1. Spirit Fanfics >
  2. Seven Days - Narusasu >
  3. Omitir

História Seven Days - Narusasu - Omitir


Escrita por: o_hyuuga

Notas do Autor


demorei, mas é pelas aulas presenciais

Capítulo 9 - Omitir


 

 

 

"Dia VIII – Segunda-feira..."

 

 

 

Suas mãos começaram a suar frio, apertava a ponta das unhas em sua pele, com aquela força certamente de que ficaria marcado, precisava manter o controle da situação em frente sua mãe. Mas a real questão era, tem como?

 

Aquele momento lhe dava a sensação de que iria desmoronar pouco a pouco, não conseguia raciocinar nenhuma ideia do que fazer perante a situação, apenas abria e fechava sua boca a procura de uma salvação, estava desesperado, não foi capaz nem de inventar uma desculpa para justificar a tamanha depravação, não conseguia formular uma frase sequer. Apenas existia ali na frente dela.

 

Sabia bem como aparentava estar, mesmo sem ter se olhado no espelho, sabia, seu cabelo estava todo bagunçado, seu rosto carregada uma expressão cansada, estava com todas as suas energias esgotadas, certamente que seu pescoço estava todo marcado se não estivesse sendo tampado pela gola da camisa que usava sua mãe veria tudo e entenderia bem o que fez.

 

Lembranças da noite passada voltaram em sua mente como memórias lhe penalizando, os piores, digo, os melhores momentos passavam diante seus olhos lembrando de tudo que fizeram, aquela cena deixava tudo óbvio, preferia que tivesse feito algo errado que provavelmente sua mãe descobriria e levaria um castigo severo, mas logo estaria em paz, só que não era isso, não era algo simples que ela descobrisse que havia feito uma das piores coisas de sua vida e havia amado, a melhor sensação foi a que teve com Naruto, o problema é que deveria guardar daquilo até sua cova. 

 

Sentiu voltar a realidade quando ouviu seu nome ser chamado, estava disperso como nunca e agora estava um tanto quanto desesperado.

 

– Sasuke tem como me dar uma explicação? – Mikoto perguntou novamente, estava extremamente confusa com tudo aquilo, queria respostas pelo que estava vendo e seu filho não conseguia se explicar.

 

Sentia lhe faltar o ar que precisava respirar, sua garganta estava seca, e na pressão que vinha de sua mãe sabia que estava enrascado, sentia estar a um passo de arruinar tudo, um passo em falso e colocava tudo a perder, milhares de respostas passavam por sua mente, mas com conseguia formular nada lógico para dizer se sentia um estupido por não conseguir dar uma desculpa se quer, qualquer coisa que seja, nem mesmo a pior das desculpas parecia se encaixar naquela situação.

 

A melhor das ideias era bater a porta contra o rosto de sua mãe e a deixar ali, mas aquilo não era sequer uma opção, estava como uma estátua ao mesmo tempo em que seu coração batia acelerado sentia-se sem reação alguma, podia sentir sua visão escurecer apenas com a troca do foco de seus olhos entre sua mãe e os carros que passavam atrás.

 

Sempre se considerou um bom jogador, não o definiria como manipulador, mas sim como alguém que consegue controlar bem uma situação seja lá qual for ela, conseguia se livrar de momentos arriscados sem esforço algum, sempre mudava as estratégias para fazer o jogo seguir da maneira que lhe agradava, da maneira que se sentia privilegiado, conseguia sempre ficar em vantagem, mentir ou conseguir algo insinuando ideias para quem quer que seja, sua consciência ficava sempre serena se tivesse de mentir para sua mãe, não seria um problema não que isso nunca tivera acontecido.

 

Mas a dura questão agora, era que não queria que ela descobrisse da pessoa obscura e imoral que era, isso não era uma opção, mas agora era diferente tinha que ter cuidado dobrado em relação a tudo o que faria, se culpava internamente por dar na cara a imensa mentira que estava armada ali, mas o pior era a batalha que travava consigo mesmo para se livrar daquela situação, sabia que não estava nem perto de acabar.

 

Não iria abrir mão do que queria ter com Naruto faria o que for, mas não iria, nunca passou por sua mente perder o que conseguia com alguém, e agora que tinha conseguido o que queria com ele, não perderia, nunca havia se sentido tão possesso com alguém e rendido a alguém, e agora estava entre o céu e o inferno bastava ele decidir quem venceria dessa disputa, não abriria mão de sua visão como o santo que era, mas se fosse preciso se transformar em um capeta para defender sua relação com sua ambição por seu tio se transformaria no maior dos demônios.

