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História Seven Days (SD) - Supercorp - Chapter XIV: When I look into your eyes.


Escrita por: Denvers

Notas do Autor


Eu não sei quem estava no twitter ontem, mas assim KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK obrigada, eu ri tanto! Efeito Mandela aplicado com 100% de sucesso! CW levou bait e é o que importa.

Bora pro capítulo com 3k.

Frase de hoje: Ela esqueceu que aqui eu não sou um saco sem fundo, o que é horrivelmente estranho.

Bebam água, leiam com carinho e se cuidem!!!

~~ Notas finais ~~

Capítulo 14 - Chapter XIV: When I look into your eyes.


Ganori

Continuação

Seria mentira se Kara dissesse que ela estava completamente à vontade em sair aquela noite. Não, ela não estava. Na verdade ela até queria sair, mas não sabia de onde estava vindo aquele medo todo de simplesmente deixar o lugar que reconhecia como uma zona segura e confortável. No entanto, não foi fácil resistir ao combo Lena + Luke, afirmando diversas vezes que estava tudo bem.

Luke afirmou porque Ganori era sua casa. Lena afirmou porque havia saído e Kara confiava nela apesar de quase ter agredido Koch por conta desse mesmo medo.

O lugar da comemoração seria aberto, cheio de árvores e o céu mais presente do que nunca. O frio continuava, mas agora nem mesmo isso parecia ser um empecilho. Absolutamente todos estavam quentes. Todas as preocupações a respeito de Lena foram em vão.

— Eu tenho uma coisa para vocês, esperem aqui!— Luke dissera sem conter a animação.

Kara continuou em seu quarto mesmo depois de confessar que não estava com ciúmes de Koch. Lena, por outro lado, terminou de ajudar Luke. E foi bem aí que ela decidiu voltar ao quarto, mas Luke foi mais rápido e atrapalhou qualquer conversa que elas teriam.

E quando o garoto saiu do quarto, Lena e Kara se olharam. Mas não houve tempo suficiente. Luke voltou com — na concepção terrestre — vestidos. É, vestidos. Na verdade ele estava com outras coisas também, mas foram as roupas que chamaram atenção.

— Para você — ele olhou para Lena.— este aqui.— e então a Luthor recebeu o vestido.

Lena olhou para ele sem entender muito bem.

— Combina com os seus olhos.— Luke explicou sorrindo.— E para você — foi a vez de Kara.— seguindo a mesma lógica, este aqui é o melhor.— sem surpresa alguma ela recebeu o outro vestido.— Se vistam! Hoje à noite seremos o trio mais lindo daquele lugar.

Mais uma vez Kara e Lena se olharam. A maior balançou os ombros e Lena foi se trocar primeiro.

Antes que fique despercebido, ou percebido até demais, as pessoas em Ganori "tomam" banho sim. E os vestidos, se tratando de um lugar com tanta tecnologia, foram adaptados para ninguém morrer de frio. Era assim que todos sobreviviam. Mas cada pessoa era diferente e alguns ajustes foram feitos.

Então Lena continuou a ser a primeira a vestir o vestido escolhido carinhosamente por Luke. Não demorou muito, mas quando ela voltou... de repente fez muito sentido. Tudo fez sentido.

— Então?— ela perguntou bem confiante de que estava bom. Qual é? Ela não era cega.

O vestido de Lena era um verde esmeralda e esse detalhe nunca fez tanto sentido.

— Eu falaria "uau" agora, mas acho que meu rosto é bem expressivo.— o garoto comentou. Se ele fosse realmente sincero, não estava esperando que ficasse tão bom quanto ficou.

Lena, curiosamente, ficou vermelha. Vermelha não, corada. Levemente corada. E isso não passou despercebido por Kara.

— Verde.— Kara disse sem muito sentido.— Sempre use verde.— ela completou seu pensamento.

