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História Sex Angel (jikook) - Quinze


Escrita por: evyamaze

Capítulo 15 - Quinze


Jungkook fitava o rosto do detetive Xiaojun. Negava em constante, desapontado com o tempo que toda aquela investigação estava levando.

— é apenas uma mulher, qual a dificuldade em encontrá-la?

Xiaojun suspirou, de fato, sentia-se desapontado consigo mesmo. Nunca havia demorado tanto para investigar e encontrar alguém.

— Estou perto de achá-la, senhor Jeon. Dei-me mais um tempo, prometo que encontrarei sua mãe.

— Toda a minha esperança está nisso, você entende?

Xiaojun assentiu. — É claro que entendo, mas, por favor, acredite. Sua mãe está bem perto, o último endereço que estive, busquei por nomes. Por acaso, você conhece algum Kang Dohu?

— Kang Dohu? — Jeon franziu o nariz negando. — Nunca ouvi esse nome antes, mas o que há?

— Soube que seu pai buscou cerca de quinze milhões de won emprestado com ele.

— Quinze milhões? Mas, por quê? Para quê?

— Parece que ele precisou comprar remédios, ou algo assim. Você realmente não sabe nada sobre isso? — Jungkook negou, sentindo seu coração acelerar. — Esse mesmo homem foi cobrar sua mãe, cerca de uma semana depois da morte do seu pai. E sabe logo o que eu pensei, certo?

— Foi na mesma época que ela sumiu. — Jeon estava boquiaberto. — Você acha que ele tem algo a ver com o sumiço dela?

— Tenho quase certeza que sim. Irei a Masan esta semana. Irei até onde me informaram ser a antiga casa desse homem.

— E do que mais precisa? Dinheiro?

Xiaojun negou. — O senhor já me deu o suficiente.

Jungkook sorriu. Seu coração acelerava mais e sua memória lhe trazia o sorriso calmo de sua mãe. Seu corpo tremeu, ansiando por pura saudade.

— Mas e So-mi? — Jeon perguntou olhando-o com mais atenção. Xiao sorriu.

— Consegui o contato dela. — O homem buscou uma pequena folha onde havia anotado o número e entregou a Jeon. — Já confirmei. É de fato a sua irmã.

Jungkook encarou o papel e não soube distinguir o que sentia dentro de si enquanto olhava aquilo. Esperava se sentir feliz, radiante, mas não conseguiu apagar o sentimento de abandono quando lembrou de quando a procurou e não encontrou mais.

— Obrigado. — Ele agradeceu ao detetive, ainda olhando de maneira contínua para o papel.

[...]

— Que marcas são essas no seu pulso? — Moon perguntou a Jimin. Acabavam de organizar alguns equipamentos que haviam usado na aula e ele não pode deixar de perguntar aquilo, uma vez que a manga junta do collant que Jimin usava, havia se erguido minimamente e seus olhos, captado o arroxeado.

Jimin fitou os próprios pulsos e tratou cobri-los com rapidez. Mataria Jinyoung quando tivesse a chance.

— Acabei me machucando enquanto ensaiava em casa. — ele mentiu.

Moon cerrou os olhos e assentiu. Despediu-se do professor e foi rapidamente até os banheiros, encontrando Taemin e Hoseok lá. Ambos sorriam enquanto conversavam.

— Em que dimensão acabei de entrar? — Jimin perguntou, deixando sua bolsa sobre a bancada.

Taemin mostrou as unhas pintadas num tom nude, porém, cintilante.

— Hoseok-Hyung pintou minhas unhas. — respondeu, fazendo Jimin rir e erguer as sobrancelhas enquanto olhava para Hoseok.

— Ainda somos inimigos de dança, relaxa. — Hoseok comentou rindo. — só pintei porque estou de bom humor.

— É, eu soube... — Jimin riu, retirando suas sapatilhas e ouvindo a risada do melhor amigo. — Foi bom mesmo?

— Demais. — Hoseok suspirou.

Taemin olhou-o, não precisou de muito para entender que, de alguma forma, aquela conversa existia uma força sexual muito forte.

— Que bom. — Jimin riu e olhou o outro. — E você, como foi o seu café daquele dia?

Taemin riu baixo, abraçando o próprio tronco. Jimin olhou-o com mais atenção, assim como Hoseok e franziu o cenho.

— Não deu em nada. — o mais novo riu. — acabou que... eu estraguei tudo.

— Como assim? — Hoseok sentou sobre a bancada.

Jimin retirou a própria roupa e ficou apenas de cueca, ainda olhando o outro.

— Eu acho que... era um truque no final. — Taemin riu outra vez baixo. — mas eu acabei não conseguindo. A... pessoa que estava comigo, ela... não entendeu e acabou que fiquei sozinho no final.

Jimin olhou de soslaio para Hoseok e viu-o negar.

— Você não tem culpa nenhuma de nada. — Hoseok falou.

— Com certeza essa pessoa era uma idiota. — Jimin falou tocando o ombro do outro.

No mesmo instante a porta do banheiro abriu-se. O professor Moon adentrou o banheiro e olhou todos os três ali. Sorriu em direção a eles, mas seus olhos foram para Taemin e coincidentemente seu sorriso morreu.

Taemin desviou os olhos e suspirou.

— Vou indo. — o garoto avisou. — Vovó tem uma consulta às sete da noite, terei que levá-lo.

— Precisam de carona? — Jimin se ofereceu. Taemin negou sorrindo e buscou sua própria bolsa ao lado de Hoseok. Amarrou seus sapatos e despediu-se.

— Até amanhã.

Ainda sobre a bancada, Hoseok acenou. Jimin sorriu e assim que o garoto passou pela porta, encarou o melhor amigo.

— O que você acha que aconteceu? — Jimin perguntou, verdadeiramente preocupado.

— Será que tentaram algo com ele? — Hoseok falou baixo, arregalando os olhos enquanto negava para a própria pergunta. — Que horror.

Jimin suspirou, sentindo-se mal por pensar que talvez o garoto tivesse sido maltratado durante o encontro.

— Vocês precisam ir. — a voz do professor soou e assustou os dois. Jimin olhou-o e assentiu, guiou o corpo para uma das cabines para tomar seu rápido banho enquanto Hoseok apenas mantinha o olhar sobre o homem. — A escola fecha em dez minutos.

— Já estamos indo — o Jung falou. O homem assentiu e se retirou.

[...]

— Precisamos de mais ração. — Jungkook falou do chão de sua sala. Ria abobalhado com os filhotinhos enfileirados devorando o pouco de ração que havia distribuído. — ouviu, Yoon? — reclamou olhando para o amigo à sua frente.

Yoongi riu enquanto fotografava os filhotes e assentiu. Ergueu-se e anotou na lista que fazia em seu celular.

— Beleza, ração para sete filhotinhos... quantos quilos será que precisamos?

— três? — Jungkook perguntou olhando-o e viu os cães pequeninos latirem baixinho, fazendo-o rir. — acho que não. Uns cinco, talvez.

— Certo. Anotei. Hm... ração, shampoo, brinquedos, roupas engraçadas.

— Esse último eu não mandei anotar não.

— Mas eu vou comprar mesmo assim. — O mais velho falou, sorrindo cinicamente.

Jungkook negou e se ergueu. Buscou seu celular que avisava uma nova mensagem e riu.

— Taehyung já chegou, está nos esperando lá embaixo.

— Só ele? — Yoongi arqueou uma sobrancelha.

— E qual o problema? Vocês estavam transando na festa, pensei que tudo já estivesse bem.

