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História Seu Pecado - VIII - Meu Pecado versus Seu Pecado


Escrita por: JulisBW_

Notas do Autor


LEIAM AS NOTAS FINAIS
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Oi gente, aqui no horário de sempre da madrugada, só tenho inspiração para escrever nessas horas. Só estou postando para recompensar vocês pela demora, mas é provável que até o fim de novembro, eu só volte a postar nesse ritmo, uma vez por semana e olhe lá.
OBRIGADA PELOS 231 FAVORITOS, GENTE, ESTOU RADIANTE COM ISSO <3

Capítulo 8 - VIII - Meu Pecado versus Seu Pecado


Fanfic / Fanfiction Seu Pecado - VIII - Meu Pecado versus Seu Pecado

Sasuke estava calado, retribuía os beijos e sorrisos da filha, no fundo ele estava radiante, mesmo que Sarada tivesse chegado na sua vida há poucos minutos, já sentia como se a menina fosse seu mundo.

Sakura olhava a situação do lado de fora, o medo em seu olhar era evidente, apesar de feliz com aquele reencontro, estava temerosa pela reação de Sasuke, não sabia o que ele faria.

Sarada, no entanto estava eufórica, era a primeira vez em sua vida que via seus pais juntos, nunca esteve tão feliz. Seu pai era lindo, e ele estava ali, na sua frente, e gostava dela, a pequena morria de medo de que o homem não a quisesse como filha, e que fosse esse o motivo dele nunca aparecer.  Tudo parecia estar se encaixando aos olhos da pequena, mas mal ela sabia que seus pais naquele momento estavam lutando uma batalha internamente, e nem eles sabiam direito o porquê.

- Papai por que você nunca veio me ver? – Sarada perguntou curiosa, mas viu o olhar de choque de Sasuke encarou o assustado de Sakura.

Ele não sabia o que responder, não sabia se devia contar a verdade, estava puto de raiva com Sakura, ela definitivamente não tinha o direito de ter escondido a menina dele, mas por outro lado não queria que a filha achasse que a mãe dela era um monstro.

Sakura por outro lado sentiu um medo tomar conta do seu corpo, queria achar um lugar para enfiar sua cabeça naquele momento, queria pegar sua filha e correr dali e nunca mais encarar Sasuke na sua vida, se ele dissesse a verdade para Sarada naquele momento, a menina iria odiar a mãe, ela olhou então uma última vez para o pai de sua filha, e suplicou ali naquele instante para que ele não fizesse isso

Sasuke pensou muito, pensou até em coisas que não deveria dizer, pensou em acabar com aquele teatrinho de Sakura, a escolha estava entre ele ser o monstro e dizer para filha que não queria visita-la, ou dizer para pequena que sua mãe mentiu durante toda a vida dela, e que nem sabia que tinha uma filha. Mas o moreno sabia de tudo que ele já tinha feito a rosada sofrer, e que talvez ela não merecesse a posição de vilã da história, e que talvez ela nem tenha sido.

- Papai não sabia onde vocês moravam, e ele se perdeu da mamãe há um tempo atrás, mas agora que eu te achei, nunca mais vou me separar de vocês. – Sakura sentiu seu coração bater aliviado, e depois voltar a se apertar quando ouviu ele dizendo que não ia deixa-las, no plural.

- Mamãe.  – A pequena chamou manhosa puxando a rosada pela ponta da roupa. – Agora nós vamos ser uma família?

A rosada não sabia bem o que responder, ela definitivamente não voltaria com Sasuke, mas a filha acabara de ganhar um pai, e aquilo era o melhor presente que ela podia imaginar, ela não se sentiu no lugar de acabar com a felicidade. – Mas é claro, meu amor. – Então Sakura foi surpreendida, o moreno a puxou para um abraço, e deixou a filha no meio, envolveu a rosada pela cintura, enquanto apenas deixava o cheiro dela invadir seus sentidos, mas o encanto do momento foi quebrado quando Sasuke sussurrou no ouvido dela – Você tem muita coisa para me explicar. – Pronunciou em um tom ameaçador, fazendo com que Sakura tremesse, e cortasse o abraço e se afastasse da cama.

