História Seul Ghoul -Imagine BaekHyun e ChanYeol - Chapter eleven

XI- décimo primeiro

don´t wanna see your blood- 

P.o.v S/n

Todos os dias, na volta para casa, após a escola, eu passava em frente a casa dos meninos e meu peito doía sentindo saudade. Uma outra coisa que ficou ruim, foram as alucinações. As vezes vejo os meninos, o mais frequente que me aparece é JunMyeon.

-Ei, S/n!- ouço alguém me chamar do lado de fora da sala. Olho na direção e era Jungwoo que se encontrava ali com um sorriso no rosto.- Vamos embora juntos?

Muitas coisas aconteceram após os meninos se mudarem, que quase esqueço de citar todas. Além de Mark e Jungwoo, alguns outros meninos começaram a "falar comigo", amigos de Mark e Jungwoo mesmo, achei estranho de primeira mas, comecei a me acostumar e ficar menos triste por não ficar tanto tempo sozinha.

-Okay, só um minuto.- guardo minhas coisas rapidamente e vou ao encontro do menino. As meninas da minha sala, e da escola, me olham torto por andar com alguns dos populares. Já não tinha a melhor das reputações por andar com os 12, agora, todas me odeiam mais ainda.- Onde está Mark?

-Nos esperando no portão com os outros da outra escola- ri.

-Ah sim...- coço a cabeça- Sabe, fico curiosa em como vocês conhecem gente da outra escola. 

-Nós todos somos amigos de infância, porém, infelizmente, acabamos em escolas diferentes.- dá de ombros.

-Entendo. 

P.o.v BaekHyun

A vida no país novo, não se era muito como eu imaginei, pensei que eu a esqueceria e conhecesse alguém novo, quem sabe até como eu. 

-Baek, Jun e eu vamos ao mercado, quer algo?- Lay pergunta escorado no batente da porta.

-Não, obrigado.- sorrio e volto a ler meu livro.

Às vezes, eu tenho o pensamento louco de largar tudo aqui e voltar ´para Coréia, se passou pouco tempo que estou aqui mas, não aguento mais. A escola é uma merda, cheia de pessoas merdas, não me sinto à vontade nesta nova casa, entre outras coisas. O ponto é, odeio a vida no Canadá. 

Olho para a tela bloqueada do celular e vejo a foto de S/n como papel de parede. Lembro que acabei por tirar a foto escondido, conhecendo ela, nunca que iria tirar uma foto comigo ou que eu pudesse tirar uma foto da mesma.

-Nos veremos logo...- digo baixinho para mim mesmo.

P.o.v JunMyeon

No mercado, enquanto estava sozinho no corredor de enlatados, e Lay no corredor de trás, procurando alguns itens da lista, sinto meu ombro ser tocado. Me viro para a pessoa e percebo ser Seo Tae Hee, a mesma que me encontrou no restaurante há um tempo atrás. Ela anda me perseguindo é?

-Está me perseguindo garota?- questiono ainda sem tirar minha atenção do que fazia.

-Claro que não Jummy,- reviro os olhos- coincidência, não?- dá uma risadinha forçada

-Diga logo, o que faz aqui?- finalmente a olho

-Vim a negócios apenas... Mas parece que o universo quer que nós fiquemos juntos novamente.- se aproxima mais de mim. Suspiro profundamente e pego minha cesta seguindo para o próximo corredor pegar o resto das coisas, sendo acompanhado pela garota.- Mas me conte, como anda sua vidinha?

-Não é da sua conta. - sorrio e me afasto, porém, ela insistente, continua a me seguir.

-Ya, onde está indo? Estou falando com você!- segura meu braço

-Se me der licença, quero me encontrar com Yixing.- ouço sua risada debochada após minha fala.

-Ainda mora com aquele bando de idiotas inúteis? Você é incrível mesmo, Jun...

-Pode calar a boca e me soltar?- digo já perdendo a paciência e ela o faz.

-Vá então cuidar dos seus vagabundinhos!

-Ei, não fale assim deles, sua..- passo a mão entre minha madeixas as bagunçando - .. Eles são meus bens mais preciosos. São minha família.. Não diga isso novamente. Agora, preciso ir e não fale comigo novamente, eu te odeio.- após toda essa discussão vou ao encontro de Yixing que me esperava perto do caixa. 

