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História Seven Days (SD) - Supercorp - Chapter XV: Don't you remember?


Escrita por: Denvers

Notas do Autor


Quero dizer que vocês são INCRÍVEIS! É isto! Obrigada pelos comentários e favoritos 🥺🖤

FRASE DE HOJE: Você realmente cogitou que isso fosse bom?

Bebam água, se cuidem e leiam com carinho! Boa leitura!

~~Notas finais sempre~~

Capítulo 15 - Chapter XV: Don't you remember?


Ganori

Quando a luz entrou pela janela, tudo o que aconteceu foi o despertar de Kara. Ela não tinha ideia de onde estava, mas, curiosamente, estava abraçando alguém. Levou cerca de dez segundos para ela perceber que era Lena e que ainda estavam em Ganori.

Kara se mexeu com cuidado, ela não queria acordar Lena. Ela olhou ao redor e percebeu que estava em uma posição diferente, seu braço esquerdo debaixo da cabeça de Lena, seu braço direito passando pela cientista, e sua cabeça em seu próprio braço. Dormir levemente bêbada tem seus momentos. Mas foi em vão. Lena estava acordada e virou assim que percebeu a movimentação de Kara.

— Você está bem?— ela perguntou cuidadosa. Como seria passar por uma ressaca em Ganori?

Kara a olhou e puxou seu braço, deitando melhor. Agora elas estavam frente a frente. Lena deitou em seu próprio braço, encarando Kara a todo momento.

— Acho que sim.— Kara murmurou.

A verdade era que Lena lembrava. De cada pedacinho da noite passada. Tudo estava nítido em sua cabeça, todas as partes. Mas, por medo, ela não tocou no assunto. E sinceramente, ela não sabia se tocaria.

— Eu vou ver se todos estão aqui, tudo bem?— Lena perguntou e Kara assentiu.— Tem certeza que não precisa de nada?— perguntou mais uma vez.

— Não, obrigada.— Kara sorriu agradecida pela preocupação "exagerada".

— Okay.— Lena suspirou antes de levantar.

Kara franziu o cenho algumas vezes assim que ficou sozinha na cama.

— Lena, espera!— ela agiu rápido e se arrependeu na mesma hora. Era tão ruim ser normal novamente.

Lena ainda estava na porta, então apenas se virou, levemente preocupada com o que Kara queria. Será que ela estava bem?

Kara levantou e andou até Lena sem cerimônia alguma. Sem sequer cambalear. Será que ela não estava de ressaca? Somente Luke poderia responder esses porquês, nem mesmo Kara seria capaz de opinar.

Kara se aproximou tanto que Lena se viu encurralada entre a porta e a garota de aço. E Kara, confiando em sua memória tão aguçada, colocou as mãos nos rosto dela. E o resto é previsível. Kara a beijou, mas aquele beijo típico de bom dia, rápido e apaixonado.

— Você pensou que eu esqueci?— a loira perguntou com um sorriso brincando em seu rosto. Um sorriso diferente de tudo que Lena já vira antes. Ou, melhor dizendo, um sorriso que sempre esteve ali e agora tudo ganhava sentido.— Você lembra?— Kara perguntou. Lena não respondeu por estar justamente presa em momentos nos quais Kara deu indícios de algo a mais. E isso fez Kara quase colapsar.— Oh, Rao! Lena, eu- desculpa! Eu pensei que- eu pensei que nós nos beijamos ontem e— ok, ela colapsou.— Por que você está me olhando assim?— Kara estranhou.

Em sua linda cabeça, ela havia beijado Lena contra a vontade da Luthor. Mas ela estava completamente errada.

— Porque nós nos beijamos.— Lena respondeu. Ela também reprimiu um sorriso. Ver Kara em pânico não era legal, mas o motivo talvez fosse.

— Por Rao!— Kara soltou o ar que sabia que estava prendendo.— Não faz isso de novo, por favor!— ela pediu quase em desespero.— O que eu menos preciso é de outra briga com você.

— Depende de como a briga vai acabar...— Lena pensou alto.

Kara a olhou, tentando não pensar se ela entendeu o que realmente entendeu.