Lena e Luke sorriram em concordância. E Kara lembrou de Alex falando para ela sempre escolher azul. Mais uma vez a saudade apareceu. Kara levantou e saiu com o vestido em mãos.

Seu vestido era azul índigo e Kara tentou lembrar se usara aquela cor alguma vez em toda sua vida. A resposta talvez fosse negativa.

Ela também não demorou a voltar. E a reação não poderia ser diferente do que foi com Lena.

— Por que vocês são bonitas?— Luke levantou da cama.— Não seremos o trio mais lindo...

— Por que?— Lena perguntou confusa. De feia elas não tinham nada. Absolutamente nada.

— Porque vocês serão a dupla mais linda.— Luke deixou seus ombros caírem.

— Luke — Kara tentou falar.

— É sério!

— Pode até ser — ela concordou.— mas eu duvido que você não ficará lindo também. Anda, se troca. Nós queremos palpitar do mesmo jeito que você está fazendo. Acha que só você tem esse luxo?— com um ar totalmente diferente dos últimos tempos, Kara sorriu com a mão na cintura enquanto incentivava Luke a se trocar.

Luke era tão fácil de agradar que somente a fala dela foi o suficiente para ele sair — mais uma vez — sorrindo e com aquela animação contagiante.

A faixa decorada com os dizeres ▒¦ı╗░  »▓┴╚╗ ┘▓╝ ▼│╗░▀. (Grand Kethn, seja bem-vindo!) estava presa em duas árvores. Estava de noite e a iluminação era fornecida por uma fogueira monumental, sendo modesta.

Pov Kara

Eu confesso que olhar para todas aquelas pessoas, me sentir entre elas, me fez encher o peito. Eu não pensei que fosse ter esse efeito. Eu pensei que fosse acontecer o contrário. Eu pensei que... eu pensei que esse sentimento deveria ser compartilhado unicamente com a minha família. Não quero sentir que estou traindo Alex e o resto dos Superfriends. Talvez eu não esteja... certo? Dada a visão de que estou em outro planeta, eu não posso ficar presa para sempre esperando alguém aparecer e me salvar. Eu preciso mais disso aqui. Contato. E Lena está aqui. Não é justo com ela. Eu sei que apesar de tudo ela se importa comigo. Eu acho que posso acompanhar ela em algumas saidinhas... conhecer Ganori melhor agora que não somos alvos. Bem, ela não seria de qualquer jeito.

— Lena! Kara!— uma coisa que tenho que aceitar é a presença do Koch. Eu consigo sobreviver.

Ah, eu me desculpei com ele e ele disse que deveria realmente ter olhado para trás. Eu não acho que ele disse isso intencionalmente, acho que disse porque eu sou capaz de quebrar ele ao meio com ou sem superforça.

Voltando à festa! É, ele está aqui. Ok.

— Eu ajudei a organizar — novidade.— então espero que vocês gostem!— ele disse sorrindo.

Koch se afastou e eu ouvi Lena tossindo levemente ao meu lado. Acho que ela só quis chamar minha atenção.

— O que?— perguntei confusa.— Eu não fiz nada.

Eu só pensei que ele parece um pavão tentando se mostrar.

— E eu não falei nada.— ela teve a audácia de falar sorrindo.— Hora de experimentar a gastronomia Ganoriana além do que G'ravor nos ensinou. Vem.— ela parecia animada e me puxou pela mão.

A gastronomia de Ganori é, basicamente, folhas, legumes, vegetais, sementes e... Ganori, o planeta vegano. Sinceramente? Saudade de carne. Sinto muito se preciso de energia. Se bem que aqui eu sou normal, né?

Eu não vou falar os nomes aqui porque eu não aprendi nem um deles. Mas sim, não é ruim. Aliás, nada ruim. Lena me fez experimentar uns cinco pratos diferentes, sem brincadeira. Ela esqueceu que aqui eu não sou um saco sem fundo, o que é horrivelmente estranho.

