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História Seven Days (SD) - Supercorp - Chapter XI: Hands.


Escrita por: Denvers

Notas do Autor


Olá Pitelzinhos, como vocês estão? Sem embromar, bora pro cap.

Frase do capítulo: Ninguém se apaixonaria por querer.

Bebam água, se cuidem e leiam com carinho ok?

~~Notas finais~~

Capítulo 11 - Chapter XI: Hands.


Ganori

Continuação

Pov Kara

— Kara?— a voz dela saiu entrecortada.

— Sim?— e por pouco a minha voz não soou igual, mas isso não poderia acontecer senão ela teria noção do meu medo sobre esse assunto.

— Você entende que a minha decepção com você provém do amor que eu sinto, não sabe?— ela me olhou e eu a olhei.

Tenho certeza que o menor animal do mundo, a quilômetros de distância, era capaz de ouvir meu coração.

É engraçado, não é? O coração não passa de um músculo, mas o desgraçado te delata sem piedade alguma. É... faz sentido o poder do Luke.

Eu só sei que além de tudo minha respiração automática desligou sozinha.

— Eu não posso te odiar, Kara.— novamente a voz dela saiu baixa, me tirando do leve transe.— E olha que eu tentei muito.— Lena acabou sorrindo. Eu posso afirmar que vi certa vergonha em seus olhos. Mesmo no escuro eu consigo enxergar os verdes mais brilhantes que já vi em toda minha vida.

— Eu vou dificultar essa tarefa para você.— falei com outro sorriso no rosto.

Eu já disse... não estou disposta a perder ela.

— Você me magoou.— Lena sussurrou, receosa.

— Eu sei.— suspirei brevemente.— Posso passar a minha vida tentando me redimir enquanto valer a pena. Mas... o que você quer pensar de mim, é com você.— falei com o tom baixo também.

Ao mesmo tempo, acho que de forma inconsciente, meu braço esquerdo foi se fechando ao redor dela, então chegou um ponto em que estávamos abraçadas, mas sem perceber isso com clareza. Talvez o peso da conversa apagasse esse detalhe.

— Enquanto valer a pena?— Lena pareceu confusa.

— Eu não posso me esforçar para me redimir se você não quiser me desculpar.— a olhei mais uma vez.— Mas se você estiver disposta... ficarei mais do que feliz.

— Você sabe que eu estou disposta.

Se antes meu coração estava acelerado... agora a velocidade dele seria capaz de abrir um buraco no tecido do espaço. Espero que não esteja tão óbvio assim o quanto ela significa para mim.

— E quando voltarmos? Será diferente? Você sente que Ganori mexe com a gente, eu sinto também. Minha preocupação é quando chegarmos em casa.— confessei.

Tenho medo que tudo mude quando voltarmos ao ambiente característico que chamamos de casa. Tenho medo que cada detalhe do dia a dia lembre Lena da mentira que contei por três anos. Tenho medo e não estou em condição de negar isso. É um fato.

— Será o mesmo. Eu quero te desculpar. Mas preciso entender primeiro.— ela disse calma, calma até demais.

— Então aproveite o tempo aqui... não vai ser pouco.— eu sei que vamos voltar para casa, apenas não sei quando.

Lena ficou quieta. Eu também fiquei, não acho que prolongar essa conversa agora seja algo bom. O que conversamos agora foi suficiente e necessário para o momento. E aos poucos aquele quarto foi ficando cada vez mais silencioso. Meu coração também parou de pular dentro do meu peito, o que eu agradeci internamente.

Sem querer eu toquei na mão dela, e sorri ao perceber que eu estava certa o tempo todo. Ela estava quente novamente.

— Eu realmente ainda sou um pedaço do Sol...— murmurei feliz.— Lena?— sem resposta.