— Tudo nunca vai estar bem. — ele riu amargo. — mas eu só pensei que talvez o Jimin ou não sei, o Hoseok fosse conosco... Não pensei que seria só a gente.

— Relaxa.

Seguiram para baixo, encontraram com Taehyung e Yoongi sentou-se no banco detrás do carro sozinho.

— Onde está o advogado do seu pai? — Jungkook perguntou enquanto dirigia pelas ruas de Seul.

— Irá nos encontrar no escritório. — Taehyung foi curto. Jungkook desviou os olhos para ele e viu-o encarar a rua, com óculos escuros equilibrados na ponta de seu nariz.

O melhor amigo não tinha sequer cumprimentado Yoongi e parecia que o outro não fazia muita questão por aquilo.

Estranho, Jungkook pensou. Pessoas não transam e deixam de se falar logo depois.

Mas se bem que, a tratar de Yoongi e Taehyung, aquilo sequer era novo. Mas Jungkook pensou que depois de Hoseok... Depois que o garoto havia entrado naquele meio, ao menos os dois voltariam a se amar e, talvez, reatassem um namoro agora a três.

Mas parecia que tudo estava como antes.

O destino era a imobiliária onde efetuariam a compra do prédio da futura "FireClub" e Jungkook por mais concentrado que tentava se manter no trânsito, sentia seu próprio corpo ferver em antecipação.

— Você já conseguiu entrar em contato com os fornecedores? — Ele perguntou a Taehyung, quebrando o silêncio dentro do veículo.

Taehyung assentiu. — Todos já passaram os valores necessários. Organizei uma planilha com o que precisamos para o início, depois fazemos uma reunião para debater os valores, certo?

Jungkook sorriu grande. Quando pensou que estaria falando com Taehyung sobre trabalho? Sobre o sonho que ambos criaram juntos e que agora estava prestes a se tornar realidade?

Ouviu o riso baixo de Taehyung e olhou rapidamente, vendo-o negar enquanto parecia tão bobo quanto você.

Voltando a atenção ao trânsito, Jungkook focou-se em apenas chegar logo ao local. Assim que desceu e olhou a fachada do prédio, sorriu um pouco mais, e viu Taehyung organizar o blazer que usava.

Era engraçado, mas assim como Taehyung, Jungkook arrumou a jaqueta de couro que usava e jogou seus cabelos longos para trás, esperando Yoongi parar ao seu lado para adentrar de fato o lugar.

Adentraram a recepção e Taehyung sorriu amigável quando avistou o advogado que lhes acompanharia na compra, já em uma das cadeiras aguardando.

Jungkook se apresentou e o cumprimentou, assim como Yoongi, e seguiram junto a uma recepcionista que já os aguardava. A venda seria simples. O prédio já havia sido escolhido, a vistoria já havia sido feita e todos os papéis necessários recolhidos. Apenas assinariam para tomar posse do local e fariam o pagamento.

Adentraram a sala e cumprimentaram a corretora. Sentaram a frente e logo estavam esperando apenas o advogado ler todas as linhas - e entrelinhas - do contrato e ter o positivo para prosseguir.

— Tudo certo. — o homem repousou a papelada sobre a mesa. — quarenta por cento será de posse do senhor Kim Taehyung, e sessenta por cento do senhor Jeon Jungkook. Estão de acordo?

Taehyung assentiu, levando o olhar para Jungkook e vendo-o também assentir. Yoongi ao lado sorriu baixo, sentindo o nervosismo deles até mesmo naquele assentir.

— Então fechamos o contrato? — a corretora sorriu abertamente.

Jungkook observou Taehyung assinar primeiro, bem ao lado da quantia que pagaria. Era menor, mas ainda assim, era alta. Em seguida o homem assinou ao lado do valor que também estava pagando e no fim, a transferência foi feita.

— Parabéns pela aquisição, senhores. — a corretora agradeceu, apertando forte a mão de ambos. — agora, para comemorar, aceitam algo para beber?

— Champagne! — e Taehyung disse animado.

— Tae... — Jungkook reclamou, mas olhou para a mulher. Será que ela teria mesmo champagne?

E de fato, ela tinha. Buscou uma taça e entregou outras três. Jungkook agradeceu, mas aceitou apenas suco, já que ainda dirigia.

— A FireClub. — Jungkook saudou.

— A FireClub! — e em uníssono, todos brindaram.

[...]

— Você ainda vai manter o trabalho? — Taehyung perguntou a Jungkook. Estavam no shopping, procuravam junto a Yoongi, a loja de utensílios para animais que o menor havia dito que tinha ali.

— Eu disse a você que pararia, certo? E eu vou de fato parar. Mas ainda tenho uma agenda, mais dois encontros e esse ciclo se findará e todo o meu esforço será apenas para a boate.

— Tem certeza disso? Ainda tem a faculdade, a sua vida para manter... Até que tenhamos uma renda livre somente com a boate, pode demorar, sabe disso, certo?

— Eu sei, mas eu tenho uma quantia guardada. Três milhões de won por hora, rendeu algo bom no fim, não ficarei desamparado.

— E mesmo que não tivesse, continuaria amparado. — Yoongi se aproximou mais de ambos e Taehyung assentiu. — eu viraria seu suggar. — e ele piscou, fazendo ambos revirarem os olhos enquanto riam alto. — A loja é ali. — Yoongi assentiu mostrando-os o lugar.

Jungkook seguiu os amigos pela imensa loja. Assustou-se com o tamanho que era aquilo e com os diversos corredores e sessões divididas. Seguiu com Taehyung para o corredor onde ficavam as rações e viu Yoongi ir em busca de um carrinho para pôr as compras.

— Por que vocês estão assim? — Ele perguntou, enfim vendo uma oportunidade ali.

— Assim como? — Taehyung olhou os diversos sacos de ração e deu de ombro. — Estamos como antes.

— Vocês transaram, Tae. E meteram o Hoseok no meio.

— Não. — Taehyung virou apenas para olhá-lo. — Não metemos ninguém no meio. O Hobi foi porque quis.

— E agora, tudo vai simplesmente voltar? Parece até que são inimigos.

— Eu não tenho culpa, Jungkook. Foi ele quem pediu isso. Ele fodeu comigo e com Hoseok, nos fez sorrir, nos beijou e depois simplesmente foi embora.

— Como assim? Por isso que você saiu da festa sem se despedir?

— Ele me deixou na cama enquanto Hoseok estava no banheiro. Ele olhou nos meus olhos e disse que o que havia acontecido era um erro. Sabe como eu me senti? Sabe como Hobi se sentiu quando saiu do banheiro e não o achou na cama?

— Eu não fazia ideia.

— Ele foi um grande de um pau no cu, principalmente com Hoseok. Eu já o conheço, sei dos seus picos, mas Hoseok não tem culpa disso. Não tem culpa de nada! — Taehyung tinha um bico chateado e bufou quando Yoongi retornou com um carrinho e apenas saiu de perto.

— O que rolou? — Yoongi perguntou a Jungkook, olhando Taehyung se distanciar.

— Você. Você foi o que rolou. — Jungkook aproximou-se e puxou a orelha dele. — Por que foi um filho da mãe com ele e Hoseok? Porque os tratou mal?

Yoongi abaixou o olhar e suspirou. — eu só disse que foi um erro.

— Um erro? Transar com às duas pessoas que claramente gostam de você, foi um erro? Na vez que você terminou com Taehyung, também disse que foi um erro, certo? Ou da vez que você se permitiu e deixou uma nova pessoas entrar na sua vida? Se tudo isso foram erros, porque você ainda continuou errando? Porque você aceitou subir naquele quarto e deitar com às duas pessoas que mais te querem no mundo?