- O que aconteceu com você, papai? Por que está todo machucado? – Sarada era curiosa como a mãe, o que o moreno logo notou.

- Uma moça meio atrapalhada me atropelou ontem, mas acabei tendo a maior surpresa da minha vida quando vi quem ela era. – Sasuke falou risonho enquanto brincava com os cabelos da filha que ria boba.

- Quem era a moça papai? – Ela saltava sentada na cama, enquanto parecia eufórica com a história, Sasuke sentia uma alegria enorme em ver como a filha que o conhecera a tão pouco tempo já estava acostumada a chama-lo de papai.

- Sua mãe. – Ele respondeu, e Sakura arregalou os olhos e deixou o queixo cair, não imaginava que ele fosse contar isso, pronto, agora a filha ia pensar que ela quis matar o pai dela.

- Mamãe, por que você atropelou o papai? – Ela virou meio zangada perguntando para Sakura.

- Foi um acidente minha filha, eu estava correndo para chegar aqui para ver você, e seu pai surgiu na frente do carro, mas eu o socorri, e trouxe para cá. – Ela tentou explicar, e ao chegar no fim da frase, o sorriso da menina já tomava conta do rosto, que se levantou rapidamente e abraçou a mãe.

- Obrigada mamãe, por ter atropelado o papai e ter trazido ele para mim, e agradeça ao tio Naruto também.

- Naruto sabe? – Sasuke perguntou furioso encarando ela.

- Ele a conheceu sábado. – Sakura explicou e ele bufou.

- Volte aí, o que ela estava fazendo no hospital em primeiro lugar? – Perguntou genuinamente preocupado, afinal de contas a menina estava em perfeito estado na sua frente.

- Ela saiu com a tia, e acabou comendo um biscoito que tinha nozes, ela é alérgica, então teve uma reação forte, o destino é bem engraçado. – Sakura praguejou explicando a situação por completo. – E falando nisso mocinha, quem te deixou sair da cama, você tirou sua Intravenosa Sarada. – Após a montanha russa de emoções, Sakura finalmente se deu conta do que a filha tinha feito, e lhe deu uma bronca. – Você tem que voltar para sua cama, daqui a pouco você vai ter alta. – Disse ela, mas a menina tratou de enfiar nos braços do pai, que a segurou.

- Que tia? Que eu saiba, você não tem irmãs. E nós acabamos de nos encontrar, deixe ela ficar um pouco comigo. – Sasuke pediu.

- Minha amiga Ino, ela está comigo desde que a Sarada nasceu, então.

A rosada então, apesar de relutante, via que naquele momento não tinha nada que ela pudesse fazer a não ser desistir. – Então vou pedir para enfermeira vir colocar de novo.

- Está bem mamãe. – A criança respondeu enquanto olhava a mãe sair do quarto. Por dentro Sakura estava destruída, estava com tanto medo de tudo aquilo, Sasuke sabia da filha e agora ele podia exigir a guarda dela, apesar de estar feliz por Sarada, não podia deixar de temer, não queria nem pensar na ideia da filha escolher ficar com o pai. Lutou tanto para esconder e protege-la, que naquele momento queria fazer mais uma loucura.

Ela entrou no quarto ao lado e começou a arrumar a pequena bolsa com as coisas da filha, pegou a roupa que tinha separado em casa, ficou frustrada ao ver que não combinavam e que provavelmente sua filha iria reclamar, ela podia ouvir as risadas vindas do quarto ao lado, e seu coração ficava cada vez menor, tudo seria tão mais fácil se ele não a tivesse largado, se ainda estivessem juntos.

