas agora, mas você dorme com a Sakura antes de contar para ela que vai entrar para o FBI, como acha que ela vai reagir Sasuke? Ela vai se sentir enganada, e bom, vai ser mais um para lista de merdas que fez com ela nos últimos tempos.

- Estou ferrado? – Perguntou, mesmo já sabendo da resposta.

 -Sim, você está, isso é só mais uma coisa para você consertar. – Naruto retrucou, eles conversaram por mais algum tempo, e Himawari se cansou da água, o que a fez gritar como se alguém a estivesse enforcando, Sasuke só soube rir da afilhada.

Deisuke já tinha saído do banheiro, estava brincando com o tablet, seu pai o ajudou a tomar banho e colocar uma roupa, e seguiram para a cozinha, com todos já propriamente vestidos, tomaram café e seguiram para o apartamento deles.

No meio do caminho, Sasuke recebeu uma ligação de Sakura, não atendeu, ainda estava dirigindo, e quando chegou em casa, logo retornou, a rosada por sua vez demorou um pouco para atender, em sinal de castigo.

- Oi Sakura. – Ele falou, tentando não parecer meloso.

- Oi. – Ela respondeu meio sem graça, arrancando um sorriso simples dele. – Sarada me disse que você a chamou para sair hoje, é verdade?

- Não só ela, como você também, pensei que podíamos passar um sábado em família, Deisuke ficou com ciúmes quando não voltei para casa ontem. – Sasuke proferiu e ela suspirou.

- Preciso comprar o enxoval da minha cunhada, então chamei ela e meu irmão para irem com a gente, tudo bem para você? – Ele bufou, o plano era para ser em família, queria criar um bom ambiente para contar a situação para ela.

- Tudo bem. – Ele concordou, mas sentiu que ela ainda estava escondendo alguma coisa. – Quem mais você chamou Sakura?

- Como você sabe que eu chamei mais pessoas? – Ela comentou rindo nervosa, no outro lado da linha se contorcendo em frente a cunhada.

- Quem mais?

- A Ino, Hinata e o Naruto. – Confessou de uma vez. – Ainda posso ir? – Perguntou com vergonha.

- Só se aceitar jantar comigo hoje à noite. – Sasuke disse de supetão, não tinha reservado nenhum restaurante, mas precisava dizer aquilo para ela hoje, prometeu não mentir, e aquilo tinha que sair hoje.

Sakura ficou surpresa com o pedido, e já estava pronta para recusar, mas flashs da noite passada tomaram conta da sua cabeça, e o desejo em aceitar tornou-se maior que seu orgulho. – Por que isso tão de repente? – Ela o questionou.

- Quero te levar para jantar, só isso. – Ele respondeu.

- Em que restaurante? – Queria saber os detalhes e o interesse dele naquilo.

- Surpresa. – Disse de imediato, tentando não deixar brechas. -Aceita ou não?

Sakura respirou fundo, olhou para cunhada, que mantinha sobre ela um olhar sedento de curiosidade. – Eu aceito. – Eles combinaram a seguir os detalhes da saída em “família” de mais tarde, sairiam as 10 horas da manhã, iriam aos shoppings, os homens como acompanhantes, e babás, e as mulheres para comprar.

Sasuke se arrumou, tirou a roupa que ainda estava com o cheiro dela impregnado, tomou um banho, era como se ainda pudesse sentir o toque da mulher em seu corpo, os dedos passeando em torno do seu membro, e não pode evitar de tocar com a lembrança.

As 10 da manhã saíram de casa, e seguiu em direção para a casa de Sakura, se preparando para um grande dia.


Notas Finais


O QUE ACHARAM? SERÁ QUE NOS PRÓXIMOS CAPITULOS TEREMOS TRETA? QUEM SABE EIN?
Vou aproveitar e deixar aqui o link da minha nova fanfic, ela já tem três capítulos que o próximo saia amanhã, mas sem certeza. - https://spiritfanfics.com/historia/hollywoodiana-7525759
No face também tem uma página da fic, com o mesmo nome, sintam-se a vontade se quiserem curtir ou não. https://www.facebook.com/hollywoodiana123/?fref=ts
MAS FALANDO EM SEU PECADO, EU PROMETI UM PERSONAGEM NOVO NÃO FOI? ELE VAI APARECER NO PRÓXIMO CAPITULO;


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...