Ganori me frustra por me lembrar tanto de casa. Minha casa vernácula. Krypton. Além de que aqui eu sou: lenta, fraca, não sinto fome, quase preguiçosa e... é frustrante só de pensar. E EU NÃO POSSO VOAR! Nem precisava mencionar as outras coisas, acho que o fato de não voar é bem ruim sozinho.

— Você não pode me encher de comida, Lena. Mesmo sendo essas coisinhas saudáveis que você gosta. Você sabe que isso enche em certas quantidades.— literalmente me defendi dela.

Eu sei que ela está fazendo isso porque ela provavelmente provou antes e gostou. E agora quer compartilhar comigo. Isso com certeza me deixou feliz. Me fez sentir culpa por pedir para ela parar. Sem contar com a cara que ela fez. Suspirei.

— Ok...— cedi que nem uma idiota.— Um prato.— levantei o indicador para reforçar.— Apenas mais um. Sua escolha.— falei já arrependida.

Lena me olhou e sorriu como se fosse uma criança antes de sair. Eu fiquei parada apenas a seguindo com os meu olhos. Uma coisa que não mencionei, é que eu estou usando meus óculos. Dessa vez, com a ajuda de Luke, Lena o transformou — não completamente — em um indutor de imagem, é, aqueles pequeníssimos dispositivos que os aliens de National City usavam e usam até hoje. Então graças à tecnologia todos estão me enxergando de cabelo castanho e outras mudanças que Lena achou bom fazer, como... eu aparento ser do tamanho de uma ganoriana REAL, tipo, um metro e oitenta ou sei lá. Meu nariz eu sei que mudou também. A única coisa que não mudou, eu acho, foram os meus olhos. Mas eu pedi, viu? Ela se recusou a mudar.

Certamente é melhor do que os óculos sozinhos.

Bom, ela voltou. Se eu fosse dar um nome para o que ela trouxe seria... crepe? Mas assim, um crepe verde com mais verde dentro e um pouco de verde por fora.

NÃO É RUIM! Eu só não sei como destacar diferentes tons, nuances, sabores de verde. Verde gostoso. Eu gosto de verde.

— Por que a cara de dor de barriga?— Lena me perguntou com o cenho franzido.

— É a cara que eu estou fazendo? Porque eu gostei.— fui sincera.— Inclusive — mordi mais um pedaço.— foi a melhor coisa que eu comi até agora.

Lena começou a rir. Simplesmente rir. Eu não entendi nada... mas é bom ver ela sorrindo.

— Kara — ela continuou rindo.— isso é a pior coisa que eu já coloquei na boca. Você é tão do contra...

Estranhei.

— Você não gostou? Lena? De começo é... meh, mas depois fica bom. Experimenta de novo. Aposto que provou uma vez e declarou que é ruim.— eu aposto tudo que tenho que foi isso que aconteceu.

— Ei!— ela me repreendeu.— Isso foi... exatamente o que eu fiz.

Pov Lena

Kara começou a rir como há muito tempo eu não via. Se isso me deixou aliviada e feliz? Sim. Mais do que eu posso descrever. Ela precisa disso. Alguém já viu um Golden Retriever feliz sem pessoas por perto? Ela é assim. Esse calor "humano" é o que ela precisa e gosta.

Eu não tenho o que falar dessa noite. Luke me explicou algumas coisas por cima. Tipo, tem um ou dois dias, mais ou menos, que entramos no Grand Kethn. Mas algumas questões com o sol sempre atrasam a festa. Eu não entendi muito mais do que isso. Enfim! O que importa é que a festa está acontecendo agora. Várias pessoas estão aqui e sinceramente eu conheço algumas, já que saí com Koch aquele dia e noutro também.