A enfermeira entrou e se assustou ao não ver a menina na cama, e Sakura tratou de enxugar as lágrimas que insistiam em cair. – Ela está com o pai no quarto ao lado. – Nunca imaginou se dizendo essa frase, nunca imaginou que Sasuke ia “voltar” tão cedo, pensou que nunca mais teria que ver o homem, mas sabia que a vida era traiçoeira, só não imaginava o quanto. Ela pediu para que a mulher fosse no quarto e colocasse a IV (Intravenosa) na filha novamente, enquanto ela iria a cafeteria comprar alguma coisa.

Sakura caminhou lentamente pelos corredores do hospital, sua cabeça confusa e inundada por pensamentos, ela não fazia ideia do que falar para Sasuke, não sabia se devia contar a verdade, sobre as ameaças de Fugaku, ele provavelmente não acreditaria nela, e diria que a rosada foi embora grávida porque não aceitou a rejeição. Mas ele realmente fez isso, ele me largou, não tinha o direito de exigir nada, porém Sasuke era o pai de Sarada, e nada iria mudar isso, e ao vê-lo tão carinhoso com a filha, imaginou que nada os separaria agora, e que ela teria que engolir o moreno. Sakura riu ao pensar em quão irônica era a vida, acabara de terminar um relacionamento que sonhava em esfregar na cara de Sasuke, e dizer para ele que conseguia ser feliz sem ele, apesar daquilo ser uma completa mentira, a rosada não permitira que o ruivo entrasse em seu coração, pelo menos não completamente, Sasori tinha sido importante, ela não podia ignorar isso. Mas seu coração era relutante em amar outra pessoa.

Por outro lado, Sasuke também estava solteiro, ou assim, dissera Naruto, que tentou explicar em como ele estava solitário desde que ela veio aos EUA, mesmo casado com Konan, no entanto Sakura não sabia os verdadeiros motivos de tudo que lhe aconteceu cinco anos atrás, e em como o moreno tentou protege-la da ira de seu pai, já ele não sabia que isso tinha sido em vão.

Sakura estava muito concentrada até que ouviu o nome do infeliz que arruinara completamente sua vida.

- Sim senhor, o Sr. Fugaku Uchiha chegará terça na parte da tarde, os arranjos já foram feitos, coincidentemente o filho dele está internando aqui, então poderá assinar toda a papelada. – Uma enfermeira retrucava pelo telefone, enquanto sentia suas pernas falharem, e seu corpo inteiro tremer de pânico, Fugaku estava vindo para os Estados Unidos, aquilo definitivamente não era uma notícia boa, lembrou da última vez que o homem tivera lá, e em como descobrira que Sakura não seguira suas ordens, e tido a criança.

4 anos atrás.

A Rosada amamentava sua pequena em pleno shopping center, ainda chocada em quão usual aquilo parecia, inicialmente foi relutante, mas sua filha não deu trégua, e Ino tinha ido terminar umas compras, não podia arriscar ir ao banheiro e se perder da amiga. Sarada sugava com firmeza o seio esquerdo da mãe, o que gerava um certo incômodo, mas nada que Sakura não pudesse suportar com um sorriso no rosto, enquanto se deliciava com as feições de satisfeita da filha.

Ela observava os casais indo e vindo, e sentia um aperto no coração, Sasori tinha acabo de se mudar para Seattle para lecionar lá, e sem prazo para voltar, então ela ficara sozinha novamente, apesar de Ino ajudar bastante com as coisas, ainda sentia falta de um calor masculino ao seu lado, mas era de um calor especifico que sentia ainda mais saudade.