Tae Hee sempre foi difícil de lidar, por isso terminei com ela. Ela nunca entendeu que a primeira coisa mais importante na minha vida, são os meninos. Depois de passarmos pelo caixa, eu e Lay fomos para o carro e seguimos para casa. Durante o trajeto, o mesmo parecia inquieto e meio tristonho. 

-Ei, está tudo bem?- pergunto e o olho rapidamente depois voltando a atenção às ruas.

-Ah, está sim... Por que a pergunta?

-É que você me parece meio... triste?- paro o carro no sinal vermelho e direciono meu olhar para ele.- Sabe que pode conversar comigo, certo?

-Não me acostumei a morar aqui ainda,  não me sinto à vontade.- coloca suas mãos sobre o colo.- Mas não precisa se preocupar com isso, logo vou me sentir bem.- sorri minimamente.

-Vamos voltar para Seul ainda, hum?- acaricio sua coxa com minha destra. O sinal abre e volto a dirigir.

P.o.v ChanYeol

Em casa não havia nada de bom para fazer, para comer, ou sei lá o quê. JongDae, Minseok, LuHan, Kirs e Tao saíram faz pouco tempo para uma boate qualquer, SuHo e Lay, saíram há um tempão mas acredito que já esteja voltando, vai que precisavam de um pouco de privacidade. Baek está em seu quarto, Kyung está jogando cartas com SeHun, Jay está fumando e, cá estou eu sozinho na sala entediado. Então pego um livro aleatório que estava na prateleira ao lado da lareira e me sento no sofá novamente. Quando ia abrir o livro, os meninos chegam cheios de sacolas nas mãos e pedem que eu os ajude  a organizar tudo na cozinha.

(...)

Eram exatamente duas da manhã e eu estava em meu quarto assistindo qualquer coisa que se passava na TV. Logo meu colega de quarto, vulgo Minseok, chega e se joga na cama rindo.

-Não esta dormindo ainda?- se senta.- Têm aula amanhã!

-Haha... Você também.- ele dá de ombros.

-Já tenho vinte e dois anos, Yeol, e já passei por tantas escola e tantas vezes no Ensino Médio que sei as matérias de pé a cabeça.- se deita e apaga o abajur. -Vá dormir, está tarde.- se vira de costas

- ok Hyung.. - desligo a TV e fico fitando o teto até pegar no sono.

P.o.v S/n

Cansada de ficar enfurnada no quarto, coloco um casaco e saio para dar uma volta no centro. Lá, havia um parque onde vários casais caminhavam de mãos dadas, faziam piquenique ou se beijavam. Todos muito apaixonados, o que me fez pensar o quão burra eu fui por não me declarar para ChanYeol, mesmo não sabendo ao certo se gostava dele ou não. 

Distraída com isso, estava atravessando a rua e não percebi que um carro vinha em minha direção em alta velocidade. Minhas pernas travam e eu fico paralisada no lugar esperando pelo pior que poderia acontecer. Fecho os olhos com força e sinto meu corpo impactar contra o carro e logo ir de encontro ao chão asfaltado. Ao abrir os olhos, eu via sangue derramado pela rua e as pessoas a minha volta apavoradas pelo acidente. E a pessoa o qual minha vista foi focada, era ao homem parado a poucos metros a minha frente que estara a me observar com um sorrisinho nos lábios. 

Era ele,

ChanYeol.

-Gosto de você- digo em um sussurro inaudível e apago.

(...)

Acordo em um quarto inteiramente branco, estaria no hospital? Olho para o lado e Jongin estava dormindo na poltrona, sorrio sem mostrar os dentes e logo um médico entra no quarto com uma prancheta em mãos.

- Senhorita S/s?- sorri- Sou o Doutor Lee Minhyunk, estou responsável pelo seu caso. -suspira e se aproxima ficando em frente aos pés da maca- Bom, você sofreu uma lesão na perna e tem alguns cortes em seu rosto mas, já cuidamos disso. Felizmente, daqui duas semanas terá alta e poderá ir pra casa. - assinto - amanhã venho aqui para fazer alguns exames ok? Até mais! - sai e fecha a porta.

Olho para a janela e estava uma tarde tão bonita que me deu vontade de sair lá fora e correr pelo jardim que tinha ali. Mas não posso. Jongin acorda e vem até mim.