— Você quer que eu me sinta culpado? Por que se for, não precisa, eu já me sinto.

— Eu não quero nada disso porque ainda sou seu amigo e quero o seu melhor. Mas eu quero que você veja que nada disso é um erro. Eles não são erros, o seu próprio coração diz isso, eu percebo.

— Eles não são, mas eu sou. Ouvi isso da boca do meu pai, vi minha própria mãe concordar com o silêncio. As pessoas que me colocaram no mundo me acham assim, porque eu não seria?

— Porque você não é, cacete! — Jungkook exasperou-se, encarando-o de frente. Suas mãos tocaram os ombros de Yoongi e seu suspiro foi longo. — Você acha que precisa voltar a se consultar? Se quiser, eu vou com você.

— Eu não preciso voltar a fazer terapia. Estou bem.

— Yoon, eu vou com você. Mas eu quero que fique bem. Começar com esses pensamentos só porque seu pai falava é ruim. Você sabe que não é verdade.

— Estou bem, Jungkook. — respondeu duro. — Vou esperar no carro.

— Mas você queria ver as roupinhas!

Yoongi desviou do corpo do maior e saiu a passos duros.

— A chave! — Jungkook gritou erguendo o objeto. O corpo menor retornou, mas não se demorou. Buscou as chaves e voltou a sair. — Zé mané... — Jungkook resmungou, vendo o modo marrento em como ele saia.

Jungkook viu-se sozinho naquele corredor. Bufou e olhou os inúmeros sacos de ração, procurando a marca que JooHeon havia lhe recomendado e quando achou-a, buscou pela apropriada para filhotes.

Talvez aquela fosse a melhor ração para eles, pois apenas um quilo dela, equivalia ao valor de outro que Jungkook percebeu ter três quilos.

Buscou cinco pacotes e arrumou no carrinho de compras. Empurrou-o e viu alguns petiscos apropriados para filhotes. Não sabia se podia dar-lhes aquilo, então buscou por JooHeon suas mensagens e fotografou os produtos.

|Posso dar isso aos bebês?

Esperou pela resposta e se animou quando viu o amigo digitando.

Heon:

|Bebês? Você fala como se fossem humanos kkkk

|Mas, sim, é liberado.

Jungkook sorriu e buscou vinte pacotes.

— Você enlouqueceu? — Taehyung apareceu no corredor e viu a cena.

Jungkook encarou-o e olhou o carrinho, depois negou.

— São para os bebês. — explicou simples.

Taehyung negou, aproximando-se devagar e olhou de relance para os lados.

— Ele foi esperar no carro. — Jungkook avisou.

Taehyung deu de ombros, fingindo não estar nem aí para nada. Caminhou junto a jungkook pelos corredores restantes.

— Que tal cenoura? — Taehyung ergueu a minúscula roupinha. — Com certeza o número três ficará bem nela.

— Número três? — Jungkook riu incrédulo. — Você deu números no lugar de nomes?

— É mais fácil. — Taehyung deu de ombros. — mas vamos levar coleiras coloridas, assim saberemos quem é quem.

— Tae... eles não são nossos. Senhor Lee os buscará de volta bem em breve.

— Eu não ligo, me deixe comprar as coisinhas em paz!

Jungkook apenas negou. Viu o amigo puxar o carrinho de compras e quase enchê-lo, com várias e várias inutilidades que apenas julgava "fofo".

[...]

— Eu quero MC. — Yoongi dizia do banco de trás, encarava a janela mesmo que o carro ainda estivesse parado.

— BK é melhor. — Taehyung falou, bufando.

— 'Tô quase indo para casa fazer lamen, assim eu não fico no meio de vocês dois. — o Jeon bufou, ouvindo seu celular tocar e sorrindo por já imaginar ser o Park.

Mas seu cenho franziu, seus olhos reviraram logo após ler a mensagem que acabava de receber.

— Ha, ha, ha, muito engraçado. — ele disse olhando para Taehyung e desviou para Yoongi. — Vocês querem voltar a pé?

— Que foi? — Yoongi perguntou se inclinando para a parte da frente e leu a mensagem. — 'Tá doidão? Eu não mandei isso não.

— Foi você então. — Jungkook olhou para Taehyung. — acha isso engraçado?

Taehyung leu e suspirou.

— Você é idiota, Yoongi.

— Mas não fui eu quem enviou. Eu juro.

— Também não fui eu. — o Kim assegurou.

Jungkook negou e devolveu o celular para o compartimento no painel do carro.

— "Você tem medo da morte?" Isso é ótimo para mandar a um amigo. — Reclamou. — só por isso, vocês vão pagar meu lanche.

— Mas-

— Mas nada. — ele interrompeu ambos. — e eu quero subway!

[...]

— Esse molho é bom. — Jungkook falava de boca cheia. — Yoon, cadê a coleira do número quatro?

— Para de chamar os cães por número, seu idiota. O nome dele é samuca, 'tá ligado?

— Samuca é nome de cachorro? — Taehyung olhou-o e viu-o dar de ombros.

— Deve ser.

Jungkook riu baixo e terminou seu sanduíche repleto de molho e salada. Jogou o papel de embrulho de volta na sacola e buscou outra vez seu celular.

A mensagem ainda estava ali, no meio das suas tantas mensagens, mas o número estava com o id privado e isso lhe chateava.

— Você vai estudar hoje, certo? — ouviu a voz de Taehyung despertar-lhe e assentiu. — depois da aula, 'tá a fim de sair?

Yoongi ergueu o olhar e encarou o Kim. Sabia bem para onde iria depois da aula porque havia sido convidado também, mas é claro, a recusa foi certa.

Mas não negava que seu próprio coração morria aos poucos com a forma em como estava se privando de tudo o que amava.

— Para onde? — o Jeon perguntou.

— 'Tá ligado que o Parque de diversões 'tá na cidade, certo? Hoseok deu a ideia de irmos todos juntos.

Jeon olhou para Yoongi e viu-o negar devagar.

— Nós...?

— Bom. — o Kim levou os olhos para o ex-namorado, mas deu de ombros. — quem quiser ir. Acho que o Namjoon e o modelo não vão.

— Você não vai? — Jungkook perguntou a Yoongi.

— Tenho que terminar uma música. Estou de olho numa audição que terá em algumas semanas, não posso arriscar.

— Sério? Só por hoje, é bom se divertir...

— Não, eu vou ficar de boa. Vão e se divirtam por mim.

Jungkook suspirou, olhou para Taehyung e viu o modo tristonho que o rapaz olhava o outro. Não entendia mesmo a confusão que aqueles criavam, mas era notório que se gostavam, mas se reprimiam.

Só desejava que eles se resolvessem. Se não fossem ficar juntos, ao menos parassem de se estranhar como estavam se estranhando agora. Era estranho e incômodo, ainda mais incômodo porque Jungkook era testemunha de como aquilo havia nascido e acabado. Acabado de forma fria, seca e dolorida. Viu Taehyung sofrer por dias e ouviu Yoongi chorar por noites.

[...]

Jungkook encarava a face risonha de Jimin. Esperava o melhor amigo e Hoseok em frente ao próprio carro. E não sabia o porquê, mas Jimin estava ali e lhe encara sem sequer parar.

— O que foi? — Sua pergunta saiu risonha. Não conseguia não rir quando Jimin já ria baixo para si.

— Sabe que isso é um encontro de casais, certo? — Jimin arqueou a sobrancelha sugestivo, aproximando-se para parar o corpo ao lado do de Jeon. — Hoseok e Taehyung fizeram um truque. Mas Yoongi não caiu.