Foi tirada dos seus devaneios ao sentir um aperto forte contra seu ombro e um cheiro familiar e nojento invadir seus sentidos. – Sakura Haruno, imagine a minha surpresa enquanto eu estou caminhando pelo shopping e encontro uma mulher ridícula de cabelos rosas segurando uma criança, eu disse para você abortar essa coisa. – Falou Fugaku em tom de ameaça, enquanto puxava violentamente a manta e encarava a neta, a rosada por sua vez, se levantou, ajeitou o sutiã, e apertou a filha contra seus braços, a menina, no entanto estava assustada, inquieta e provavelmente com raiva por sua mãe ter interrompido sua refeição.

- Eu fui embora, Sasuke não sabe dela, e nem vai saber. – Pestanejou, enquanto caminhava para se afastar.

- Mas você ainda acha que meu filho vai voltar com uma coisa como você por causa dessa criança, não é? Eu já tenho um neto, e um legítimo, essa bastarda aí não vai ter direito nenhum a fortuna dos Uchiha.

- A minha filha não vai precisar dessa fortuna, não se preocupe, a última coisa nesse mundo que eu quero, é voltar a ver seu filho. – Berrou tentando controlar seus instintos, aquele homem desprezível testava sua paciência.

- Eu te dei dinheiro para abortar isso. POR QUE VOCÊ NÃO ME OBEDECEU SUA MOLECA INSOLENTE? – Fugaku gritou, e segurou o braço de Sakura forte o suficiente para que uma marca fosse deixada. – Eu não quero ver você perto do meu filho, ou eu não me responsabilizo pelo que acontecer com essa bastarda.

- Nós não estamos mais no Japão Fugaku, faça alguma coisa contra mim, e eu juro por todos os Deuses, que se algo acontecer a minha filha, eu mesmo mato você, com minhas próprias mãos, agora me solte. – Ela gritou e puxou o braço, e saiu andando.

- Cuidado Sakura, você não sabe do que eu sou capaz. – Ele falou enquanto observava a garota sair correndo.

Ela por sua vez, tremia de medo, não sabia o que tinha lhe dado para ameaça-lo daquele jeito, mas não podia deixar que aquele monstro sequer chegasse perto de sua filha. Ela rezava para que aquela fosse a última vez que cruzava com seu antigo sogro, mal sabia que coisas piores ainda lhe aguardavam.

Atualmente

Sakura correu de volta para o quarto do moreno, e entrou respirando ofegante e com um olhar irritado, ela definitivamente não iria deixar aquele monstro de volta em sua vida, o queria o mais longe possível, nem que para isso tivesse que fugir novamente. Sasuke a encarou confuso, enquanto Sarada mal notou a entrada da mãe, estava entretida em mostrar todas as fotos dela que tinha no celular para o homem sentando na cama.

- Sarada meu amor, a sua tia Ino já deve estar chegando, você pode espera-la no seu quarto, eu preciso ter uma conversa rápida com seu pai, assim que ela chegar avise que estamos aqui. – Pediu com carinho, e a menina mesmo relutante assentiu, afinal de contas queria exibir seu pai para todo mundo.

Sakura ainda respirava errado, enquanto Sasuke já sabia que vinha coisa ruim pela frente, apesar de que ele também tinha muita coisa entalada para soltar com a garota. – Eu avisei a minha mãe do que aconteceu, ela, claro, ficou do seu lado. Também mandei trazer meu filho Deisuke, vai ser bom para Sarada conhecer o irmão, mesmo que ambos não saibam da existência um do outro, afinal de contas, nem que sou pai da menina sabia. – Sakura sentiu o tom de ironia no fim da frase, mas não estava no humor para discutir aquilo, seu ponto era outro

- Seu pai está vindo para os Estados Unidos? – Ela se recompôs e jogou a pergunta no ar, Sasuke ficou cabisbaixo, e não respondeu. – SASUKE, ELE NÃO VAI CHEGAR PERTO DA SARADA. – Ela gritou, mas ele nada respondeu, apenas a deixou explodir.

- EU NÃO IA TE DIZER ISSO, MAS É CULPA DELE SABIA, CULPA DELE EU TER INDO EMBORA DO JAPÃO. ELE ME AMEÇOU.