 

Sentia um misto de sensações confusas não sabia o que tomava conta de seu corpo, pânico se tudo fosse descoberto, medo pelas consequências ou terror pelo o que sua mãe acharia daquilo, sabia que deveria ter responsabilidade das consequências e consciência de tudo que viria pelos atos imorais que fizeram a questão era como contornar tudo aquilo, sentiu um fio de alívio contornar sua mente, a questão era alívio ou tudo ficaria pior agora? 

 

Seus ouvidos se aguçaram e se concentraram apenas em ouvir os passos suaves que ecoavam das escadas, céus que problema viria agora.

 

Pela primeira vez raciocinou o que estava acontecendo agora, obviamente que Naruto se deu conta de sua demora e algo havia saído dos conformes, agora viria o problema, ou ele pensaria em se vestir para descer, ou a opção mais provável seria estupido ao ponto de descer na maior inocência, o rosto amassado os cabelos bagunçados e muito uma box se não estivesse totalmente nu, já estava preparando sua mente para o surto que viria, teria que ser forte para aguentar uma Mikoto soltando fogos tudo iria se afundar em caos.

 

Já sabia bem do que estava por vir assim que ouvisse todos os julgamentos de sua mãe, todas suas críticas e ataques de surto, logo viria o confinamento que sua vida se tornaria e o desprezo que teria de aguentar para enfim ouvir que não estava tendo como conviver com um depravado até que ela lhe mandasse para um colégio interno.

 

– Mikoto, minha irmã. – Pode ouvi-lo quebrar do silêncio instaurado entre os dois, sabia que com aquela calmaria presente em sua voz mostrava que ele não estava na pior das situações.

 

Foi confuso sentir seu ar faltar e ao mesmo tempo um conforto lhe acertar, inspirou com toda a força que tinha e abriu lentamente os olhos tentando ao máximo criar mesmo que fosse um sorriso cínico, tentar se mostrar calmo com tudo sobre controle, teve a sensação de que os olhos negros de sua mãe já não perfuravam sua pele e focavam na figura ao fundo.

 

– Que foi não vai entrar na sua própria casa? – Disse se sentando no sofá e tentando não mostrar certa intimidade que havia criado com Sasuke.

– Engraçado como sempre, não é? – Entrou carregando sua mala e a deixando no canto da sala.

 

Um tanto quanto falso uma risada foi despida de seus lábios amenizando a situação, sentiu os braços envolverem seu corpo e foi quando tomou conta de si piscando os olhos em velocidade tentando assimilar do que se passava, retribuindo logo em seguida o aperto de sua mãe.

 

– Como vai filho?

– Bem mãe. – Respondeu com frieza.

 

Era claro a atmosfera sexual presente ali, mas a questão é se Mikoto seria esperta o suficiente para assimilar tudo aquilo, os gemidos durante a chamada, seu tio descendo do andar de cima enquanto ele sempre dormia na sala, seu corpo todo marcado. Fechou a porta e agora que viria do interrogatório, plantou o profano colheria o julgamento.

 

– Demoraram para atender, o que aconteceu?

 

De relance a primeira ação que veio em sua mente foi encarar seu tio que sorria banhado de cinismo como ele conseguia estar tão calmo nessa situação? A distância entre ele e sua mãe apenas aumentava à medida que ela se aproximava do sofá e em um único puxão a mulher caiu em cima de Naruto que a envolveu em um abraço.

 

– Você chegou muito cedo, estava tirando minhas coisas do seu quarto. – Disse sorrindo para ela tirando uma expressão nada agradável de Mikoto.

– Eu juro que se você fez alguma coisa com o meu quarto eu te mato. 

– Você só pensa o pior de mim, assim me sinto um monstro, pode ficar tranquila eu dormi lá só hoje. – Disse aliviando a bronca que poderia tomar.

 

Por algum motivo quando sua mãe demonstrou em meio aquele abraço, e os beijos que lhe deu procurando matar a saudade do contato que não tiveram durante essa semana não sentiu apreço algum, não conseguia retribuir dos mesmos sentimentos, se penalizava por ser alguém tão negligente, mas não fingiria sentimentos que não tinha, parado de braços cruzados e com uma expressão nada receptiva no fundo da sala era assim que estava tentando não manter o contato com sua mãe.

