1. Spirit Fanfics >
  2. Seven Demons- BTS >
  3. Relação Afetiva

História Seven Demons- BTS - Relação Afetiva


Escrita por: Lynne007

Capítulo 59 - Relação Afetiva



   Queria poder dizer que nada disso tinha acontecido, que foi só uma coisa da minha cabeça. Uma ilusão causada pelo estresse e trabalho exaustivo, que nada do que eu passei nesses últimos dias, tinham realmente acontecido.

   Queria dizer também que, não queria ter dito aquelas coisas horríveis a ele, mas, agora que parei para pensar melhor... posso chegar a pensar que foi hipocrisia da minha parte, mas não 100%. Era difícil acreditar que justamente, ele faria isso... e eu só queria ir para longe.

   O mais rápido possível.

   — Srtª __, o seu jato está pronto.

  [ Duas semanas atrás ]

   Dia do desfile, 5:47 a.m.

   Não consegui dormir um minuto sequer, mas não me importava com isso, embora eu devesse, e muito. Deitada sobre o peito de Namjoon, enquanto recebia carícias em meu cabelo, depois de outra longa e gostosa transa, conversávamos sobre coisas fúteis, do tipo: — Qual nome você escolheria para um filho ou filha?

   Namjoon não conseguiu disfarçar nem um pouco a surpresa que teve quando eu lhe disse que, o único filho que pretendia ter seria um cachorro. Eu não me via sendo mãe de uma criança.

   E muito menos me casando...

   — Tá mas... deixando esse seu "pavor" de criança de lado, — Namjoon soa de forma divertida. — Tem uma coisa que eu andei pensando e... Eu preciso muito te falar uma coisa __. — sua voz sai arrastada.

   Me ajeito sobre ele, ficando de bruços e o encaro.

   — Então,... diga.— coloco meu cabelo para trás, para não atrapalhar.

   Namjoon se demonstra pensativo, receoso eu diria. Chuto que, agora sim, ele queira conversar sobre ontem de manhã. O vejo suspirar, soltando todo ar de seus pulmões.

   — Olha... por mais que eu seja totalmente contra essa sua idéia do futuro de não ser mãe, — ele solta uma risada. — Porque, eu acho que isso te deixaria mais linda ainda, — ele passa a mão por minhas costas, deslizando ela até minha bunda. — Eu... — ele desvia seu olhar.

   — Não precisa ficar com vergonha... — riu fraco. Apoio meu queixo em meus braços cruzados por cima de seu peito. — Acho que... depois de tudo o que passamos, não precisamos ter medo de contar as coisas um para o outro, nem guardar segredos....

   — Se não precisamos ter medo ou segredos... eu quero que você me explique uma coisa. — ele me olhou nos olhos, sério. Fico um pouco apreensiva, pois para mim, a única coisa que ele tinha para falar era sobre ele ter dito que me ama. — Quero que me diga então... Sobre o que o Soobin quis dizer naquele bilhete que você recebeu, naquela noite que eu estava aqui. Sobre que filho ele estava falando?

   Era só o que me faltava... ele viu aquele bilhete.

   Apenas abaixo a cabeça e saio de cima dele, deito virada para o outro lado, puxo a coberta para me cobrir melhor e encaro o teto, pensando no que dizer, e como dizer.

   Namjoon se vira para mim, erguendo seu tronco e me olhando de cima, esperando que eu diga algo. Encaro seus olhos por alguns segundos, procurando um jeito de começar.

   — Tá legal... a primeira coisa que precisa saber é que não tem criança nenhuma! — digo direta, sem enrolação. O vejo ficar confuso e então continuo. — Depois de... daquele dia horrível. — levo minha mão a seu cabelo. — Eu voltei ao hospital para mais exames. Não tinha garantia de que eu poderia... — corto minha fala, pelo nojo que sentia daquela idéia. — Se que eu engravidaria ou não, então... resolvi agendar um... — fico receosa, não são todas as pessoas que aceitam essa idéia facilmente. — Um aborto preventivo...

   Namjoon ficou calado por alguns segundos, não disse nada. Enrolei alguns fios de seu cabelo em meus dedos, fazendo pequenos cachinhos. Subo minha outra mão pelo seu braço e acaricio sua bochecha.

   — Me desculpa... — ele diz baixo, se abaixa e encosta sua testa na minha, causando uma leve pressão em meu corpo devido ao seu peso.

   — Imagina... eu já deveria ter te contado... — abro os olhos, ele se afasta um pouco. — Mas então... o que tinha para me falar?

   — Hã... não acho que esse seja o melhor momento, mas... — ele deixa um sorriso sem graça escapar. — Eu não posso mais esperar para te dizer isso.