Não é novidade que meu sono em Ganori é uma das coisas mais afetadas. Eu não sei o que é dormir direito desde que chegamos aqui. Mas agora tudo o que quero fazer, é seguir o exemplo dela e simplesmente permitir meu cérebro a descansar. E foi bem aí que eu entendi que esse tempo todo eu não dormi porque estava pensando se ela ainda estava viva na cama ou quarto ao lado. E mais cansada do que posso descrever aqui, deixei meus olhos se fecharem.

•♦•♦•♦•

Pov Lena

Eu não estou aqui para descrever a sensação de dormir com ela. Ok, diferente de tudo que já passamos. É bizarro pensar que nunca dormimos na mesma cama. Amigas fazem isso, certo? Eu creio que sim. Mas, agora que isso aconteceu, eu acho que podemos refazer quando estivermos em casa.

O ponto aqui é que eu acordei de madrugada — novidade — e agradeci por não ter Alex por perto agora, ou Sam. Se elas pegassem a nossa posição agora... eu juro que jamais olharia para elas novamente.

Vamos lá, no vocabulário mais humano possível, humano e ridículo, aconteceu a famosa conchinha. O problema é que ela é maior que eu, e, evidenciando isso, eu definitivamente não sirvo para ser a "concha maior". Desconfortável. Imensamente desconfortável. Por que as pessoas fazem isso? Que posição superestimada! Não há graça alguma, pelo menos não para quem é menor. Ok, talvez a graça seja o contrário do que estou vivenciando agora... mas mesmo assim, qual é o sentido? Amor é tão complicado que não vejo sentido lógico a não ser uma liberação de hormônios. Ninguém faria isso consciente. Ninguém se apaixonaria por querer. Mas isso não tem a ver com a situação, eu apenas divaguei. Claro, a problemática é a mesma, mas em situações diferentes.

E eu tentei desfazer aquilo. Eu juro que tentei. Não era uma concha perfeita, mas Kara, de alguma forma, segurava minha mão esquerda, que estava passando sobre ela. E quando tentei tirar minha mão, ela segurou mais ainda. Sim, dormindo.

— Kara...?— a chamei baixo, desconfiando se ela estava dormindo mesmo. Levantei a cabeça um pouco e aparentemente ela estava dormindo sim. Ou... pelo movimento dos olhos dela, ela estava sonhando. Ou tendo um pesadelo?

E minha mão ali.

Se fosse um pesadelo, ela acordaria? Me pegaria no flagra a olhando? O que eu responderia?

Eu cheguei à conclusão que era um pesadelo. O jeito que ela se mexeu, suas expressões. Tudo culminou nesse pensamento. Sobre o que seria o pesadelo?

— Kara — a chamei novamente, ainda abaixo.— Ei — me aproximei um pouco mais, como se fosse possível...— Kara — sussurrei e finalmente ela abriu os olhos.

Ela me olhou confusa de início, depois suspirou fechando os olhos e soltou minha mão para passá-la em seu próprio rosto.

— Eu te acordei?— ela perguntou preocupada.

A essa altura eu estava deitada de lado com a cabeça apoiada na minha mão direita, e o cotovelo sobre o travesseiro.

— Não. Mas percebi que você estava tendo um pesadelo... pelo menos eu acho que era.— confessei.

Kara me olhou. Algo em seu olhar me fez perceber um certo... medo?

— Era — ela sorriu bem de leve.— eu estava dentro do meu pod e...— ela suspirou.— Eu não sei, algo estava errado. Não tinha nenhum planeta explodindo.— sua expressão passou a ser confusa.

— E você estava no pod?— perguntei.

— Sim.... é incoerente, eu sei.— ela suspirou.

— Bem... todos os sonhos são.— ok, nem sempre.

Pov Kara

Eu só não mencionei que o pod estava prestes a explodir. E eu estava tentando sair. E estava falhando. E... em certo ponto do pesadelo vi a Zona Fantasma e Lena estava lá. Lena e Esme. Quando tentei salvá-las, o pod se afastou e iniciou a contagem regressiva para se autodestruir. E... pesadelo é pesadelo, não vou tentar compreender.