 

Pelo canto dos olhos os olhava eram como uma família sem defeitos, na cabeça de sua mãe estava com seu precioso filho e irmão inocentes que mantinham um laço afetivo, uma relação saudável entre dois familiares, se ela sequer sonhasse com o que aconteceu naquela semana estava tudo perdido, iria perceber que Naruto era de uma das piores pessoas, agia como se estivesse tudo normal como se não tivesse realizado das mais impuras ações com seu sobrinho, vestindo uma blusa qualquer e uma bermuda podia até dizer que a minutos atrás não estava nu abraçando o filho da mulher que estava a seu lado.

 

Sentia seu corpo travado como uma pedra, estava se torturando com todos os possíveis rumos daquela conversa, medo, talvez estivesse não iria negar.

 

– Está estranho filho, por que está aí afastado? – Foi como uma direta se aproxime ou então eu me darei conta de algo estranho acontecendo.

– Estou normal mãe. – Murmurou o mais baixo que conseguia, se aproximando em passos lentos e se apoiando no braço do sofá onde se sentou um pouco afastado dela.

– Ele deve estar apenas cansado, eu não aguentava mais ver o rosto desse menino enfurnado nessa casa sem ninguém, fiz ele ir em uma festa que ele foi convidado. – Disse com serenidade como se não fosse algo errado para ela, e assim que foi fuzilado por dois pares de olhos escuros um furioso e o outro assustado se deu conta do quão conservadora ela era. – Fica tranquila, eu levei, busquei e ele não bebeu só ficou acordado até tarde, o menino já tem dezoito anos não prenda ele tanto assim.

 

Não sabia o quão Naruto era um depravado, mas agora tinha certeza absoluta era alguém sem cérebro algum, tanto por ficar consigo, quanto por dizer de mentiras a sua própria irmã, a maneira como ele pilhava sua mente em meio a falsas verdade parecia ser algo fácil de se fazer, como ele conseguia lidar com sua mãe sem dificuldade alguma.

 

Por mais que fosse um homem sem juízo algum nunca que iria passar por sua cabeça que seu próprio irmão poderia tocar um dedo sequer em seu filho, eram da mesma família apenas isso já era um critério para nem cogitar naquela ideia, mas o que ela não pensaria em hipótese alguma é que era esse o fato que tornava tudo ainda mais tentador.

 

– O que Sasuke não teve de rebeldia, você teve em dobro. – Provocou seu irmão, ignorando a história absurda que lhe foi dita.

– Sabe que esse garoto ainda pode se tornar um demônio pelo tamanho cuidado que você tem com ele. Sabe não sabe?

 

Aquela indireta vista pelos olhos do garoto foi como uma facada dizendo a mais pura das verdades a única coisa que conseguiu fazer foi lhe penalizar pelos olhos o olhava com o maior dos julgamentos o quão estupido ele era para falar aquilo, talvez na visão de sua mãe aquela frase não fez muito efeito, mas para Sasuke era como o que precisava dizer a Mikoto, porém nunca lhe foi uma opção.

 

– Ele não é assim, não é filho? – A encarou com medo, queria mais do que tudo negar, a questão era, tinha coragem para isso? Sabia que era, mas ela não, lhe restou forçar um sorriso em seu rosto, mostrando do constrangimento e da negação em tais palavras.

 

Não ficaria brava por ele ter ido a uma festa, seu irmão assegurou de que cuidou dele e que era totalmente confiável por mais que tivesse suas dúvidas, sabia que teria cuidado bem dele durante essa semana.

 

– Mas ainda me pergunto o porquê dele estar usando uma camisa sua. – Sua mãe usava de uma indignação provocativa e persuasiva, era mesmo a incerteza de saber o motivo de seu filho estar com pertences de seu irmão, ou era pelo fato dela estar com dúvidas sobre o que aconteceu naquela semana.

– Aah, minha irmã que exagero o garoto estava cansado, só vesti qualquer roupa nele e coloquei ele para dormir. – Era fácil ludibriar ela e já teve de fazer isso muitas vezes, não seria difícil agora.

– Ele não te deu tanto trabalho, não é?