   Acaricio seu rosto e dou um sorriso, o encorajando a continuar.

   — Fique a vontade para falar, daqui a pouco eu preciso ir trabalhar... então... — passo meu polegar em seu lábio, descendo meu olhar por seu corpo em cima de mim.

   Namjoon se ajeita acima de mim, separo minhas pernas para que ele se posicione melhor entre elas. Isso me causa uma leve tortura, pois eu ainda estava nua.

   — Eu estava querendo dizer isso a um tempão... — ele procura minha mão, a pegando e entrelaçando seus dedos aos meus.

   Não posso dizer que não fiquei nervosa, pois não fazia idéia do que seria e estava ansiosa para saber o que era.

   — Para de enrolação! — solto uma risada sem graça, dando um leve tapa em seu ombro. — Está me deixando... — fui interrompida.

   — Quer namorar comigo?

   No momento em que minha mente foi raciocinando aquelas palavras, meu coração foi acelerando as batidas, comecei a sentir algo pesar meu corpo, minha garganta secou e senti meu corpo esquentar.

   Firmei minha não em seu peito e o empurrei para sair de cima de mim. Me sento na cama e seguro a coberta contra meu peito. Assim que vejo seu sorriso sem jeito se desfazer, começo a me sentir culpada.

   — Namjoon... — levo meu olhar até ele.

   Ele encara o colchão e suspira.

   — Eu... tinha medo de que você dissesse...

   — Eu não disse nada...

   — Mas vai. — ele me encara.

   Desvio o olhar, envergonhada, não queria que ele ficasse mal. Ele faz menção de se levantar e isso chama a minha atenção.

   — Hã... acho melhor eu ir... não quero te atrasar para o seu trabalho. — sua voz soou tristonha.

   — Namjoon, não me entenda errado. — o seguro pelo braço e o puxo de volta para a cama. — É que... são tantas coisas... que nós... — deixei minha frase confusa morrer no ar.

   Nunca me comprometo com ninguém, sempre coloquei meu trabalho em primeiro lugar, e, por me dedicar tanto, acabo nem ligando para esse tipo de coisa e todo o mais relativo disso. Na verdade, a idéia de me relacionar romanticamente com alguém me assustava.

   Isso mesmo, eu me assustava.

   Embora eu pareça para ele uma mulher com a confiança inabalável, é extremamente pelo contrário.

   — É difícil... as coisas não são simples assim para a gente. — ele me olha, atento. Respiro fundo e continuo. — Nós... — ele me interrompe.

   — O que não é fácil? — sorri, chutei que seja para descontrair o meu próprio nervosismo, e ele se arreda para perto de mim.

   — Não se faça de inocente, você sabe muito bem o porquê. Não acho que o Sr. Bang, nem a mídia e, muito menos... Muito menos os seus fãs aceitariam... — digo desanimada. — Além de que, nossa amizade é gostosa mas, não me sinto... pronta. — digo com certa dificuldade. — Para me relacionar assim com alguém.

   Abaixo a cabeça mas, ele segura meu queixo e me faz olhar para ele.

   — Em questão com a empresa, você não precisa se preocupar com isso, enquanto aos meus fãs... se realmente quiserem o meu bem, eles terão que aceitar que só vou ser 100% se você estiver comigo. — Namjoon segura a minha mão e deixa um beijo no dorso.

   — Mas...

   — Enquanto ao fato de não se achar pronta, podemos tentar. — me lança um sorriso fofo.

   — Não me olha assim... — tombo o rosto para o lado.

   Não aguento quando ele me olha com essa carinha, ele consegue ser bem persuasivo e convincente com esse sorriso.

   — Eu não sei...

   Ele vem para cima de mim, me fazendo deitar e ficando sobre mim.

   — Ninguém precisa saber. — encostou sua testa na minha. — Até você se sentir bem. Se não quiser... podemos ficar apenas com a "nossa amizade gostosa". — falou divertido, me arrancando pequenos risos.

   Passo minha mão acariciando seu rosto.

   Acho que pode dar certo, ele me faz bem, adoro seu jeito e... que Deus me perdoe, mas esse homen tem um corpo... foi abençoado com um pau que awnnn... fico exitada só de imaginá-lo dentro de mim de novo.

   — Tudo bem... eu aceito namorar com você, Kim Namjoon. — deixo palavras que, nunca imaginaria, saírem da minha boca.

   — Sério...?

   Apenas digo que "sim" com um aceno de cabeça. Namjoon não se contem e me agarra pela cintura, se jogando para o lado e me puxando para cima de si. Ele realmente ficou contente, tão feliz que me senti um pouco mal por estar ainda receosa sobre isso.