— Mas ainda assim é um truque. — Jungkook completou-o, assentindo. — Seremos velas hoje.

— Seremos castiçais. — Jimin riu alto e viu o melhor amigo vir logo além. Caminhando ao lado de Taehyung, enquanto fitava-os.

— Seguinte. — Taehyung disse antes mesmo de parar. — Namjoon realmente não virá.

— Poxa. — Jimin falou. — Mas ele disse o por quê?

— E precisa? — Hoseok riu alto. — Ele está com o modelo, não vão se desgrudar.

— Eles são namorados? — Jungkook quis saber.

— Tipo isso. — foi a resposta que Jimin lhe deu.

— Certo, então seremos nós quatro. Jungkook dirige? — Taehyung sugeriu, o amigo assentiu e logo estava dando a volta no carro.

Jimin fez o mesmo, não tardando em abrir a porta do passageiro, bem ao lado do Jeon.

— O que é isso? — Jimin buscou alguns papéis sobre o banco e abriu-os, curiando o que havia escrito.

— São alguns exames de rotina que fiz recentemente. — Jungkook respondeu olhando-o e negou, vendo os olhos atentos do Park ali. — Sou cem por cento limpo e saudável.

Jimin encarou-os e riu envergonhado por não saber controlar seu lado curioso e se encolheu, entregando a Jungkook a pastinha de papel.

— Não veio com seu carro hoje? — O mais velho perguntou-o não se importando com aquilo. O Park negou, então ele sorriu enquanto arrumava o próprio cinto de segurança. — Então te levo hoje, tudo bem?

Jimin assentiu, ajeitando o cinto de segurança em si também e ouvindo as vozes baixas dos outros logo atrás. Riu baixo, com a percepção de que, de fato, seria vela com Jeon aquela noite.

Quando seguiram para o tal Parque, uma música baixa foi tudo o que não fez o silêncio completo tomar conta do veículo. Jimin ouvia uma suave melodia e estava encostado à janela. Sentia-se pesado com a letra, mesmo que falasse apenas de amor, mas era estranho para si que, a semanas atrás, ele acreditava estar vivendo um grande amor. E agora, tudo estava vago. Sentia-se enganado, enojado e chateado.

— Como está sendo o estágio? — A voz de Jeon soou, fazendo-o olhar-lhe.

Jimin virou-se e encostou a cabeça no banco de couro, encarando Jungkook ainda com suavidade.

— Cansativo, mas muito, muito bom.

— Você dá aulas lá ou só ajuda?

— Um pouco dos dois. Mas eu sou chamado de tio Jiminie, ou Hyung, é fofo.

— Qual a base de idade dos seus alunos?

— São pequeninos, mas varia. Tenho pequenos de seis, sete, oito... não há uma idade padrão.

— Você gosta de crianças, Park? — a pergunta soou curiosa. Jungkook parou o carro em um sinal vermelho e olhou-o. Jimin pensou quieto, mas deu de ombros no final.

— Acho que um pouco. Elas são fofas.

— Nem todas são fofas. — Taehyung riu de trás, fazendo-os olhá-lo.

Jimin riu do modo em como o mais velho estava abraçado ao seu melhor amigo, mas pareciam bem.

— Você tem irmãos? — Hoseok perguntou olhando-o.

— Não, mas eu não tenho apreço por crianças. São chatas, barulhentas e sujas. Ah, sem falar que são um pouco tontas.

— Taehyung! — Jungkook negou. — Crianças são boas. Você que é chato, barulhento, sujo e tonto.

Taehyung deu língua ao outro que riu. O carro voltou a se mover e Jimin voltou a encarar o rosto de Jungkook.

— Você gosta de crianças? — perguntou.

Jeon sorriu sem desviar os olhos e assentiu.

— Quero poder ser pai um dia.

— Mesmo? — Jimin também sorriu.

— Mesmo. Meu pai foi a melhor pessoa do mundo para mim, quero poder ser um bom pai um dia.

Jimin olhou para a frente e viu a grande roda-gigante brilhar em seus tons mais chamativos. Sentiu o arrepio por ser seu brinquedo favorito dentre todos, mas ainda tinha a voz de Jungkook ecoando em sua mente, então olhou-o outra vez, vendo o sorriso pertinente que o maior tinha nos lábios.

— Acho que você será. — Jimin disse por fim.

— É? Porque acha isso? — Jeon estacionou o carro e olhou-o.

— intuição.

[...]

Os quatro homens andavam afoitos pelo parque. Faltava menos de uma hora para fechar, e juraram que aproveitariam ao máximo aquele pouco tempo.

— Da próxima vez a gente falta aula e vem. — Taehyung sugeriu, puxando Hoseok pela mão enquanto com a outra o azulado segurava um grande algodão-doce que devorava.

— Ou, a gente vem no fim de semana. — O Jung retrucou, rindo com os lábios em um tom mais vermelho, devido ao corante. — e trazemos o Yoon amarrado.

— A corda terá que ser muito forte. — Taehyung riu e buscou um pouco do algodão-doce, vendo como os olhos de Jungkook fitavam a roda gigante à frente.

— Podemos ir? — Jimin perguntou animado.

Todos assentiram, mas Jeon manteve-se quieto, em total silêncio e ainda encarando aquele brinquedo alto demais.

— Vamos só... — seus olhos fitaram ao redor e ele viu alguns homens reunidos em frente ao brinquedo que marcava a força de cada um. — naquele! — ele apontou e antes de obter resposta, puxou Jimin pelo pulso e arrastou-o consigo. — Talvez eu ganhe, já que você é pequeno e possivelmente mais fraco, mas eu jogo mais leve para te fazer ganhar. — ele apontou risonho, fazendo o Park revirar os olhos.

— Você não pode me julgar fraco por ser menor que você. Aliás, menor alguns poucos centímetros.

— Mas você realmente não irá ganhar, Jiminie. — Jungkook parou risonho a frente dele e arqueou uma sobrancelha.

— Certo. Vamos apostar, então. — e o outro respondeu, erguendo o queixo, a poucos centímetros do maior.

— O que então?

— Se você ganhar, pode me pedir o que quiser.

— Até um beijo? — e o sorriso sugestivo de Jeon aumentou, ganhando tom de brincadeira, mas talvez não tanto assim.

— Até dois se quiser. — Jimin pareceu não se abalar com aquilo. Nem sequer seria uma punição.

— Mas e se você ganhar.

— Então eu te peço o que quiser, quantas vezes quiser.

— Quantas vezes quiser? — Jeon negou em prontidão. — uma vez e ponto.

— Duas.

Jeon olhou nos olhos redondos do outro e assentiu.

Pagou por dois passes no brinquedo e buscou o martelo, mas antes olhou Jimin, deixando um riso debochado no ar.

— O alcance máximo é novecentos e cinquenta. — o homem ali avisou. — o recorde é novecentos e doze.

Jeon assentiu, organizou a postura e respirou fundo antes de martelar o ponto vermelho com toda a sua força.

Fitou os pontos subindo e olhou para Jimin quando a tela acendeu.

— Novecentos e quatorze! — o homem respondeu animado. — Temos um recordista!

Erguendo o martelo de brinquedo e sorrindo ainda mais provocador.

— Boa sorte. — ditou quando Jimin passou por si e arrumou-se em frente ao marcador. — Só cuidado para não se machucar.

O Park respirou fundo e alongou-se. Ouviu o som de alguns ossos estalarem e sorriu pequeno, focando sua visão no botão vermelho à frente.

Jeon via tudo ao lado. De braços cruzados, ele via como Jimin focava-se para não errar aquilo e passar vergonha.