– Que isso ele é tranquilo, eu até gostei de passar esses dias aqui eu sinto que até fiquei feliz por poder passar um tempo com alguém, ficar sozinho em casa às vezes é entediante. – Naruto respirou fundo, estava sendo bem sincero na verdade. – Em um dia me senti tentado, no outro queria mais… Da família, claro.

 

Aquelas mentiras eram todas banhadas em segundas intenções, mas o que poderia fazer se sua mãe não entenderia de nenhuma delas, do jeito que ele falava parecia até ser sentimentos de família, podia parecer estar transbordando de carinho e preocupação, mas a maneira que manipulava a mente de sua mãe chegava a ser cruel.

 

– Eu já te disse que é bem vindo aqui, pode vir morar aqui quando quiser basta você vir. – Parecia até inocente em seu ponto de vista, ir morar com sua irmã era o mesmo de abrir mão de sua vida, seria regrado a cada atitude que tivesse preferia a morte a isso.

– Cuidar de Sasuke, esses dias foram incríveis, mas sabemos que eu e você somos completos opostos. Não daria certo. Eu gosto de aproveitar a vida, e bem sua vida é morta.

– Nossa que exagero não é assim, mas é você quem decide. – No fundo ela sabia que aquilo era verdade. – Já tomaram café? – Os dois negaram instantaneamente. – Tudo bem, eu estou cansada, mas também estou com fome, então eu vou à padaria, e já aproveito que tenho que passar na Mebuki deixar uns papéis, logo eu volto.

 

Mikoto era tão esperta que tinha momentos que ele parecia reagir como uma completa ingênua, queria rir com aquele teatro parecia cada vez mais difícil de conter, mordia sua língua tentando fugir do desejo de rir aquilo estava como o inferno nunca havia passado por uma situação tão difícil quanto agora, foi questão de a porta se fechar e todo o ar que ambos seguravam foram expulsos de seus corpos.

 

– Caralho eu não esperava que ela fosse chegar agora! – Sasuke resmungou, amava sua mãe, mas neste momento a última pessoa que queria ver era ela.

– É garoto... Nossos dias sendo livres acabaram. – Pela primeira vez o olhando nos olhos tinha uma expressão de tristeza, a ligação que tiveram em tão poucos dias era de se estranhar.

– Me beija. – Pediu não que pudesse ter algo a mais que isso nesse momento, mas apenas sentir seus lábios já seria o suficiente para aguentar até a próxima vez que iriam se ver, mesmo com o semblante triste ainda amava ver seu sorriso aberto, não precisava nem dizer “sim” em palavra, aproveitaria daquele instante estando em seu colo o máximo que pudesse.

 

Quando ainda estava sonolento se concentrou o suficiente para ouvir a voz de sua irmã, parecia não ser real estava deitado nu na cama de seu sobrinho enquanto a mãe dele havia acabado de chegar, sentiu como se fosse uma facada o que menos queria era ter de levantar e começar a fingir o que era para ser a realidade. O problema é que conseguia se lembrar exatamente de cada detalhe da noite passada, de cada gemido, de cada toque.

 

Tudo o que queria era poder entrar em Sasuke novamente, poder ouvir ele gritar toda vez que seu pau encontrava sua próstata, queria aquilo por todos os dias que teve de esperar, e agora queria isso a todo instante, até que os dois não tivessem mais forças, sorria sem entusiasmo algum apenas fantasiando sobre como seria se Mikoto não transformasse tudo em uma dificuldade infernal. 

 

Nesse momento queria mais do que tudo beijá-lo, já que seus pensamentos impuros tomavam conta de toda a sua sanidade e sentia a ereção crescer entre suas pernas com tão pouco, a questão era que o que tinham era tão profundo que a única pessoa que o deixava extasiado assim era Sasuke, não precisava se esforçar a nada em momentos com ele não precisava nem tocá-lo e já se sentia um louco.

 

Se tivesse falado para ignorar quem quer que seja do outro lado da porta agora então não estariam aproveitando de seus últimos momentos, mas a questão que agora no final era tudo uma grande tortura e nada saía de sua mente, ou fazia questão de aliviar tudo o que sentia. Serem da mesma família já não era um problema para eles, agora Mikoto seria incompreensiva com isso, se não tivesse esse empecilho entre os dois certamente que já estavam juntos longe de tudo aquilo.