- Não culpe o meu pai por você ter ido embora, e muito menos, por nunca ter me contado. QUE EU TINHA UMA FILHA, CINCO ANOS SAKURA, POR CINCO ANOS VOCÊ A ESCONDEU DE MIM. – Sasuke sabia que não devia gritar, seu peito doía sempre que tentava, mas agora não tinha mais escapatória.

Sakura se encolheu por cinco segundos, mas lembrou de todas as ameaças. – SEU PAI ME PAGOU 100 MIL DOLARES PARA EU SAIR DO JAPÃO, ME TRANSFERIU DE FACULDADE, E ME DEU UMA ORDEM, APENAS UMA, SABE QUAL FOI? – Ela berrava, e não queria controlar seus instintos. – ABORTE.  Porque essa bastarda não vai ter direito nenhum a minha fortuna.

O moreno arregalou os olhos, sabia muito bem que seu pai era capaz disso, ele tomou as rédeas da situação no Japão, justamente para isso não acontecesse com ela. Pensou em responde-la, mas as palavras lhe faltaram. Seu pai sabia que ela estava grávida, tanta coisa poderia ter sido evitada.

- E um ano depois dela ter nascido, ele me achou, e ameaçou matá-la se um dia eu chegasse perto de você, ou te contasse a verdade, sendo sincera, eu não queria te contar mesmo, você não me amava mais, segundo suas próprias palavras. – Sakura já estava chorando, mas suas lágrimas eram de raiva misturadas com tristeza. – Você não a viu nascer, nem sentiu seu primeiro chute, nem ouviu a primeira palavra, não estava lá quando ela começou a engatinhar pela casa e eu tive que me virar nos 30 para não a deixar se machucar, e quando andou que veio na minha direção tão sorridente, e me doeu o coração a primeira vez que ela falou papai e eu não pude dizer nada, mas ela é minha Sasuke, e eu não vou deixar o monstro do seu pai chegar perto dela novamente.

O coração de Sasuke estava em pedaços, perdeu todos os momentos com sua filha, cada pedacinho dos seus primeiros anos fora roubado dele, sentiu raiva por isso, mas por um instante se colocou no lugar de Sakura, e apenas a ouviu. E o ódio por seu pai também estava aumentando dentro de si, ele sabia que ele tinha uma filha e nunca contou.

- Eu não queria te ver nunca mais, porque eu sou fraca perto de você, eu não tenho sentido, e nem consigo mandar em mim quando estou ao seu lado, nesse momento, eu queria te bater, e ao mesmo tempo de abraçar e dizer que senti sua falta, porque Kamisama, eu senti tanto a sua falta que me corroía por dentro lembrar de você. – Ela estava praticamente desabando diante do moreno, que aos poucos se esforçava para levantar da cama, Sakura estava diante da porta.

- Então, você já tinha um filho com outra mulher, e eu pensei que estivesse feliz, e eu só tinha a Sarada, ela é meu mundo, é tudo que eu preciso, mas eu não sou o mundo dela, pelo menos não sozinha, porque você é o pai, e as vezes eu gostaria que não fosse, mas eu não consigo deixar de olhar para ela e saber que ela foi com o amor, o nosso amor que ela foi gerada – As palavras da rosada eram como facas para ele, que sentia a dor atravessando e invadindo seu corpo, a raiva que ele sentia dela não se comparava ao ódio que sentia de si próprio, afinal de contas, foi escolha dele manda-la embora.

- Você não vai me pedir a guarda dela, não é? Porque eu já vou te avisando, que não tem um juiz sequer nessa cidade que não me adore, e que não vá me conceder isso, eu sei que errei, mas pelo amor, não tenta tirar ela de mim. – Sakura já estava sendo cegada pelas lágrimas, que nem chegou a ver a aproximação de Sasuke.