Mas então, o Park jogou o martelo com toda a força possível que podia. Ofegou quando o som alto soou e se afastou para ver o placar gerar sua pontuação.

Os braços do Jeon tombaram, assim como sua face que suportava a feição completamente surpresa e boquiaberta.

— Errado! — ele apontou, fazendo Jimin rir alto.

— Caramba, baixinho. — o homem falou surpreso, olhando o placar junto a todos os outros ali. — Novecentos e trinta? Você bateu o recorde!

Jimin bateu palminhas alegre e até mesmo fez sua dancinha da vitória, erguendo ambos os indicadores enquanto balançava o corpo e olhava risonho para Jungkook.

— Você perdeu! — ele gritou apontando para o outro. — Me deve um prêmio!

— Isso está errado! — Jeon negou, ainda incrédulo demais.

— Aceita que perdeu, Jungkookie. — Jimin se aproximou, repousando as mãos sobre a cintura e encarando-o mais. — vai me dar meu prêmio sim! — e bateu o pé no chão.

— Se ferrou. — Taehyung riu e puxou Hoseok para sair dali. — vejo vocês no estacionamento quando fechar. — avisou.

— O que irá querer? — Jungkook cruzou os braços, encarando o menor.

— Quero que você vá à roda-gigante comigo. — Jimin disse simples. — e quero que pague o maior sorvete que esse lugar vender.

— Não vai te dar dor de barriga? — ele negou quando viu o modo afoito que Jimin negou, fazendo seus cabelos sem cor balançarem. — Tudo bem...

Chateado, Jeon caminhou com o Park até a área de alimentação do lugar. Viu o garoto ter seus olhos brilhantes para a imensidão de sorvetes à frente e viu que o maior valor era por sete bolas, podendo variar os sabores.

— Sério, você vai ficar diabético. — ele sussurrou quando Jimin escolheu o primeiro sabor.

— Não vou não. — Jimin ralhou, e apontou para os sabores de chocolate, flocos e baunilha.

— Isso vai custar um rim! — Jungkook sussurrou mais, em prol de fazê-lo desistir.

— Pode pôr todas as outras de morango. — Jimin sorriu doce para a atendente.

A mulher pôs como foi pedido. E finalizou com vários confeitos em formatos de estrelas e corações.

— Ele quem vai pagar. — Jimin apontou para Jungkook, mordendo o primeiro pedaço do sorvete e sentindo o sabor extremamente doce dos confeitos.

— Aigoo...

Jeon foi contra sua vontade, mas pagou caro por todo aquele açúcar. Jimin ainda ofereceu-lhe e ele até aceitou. Dividiram uma mesinha pacata no canto e o Park deixou que algumas poucas colheradas do seu sorvete fossem guiadas até o outro, sempre atento à reação desgostosa que ele tinha com a sensação gelada.

— Não acredito que você acabou com esse sorvete em menos de trinta minutos. — Jungkook falou surpreso, vendo o menor apenas rir baixinho.

— Você também comeu dele, não me olhe como se eu fosse um guloso...

— Imagina.

Deixando o local, Jungkook encolhia-se dentro da jaqueta de couro que vestia. Andava ao lado de Park e via a forma ainda eufórica que ele quase saltitava. Mais parecia uma criança do que um homem de vinte e dois anos.

— Ainda temos dez minutos. — Jimin falou quando pararam outra vez em frente à roda-gigante e fitou os olhos de Jeon.

O garoto não gostava de transparecer seu receio com altura, mas não conseguia negar que sentia medo somente em olhar para o topo daquilo.

Jimin mordiscou o lábio inferior e buscou a mão dele.

— Tudo bem se não formos. — piscou de forma calma, sentindo a mão gelada de Jungkook sobre a sua. — não é importante.

— É o seu prêmio. — Jeon falou suspirando. O vento calmo bateu contra si, fazendo seus cabelos voarem com delicadeza.

— Não, tudo bem mesmo.

Jimin iria dar as costas e rumar para o estacionamento, mas sentiu os dedos do outro se apertarem aos seus, então virou-se e olhou-o mais uma vez.

— Nós vamos. — Jungkook falou e buscou do bolso da sua jaqueta um elástico de cabelo. — Só me deixa preparar minha mente, tudo bem?

— Jungkookie, é sério. Não precisamos ir.

Mas o Jeon negou. Prendeu seus cabelos num pequeno coque atrás e respirou fundo quando encarou o brinquedo outra vez.

— É como andar de avião. — falou para si mesmo, numa tentativa falha de tomar coragem.

— Tem certeza? — Jimin perguntou preocupado. Jungkook assentiu e puxou-o pela mão, indo até a pequena fila para comprar passes para aquele brinquedo. — Eu vou segurar a sua mão, tudo bem?

Jungkook riu, mas não era como se quisesse negar que aquilo poderia ser útil de fato.

Buscaram os bilhetes e entraram no brinquedo.

— Apenas duas voltas, o parque já está fechando. — o homem avisou quando certificou que as travas estavam seguras.

— Um roubo, pagamos por cinco voltas. — Jimin protestou, mas Jungkook negou, apertando os dedos dele outra vez.

— Duas voltas está ótima, moço, obrigado. — ele sorriu torto quando o homem apenas virou e saiu.

— Jungkookie — Jimin chamou. O brinquedo se moveu e o corpo do maior quase colou ao seu, então tomando a decisão, Jimin juntou seu braço ao do outro e segurou-lhe mais, prestando atenção no modo em como os olhos redondos se arregalavam mais a cada nova vez que tomavam distância do solo. — eu 'tô te segurando, está vendo? — ele ergueu as mãos juntas, mas Jeon apenas fechou os olhos e se encolheu no ombro do outro, sentindo o brinquedo parar no alto e o banco onde estavam, balançar com o vento. — Ei... calma.

— Jiminie, eu quero descer! — O maior sussurrou. Poderia soar engraçado se Jimin não sentisse toda a aflição do medo dele.

— Eu disse que tudo bem se não viéssemos, agora vamos ter que esperar acabar.

— Desculpa, mas era o seu prêmio.

Negando enquanto deixava uma risada baixa escapar, Jimin sentiu-se na obrigação de cuidar do outro pela primeira vez.

O som da baixa risada chegou a Jeon como calmante. Seus olhos se negaram a permanecer fechados quando tinham o rosto do Park bem ali ao lado e sequer notou que o brinquedo voltava a se mover devagar.

Jimin olhou-o e sorriu. Sentiu-se perdido por poucos segundos, mas desviou os olhos quando pararam outra vez e percebeu que estavam no pico mais alto que o lugar proporcionava-nos.

— Woah... é tudo tão bonito. — ele falou encarando a cidade à frente.

Jungkook ousou desviar os olhos por breves segundos, sentindo o frio subir-lhe e seus pelos se eriçarem, embolando sua barriga quando seus dedos seguraram Jimin com mais força.

Mas pouco a pouco, ainda aproveitando a paisagem, Jimin fez os dedos de Jeon desprenderem-se de seu braço e apenas apertarem-se em seus dedos, entrelaçando-os uns aos outros.

— Estou te segurando. — ele sussurrou pertinho do outro.

A respiração atrapalhada e amedrontada de Jungkook fez-o sentir um aperto no coração, então virou-se devagar, fitando-o de frente e tocando-o sobre a bochecha.

— Você não vai cair, eu não deixo.

Com um sorriso pequeno, Jimin tentou soar confiante, mas o brinquedo movimentou-se agora descendo, e a força em como Jeon voltou a lhe apertar foi desesperadora.

Jimin então, para apenas não deixá-lo ainda mais em pânico, se aproximou, abraçando-o por completo e cobrindo-o parcialmente com o próprio corpo.