•♦•♦•♦•

Eu perdi um tempo conversando com Koch e outras pessoas, tipo Lisch, a irmã dele, e O'rng, o amigo dela. Igualmente inteligentes, e eu sou atraída por inteligência. Enquanto isso Kara permaneceu com Luke e, eu não esperava por essa, ela se enfiou em uma roda e fez amizade com todo mundo ali. Eu conseguia ouvir de longe as risadas dela e das pessoas. Mesmo de longe eu sorri junto.

Só que o tempo passou e eu percebi que algo estava errado e quieto demais. Até eu me virar.

Kara estava bebendo alguma coisa que Luke deu para ela, e depois ela começou a rir. Eu definitivamente não vou perder a chance de ver Kara Danvers bêbada.

Pedi licença às pessoas com quem eu conversava e me dirigi diretamente para o lado de Kara e Luke.

— Lena!— ele sorriu largamente ao me ver.— Senta aí, eu acho que você não provou isso aqui ainda. Se chama Al't'wl. E sim, não é recomendado para menores.— ele explicou enquanto eu me sentada bem do lado dele. Kara me olhou, ela estava na frente da gente.

— É bom, eu recomendo!— ela sorriu. Um puta sorrisão, devo ressaltar.

E completamente cega na confiança que senti, bebi a tal Al't'wl. É diferente do que eu estou acostumada. Diferente dos vinhos que tenho em casa. Pensando bem, é a mesma coisa que colocar a boca na mangueira de um posto de gasolina. Horrível. Horrível. Álcool com gosto de morte. Horrível. Me espantou. Me deu medo. Horrível. Pavoroso. Tenebroso. RUIM!

— Isso é tão ruim que eu fiquei ofendida.— afastei o copo de mim. Quero dizer, quase joguei aquela desgraça longe. Mas Luke pegou o copo da minha mão e protegeu a bebida.

E uma coisa leva a outra quando se é perspicaz o bastante. Olhei para Kara, olhei para a bebida. Olhei para Luke também e depois para Kara.

Eu comecei a rir. Muito. Gargalhadas como nunca havia feito.

— Vocês estão bebendo isso até agora?— perguntei apenas para confirmar minha suspeita.

— Sim!— Luke respondeu todo feliz. Eu já sabia.

Al't'wl deixou a Kara bêbada.

— Ok — sorri.— eu vou levar ela embora, tudo bem assim?— até porque ela nem deve lembrar o próprio nome.

— Mas já?— Kara me olhou.— Eu só... ei, Luke — frases incompletas by Kara Danvers.— sabia que eu tenho supervelocidade? Aposta quanto que eu ganho de você daqui até a fogueira?

— Kara-

— Shh...— ela me olhou como se tentasse me acalmar.— Eu consigo, Len.

Isso vai dar tão ruim.

— Eu acho isso impossível.— Luke afirmou.

Até porque é. Mas se ela quer tentar... não, espera- ela não pode.

— Kara.— ela já estava de pé quando eu levantei na velocidade da luz e entrei em sua frente, a segurando pelos ombros como eu sempre fiz.— Você não pode.— falei baixo.

Ela me encarou, encarou e encarou.

— Lena...— de repente ela estava com os olhos marejados?— Lena, eu... eu sou a Supergirl... e você deveria saber desde sempre. Mas eu demorei para contar e depois só fiquei com medo da sua reação. Eu-

— Ei... eu sei.— como ela baixou a cabeça, eu me abaixei um pouco para entrar no campo de visão dela novamente. E deu certo, eu voltei a ter a atenção do par de azuis mais distintos que já vi.

Ela assentiu levemente.

— Eu não quero não te contar mais nada. Nunca. A partir de agora você vai saber de tudo. Até o que eu não preciso contar. E-

— Kara — eu ri.— você tem permissão para ter privacidade. Aliás, é um direito seu.— falei sorrindo.— Não precisa me contar tudo, ok? A não ser que você queira. Caso contrário, não precisa. Tudo bem assim?— perguntei com receio de ela se perder no que é real e no que Al't'wl a fez inventar.