- A filha é mais sua do que minha, te odeio por tê-la mantido escondida, mas Sakura não se engane, eu nunca deixei de amar você por um segundo, Deisuke não é meu filho, eu o amo como se fosse, mas ele é do Itachi, e sequer tive um casamento com Konan, e agora eu já amo essa menina com todas as poucas forças que me restam. Eu não vou em sã consciência tentar tirar ela de você, ela te ama, que tipo de pai eu seria se fizesse isso, mas nós vamos ter que dar um jeito nisso. – Ele ainda a amava? Ele nunca deixou de ama-la? Sakura sentia o turbilhão de emoções tomarem conta novamente, mas as empurrou para dentro e tentou se controlar.

- E seu pai? – Eles estavam cara a cara, os corpos a centímetros um do outro, podiam sentir o calor que emanavam, o arrepio tão saudoso já percorria o corpo de Sakura lentamente, tomando conta de cada parte dela. Era como voltar no tempo, e sentir todas as sensações que ele provocava.

- Meu pai... – Ele travou a língua para falar, poucas eram as pessoas que sabiam o que tinha acontecido com Fugaku. – Está em coma, há um ano, e eu não quero desligar os aparelhos. – E mesmo que involuntariamente, Sakura respirou aliviada, mas sentiu que sua reação fez o moreno se afastar.

- Desculpa, mas seu pai era um monstro, bom, pelo menos, foi comigo e com a sua filha. – Sakura se expressou delicadamente, enquanto observava o moreno voltar para cama.

- Ele ainda é meu pai. – Ele falou com pesar, Sakura sabia do passado conturbado do ex, em como o pai sempre preferia Itachi a tudo, e como ele ficava feliz quando conseguia a atenção do mais velho, mesmo que de maneira errada.

Eles ficaram se encarando por algum tempo, até que Sakura foi violentamente empurrada pela porta, e deu de cara com uma Mikoto completamente assustada, com um menino nos braços.

- Meu filho, pelo amor de Deus, não me dê um susto desses. – Ele depositou Deisuke na cama, e abraçou Sasuke, que reclamou instantaneamente devido a dor.

- Mãe, meu peito. – Ele reclamou, e encarou a criança que parecia um pouco assustada, era verdade que o menino detestava hospitais desde de bebê, então, o menino ficara encolhido, e Sakura do outro lado da sala se recuperava do empurrão violento. – Oi filhão.

Sasuke abriu um sorriso e os braços em direção ao filho que rapidamente seguiu em sua direção, e envolveu o pescoço do moreno. – Você tá bem, papai? – Perguntou baixinho, mas o suficiente para fazer o coração dele se aquecer ao ouvir a voz do filho.

- Daqui a pouco, eu estou novinho em folha e nós vamos brincar muito, tudo bem? – Ele acenou lentamente, e continuou abraçado.

- Eu vou sair. – Sakura gesticulou com os lábios, mas o moreno acenou negativamente.

- Mãe, você se lembra da Sakura, não é? – Ele retrucou enquanto ainda estava sendo envolvido pelo filho.

- Ah Sakura, meu Deus, quanto tempo, você está tão linda. – Ela falou abraçando a mulher, que estranhou a situação, Sasuke tinha dito que ela ficara do seu lado na situação, mas agora realmente nada fazia sentido.

- Você contou a ela do acidente? – Perguntou a rosada para Sasuke, que acenou positivamente. – E a outra coisa?

- Não, deixa que ela a veja pessoalmente. – Mikoto estava entendendo mais ou menos a situação, só estava feliz em ver sua antiga nora novamente, havia crucificado o filho por tudo que tinha feito com ela, e disse a ele que esperava que ela nunca o perdoasse, pois o que Sasuke tinha feito fora no mínimo desumano.

- Veja quem? – Ela perguntou curiosa, enquanto tentava dividir o olhar, entre o filho e Sakura.