— Não me solta. — Jeon pediu baixo, vendo que a roda-gigante passou pelo solo e voltou a subir outra vez.

— É a última volta. — Jimin assegurou.

O brinquedo subiu e passou do topo. Jeon respirou aliviado quando viu que não pararia mais no pico mais alto, mas voltou a se sentir amedrontado quando outra vez pararam e o banco balançou devagar.

— Você precisa não focar tanto na altura.

— Isso é meio impossível. — Jungkook falou baixo.

— Certo, olha para mim, talvez assim, você esqueça do resto.

— Você acabou de soar muito convencido.

Jimin riu, mas Jeon fez como ele pediu. Encarou-o de perto, sentindo o movimentar leve do banco.

— Eu quero muito fazer algo agora, mas não consigo. — Jeon foi sincero. — Meu corpo está congelado.

O Park riu, mas se aproximou mais um pouco do outro.

— Algo romântico, ou, desesperador?

— Eu diria que um pouco dos dois. — Os lumes escuros se iluminaram com o fulgor da coloração do brinquedo. Jeon respirou com dificuldade quando voltaram a descer lentamente.

— Você quer me beijar? — Jimin perguntou em um sussurro. Estava tão preso ao outro que sequer foi difícil de ouvir.

E tudo o que o maior conseguiu foi assentir. Fechou os olhos com força quando percebeu a proximidade de Jimin e permitiu que seus pulmões liberassem o ar quando sentiu os lábios fartos prensarem sobre os seus.

Parecia que o medo havia se esvaído e tudo o que conseguia focar era que Jimin estava ali, lhe beijando para lhe distrair e lhe proteger, enquanto, é claro, compartilhava da vontade que ele sentia desde que estavam sozinhos no estacionamento.

O solavanco do freio fez ambos se soltarem. Jimin riu baixinho e Jungkook olhou ao redor, feliz demais ao perceber que estava no solo e que o responsável já caminhava em suas direções, preste a abrir aquilo e ele correr para o mais longe que conseguisse, com a promessa de nunca mais se pôr ao perigo que estava.

Porém, suas pernas falharam quando tentou se pôr de pé e Jimin foi quem teve que lhe ajudar.

— O mico que eu vim passar aqui hoje está grande demais. — Jungkook falou baixo, passando ainda preso a Jimin pelo jogo de força que ainda exibia o recorde do Park.

— Foi divertido.

— Você se divertiu com a minha derrota?

— Sem ela eu não teria ganho sorvete e um beijinho, então sim, me diverti muito com ela.

Jungkook negou, mas riu junto a Jimin. Caminharam em direção ao estacionamento, e mesmo que Jungkook já tivesse a percepção de que conseguia andar sozinho sem cair de cara no chão, não ousou falar, já que estava gostando de ter o menor tão preso a si, enquanto lhe apertava pela cintura.

Olhou de soslaio e parecia que Jimin também não se importava. O braço de Jungkook passava por seu ombro e podiam até mesmo dizer que aquilo mais parecia um abraço compartilhado do que realmente uma ajuda.

— Finalmente! — Taehyung falou alto, desencostando do carro de Jungkook e olhando-os. — estavam se pegando?

— Até queria, mas Jimin conseguiu me arrastar para aquele brinquedo da morte.

— Tinha brinquedo de terror aqui? — Hoseok abriu os olhos, mas viu Taehyung e o melhor amigo negarem rindo.

— É a roda-gigante. — O Kim explicou.

Hoseok riu baixo, mas Jeon fez bico. — Parem de rir!

— Se tem medo, porque foi? — Hoseok perguntou curioso.

— Porque era o prêmio do Jiminie, ele ganhou na força, eu não podia deixá-lo sem o prêmio.

Hoseok prendeu o riso para como o outro explicava ainda chateado e com um bico, mas olhou para o melhor amigo, ainda abraçado ao outro e sorrindo bobo, olhando-o debaixo.

— Certo...

— Quer que eu dirija? Suas pernas parecem que estão tremendo ainda. — Jimin perguntou. Não recebeu resposta, mas viu Jeon erguer-lhe a chave do carro, então aceitou e destravou-o, fazendo todos os outros adentrarem o veículo.

[...]

Jimin havia estacionado o carro e esperava Taehyung e Hoseok descer.

— Até mais. — Hoseok se despediu rindo baixo. Taehyung acenou, mas segurou-lhe na cintura, puxando-o para andar consigo.

— Eles com certeza vão foder. — Jungkook falou baixo quando os outros desceram juntos em frente a residência do Kim. — Yoongi é burro de não querer participar.

— Isso é tão complicado. — Jimin negou voltando a dirigir. — Hoseok gosta dos dois, e eu sei que ele está tentando ser forte. Mas você viu como ele fica mole nas mãos dos seus amigos? Eu tenho medo que ele se machuque.

— Ele não irá. Ao menos é o que eu ache. Eu estava lá quando toda aquela confusão aconteceu, e eu sabia que eram só palavras ditas da boca para fora. Nenhum deles quer de fato se afastar, nem Yoongi.

— E porque ele parece não estar nem aí para os dois?

— Porque Yoon é assim. Infelizmente ele tem algo que faz ele pensar que é insuficiente quando está feliz. Seja relacionamento ou carreira. Eu já vi ele deixar Taehyung por nada e chorar por culpa, mas ainda assim, acreditar que era o certo. Ele estava feliz com Hoseok e na festa, pareceu não se importar que Taehyung também estava envolvido nisso tudo. Mas ele sempre regride quando tudo está bem. Ele já desistiu de duas empresas por isso, e passou por terapia para tentar melhorar. Mas agora, quando tudo estava voltando outra vez e quando ele tem várias músicas já prontas, ele parece que está querendo fugir outra vez.

— A gente não pode deixar isso acontecer. — Jimin comentou atento ao trânsito, mas mordendo o lábio inferior. Jungkook assentiu devagar, olhando-o. — mesmo que ele não queira ficar com o Hobi ou o Tae, ele não pode se achar insuficiente porque não é.

— Eu tento dizer a ele, seja de forma dura ou não. Mas é difícil... Convivo com ele diariamente e vejo o modo em como ele está ficando mais quieto.

— Vamos tentar ajudá-lo. Vamos pensar em algo, certo? Vocês agora são meus amigos.

Jungkook riu ladino e decidiu brincar com o Park. Subiu devagar sua mão, como quem não quer nada, e tocou o lóbulo de Jimin, brincando ali.

— Somos amigos? — perguntou baixo.

Jimin riu soprado e olhou-o de soslaio.

— Você está brincando comigo, não é?

— E se eu estiver? Seria muito ruim?

— A julgar como você me deixa... — a sobrancelha do menor arqueou, mas ele não encarou o outro que com certeza lhe encarava sorrindo. Fez uma última curva e adentrou a garagem de seu prédio, estacionando em sua vaga.

— Poderia ter estacionado lá na frente. — Jeon falou baixo, retirando o cinto e aprumando a postura. — ou isso é um convite para que eu suba com você?

— Você quer subir? — enfim Jimin lhe fitava em retorno, sorrindo tão sorrateiro quanto. — Quer beber algo?

— Posso beber de você? — Jungkook mordeu o lábio inferior e aproximou o corpo, sentindo seu próprio corpo já acender, mas não ligando muito, já que o Park lhe mandava um olhar inteiramente devasso. — eu gosto do seu gosto.

— Você consegue ser extremamente safado quando quer, não é?