— Ei...— Lena me chamou.— Você estava segurando a minha mão e não me deixou tirar.— ela estava deitada de lado, com a cabeça apoiada na mão.

Ok, por um momento eu sei que fiquei vermelha.

— Volte a dormir.— falei. Talvez fosse o reflexo do sonho.— Não é agora que vamos desvendar os mistérios do subconsciente e o que ele faz em sonhos, certo?— voltei à posição supina.

— Certo...— Lena também voltou à mesma posição e ficou quieta.

Eu não sei o motivo, mas aquela conversa que tive com G'ravor ressurgiu no fundo da minha cabeça. Acho que é agora ou nunca. Certo? Veja bem, ela está falando comigo. Deve ser o momento ideal para deixá-la saber que possui o poder entre nós. Eu posso ser de aço, mas saber que causei dor em alguém é algo que me quebra. Só não é pior do que kryptonita, por razões óbvias.

— Lena?— o papo de não prolongar a conversa foi ignorado totalmente por mim, e olha que eu coloquei esse limite dentro de mim.

— Hm?— ela fez um barulho nasal, de olhos fechados.

Eu me virei de lado, ficando de frente para ela. Completamente de frente.

— Eu disse que vou tentar me redimir enquanto valer a pena, mas... você é a única que pode controlar isso.— procurar as palavras certas é tão difícil.— Você... você tem as cartas do jogo e pode fazer o que quiser com elas.— eu juro que minha vontade era me esconder ali.— Eu não vou me redimir do jeito que acho certo, farei isso do jeito que você julgar melhor.— e tomara que dê certo no final.

Eu já não falei isso? Com palavras diferentes? Ou não?

Só sei que ela me encarou e encarou e... encarou mais um pouco.

Em silêncio, eu senti apenas a mão direita dela em contato com a minha novamente.

— Bastava dizer que segurar minha mão te deixou com menos medo do pesadelo, não precisava me dar o poder de te perdoar.

É isso que eu ganho por ser sincera.

— Não seja infantil agora, Luthor.— acabei sorrindo.— Meu pesadelo não tem nada a ver com poder de perdão. E acho que eu não sou eleita a te dar isso. O poder sempre esteve com você. Você apenas...— como dizer sem ela me matar e sair desse quarto e morrer de frio?

— O ignorei completamente porque queria que você nunca tivesse aparecido na minha vida?— e não é que ela disse absolutamente tudo?

— Doeu um pouco, sabe?— franzi o nariz.

— Não foi proposital.— pela primeira vez em dias, ela sorriu envergonhada.— Desculpa.— percebi que ela estava olhando unicamente para o ponto no qual nossas mãos encontravam-se em uma interseção.

— Te desculpar por estar com a razão?— estranhei.

— Por não ver o seu lado através da sua percepção.— ela voltou a me olhar.

— O q-ue...?

Não, sério. Alguém viu isso chegando? Porque eu não.

— Acho que estamos há tempo demais aqui, certo? Tempo livre para pensar em algumas coisas.— Lena reprimiu um sorriso.

Dessa vez eu olhei para nossas mãos. Suspirei incrivelmente aliviada. Olhei para Lena novamente e acabei sorrindo.

— Ganori não parece tão cruel assim...— murmurei.

— Eu concordo.


Notas Finais


A concha torta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK experiência própria hein
Quero dizer que pensei muito nesse final de capítulo e decidi que agora as coisas vão para frente, é isso
E venho dizer também que as atualizações rápidas talvez deem uma parada... faculdade né? Mas é isso, aproveitem porque eu volto sim, talvez semana que vem ou na próxima, mas volto!
Uma migalha de comentários para esta pobre autora que parou o projeto da faculdade para alimentar vocês de madrugada?
Indiquem a fic e deem fav pf isso ajuda mto!!!
E o endgame vem, tenhamos fé!
Até o próximo!!!


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