- E aí docinho, você está bem?

- Eu acho que sim -rio fraco

- Ya, não me preocupe mais desse jeito! - dá um peteleco em minha testa

-Está bem, está bem...- aliso minha testa.

Depois de meu padrasto ir embora, por conta do trabalho, me levanto da cama  com a ajuda das muletas que estavam encostadas na parede e saio a procura do quê fazer, porque só ficar deitada naquela cama já estava começando a me entediar, mesmo eu acordando agora, odeio ficar parada.

Chego até tipo de refeitório e sinto um cheiro bom de kimchi. Meu estômago logo ronca.

- Está com fome? - escuto alguém dizer ao meu lado e me assusto pela fala repentina.

- Sim, e quem é você?- questiono

- Ah me desculpe,  meu nome é Yuta Nakamoto - sorri e, "puta merda que garoto lindo", era isso que se passava em minha mente

-Me chamo  s/n - sorrio de volta.

- Bom S/n, se quiser podemos comer juntos, estou com fome também.

-claro! Eu não sei como funciona as coisas aqui, eu acabei de acordar praticamente - rio.

- Entendo -ri juntamente. Escolhemos uma mesa vazia e nos sentamos esperando o jantar chegar.- Hoje o menu é: sopa de alga, kimchi, arroz e... cabeça de vaca!

-O que é essa coisa?- pergunto preocupada

-É um tipo de sopa que servem aqui, dizem que é boa para recuperação. - diz ainda sem tirar os olhos do papel que seria o menu.

-E o que tem nisso, hein?- ele ri- pelo nome, não me parece muito apetitoso.

-hey, é bom!- me olha - se quiser, podemos pedir um, e então se não gostar, eu como tudo.

-Tudo bem, vou tentar.- ficamos aguardando alguns minutos até virem com nossos pratos, no momento em que a cozinheira pôs a "cabeça de vaca" na mesa, o aroma estava bem gostoso na verdade. -Tem certeza que podemos comer isso?- ele me olha rindo.

-Se servem aqui, acredito que sim.- ele pega os talheres e me dá um par. Ele dá um suspiro e pega com sua colher um pouco da sopa e um tipo de...carne?- Não pense no que contém aqui. apenas o desfrute.- assopra e estende a colher perto a minha boca para que eu pudesse provar.- Quer aviãozinho?

-Haha, não obrigada.- mesmo com receio, coloco a colher na boca. 

-E aí?- ele diz enquanto pega um pouco também.

-Olha, é realmente bom mesmo. Posso pegar mais um pouco?- ele assente enquanto colocava uma porção de arroz em sua boca.

Após nossa refeição, Yuta me acompanhou até meu quarto que para minha infelicidade, ou não, continha um doutor com uma cara nada boa. O garoto riu, me deu um "boa sorte" e saiu em passos rápidos.

-Por quê não está de repouso em sua cama mocinha?- viro o rosto para o lado e manco até a maca me deitando na mesma com a ajuda do doutor gatão.

-Eu estava com fome, huh?- o encaro de braços cruzados.

-Então por que não esperaste aqui sua refeição?- ele indaga

-Desculpe, mas eu também odeio ficar parada.

-Sei, mas precisa repousar para se recuperar. Sabia que foi um milagre ter se machucado tão pouco?- se aproxima.- O motorista não teve essa sorte. 

-Ele está bem?

-Está no quarto ao lado, deitado em sua cama desacordado.- arregalo os olhos.- De qualquer forma, não saia mais de seu quarto até que eu diga que possa, okay?- assinto e ele sai depois de sorrir minimamente.

Quem será o louco que me atropelou?

P.o.v BaekHyun

Resolvo sair para dar uma volta, mais especificamente no centro da cidade. Acabo por encontrar o bar que Sehun havia comentado uma vez, dizendo que era muito famoso por sua comida boa. Ao adentrar, olhei em volta e o local parecia ser bem aconchegante, bonito também. Vou até o balcão e me sento por ali mesmo. Peço um drink ao barman e enquanto aguardava, observo algumas pessoas dançando na pista. 

-Se você estivesse aqui...- digo e minha bebida chega, já trato de dar uma golada.

-Quem bebê?- uma mulher se senta ao meu lado.- Posso estar aqui se quiser- pisca e lança um olhar estranho. Era pra ser sexy?