— Tá bom...

— Mas eu ainda vou te levar embora.— Avisei.

— M-

— Isso infelizmente não se discute.— finalizei.

Meu maior pensamento é: se ela ficar aqui, uma hora eu tenho CERTEZA que ela vai tentar dar uma de Supergirl. Eu não sei o que é pior: dar errado ou descobrirem ela.

Sem muita preocupação eu consegui guiá-la. E não, não estamos nada longe de casa. G'ravor foi um dos organizadores e pelo que sei, organizadores podem escolher até a própria casa, se quiserem. Bem, ele escolheu bem perto.

— Eu nem estou bêbada assim, Lena.— ela tentou se defender para ficar ali.

Tarde demais, já estávamos fazendo o caminho reverso.

•♦•♦•♦•

Eu acho que guiar ela, bêbada, até em casa foi tão complicado que talvez eu coloque no meu currículo.

— Kara!— ela estava rindo e acabou tropeçando no pé da cama, o que fez com que ela desse mais risada ainda.

— Desculpa?— ela me olhou antes de cair na cama de bruços.

— Não precisa de desculpas...— falei com sinceridade e sentei ao lado dela, olhando um pouco para trás, para ver se a expressão dela me dava alguma dica do que aconteceria a seguir.

Kara continuou rindo e eu não faço a mínima ideia do quê.

— Você está tão bêbada assim?— perguntei enquanto me divertia ao ver Kara daquele jeito. Sério, talvez seja a versão mais hilária dela.

E Kara, deitada, a olhou.

— Mais ou menos... ainda é perigoso. Vá para o seu quarto, Lena.— Kara virou o corpo e agora estava deitada normal, mas com as pernas para fora da cama.

— Perigoso?— estranhei.— Por que?— curiosa, deitei do mesmo jeito que ela estava. Sem tirar os olhos dela, claro.

— Porque eu posso falar mais coisas do que deveria.— Kara riu.— E nem eu vou lembrar amanhã.— ela torceu o nariz um pouco. Acabei sorrindo.

Pov Narradora

— É? Coisas tipo o quê?— Lena instigou. Era divertido. Estranhamente divertido. E tudo o que ela queria fazer, realmente, era cuidar de Kara.

Kara a olhou profundamente. E com o cuidado que seu estado bêbado lhe conferia, ela se aproximou de Lena, mais especificamente perto do ouvido dela. Lena sentiu, primeiro, a respiração quente de Kara contra seu rosto; depois, ouviu Kara suspirar sucintamente para então abalar seu mundo.

— Tipo o fato de que eu te amo — Kara dissera quase num sussurro.— e não é apenas como amiga.— confessou. Kara deixou sua cabeça apoiada em Lena por alguns segundos.

Lena entrou em um estado catatônico ao passo que Kara deitou sua cabeça pretíssimo do ombro dela, mas ainda na cama.

Lena a olhou alguns segundos depois. Completamente perdida. Quem estava falando aquilo? Kara? Supergirl? Kara bêbada? Ela não sabia.

Kara não sabia o que pensar, ela estava fora de si e queria tantas coisas... e uma dessas coisas estava prestes a se realizar quando Lena foi invadida por seus próprios interesses e buscou o rosto de Kara com o seu. Kara não entendeu, mas tinha algo naquele olhar. Tinha algo dentro daqueles olhos verdes. E então Lena avançou, temendo que ela própria estivesse bêbada de qualquer coisa. Até mesmo sentimentos.

Kara suspirou com o contato, assim como Lena. Mas Kara não assimilou logo de início. Infelizmente ela viu Lena cortando o início daquele beijo, ela queria ter certeza. Essa quebra não durou muito, Lena voltou a beijar Kara com mais vontade agora. Porém Kara se afastou antes que o beijo se aprofundasse.