— É um talento. — Jungkook sussurrou, tocando o pé do ouvido do outro com sua língua e chupando-o enquanto sua mão apertava a coxa do menor e descia até a intimidade evidentemente enrijecida. — Quer brincar um pouco no seu quarto?

— Mais um prêmio? — Jimin perguntou baixo, fechando os olhos e reprimindo o gemido que quis vir quando seu pau foi tocado com robustez.

Jeon suspirou, fazendo-o sentir o corpo ainda mais quente, mas parecia se deleitar com a forma em como reagia a apenas um toque.

— Eu diria que sim, porém, de forma mútua, entende?

— Você vai contra qualquer coisa que tenta fazer, Jungkookie.

Jeon mordeu devagar aquela parte do Park. A forma em como a voz baixa e melosa lhe chamava, acendia seu interior e fazia seu coração acelerar.

— Vamos subir. — Pediu se afastando, encarando o rosto redondo de Jimin, com bochechas rosadas e lábios entreabertos.

O menor assentiu, retirando a chave com pressa e abrindo a porta no mesmo instante que Jungkook também saia do veículo.

Caminharam quietos até o elevador. Os olhos de Jimin fitavam ao redor, em prol de não fazer ninguém indesejado ver a volumosa ereção que carregava consigo e tocou com ânimo o botão para chamar o elevador.

Adentraram quietos e sérios. A porta fechou-se e apenas o botão do quinto andar se acendeu, o que indicava que ninguém além deles havia chamado pelo transporte.

E foi o estopim para Jungkook avançar contra a boca do outro. Jimin grunhiu quando foi apertado contra as paredes metálicas e agarrou Jungkook com celeridade. Seus dedos tocaram os fios ainda presos e liberaram-no do elástico, apenas para que pudesse senti-los deslizar sobre suas mãos, enquanto sentia a de Jeon apertar-lhe sobre a bunda.

O som de aviso ecoou e ambos os corpos se desgrudaram. Jimin comprimiu os lábios em um sorriso e saiu primeiro.

O corredor vazio seria um ensejo para retornarem o que haviam feito no elevador, mas o Park pareceu não sentir o mesmo que Jeon e apenas abriu a porta com sua senha, sorrindo grande quando um serzinho gorducho e de pelos brancos latiu baixo, abanando sua calda em completa euforia ao recebê-lo de volta.

— Oi, meu amor. — Jimin buscou-a do chão e adentrou a casa. Deixou a porta aberta para Jungkook entrar e apenas ouviu o som da mesma sendo fechada, indicando que ele não precisava de convites.

Fluffy não demorou a perceber a outra pessoa ali. Pulou dos braços de Jimin e correu para rodar as pernas de Jungkook, ainda mais eufórica e feliz.

— Ela gosta de você. — Jimin disse caminhando até a porta e retirando seus sapatos. — Quer beber algo?

Jungkook olhou-o sorrindo e Jimin apenas revirou os olhos. Negou e foi até a cozinha, retirando dois sojus de sua geladeira e aproveitando para trocar a água de seu pet e pôr um pouco mais de ração também.

— Você será abandonado no momento em que eu colocar esse potinho no chão. — Jimin avisou a Jungkook, rindo enquanto segurava a ração da pequena.

— Mesmo? — o outro assentiu.

Os olhos de Jungkook fitaram a cachorrinha com concentração. Viu Jimin repousar o potinho rosa metálico no chão e no mesmo instante a poodle branquinha correr como se não houvesse amanhã.

Uma risada alta vinda dele cortou o ar e Jimin riu alto negando.

— Aceita? — ele ofereceu se aproximando de Jungkook com os sojus e entregou-lhe um.

Jeon abriu-o sem demora e viu o Park fazer o mesmo. Buscou o corpo do menor quando estava quase sentando-se ao seu lado e colocou-o sentado em seu colo.

— Assim é mais gostoso. — falou bebendo a bebida e encarando os olhos do Park que se fechavam em mais um sorriso.

— O que vamos fazer? — Jimin perguntou também bebendo. Sua ereção era esmagada contra Jeon e suas bochechas continuavam infladas e vermelhas.

— O que quer fazer? — Jungkook encostou-se no estofado, encarando o corpo sobre o seu. — diga e eu atenderei.

— Você é bobo...

— Estou falando sério. — Jungkook firmou quando percebeu que a timidez do Park sobressaia. — Diga o que quer de mim, e eu farei.

— Qualquer coisa? — os olhos do Park acenderam-se.

— Qualquer coisa. — Jeon falou, encarando-o em retorno e bebendo mais do líquido cortante.

Jimin bebeu sua bebida quase que imediatamente. Fez uma caretinha que divertiu Jungkook e puxou-o pela mão, saindo de cima do colo do outro e deixando a garrafa vazia sobre o balcão.

Jungkook ainda bebia e viu Fluffy sequer se importar com a ida de ambos para o quarto. A cadelinha estava centrada demais em saciar a própria fome, e não ligaria para o que eles saciariam ali.

Jeon riu baixo e bebeu mais de sua bebida quando o Park retirou a própria camisa e ditou:

— Vou só tomar um banho!

Vendo-o se despir do restante das roupas, Jeon apressou-se em terminar a bebida. Deixou a garrafa vazia no canto e retirou a própria camisa, fazendo com pressa, o mesmo com a calça e a cueca que vestia.

Ouviu o som da água cair e apressou-se para rumar até o banheiro. O Park estava inteiramente despido e erguido, molhando seus cabelos e sequer o viu adentrar o box também, apenas deixou um gritinho escapar quando as mãos do maior tomaram sua cintura e seu tronco bateu contra o do outro, instintivamente fazendo outras partes também se encontrarem.

— Você me assustou! — Jimin falou encarando-o debaixo, vendo os cabelos de Jeon escorrer com a água e cobrir suas bochechas.

— Não foi essa a intenção. — Um sorriso libidinoso surgiu e Jungkook apertou mais o menor, encostando-o contra a parede e roçando ainda mais suas partes.

— O que quer fazer? — os olhos do menor deixavam sua excitação patentear, junto ao modo em como o lábio inferior era massacrado pelos dentes alvos.

— Quero te fazer gozar.

Jimin gemeu baixo, apertando os braços de Jeon e puxando-o mais para si, enquanto seus paus deslizavam um contra o outro.

— E-Eu também quero... te fazer gozar. — Jimin foi falho quanto a ditar seu desejo. Mas fez Jungkook sorrir, o que para seus olhos, era algo quase divino. — Você vai... me foder?

Jeon aproximou sua boca da dele, fazendo enfim os dentes liberarem o lábio inchado para que os seus o chupassem. Abraçou Jimin, juntando mais seus corpos e sentiu a água molhar agora ambos os corpos.

Jimin foi quem tomou a iniciativa de beijá-lo, entregue por completo, ao passo que gemia e buscava mais do atrito, mas foi virado com calma, sentindo Jungkook encostar-se atrás de si e repousar o próprio pau em sua lombar, pincelando-o sobre a superfície de sua bunda.

— Você não quer perder sua virgindade daqui com um garoto de programa, lembra? — ele ditou enquanto movia o pau entre as nádegas alvas e macias do outro, se perdendo se sequer adentra-lo.

— Jungkookie... — Jimin chamou-o sobre o ombro. Sentiu a boca de Jungkook beijar-lhe ali e suspirou, enquanto o mesmo intensificava as estocadas entre suas nádegas e deslizava com proeza.

As digitais do Jeon desceram pela lateral do corpo menor. Sentindo como o corpo era preenchido e como aquilo lhe agradava, mas desceu até tocar onde queria e ouviu o gemido baixo de Jimin. Encarou o rosto do outro enquanto agora, movia-se atrás e bombeava-o na frente.