— Digo — Lena piscou algumas vezes.— não vamos brigar.

— Ok...— Kara riu.

— Eu vou ver se o Luke está por aí. Até daqui a pouco.— e retribuindo o beijo de antes, Lena deixou Kara sozinha.

•♦•♦•♦•

Luke estava muito bem e sozinho, preso em seu próprio mundo, sentado no balcão e completamente pronto para tomar o café da manhã.

— Luke!— quando Lena apareceu.

— Bom dia!— ele sorriu ao de virar, mas logo franziu a testa.— Não sabia que gostou tanto assim do vestido.— brincou.

Lena olhou para si, notando esse fato. Ok, por alguns segundos ela odiou o fato de estar com a mesma roupa.

— Posso te perguntar uma coisa?— ela pulou o assunto vestido, isso poderia ser discutido depois de sua pergunta.

— Claro!— Luke não ligou muito para ela ali, ele começou a comer ao mesmo tempo que prestava atenção à dúvida.

— Quando você disse que ela estava com ciúmes — ele sabia que ela estava falando de Kara.— você quis dizer que ela estava com ciúmes de mim, não é?— o olhar de Lena era incompreensível. Apenas assim. Incompreensível.

Luke deixou de comer para encarar a mulher com mais profundidade. E as batidas do coração dela estavam tão embaralhadas quanto sua expressão.

— Sim.— Luke esclareceu.— Eu pensei que isso fosse claro.— estranhou.

Então, o coração de Lena lhe contou a maior atrocidade do século.

— Não me diga que você pensou que ela estava com ciúmes dele?— ele constatou.

— Não, é que...— Lena não queria admitir, mas quando Kara falou sobre Koch lá na primeira vez, ela pensou sim que a loira pudesse sentir alguma diferença — boa — por ele. Mas Kara nunca dissera nada, então Lena deixou de lado.

— Ok — Luke suspirou.— posso te falar uma coisa sem você me odiar?— ele logo garantiu que a amizade continuaria mesmo depois da verdade que estava prestes a sair de sua boca.

— Sim.— Lena engoliu a seco. Ela estava com um pouco de medo, era inegável.

— Como você pôde ficar tão brava com os óculos, sendo que você parece que é cega, às vezes? Eu falo sério, Le! Kara quase enforcou ele porque pensou que você estava em apuros. Você realmente cogitou que isso fosse bom?— Luke tinha essa pergunta entalada há um tempo, mas nunca houve uma brecha, de fato, para trazer à tona.

Lena ficou imóvel ali.

— Eu sei que tem coisa a mais por trás dos óculos, mas... entende aonde eu quero chegar? Aliás, por que essa pergunta agora?

— Porque nós nos beijamos ontem à noite.— quando Lena soltou a frase em voz alta, Luke parou de falar.

— E você veio me perguntar isso depois de ontem?— ele quis garantir.— Isso é alguma insegurança, ou?— porque não era possível, para ele, Lena ter alguma dúvida.

Mas ao mesmo tempo ele estava quase soltando fogos e saltitando.

— Insegurança?— Lena riu.— Com ela?— riu novamente.— Todas, né, Luke? Me ajuda aqui, porra!— ela disse baixo.

— Só porque você é uma Luthor e ela uma Super?— ele estranhou.

— Que? Não! Nada disso. Mas, veja bem, a gente se deu mal com relacionamentos vida toda. E agora minha melhor amiga disse que me ama? Sabe o nó que dá na cabeça? Se der errado, eu perco ela de todos os jeitos! E eu não quero isso.— olha lá a maldita insegurança que ela disse não sentir.

— Lena — Luke colocou as mãos nos ombros dela.— eu vou te falar algo somente uma vez e eu quero que você internalize isso.— ele pediu. Lena assentiu.— Eu posso interpretar as batidas do coração das pessoas.

— Isso eu sei.— Lena sorriu.