— Ok — ela tinha suas mãos nos ombros de Lena.— por acaso você está bêbada?— Kara perguntou confusa. Por que... em qual mundo Lena estaria fazendo isso? Sóbria era incompreensível.

— Eu...— Lena suspirou, voltando à razão.— Você tem razão.— ela se afastou.— Você está bêbada, Kara. Isso não... isso não vai acontecer. Desculpa, eu-

Lena se afastou. Na verdade ela voltou a sentar na ponta da cama. Kara também sentou logo em seguida.

— O que?— Kara automaticamente ficou sóbria.— Eu não disse isso.— Lena a olhou. Agora, a Luthor parecia mais confusa e envergonhada do que aquela Lena com atitude.

— Nem tenta, Kara.— Lena murmurou.

Lena tentou sair do quarto. Ela levantou, mas sentiu Kara pegando em sua mão.

— Lena, espera.— Kara levantara ainda segurando a mão de Lena, que se virou pelo movimento.

Kara a olhou fixamente enquanto segurava sua mão.

Ela não se sentia nada bêbada.

— Lena, eu... eu sei o que eu disse. E eu falei sério. Toda vez que eu olho nos seus olhos, eu me vejo em casa. Lar. E tudo o que eu quero fazer é ficar em casa.— Kara confessou da maneira mais delicada que encontrou.

Lena continuava imóvel, suas incoerências se fazendo presente. Por que Kara a amaria de outro jeito a não ser pela amizade? Qual era o problema dessa mulher?

— Eu acho que sei disso há um tempo.— Kara continuou.— Mas eu não acho que tenho nada a perder. Então... estou te contando.

Contar.

verbo

1.transitivo direto, transitivo indireto e bitransitivo

relatar o enredo ou detalhes de (história, caso etc.) [a].

Kara contou. Era disso que ela estava falando mais cedo?

Lena mal sabia que Kara repensou melhor. Na verdade ela tinha a perder sim. Ela tinha Lena a perder. Mas, novamente, como perder algo que não é seu?

Lena não era dela para que Kara a perdesse. Pelo menos não desse jeito.

Porém aquela noite estava repleta de surpresas e Kara não esperou, em mil anos, que Lena fosse colocar as mãos em seu rosto e retomar o beijo. Nada parecia importar. O que era Ganori? Um planeta e milhões de quilômetros? Não parecia. Elas estavam em casa.

Kara sorriu no meio do beijo, fazendo Lena a olhar.

— O que isso significa?— um Lado da Luthor estava receoso. Quem poderia julgá-la?

Sem dizer nada, Kara a puxou pela cintura, e como seu equilíbrio estava a desejar, elas caíram na cama. Kara acabou rindo, segurando Lena perto, sempre perto.

— Isso significa que agora não tem mais volta.— Kara deixou Lena confortável em cima de seu peito e recebeu um beijo na bochecha, o que fez com que ela fechasse os olhos sorrindo.

— Isso significa que você vai dormir.— Lena concluiu.

— Não — Kara negou com a cabeça e de olhos fechados.— eu estou descansando os olhos.

— É?— Kara não viu, mas Lena estava sorrindo.

Tudo bem, ela não viu, mas sentiu.

Tipo o fato de que eu te amo e não é apenas como amiga


Notas Finais


ESTE CAPÍTULO FOI FEITO ENQUANTO EU OUVIA RED TAYLORS VERSION ENTÃO ASSIM KKKKKKKKKKKKK
Na minha opinião não foi apressado porque elas querem há muito tempo e não sabem pedir.
Ganori, obrigada por ser diferente. Eu te amo muito!!!
Tem uma frase no próximo capítulo que eu ri tanto escrevendo, que vocês vão ficar com dó da Lena.
UMA MIGALHA DE COMENTÁRIOS PARA ESTA JOVEM AUTORA CAMPONESA??? E deem fav também 😔
Insegura com o beijo? Sim. Mudaria alguma coisa? Não.
Até o próximo!!!


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