— Goza pra mim?

E o Park poderia dizer que o maior era aguçado em seus atributos, talvez experiente fosse a palavra correta para usar, mas ele sabia que, no fundo, era apenas pelo modo em como seu próprio corpo reagia aos pedidos que lhe eram feitos.

E foi assim que, apenas ao ouvir a voz do outro e ao sentir o pau dele deslizar em si e a mão seguir o mesmo fluxo, que com força, sua porra jorrou sem vergonha, fazendo-o gemer entregue e arrastado, enquanto sujava o revestimento e parte dos dedo do maior.

O Park sentiu-se fraco no segundo seguinte. Suas pernas tremelicaram e ele encostou as costas sobre o peito de Jungkook, sentindo a água lavar a parte frontal de seu corpo enquanto o mesmo arrepiava com o som da risada do outro.

— Você me obedece com facilidade. — o Jeon comentou, amarrando Jimin a si com o braço que apertava-o pela barriga.

— Eu quero... — Jimin manhou, fechando os olhos e esfregando a bochecha sobre o ombro do outro. — quero te fazer gozar.

Jungkook outra vez riu, mas viu o corpo fraco de Jimin virar-se. Encarou-o nos olhos e viu-o fitar seu pau.

— Não precisa-

— Eu quero. — Jimin piscou. Virou-se para fechar o registro da água e abaixou-se à frente de Jeon, encarando o pau amarronzado à sua frente. — me ensina como faz, Hyung.

Jungkook encarou a face angelical bem a frente de seu pau e umedeceu os lábios. Assentiu e acariciou o rosto do menor.

— Pode demorar um pouco, costumo ser controlado. — avisou, mas viu Jimin assentiu e se organizar, juntando os joelhos e encarando seu pau com atenção.

Poderia até mesmo soar fofo para Jeon o modo em como ainda incerto, Jimin fechou sua pequena mão em torno de si. Mas Jimin engoliu em seco e respirou fundo, apenas para controlar seu coração que batia ligeiro, ansiando por aquilo.

Tocou a ponta da língua na fenda de Jungkook e ouviu-o suspirar alto, então encarou-o e sorriu orgulhoso, abrindo mais da boca para lhe encaixar lá.

Jungkook controlou o gemido que lhe subiu pela garganta e apenas ofegou. Jimin pôs-lhe metade para dentro e retirou.

— Só cuidado com os dentes, anjo. — Jeon avisou, vendo-o assentiu com seu pau na boca e voltar a chupar-lhe, tentando ir além, mas engasgando no mesmo instante. — ei, calma... — Jeon acariciou outra vez a bochecha do menor e infiltrou seus dedos nos cabelos descoloridos. — Não tente ir além.

Jimin fez bico. — Mas eu quero tentar...

Jungkook riu e assentiu. — Então coloque sua língua sobre o céu da boca. Assim conseguirá ir além sem que se engasgue, tudo bem?

Jimin assentiu e fez como ele instruiu. Jungkook analisou-o e ofegou quando, sem avisos, o Park voltou a lhe pôr dentro da boca.

Os lábios fartos apertavam com força e mesmo que nitidamente os dentes ainda fossem algo que o Park não conseguia deixar de roçar com perfeição, era a língua macia que dava a sensação principal, o que para Jungkook, foi demais.

Seus dedos se fecharam com cuidado nos cabelos do Park e se controlou para não machucá-lo. Seus olhos redondos fitavam Jimin chupando-o e o som melado começava a ecoar.

— Caralho. — O jeon gemeu surpreso. Seu interior revirou quando os olhos pidões do menor lhe encararam e analisaram suas reações.

Jimin retirou-o e lambeu a saliva que escorreu.

— Fiz algo errado? — sua preocupação parecia real.

— Não, foi só que... — Jeon riu afobado, respirando com dificuldade. — Pode continuar.

Jimin riu baixo e assentiu, voltando sem vergonha a pôr Jungkook outra vez em sua boca.

A cada nova chupada, Jeon sentia seu corpo estremecer. Não sabia o porquê, mas o boquete de Jimin parecia único, o que fazia seu corpo se render com facilidade.

Respirou outra vez, fechando os olhos e abrindo a boca. Jimin ainda olhava-o e percebia as reações. Intensificou os movimentos e ousou chupar apenas a glande do Jeon. Sabia como aquilo era bom porque o próprio já havia feito em consigo. E surpreendeu-se quando, apenas com aquilo, Jungkook gemeu alto sem descontrole, gozando em sua boca sem avisos, e puxando-o pela nuca, estocando o mais fundo que podia.

Os cantos dos olhos do Park lacrimejaram, mas ele se sentiu tão impuro com aquilo que apenas deixou ser surrado, ouvindo e vendo Jeon entregar-se, para no fim, suspirar com seu corpo trêmulo e olhá-lo do modo mais profundo enquanto parecia perdido.

Jimin respirou fundo quando engoliu o líquido depositado em sua boca. O gosto? Ele deixou transparecer como era um tanto... estranho.

Jeon ergueu-o do chão e passou a língua pela lateral de seu queixo, bebendo de si mesmo que escorria por ali e tomou-o em um beijo, abraçando-o forte enquanto seu corpo ainda parecia extasiado.

— Eu fiz certo? — Jimin perguntou piscando devagar, tocando o rosto do outro e afastando mais uma vez os fios que grudavam ali.

— Você foi demais. — Jeon sorriu, guiando os beijos para o pescoço do Park enquanto o mesmo sorria contente por ter ido bem em seu primeiro boquete.

Jimin abraçou-o, e deixou que Jeon chupasse devagar sua pele. Avisou-o para não deixar marcas visíveis, já que ainda era professor de crianças e aquilo poderia gerar perguntas difíceis de responder, além do que, não gostava muito.

Mas apreciava a sensação. Então ainda abraçado a Jungkook, permitiu ser desejado daquela forma, com os lábios finos lhe bagunçando por fora, enquanto por dentro, o caos já estava instalado.

Tomaram banho depois de muito tempo. As bocas estavam vermelhas e os corpos saciados e relaxados. Jimin vestiu um short fino e não se deu ao trabalho de pôr cueca. Pediu com insistência para que Jeon ficasse um pouco mais e até emprestou-o um short também, que ficou curto e folgado, mas que lhe chamava atenção somente por estar no corpo que agora julgava o mais bonito que seus olhos já haviam visto.

Pediram comida por aplicativo e assistiram a um filme bobo e infantil, enquanto Fluffy dormia no final do sofá enrolada aos pés de ambos.

Poderia ser um erro, mas Jungkook abraçou forte o corpo de Jimin quando deitaram ali para assistir aquilo. E tinha completa certeza de que estava indo contra suas próprias palavras quando aceitou dormir ali também.

Deitou com conforto sobre a cama do Park e sentiu-o abraçar-lhe ajustadamente, enquanto fazia uma conchinha em seu corpo.

Não reprimiria as sensações de conforto que aquilo lhe trouxe, mas deixaria para pensar depois, já que aquela sensação, era quase similar a que sentiu anos atrás e não aliviava o medo que a percepção lhe trouxe.

Jurou que teria mais cautela, e precisaria seguir com o juramento. Mas talvez só depois, já que naquele momento, em meio a penumbra do quarto, Jeon ouvia o ronronar baixo que o Park fazia bem em seu ouvido.

A percepção fazia-o sorrir apenas por constatar que Jimin se sentia tão tranquilo consigo, que havia dormido em tão pouco tempo. Apertando-o em um abraço, enquanto sem conotação sexual alguma, lhe fazia sentir a temperatura de seu corpo em retorno.



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