- Bom, Mikoto, eu sei que você gostava muito de mim, e eu não vou te culpar se você me odiar quando souber o que eu fiz, mas tem que entender, que eu tinha meus motivos. – Sakura tentou se explicar, mas achava que não ia tão bem

- Querida, você atropelou meu filho, e nem por isso, eu estou com raiva de você, duvido muito que tenha algo que faça isso acontecer. – A rosada se sentiu aliviada, mesmo sabendo que aquela paz de espírito dela não ia durar.

- Então, fique aqui, eu vou buscar alguém para você e o Deisuke conhecerem. – O menino agora estava atentamente fixado nos olhos de Sakura, nunca tinha visto alguém tão bonita, pensou o pequeno dos cabelos negros. O menino parecia muito com o lado dos Uchiha, e por isso ninguém nunca sequer suspeitava que ele fosse filho de Itachi, e não de Sasuke, já que ambos eram muito parecidos.

- Quem é ela papai? – Se virou perguntando para o homem sentado na cama.

- Ela é a mãe da sua irmãzinha. – Falou baixo, mas Mikoto ouviu e não pode segurar os olhos, que se arregalaram instantaneamente.

- ELA ESTÁ GRAVIDA? – Gritou a mulher dos cabelos azuis enquanto olhava incrédula para o filho.

- Não exatamente. – Sakura que respondeu à pergunta, enquanto tinha uma pequena menina em seus braços, Mikoto encarou Sarada com um sorriso apaixonado no rosto, era evidente a semelhança da menina com seu filho mais novo.

- Ah Meu Deus. – Ela não se resistiu a chorar, enquanto Sarada ainda estava sem entender nada.

- Meu amor, essa é a sua avó, Mikoto, a mãe do papai. E aquele menininho ali é o seu irmãozinho, Deisuke. – Sakura explicou cuidadosamente os detalhes para filha.

- Oi vovó. – A menina então se lançou nos braços da mulher mais velha, e Sakura riu, sua filha era incrivelmente sociável, ao contrário do pai. Mikoto no entanto tinha lágrimas nos olhos e não conseguia conte-la, a menina era linda, e toda perfeita. É claro que ela amava seu neto com todas as forças, mas sentia o peso que Sasuke carregava nas costas por não ser o pai biológico dele, no entanto, ali estava aquela menina, que mal chegara e já ocupava um espaço enorme no coração da pobre senhora.

Deisuke observava com os olhos semicerrados, não sabia o que pensar sobre a menina, lembrou que a viu no parque e em como ela falara que seu pai parecia com o seu, mas achou que era bobagem, mas agora a garota estava ali abraçando a sua avó, a sua avó. Não entendia porque sua vovó chorava tanto com aquilo, e até se ajoelhou no chão para abraçar ainda mais a menina.

Depois de algum tempo, a menina se desvencilhou dos braços da senhora, e seguiu em direção ao irmão que ainda estava sentando sobre a cama, ela se aproximou gentilmente e estendeu a mão.

- Oi. – Falou ela, e Deisuke pensou uma, duas, e até três vezes, antes de esticar a mãe e responder de volta.

- Você é minha irmã? – Perguntou curioso, e a menina acenou positivamente.

- Eu vou cuidar de você. – Ele puxou o menino da cama, e o abraçou, a cena foi emocionante para os adultos em volta, principalmente para Sakura e Sasuke que no meio disso tudo, se pegaram encarando um ao outro como há cinco anos atrás, deixando sentimentos escondidos florescerem novamente


Notas Finais


Eu voltei para ler essa fic do começo, e achei algumas inconsistências, que eu pretendo corrigir, logo agora enquanto a fic está pequena <3 Assim eu terminar essa revisão, eu vou fazer outro especial e vou avisar a vocês para que resetem a leitura, mas por hora, não se precisam se preocupar.

ENTÃO GOSTARAM?


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