 

Essa era a pior parte de terem que fingir algo, fingir ser o que não eram, guardar algo tão profano que na verdade eram sua salvação, sabiam que não poderiam manter aquilo por muito tempo, mas fariam o possível. Sabiam do quanto precisavam um do outro sentiam seu fogo acender apenas do contato que tinham, já não ligava de ter que lutar com todos os demônios por tocar em seu sobrinho, mais uma vez sabia que a relação ali era tentação, sensualidade e prazer isso era o que mais enlouquecia os dois lados.

 

Amor soava a ser bobo em relação a tudo que sentiam.

 

Dizer que havia isso entre ele e seu próprio sobrinho parecia doentio, mas era essa a realidade deles, se analisasse bem o corpo do garoto poderia muito bem ver ele todo marcado, seus mamilos inchados e as marcas de dedos em sua coxa, seu lábio vermelho e latente, chegava a ser óbvio o quanto haviam transado aquela noite, a questão era se Mikoto perceberia o pecado que Naruto havia cometido ao fazer sexo com seu próprio sobrinho.

 

Poderia agradecer sua inocência ou até mesmo sentir medo se aquilo fosse apenas um teatro.

 

Nunca passou em sua cabeça a opção de influenciá-lo a esse ponto para ficar consigo, mas agora era diferente Sasuke havia começado esse jogo não havia problema, abriria mão de tudo para que pudessem ficar juntos em algum lugar longe de sua irmã, abriria mão sem pensar duas vezes. Não eram perfeitos estavam longe disso, a questão era que havia neles a necessidade de estar um com o outro e isso era o que acabava por fazer serem imaturos da maneira que eram.

 

Morreriam com aquele segredo sendo mantido apenas para eles e pagariam o preço no purgatório, mas não queriam sequer pensar em ignorar aquilo, a sensação de receber seu último beijo era diferente nunca se beijaram com medo e nesse instante era tudo o que suas línguas transbordavam medo e insegurança.

 

– Eu não quero que você vá embora. – Disse com seus punhos fechados contra seu abdômen, sentia a excitação de seu tio e tudo que queria era ajudá-lo, mas era arriscado e ambos sabiam disso.

– Eu sei garoto, acha que eu quero ir? Mas não temos opção. – Deixar de fazer o que queria por medo nunca lhe foi uma opção, a questão é que pelo tempo que tinham poderiam colocar tudo a perder.

 

Tentava pensar que se veriam logo e essa era a única maneira de fazer Sasuke se convencer de que nada acabaria, buscava justificar o que tinham para que não se sentisse desolado e não era tão difícil se ele se concentrasse, encontrava alguma salvação em si, mas se a condição fosse esquecer o que tinha com Naruto estava fora de questão, mesmo sua mãe estando tão perto sabia que não se sentia um monstro era automático a vontade que tinha de ser dele. 

 

Essa confusão em seu peito lhe perturbava, embora soubesse bem do que estava decidido a ter ainda era difícil, não conseguiriam simplesmente ignorar a realidade e as pessoas, como seria bater de frente com sua mãe? Estava à flor da pele, inseguro nesse instante chegava até duvidar se conseguiria seguir com tudo aquilo.

 

No fim o resultado era sempre o mesmo, não conseguiria, estava rendido ao ponto de se deixar ir por ele com simples toques, talvez o pagamento por serem tão impuros fosse ter de enfrentar o pior dos obstáculos.

 

Mikoto.

 

Não conseguiriam dizer a ela, aquilo não soava a ser como uma opção, mas poderia ser a realidade que eles tanto fugiam.

 

– Não precisa ficar assim, aflito, mesmo que eu não esteja aqui fisicamente eu vou tentar ficar por perto, é pouco tempo até eu pensar em como lidar com isso. Mas nós não iremos ficar afastados, eu acho que nem iria conseguir.

 

Com suas testas unidas acenou apenas tentando conter tudo o que queria liberar, algo tão bobo acabou sendo tão confortante a sensação de abraçá-lo lhe trouxe calmaria, mesmo com suas mãos apertando sua bunda sobre o tecido de sua roupa e suas ereções roçando uma contra a outra não sentiam transbordar malícia, queriam apenas confortar um ao outro, queriam apenas abrigo e carinho.

 

Sua insegurança não era sobre não saber se aquilo com Naruto era temporário, o real problema era se seria humano ao ponto de controlar sua racionalidade a ficar sem ele, seu polegar brincava com a argola em seu lábio e ao mesmo tempo seus lábios levemente tocaram os dele e sentiam da onda de calor que lhes consumia.