   Namjoon começou a me encher de beijos, animado.

   — Mas... — ele parou e me olhou. — Que fique claro, que ninguém por enquanto, pode saber disto!

   Já era capaz de imaginar o escândalo que seria caso alguma coisa vazasse para a mídia, poderia afetar minha marca tanto de uma forma positiva, tanto quanto negativa.

   — Espera... nem os... — o corto.

   — Nem os seus amigos!

   Nos encaramos por alguns segundos, em silêncio, até que ele veio contra mim de novo, destribuindo beijos por todo o meu rosto. O abracei por cima de seus ombros, acariciando seus fios e aproveitando o calor que ele emanava com o seu corpo. Seria um momento super romântico se não tivesse sido estragado pelo meu despertador, me avisando que estava na hora de ir para o trabalho.

   — Preciso ir... — me separo de seu abraço, passando minhas mãos em seus ombros. — Te vejo hoje à noite?

   — Na primeira fileira. — ele pisca para mim, deslizando suas mãos por minhas costas.

   — Ótimo! Agora... preciso urgente de um banho. — faço mensão de me levantar, mas ele me segura.

   — Posso ir com você? — força uma voz manhosa.

   Finjo pensar e dou um sorriso para ele.

— Hm... não, se não você vai fazer eu me atrasar. — me levanto da cama, pouco me importando com minha nudez.

   Ele já estava acostumado a me ver assim mesmo. Sigo até o banheiro e o escuto reclamando.

  [...]

   Já estava no salão arrumando meu cabelo e fazendo as unhas, estava vestida com minha roupa e logo, Pilar iria passar aqui para irmos direto para o desfile.

   Era perceptível que o local estava lotado apenas pela quantidade de veículos no estacionamento e ao redor.  A entrada estava cercada por fotógrafos, me trazia sensações gostosas, maravilhosas, de certa forma, era compensador, preenchia algo dentro de mim.

   Meu ego, por exemplo.

   Os flashes das câmeras eram bem vindos, mantendo a postura elegante e o olhar afiado. Dentro do salão, não podia estar mais que deslumbrante, todos em seus lugares, os assentos VIPS lotados, enquanto mais algumas pessoas permaneciam em pé para poderem ver a passarela.

   Era explendido.

   [...]

   O desfile em si ocorreu como o planejado, deixando todos surpresos e chocados, não somente com a forma de aparição dos modelos, como também com as roupas.

   Atrás das cortinas, eu estava atenta, enquanto a produtora se preocupava em orientar os modelos, cronometrando o tempo, e durante isso, eu me preocupava com os compradores.

   Eu não estava nervosa, estava confiante, mas mesmo assim ainda tinha algo que me deixava um pouco tensa.

   Só não sabia o quê.

   Por fim, consegui fazer o espetáculo que eu tanto queria. No final, junto com a apresentação de todos, de mãos dadas com os modelos, agradeci a todos, na ponta da passarela.

   Meu coração pulava em meu peito.

   Já fiz muitos desfiles, mas nenhum tão glamouroso quanto esse, foi... simplesmente mágico, não acho outra palavra para descrever. Fiquei eufórica pelos aplausos, assobios e flashes que eram direcionados a mim, tendo certeza de que a magia não foi somente a minha imaginação.

   Para mim, um desfile é uma forma minha exposição de arte, de sentimentos, medos, inseguranças e sonhos, tudo isso passado para o papel e logo em seguida, para o tecido. É uma emoção tão forte ver as pessoas aplaudindo você, e é ainda mais reconfortante quando percebe que você consegue mudar a vida de alguém com o que faz.

   Logo após o fim do desfile, depois de responder perguntas e mais perguntas, fora as entrevistas agendadas, marcar com clientes e tudo o mais, volto para a parte de trás da passarela, onde agradeço a todos da equipe e, principalmente minha produtora por tamanha paciência.

   Rufus, claro, veio correndo me receber com um abraço, empolgado, me levantando e girando, chegando a me deixar um pouco tonta. Ele me devolve ao chão e então, segura minhas mãos.

   — __, menina o que foi isso?! Ficou fabuloso. — deu alguns pulinhos acompanhado de um gritinho fino. Ele realmente estava animado, mais do que eu. — Eu já conhecia seu talento mas, amiga... sou obrigado a dizer que você se S-U-P-E-R-O-U! — disse pausadamente. — Já vou lhe avisando que eu quero quatro daquele conjunto de casal: um vermelho, azul, preto e um em verde neon.