— E eu sei que ela te ama desde o primeiro dia que vocês apareceram aqui.— tá aí uma coisa que Lena não poderia imaginar.— E sabe do que mais? Sabe o que o seu coração está dizendo agora?— ele ouviu a frequência acelerada do músculo cardíaco de Lena.— Ele me diz que você sabe que esse medo de perder é sem sentido. Vocês vão passar por algumas lutas quando voltarem à Terra? Vão. Você vai ficar na Torre pensando se ela está bem enquanto luta com um alien três vezes maior que ela? Sim. Você pode achar que é difícil te amar, por toda sua história e ralações familiares, só que nada disso vai mudar o fato de que ela te ama e sempre vai voltar. E se eu estou apto a dar spoiler aqui, você não se sente diferente. Há tantas coisas que podem separar vocês, excetos vocês mesmas. Então toda vez que você lembrar que cogitou que ela estivesse com ciúmes de qualquer outra pessoa, por favor, dê risada de você.— e com dois tapinhas no ombro, Luke voltou a sentar.

— Eu acho que só vou dizer... obrigada. E... tirar esse vestido.— Luke a olhou.

— Está na hora.

•♦•♦•♦•

O pior era que ele estava certo.

Tantas coisas poderiam separar elas. Tantas situações. Tantas pessoas. E ainda assim, elas eram incapazes de se separar. Lena queria acreditar que na Terra as coisas ficariam iguais, mas, novamente, tantas coisas poderiam afastá-las. E voltar para casa era uma dessas coisas. Voltar para casa era um risco. Ficar em Ganori era um risco.

Tudo era arriscado.

Pov Kara

Depois de quase morrer do coração com Lena, eu tirei o vestido que começou a ficar desconfortável e só consegui pensar: eu a beijei. E ela me beijou.

E isso... isso não em preço.

Vamos lá. Desde quando eu sei? A partir do momento que percebi que ela era a única pessoa capaz de me salvar de todas as ameaças físicas que eu sofria, e as emocionais também. Claro, você não precisa — e nem pode — se apaixonar pela pessoa que te salva milhares de vezes apesar de você ser a garota de aço. E eu lutei contra isso. Eu lutei como se fosse uma praga, sem brincadeira! Porque é ela. E ao mesmo tempo que eu vi como um problema, eu vi como a única opção possível. Porque... É ELA!

Um pouco impossível não acontecer.

E por que problema? Porque teríamos nos jornais a seguinte manchete:

Todo dia Lena Luthor sendo sequestrada de um jeito diferente.

E eu acho isso tão verídico. Se bem... eu falaria como Kara Danvers... mas, se eu falasse, ela teria que saber meu outro lado.

TANTAS questões. Não sou capaz de responder todas. Mas Ganori sim.

Planeta desgraçado de bom. Me fez confessar coisas que nunca pensei. Gostei.

Voltando à realidade, eu também fui atrás do Luke. Quero, e preciso, fofocar.

— Olha quem apareceu!— ele sorriu assim que eu apareci.— Foi bom ontem, né?— e pela cara dele, Lena já fofocou primeiro.

No fim ela é gente como a gente.

— Eu não sei o que era aquela bebida — me sentei ao lado dele.— mas eu adorei.

— Lena odiou.— ele riu.

Eu lembrei desse momento. E ela é totalmente do contra.

— Ei, eu preciso da sua ajuda.— falei logo de cara.— Eu sei que você sabe.— isso é óbvio a esse ponto.

— Me falaram algumas coisas por aí...— ele disfarçou.

— Eu tenho uma ideia.— falei rápido.— E preciso de você.

E Lena não pode ouvir.

Pov Narradora

O quão rápido você pode se apaixonar?
O quando rápido você pode confiar novamente em alguém?
O quão rápido você pode perder tudo?

Kara não tinha essas respostas. Lena não tinha essas repostas. Aliás, quem as tem?

Mas Kara sabia de uma coisa: aceitar Ganori era fundamental. Ainda mais agora.

E algum tempo depois de mirabolar altas situações com Luke, em particular, como a mais secreta das poesias, Kara conseguiu tirar Lena de "casa". Esse fato deixou Lena baqueada? Sim. Ela amou quando Kara chegou perguntando se ela queria sair dali? Demais.

— Eu posso perguntar para onde estamos indo?— curiosa, extremamente curiosa, Lena perguntou.