 

– Me desculpa por ter de ir, eu juro que vou dar um jeito de te ter de novo. – Sua principal vontade agora era confortá-lo e acalmar sua mente que certamente estava pensando em trezentas maneiras de fugir de casa.

– Não seja estupido eu não sou dependente de você! – Murmurou, sabia que estava mentindo, os dois sabiam muito bem disso, era bobo ele tentar mentir a esse ponto da história. – Talvez eu seja…

– Só não faça nada de errado, por favor. – Assentiu-lhe beijando novamente.

 

Sabia que seria difícil ficar sem a falta do toque, carinho, preocupação e seus beijos estava tentando se manter firme, mas era difícil era difícil ignorar tudo aquilo a própria irresponsabilidade do que faziam era o que mais lhe deixavam tentado.

 

– Eu tenho que ir, vou antes de sua mãe voltar.

– Não, mas por quê? – Não conseguia acreditar que aquilo já estava acabando, se afastou de maneira brusca que se não fosse as mãos de Naruto teria caído.

– Eu não vou conseguir disfarçar perto da sua mãe, vai ser melhor. – O encarou alisando seu rosto com seu polegar pode ver formar uma expressão totalmente indignada em seu rosto. – Não faz essa cara.

– Quer que eu fique como? – Analisava os traços de seu rosto, parecia um anjo caído, mas ainda sim era um anjo, tinha traços serenos parecia ser esculpido com toda a calmaria para que a peça perfeita pudesse ser libertada ao mundo, o problema foi ter sido tomado por toda a escuridão e o pecado.

– Porra por que não me disse antes? Tem noção de quanto tempo nós perdemos longe um do outro?

– E você seria o que? Um pedófilo? Se minha mãe descobrisse antes de eu ter dezoito ela colocaria o laço de vocês no fogo para me proteger! E até parece que ela não vai fazer isso mesmo agora eu sendo maior de dezoito.

 

Parecia viver em outro mundo quando estava com ele, não queria nunca voltar a realidade que era sua casa, já não queria do zelo que sua mãe tinha consigo, queria do cuidado de seu tio.

 

– Eu tenho algo em mente até tudo dar certo, me avise sempre que sua mãe for sair por muito tempo que eu venho.

– Tudo bem, mas você precisa ir mesmo? – Perguntou não querendo ouvir a resposta. – Pode morar aqui como ela disse.

– Eu no mesmo ambiente que sua mãe por mais de um dia? Fora de questão, somos opostos, e eu provavelmente iria me descontrolar, iria querer foder você a todo instante e ela iria descobrir, eu preciso ir embora, se não eu vou enrolar e sabe que eu não vou aguentar. – Já não tinham mais contato, se sentava sobre o sofá parecendo estar desamparado era doloroso e o ver dar as costas até que desaparecesse por completo da porta o fazia sentir apenas dor.

 

No instante em que não o via mais sentia as facadas serem desferidas em seu peito parecia não ser real, e assim que ele pôs a mochila sobre as costas pode então perceber aquilo era o fim, não o fim de seus laços, mas o fim dos melhores dias que já teve em sua casa, sentia como se nenhuma outra pessoa lhe fizesse tão feliz, tão especial, tão sujo...

 

Foi a pior sensação de sua vida, preferia não ter se envolvido nessa maneira com ele a ter de se despedir, sabia que se voltasse para lhe dar um beijo não ficariam apenas contentes com um único beijo a solução era ir antes que aquela situação se tornasse irresistível, a porta foi aberta mais uma vez e com a esperança palpitando em seu peito por ele ter voltado se iludiu como uma criança a espera de ganhar doce.

 

Faltou apenas revirar os olhos ao ver sua mãe entrando novamente em casa.

 

– Que foi Sasuke? Onde está seu tio?

– Já foi embora. – Disse seco e com amargura.

– Apressado como sempre.

– Exato, apressado até quando não precisa ser. – Chorar não é demonstrar fraqueza é aceitar do quanto você não está preparado para encarar a realidade, e entendia agora que não estava quando aquela lágrima sem permissão ou consentimento algum escapou de seus olhos.

 

Deveria se sentir aliviado e até ansioso pela próxima vez que iriam se ver, mas não sabia quando iriam ter novamente o contato que tiveram nesta semana.

 

 

 


Notas Finais


o próximo já é o epílogo vontade de chorar, desculpa os erros logo eu corrijo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...