   — Obrigada... — respirei fundo, tentando recuperar o fôlego. — Acha mesmo que seu namorado iria usar uma roupa assim com você? Quero dizer... nunca o vi com esse estilo de roupa.

   — Hahaha, coitado. — riu alto. — Ele vai vestir o que eu mandar, tenho mais bom gosto que ele. — deixei um risinho escapar devido ao seu modo de falar.

   — Fiquei aliviada por ter saído tudo bem, estava bastante preocupada...

   — Você se esforçou tanto nessa coleção, o mínimo que te deviam era fazer o seu sonho acontecer __.

   Sinto minhas bochechas corarem e abaixo o rosto, envergonhada.

   Com Rufus eu tinha uma amizade que, ouso dizer, quase se igualava ao que eu tinha com Soobin, só que, para melhorar a minha sorte, ele não é um psicopata, e tem a cabeça no lugar.

   Bom... na maioria das vezes.

   Levanto meu rosto para dizer algo a ele, mas ele me interrompe, apertando minhas mãos e sussurrando para que eu olhasse para trás. Assim que o faço, vejo os meninos, todos ali.

   Volto minha atenção para meu amigo que, se não estivesse de boca fechada, estaria babando.

   — __, você não me contou, como foi a noite de vocês dois ontem? — pergunta baixo.

   — Foi quase tão mágica quanto esse desfile. — respondo no mesmo tom, deixando um sorriso bobo escapar.

   — Menina... — Rufus fecha os olhos e dá alguns pulinhos. — É melhor eu ir, porque o seu deus grego está vindo aí. — olho rapidamente e vejo que ele se aproxima. — Quero detalhes depois, beijos.

   Rufus me deixa. Me viro para Namjoon e percebo sua expressão um pouco séria. Diferente dele, eu estava mais do que feliz, meu coração batia forte e senti um frio na barriga com sua presença, ignorando tudo isso e a todos em volta, dou alguns passos apressados para me aproximar dele e o abraço.

   Graças aos saltos não foi preciso que eu ficasse na ponta dos pés.

   Ele inicialmente estranhou, com certeza, confuso se devia retribuir ou não. Nunca demonstramos afeto ou qualquer outra coisa em público, embora algo me diz que alguns saibam, como por exemplo, "os seus amigos".

   Não acharia ruim caso ele já tivesse contado a eles sobre alguma noite ou algo assim, eu mesma contei a Lydia e Luci. Mas é claro que, sobre nossa conversa hoje cedo, era para ficar em segredo.

   Senti seus braços me circulando, finalmente retribuindo o abraço. Não sei se foi extrema felicidade, pois pouco me importei com quem estava em volta, apenas direcionei meus lábios aos seus, o beijando na frente de toda a equipe e dos modelos.

   Namjoon não retribuiu meu beijo de primeira, mas cedeu logo depois. Parecia melhor do que das outras vezes, era mais mágico e encantador sentir seus lábios movendo-se contra os meus. Separamos por falta de ar, afastei meu rosto do seu e o vi completamente sem jeito.

   — O quê?... — ele me olhava confuso, porém, feliz. — O que deu em você? —  sorriu desajeitado. — Achei que...

   — Hum hum...

   Namjoon teve sua frase cortada por um tosse forçada, vinda de um dos meninos ali, que olhava para nós completamente perdidos.

   Nam me abraçou de lado, firmando sua mão em minha cintura, me virei para os meninos sorridente.

   — Boa noite meninos... — os comprimentei, levando alguns segundos até que todos me comprimentasem de volta.

   — Hã... vocês... — Jimin intercalou seu olhar a mim e a Namjoon, claramente sem saber o que falar.

   Eu por outro lado, estava certa da minha decisão.

   Olhei para Nam, que não tinha respostas e que me encarava, procurando alguma forma para explicar. Fiz um sinal com a mão para que os meninos se aproximassem e assim eles fizeram.

   — Vou contar um segredo a vocês. — falei baixo.

   — __... Você tem certeza? — Namjoon me olhou, surpreso.

   — Tenho sim! — disse convicta. — Eles não vão contar a ninguém, não são loucos... — varri meus olhos pelo rosto de cada um deles.

   — Fala rápido, eu sou curioso! — Hoseok reclamou.

   Respirei fundo e tomei coragem para anunciar de uma vez, com a voz baixa para que somente eles escutassem a seguinte frase dita por mim:

   — Estamos namorando.


Notas Finais


Galera, peço desculpas pela demora kk, infelizmente não poderei continuar postando todos os sábados pois tem MT coisa aqui em casa que tira meu tempo, mas vou postar sempre que puder 🥰


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...