Kara ficava tão bem sob a luz do dia. O sol realmente combinava com ela. E andando por Ganori de mãos dadas com Lena, ela sorriu sabendo que não revelaria tão cedo o lugar.

— Lena Luthor impaciente? Quem poderia imaginar...— Kara brincou.

Lena a olhou de relance e sorriu mesmo sem querer.

— Confia em mim?— Kara perguntou, olhando unicamente para as mãos dadas.

Era uma pergunta um tanto... interessante. Depois de tudo? Lena às vezes sentia como se não conhecesse Kara, mas, ao mesmo tempo, confiaria sua vida a ela.

E Lena, novamente, a olhou.

— Aristóteles pensava que o nosso cérebro servia unicamente para resfriar nosso sangue — Lena, de repente, estava prestes a falar algo inteligentíssimo. Responder uma simples pergunta com uma resposta intensa. Sim e não absolutamente não eram respostas para a jovem Luthor.— e que o nosso coração era o órgão dos sentimentos, pensamentos. E, seguindo essa lógica tão arcaica de um grande filósofo, eu digo que sim. Eu confio em você, talvez com todo meu coração.

E isso significava, em sua própria linguagem, que ela estava ali inteira. Ela confiava em Kara. De repente ela passou a confiar tão fortemente que sim, surgiu uma ponta solta de insegurança.

Kara não deixou de mostrar em seu rosto o quão importante foi aquela resposta. Para ela, estar andando abertamente em Ganori com Lena, prestes a fazer uma pequeníssima surpresa e ser depositada tal confiança, era algo que a garota de aço não pensou ter tão cedo assim.

Kara era grande, por dentro e por fora. Inegável que era. Mas todo mundo tem um ponto fraco. E o dela, ponto fraco sentimental, era Lena. Isso significa que Kara lutou muito para não ser confundida com a maior chorona de todo o Universo.

O sorriso singelo no rosto do símbolo de National City foi o motivo do sorriso da CEO da L-Corp.

Lena nunca havia explorado aquela área de Ganori. Não com Luke, muito menos Koch. Aquela era outra região. Totalmente diferente.

No fim, o grande segredo de Kara e Luke era justamente esse lugar tão único e tão escondido. Uma região cavernosa na qual um rio pesava por entre cada caverna. E eram três.

Skwia, Hilu e a grande Gi'mnoft

Skwia e Hilu eram menores, as duas juntas não chegavam nem à metade da Gi'mnoft. E era justamente para Gi'mnoft que Kara estava guiando Lena sem o menor pudor.

— Luke me contou uma história sobre esse lugar. Você quer ouvir?— Kara perguntou assim que elas se viram finalmente em meio as cavernas e suas majestosas, e imponentes, estruturas.

A natureza era algo que Lena sempre quisera entender. Ganori era evidência que a natureza era a mesma, não importando o lugar. No final, a natureza vence. E esse pensamento confortou Lena durante toda sua vida. Durante todos os seus anos, falhos anos, sob a posse da família Luthor. Seu conforto era saber que algum dia ela voltaria à natureza de algum jeito. Algum dia sua vida chegaria ao fim — naturalmente — e tão natural quanto a morte pode ser, ela desapareceria. E tão cruel quando a morte é, ela desaparecia aos poucos das memórias daqueles que por sua vida passaram.

Mas ali, ali ela não sentia esse lado tão mórbido da poeta reprimida que tinha dentro de si. Não, ali ela queria qualquer coisa que não fosse a confirmação de sua volta à natureza.


Notas Finais


Ai ai tanto mix de sentimento nesse capítulo... essas três perguntas estão na capa, e vão aparecer de novo 🤩
Luke, entenda, você é o único homem dessa fic. Aliás, com você apenas Brainy e J'onn. Os únicos!
Lena, se preserva por favor, você é inteligente, eu sei que é ✨
Kara, o que você pretende no meio de paisagem natural? Mas me fale com riqueza de detalhes 🗣
Uma migalha de comentários para esta pobre autora que é capaz de chorar com a própria fanfic???
Até o próximo! Eu só parei porque tenho que inventar a história das cavernas 😔


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